Formação Inicial de Professores na União Europeia. Florbela Lages Antunes Rodrigues Instituto Politécnico da Guarda

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Sônia Clementino Bergmann
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1 Formação Inicial de Professores na União Europeia Florbela Lages Antunes Rodrigues Instituto Politécnico da Guarda

2 O Processo de Bolonha Um Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) globalmente harmonizado pretende nivelar a formação a nível europeu Maior coerência formal no entanto a formação de professores varia entre 2 e 5 anos

nivelar a formação a nível europeu Maior coerência

3 2007 Os Estados membros da União Europeia mobilizam-se promover na formação inicial de professores aquisição de competências permitindo ensinar de forma eficaz - Turmas heterogéneas - Alunos com vários níveis socioculturais - Leque diversificado de capacidades e necessidades

ensinar de forma eficaz - Turmas heterogéneas - Alunos com vários

4 Ótimos resultados de um sistema escolar A qualidade de ensino A formação de professores

5 Alterações, reorganizações Diversos Estados Membros Alemanha, Portugal, Reino-Unido, França, Espanha Introduziram reformas nos sistemas de ensino para responder ao desafio lançado Alteração radical em relação à estrutura e ao nível de qualificação dos cursos de formação de professores substituíram a formação profissional por uma formação universitária Mestrado 5 anos de ensino superior Progresso Melhoria

relação à estrutura e ao nível de qualificação dos cursos de formação de professores substituíram a

6 O sistema de formação Duração de formação que varia entre os 2 e os 5 anos O país O nível de ensino

7 Formação de Professores da Educação Pré-Escolar (CITE 0) Malta Irlanda Alemanha Áustria Letónia Eslováquia Roménia Croácia Lituânia República Checa Hungria Eslovénia Polónia Bélgica Estónia Suécia Dinamarca Chipre Bulgária Grécia Luxemburgo Espanha Reino Unido Holanda Itália Finlândia Portugal França Mestrado Licenciatura CITE 3/ Anos de formação Flitner (2011); Paor (2009); UE (2010c);UNESCO, 2011a d1 Portugal Mestrado (3+2)

Bulgária Grécia Luxemburgo Espanha Reino Unido Holanda Itália Finlândia Portugal França Mestrado Licenciatura

Formação de Professores do 1º e 2º CEB (CITE 1) Roménia Áustria Irlanda Polónia Bélgica Chipre Malta Bulgária Grécia Lituânia Luxemburgo Espanha Letónia Suécia Hungria Dinamarca Reino Unido Holanda

8 Formação de Professores do 1º e 2º CEB (CITE 1) Roménia Áustria Irlanda Polónia Bélgica Chipre Malta Bulgária Grécia Lituânia Luxemburgo Espanha Letónia Suécia Hungria Dinamarca Reino Unido Holanda Itália Croácia Eslováquia Portugal República Checa França Eslovénia Alemanha Estónia Finlândia Luxemburgo, Polónia, Roménia Licenciatura França Mestrado Mestrado Licenciatura Anos de formação UE (2012p); Flitner (2011); Paor (2009); UE (2010c); UNESCO (2011 d1).

República Checa França Eslovénia Alemanha Estónia Finlândia Luxemburgo, Polónia, Roménia Licenciatura França Mestrado

9 Modelos de formação Modelo simultâneo A teoria e a prática funcionam em articulação durante a formação inicial, a componente prática é intercalada com a componente teórica em simultâneo desde o início do curso Modelo consecutivo Inicia-se pela componente teórica seguida da componente prática de modo sequencial e, geralmente, apenas no final do curso Em alguns países os dois coexistem A formação inicial dos professores do ensino obrigatório é geralmente de tipo simultâneo nos diversos Estados Membros

componente teórica seguida da componente prática de modo sequencial e, geralmente, apenas no final do curso Em alguns países

10 As aulas durante a formação Na maioria dos Estados Membros as aulas consistem na combinação de uma unidade curricular principal e unidades curriculares auxiliares, unidades curriculares generalistas (pedagogia, psicologia, filosofia ) e períodos de prática

principal e unidades curriculares auxiliares, unidades

11 Normalmente o conteúdo das unidades curriculares durante a formação varia consoante o nível de escolaridade onde o professor vai lecionar Na formação dos professores do ensino primário o reforço é feito na vertente pedagógica Na formação de professores do ensino secundário (inferior/superior) realça-se mais a vertente científica Nesta formação a aquisição rigorosa de um saber científico já não é suficiente. O professor deve adquirir competências para saber ensinar, devendo a sua formação desenvolver a capacidade de reflexão relativamente à profissão e valorizar a investigação para desenvolver projetos didáticos coesos, preparando para a prática de ensino e realçando a importância da profissionalização

aquisição rigorosa de um saber científico já não é suficiente.

12 A Prática A prática é um elemento chave da formação inicial de professores mas o tempo dedicado a este período também varia de Estado Membro para Estado Membro Durante a prática, em alguns países, os alunos estagiários beneficiam de um programa duplo: Um tutor na escola que orienta a sua prática pedagógica Um supervisor da instituição de ensino que estimula a reflexão sobre o processo de aprendizagem na escola e por fim avalia esse aluno estagiário Le practicien réflexif (Beckers, 2009) A prática é normalmente mais importante nos cursos de professores do ensino primário : Áustria, Polónia A Suécia e a Noruega iniciam por estágios curtos que se vão alongando

instituição de ensino que estimula a reflexão sobre o processo de aprendizagem na escola e por fim avalia esse aluno estagiário Le practicien réflexif (Beckers, 2009)

13 Finlândia A teoria e a prática estão extremamente interligadas Os alunos passam 5 a 6 semanas todos os anos ao longo da sua formação dedicados à prática pedagógica Acompanhamento por um tutor e um supervisor Seminários pedagógicos ou didáticos em paralelo na universidade dedicados à reflexão dessa prática realizada nas escolas

Acompanhamento por um tutor e um supervisor Seminários pedagógicos ou didáticos

14 Em alguns países os estagiários têm não só aulas de reflexão mas também de observação no início dos seus estudos: Observar Refletir Discutir as diferentes situações práticas Alemanha, Áustria, Letónia, Lituânia, França, Finlândia, Portugal

estudos: Observar Refletir Discutir as diferentes situações

15 Conclusões Nem sempre é necessário ser detentor de um curso do ensino superior para lecionar na educação pré-escolar (CITE 0) As disparidades na formação continuam presentes na UE 28 Alemanha, Áustria, Eslováquia, Irlanda, Malta e República Checa

(CITE 0) As disparidades na formação continuam presentes na

16 A estrutura do espaço educativo comum europeu fica aquém das expetativas na pretensão de uniformizar os diplomas com graus equivalentes principalmente na introdução de um segundo ciclo de estudos na formação de professores, o mestrado habilitador para a docência

equivalentes principalmente na introdução de um segundo ciclo de

17 A formação de professores tenta timidamente integrar-se no mundo europeu em torno do Processo de Bolonha continuando os Estados Membros a adotar modelos de formação diferentes porque estão em concordância com o passado educativo de cada um embora, tentando perspetivar um futuro comum aos 28, ainda que persistam algumas divergências

diferentes porque estão em concordância com o passado educativo de cada um embora,

18 O Processo de Bolonha exige um aumento de qualidade na qualificação profissional dos docentes prolonga os anos de estudos dos cursos e impõe diplomas mais elevados Prevê-se uma continuidade gradual desta política Não está comprovado que os melhores alunos nos cursos de formação se tornam os melhores professores na prática

elevados Prevê-se uma continuidade gradual desta política Não está comprovado

19 Portugal, no contexto europeu Licenciatura 6 semestres Mestrado em educação do préescolar 3 semestres Mestrado em ensino do 1ºCEB 3 semestres Mestrado em Educação Pré- Escolar e Ensino do 1ºCEB 4 semestres Mestrado em ensino do 1º e 2º CEB 4 semestres Portugal encontrava-se nos últimos relatórios de PISA 2009/2012 no 15º/18º lugares do ranking Estas novas remodelações vão melhorar a sua posição? A iniciação à prática profissional não ser só no 3º ano da licenciatura Diversificar os anos de escolaridade durante a prática

encontrava-se nos últimos relatórios de PISA 2009/2012 no 15º/18º lugares do ranking Estas novas remodelações vão melhorar a sua

20 Presentemente A formação de professores não é considerada um dado concluído mas é apenas a primeira de muitas outras etapas que se prolongam ao longo da carreira profissional. A formação não é estática, para se poder adaptar e reajustar às novas realidades, é necessário continuar a investigar para aperfeiçoar a sua formação

21 FIM

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