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Transcrição:

Conselho da União Europeia Bruxelas, 16 de outubro de 2015 (OR. en) 13147/15 NOTA DE ENVIO de: AGRI 530 AGRIFIN 90 AGRIORG 77 DELACT 142 Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor data de receção: 15 de outubro de 2015 para: n. doc. Com.: Jeppe TRANHOLM-MIKKELSEN, Secretário-Geral do Conselho da União Europeia C(2015) 6947 final Assunto: REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO de 15.10.2015 que prevê uma ajuda temporária e excecional aos produtores nos setores da pecuária Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2015) 6947 final. Anexo: C(2015) 6947 final 13147/15 fc DGB 1A PT

COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 15.10.2015 C(2015) 6947 final REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO de 15.10.2015 que prevê uma ajuda temporária e excecional aos produtores nos setores da pecuária PT PT

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 1. CONTEXTO DO ATO DELEGADO O setor do leite confronta-se atualmente com uma perturbação do mercado decorrente de um forte desequilíbrio entre a oferta e a procura a nível mundial. A procura mundial de leite e produtos lácteos deteriorou-se em 2014 e no primeiro semestre de 2015, designadamente devido ao abrandamento das importações da China, principal importador mundial de produtos lácteos. Embora as importações da China tenham aumentado ligeiramente em julho de 2015, não se prevê que a situação melhore de forma significativa antes do final do ano, de acordo com o parecer expresso pelos peritos de mercado do Conselho Económico do Observatório do Leite, nas reuniões realizadas em 30 de junho e 28 de julho de 2015. O mercado da carne de suíno da União Europeia registou uma forte pressão na sequência da quebra significativa dos preços em 2014, devida, nomeadamente, ao aumento da produção e à perda total do mercado de exportação russo. Os preços permaneceram inferiores à média a longo prazo. Em 2015, não se observou a habitual recuperação dos preços sazonais durante o verão e, acompanhando as tendências sazonais no final do ano, os preços começaram a baixar. O aumento das exportações para a Ásia não bastou para compensar totalmente o colapso das exportações para a Rússia. Além disso, em 25 de junho de 2015, o Governo da Rússia anunciou a prorrogação da proibição de importação de produtos agrícolas e géneros alimentícios originários da UE por mais um ano, até 6 de agosto de 2016. Por conseguinte, a pressão sobre os preços do leite e dos produtos lácteos, bem como da carne de suíno, permanecerá constante ou aumentará mesmo nos próximos meses, atingindo níveis insustentáveis para um grande número de produtores, que enfrentam problemas de tesouraria e de liquidez. Os preços do leite no produtor diminuíram, não só em comparação com os níveis excecionalmente elevados atingidos em 2013 e 2014, mas também com a média dos cinco últimos anos. Em julho de 2015, o preço médio do leite no produtor, na UE, havia diminuído 12 % em comparação com os preços médios nos meses de julho de 2010 a 2014, e 20 % em comparação apenas com o ano anterior. As maiores quebras foram observadas nos três Estados Bálticos (21-23 %), seguidos da Hungria, da Irlanda, da Alemanha, da República Checa e da Bélgica (16-19 %). Ao mesmo tempo, as disparidades entre os Estados-Membros tendem a aumentar (em julho de 2015, a diferença entre o preço mais elevado e o mais baixo na UE era de cerca de 36 c/kg, quando um ano antes era de 28 c/kg). Em julho de 2015, o preço das carcaças de suíno havia diminuído 13 % e os preços dos leitões haviam diminuído 23 % em relação aos preços médios registados em julho de 2014. Além disso, os preços nominais encontram-se a níveis excecionalmente baixos. Por outro lado, em muitos Estados-Membros, os rendimentos das culturas de primavera e de verão foram afetados negativamente pelas temperaturas muito elevadas (registaram-se três períodos com temperaturas acima de 30 C durante mais de 10 dias) nos meses de julho e agosto, bem como pelos níveis de precipitação muito baixos. As margens de produção nos setores da pecuária (carne de bovino, leite e produtos lácteos, carne de suíno, carne de ovino e de caprino) foram fortemente influenciadas pelo aumento dos custos de produção, devido à escassez de culturas forrageiras e de pastagens. PT 2 PT

A rede de segurança para o leite (intervenção e ajuda à armazenagem privada de manteiga e de leite em pó desnatado) manteve-se disponível para os operadores, sem interrupção, desde setembro de 2014 e foi prorrogada até fevereiro de 2016, o que atenuou mas não impediu a deterioração contínua dos preços dos produtos de base (nomeadamente leite em pó) e dos preços do leite no produtor. A intervenção no mercado no setor da carne de suíno, com a ajuda à armazenagem privada em março/abril de 2015, estabilizou os preços, mas não pôde estimular a recuperação a longo prazo. Dado que as medidas aplicadas ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 1308/2013 se afiguram insuficientes, é fundamental, para fazer face a uma situação de maior deterioração dos preços e agravamento das perturbações do mercado, que a assistência financeira seja direcionada para os produtores de laticínios e os criadores de gado da UE afetados pelas perturbações do mercado. Uma vez que a subvenção financeira atribuída a cada Estado-Membro apenas deverá compensar uma parte limitada das perdas reais sofridas pelos produtores, deve permitir-se que os Estados-Membros concedam apoio adicional aos setores dos laticínios e da pecuária. Assim, justifica-se conceder aos Estados-Membros uma dotação financeira única para apoiar os setores dos laticínios e da pecuária, gravemente afetados pela persistência da perturbação do mercado e que enfrentam problemas de liquidez nestas circunstâncias excecionais. Uma vez que o impacto das perturbações do mercado varia em função dos Estados-Membros, deve ser conferida a estes últimos uma substancial flexibilidade para conceber os mecanismos mais eficazes para orientar o apoio aos produtores mais afetados. Dada a situação financeira crítica enfrentada atualmente por muitos produtores de laticínios e criadores de gado, e para garantir que o impacto, ao nível do produtor, seja atempado e eficaz, há que adotar o mais rapidamente possível medidas de apoio temporárias e excecionais, com base no procedimento de urgência previsto no artigo 219.º, n.º 1, conjugado com o artigo 228.º, do Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que revoga os Regulamentos (CEE) n.º 922/72, (CEE) n.º 234/79, (CE) n.º 1037/2001 e (CE) n.º 1234/2007 do Conselho. 2. CONSULTAS ANTERIORES À ADOÇÃO DO ATO Dado tratar-se de um procedimento de urgência com fundamento no artigo 219.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1308/2013, não se realizou a avaliação de impacto. A DG AGRI procedeu a uma consulta interna e a uma consulta interserviços. Em 17 de setembro e em 1 de outubro de 2015 realizaram-se reuniões técnicas para debater a situação com peritos dos Estados-Membros. 3. ELEMENTOS JURÍDICOS DO ATO DELEGADO O ato delegado fundamenta-se no artigo 219.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1308/2013. Deve ser adotado por procedimento de urgência, nos termos do artigo 219.º, n.º 1, segundo parágrafo, e do artigo 228.º do Regulamento (UE) n.º 1308/2013. Significa isto que o ato delegado entra imediatamente em vigor. PT 3 PT

A ajuda prevista no presente ato delegado deve ser considerada como medida de apoio a mercados agrícolas na aceção do artigo 4.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, relativo ao financiamento, à gestão e ao acompanhamento da política agrícola comum e que revoga os Regulamentos (CEE) n.º 352/78, (CE) n.º 165/94, (CE) n.º 2799/98, (CE) n.º 814/2000, (CE) n.º 1290/2005 e (CE) n.º 485/2008 do Conselho. O ato é aplicável desde que o Parlamento Europeu ou o Conselho não formulem objeções num prazo de dois meses (ou caso alguma das instituições requeira prorrogação por dois meses suplementares num prazo de quatro meses). Havendo objeções, a Comissão revogará imediatamente o ato. PT 4 PT

REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO de 15.10.2015 que prevê uma ajuda temporária e excecional aos produtores nos setores da pecuária A COMISSÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que revoga os Regulamentos (CEE) n.º 922/72, (CEE) n.º 234/79, (CE) n.º 1037/2001 e (CE) n.º 1234/2007 do Conselho 1, nomeadamente o artigo 219.º, n.º 1, em conjugação com o artigo 228.º, Considerando o seguinte: (1) O crescimento da procura mundial de leite e produtos lácteos abrandou de forma generalizada em 2014 e no primeiro semestre de 2015, designadamente devido ao decréscimo das exportações para a China, principal importador mundial de produtos lácteos. (2) O mercado da carne de suíno da União deteriorou-se ao longo dos anos de 2014 e 2015. A produção interna da União tinha registado um aumento e o bom desempenho das exportações diminuiu fortemente na sequência da perda da Rússia como mercado de exportação. Devido às características específicas do mercado dos suínos, com um sistema de adaptação inerente desfasada do setor da produção animal à quebra da procura de suínos para abate, a situação evoluiu para um excesso crítico da oferta e uma pressão constante sobre os preços, sem paralelo nos períodos cíclicos normais. (3) Em 25 de junho de 2015, o Governo da Rússia anunciou a prorrogação da proibição de importação de produtos agrícolas e géneros alimentícios originários da UE por mais um ano, até 6 de agosto de 2016. (4) O setor do leite e dos produtos lácteos e da carne de suíno estão, portanto, confrontados com perturbações do mercado devidas a um forte desequilíbrio entre a oferta e a procura. (5) Em consequência, os preços do leite cru e da carne de suíno na União continuaram a diminuir e a pressão no sentido descendente deverá prosseguir, atingindo níveis insustentáveis para um grande número de produtores, que enfrentam dificuldades de tesouraria e de liquidez. Em julho de 2015, o preço médio do leite cru na UE havia diminuído 12 % em comparação com os preços médios nos meses de julho de 2010 a 2014, e 20 % em comparação com o ano anterior. Em julho de 2015, o preço das 1 JO L 347 de 20.12.2013, p. 671. PT 5 PT

carcaças de suíno havia diminuído 13 % e os preços dos leitões haviam diminuído até 23 % em relação aos preços médios registados em julho de 2014. Além disso, os preços atingiram níveis excecionalmente baixos, inferiores à média dos cinco últimos anos. (6) Por outro lado, os rendimentos das culturas de primavera e de verão em vários Estados-Membros foram afetados negativamente pelas temperaturas elevadas em julho e agosto, bem como pelos níveis de precipitação muito baixos. Os setores da carne de bovino, do leite e produtos lácteos, da carne de suíno e da carne de ovino e caprino foram fortemente influenciados pelo aumento dos custos de produção, devido à escassez de culturas forrageiras e de pastagens. (7) Os instrumentos de mercado na forma de intervenção pública e de armazenagem privada para a manteiga e o leite em pó desnatado permaneceram disponíveis, sem interrupção, desde setembro de 2014. Embora estes instrumentos tenham atenuado o efeito prejudicial da queda dos preços, não impediram a diminuição contínua dos preços dos produtos lácteos e do leite cru. A armazenagem privada de carne de suíno estabilizou os preços dos suínos em março e abril de 2015, mas não promoveu uma recuperação substancial. Atendendo ao ciclo de produção da carne de suíno, a abertura de um regime de ajuda à armazenagem privada neste momento específico não permitiria solucionar de forma adequada as atuais perturbações do mercado. De igual modo, os instrumentos de mercado previstos no Regulamento (UE) n.º 1308/2013 para outros setores da pecuária não foram concebidos para atenuar problemas económicos limitados a nível regional. Qualquer outra medida de intervenção no mercado que pudesse ser ponderada, na forma de ajuda à armazenagem privada, embora complementasse a assistência financeira direcionada, não permitiria suprir a necessidade imediata de liquidez nos setores da pecuária, dado que teria um impacto a médio prazo a nível da exploração agrícola. (8) Regista-se, pois, uma situação na qual as medidas previstas no Regulamento (UE) n.º 1308/2013 se afiguram insuficientes para dar resposta às perturbações do mercado. (9) A fim de enfrentar uma situação em que os preços podem baixar ainda mais e agravar as perturbações do mercado, é essencial que a assistência financeira seja direcionada para os setores da pecuária particularmente afetados na União. (10) Por conseguinte, a fim de responder às perturbações do mercado de uma forma eficiente e eficaz e de impedir que a situação resultante dessas perturbações, ou o seu efeito no mercado, se mantenha ou se deteriore ainda mais, justifica-se conceder uma ajuda aos Estados-Membros na forma de subvenção financeira única para apoiar os produtores dos setores da pecuária que registam a maior queda dos preços, as consequências diretas da prorrogação da proibição de importação pela Rússia e o impacto da seca nas culturas forrageiras. (11) A subvenção financeira disponível para cada Estado-Membro deve ser calculada com base nas quotas leiteiras nacionais e no efetivo suíno nacional em 2014/2015, e ser proporcional à quebra registada dos preços do leite e das carcaças de suínos no produtor, ao grau de dependência do mercado russo e ao impacto da seca na produção e no preço das culturas forrageiras. A fim de garantir que o apoio é concedido aos produtores mais afetados pelas perturbações do mercado, atendendo ao montante limitado dos recursos orçamentais, os Estados-Membros devem dispor da flexibilidade PT 6 PT

necessária para distribuir o montante nacional através dos canais mais eficazes, com base em critérios objetivos e não discriminatórios, como a queda de preços nos setores em causa, assegurando, ao mesmo tempo, que os produtores dos setores da pecuária são os beneficiários finais da ajuda específica, de forma a evitar distorções do mercado e da concorrência. (12) Uma vez que a subvenção financeira atribuída a cada Estado-Membro apenas deverá compensar uma parte limitada das perdas reais sofridas pelos produtores nos setores da pecuária, deve permitir-se que os Estados-Membros concedam apoio adicional a esses produtores, nas mesmas condições de objetividade, não-discriminação e não-distorção da concorrência. (13) A fim de proporcionar a flexibilidade necessária para distribuir a assistência financeira direcionada da forma adequada para fazer face às perturbações, os Estados-Membros devem poder cumulá-la com outros apoios financiados pelo Fundo Europeu Agrícola de Garantia e pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural. (14) Dado que a subvenção financeira atribuída a cada Estado-Membro é fixada em EUR, é necessário, a fim de garantir a sua aplicação uniforme e simultânea, fixar uma data para a conversão do montante atribuído à Bulgária, à República Checa, à Dinamarca, à Croácia, à Hungria, à Polónia, à Roménia, à Suécia e ao Reino Unido para as suas moedas nacionais. Importa, por conseguinte, determinar o facto gerador da taxa de câmbio, nos termos do artigo 106.º do Regulamento (UE) n.º 1306/2013. Tendo em conta o princípio mencionado no artigo 106.º, n.º 2, alínea b), do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 e os critérios previstos no artigo 106.º, n.º 5, alínea c), do mesmo regulamento, o facto gerador deve ser a data da entrada em vigor do presente regulamento. (15) A ajuda prevista no presente regulamento deve ser concedida como medida de apoio a mercados agrícolas na aceção do artigo 4.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho 2. (16) Por motivos orçamentais, a União apenas deve financiar as despesas suportadas pelos Estados-Membros no quadro da ajuda aos produtores da pecuária se essas despesas forem efetuadas dentro de prazos definidos. (17) Para garantir a transparência, o controlo e a administração adequada dos montantes disponíveis, os Estados-Membros em causa devem informar a Comissão sobre os critérios objetivos que regem a definição dos métodos de concessão de apoio e as disposições tomadas para evitar distorções da concorrência. (18) Para que os produtores dos setores da pecuária recebam a ajuda com a maior brevidade possível, é necessário que os Estados-Membros em causa possam aplicar o regulamento de imediato. Por conseguinte, o presente regulamento entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação, 2 Regulamento (UE) n.º 1306/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, relativo ao financiamento, à gestão e ao acompanhamento da Política Agrícola Comum e que revoga os Regulamentos (CEE) n.º 352/78, (CE) n.º 165/94, (CE) n.º 2799/98, (CE) n.º 814/2000, (CE) n.º 1290/2005 e (CE) n.º 485/2008 do Conselho (JO L 347 de 20.12.2013, p. 549). PT 7 PT

ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO: Artigo 1.º 1. É concedida aos Estados-Membros uma ajuda da União, no montante total de 420 000 000 EUR, para prestar apoio específico aos produtores nos setores da carne de bovino, do leite e produtos lácteos, da carne de suíno e da carne de ovino e de caprino (designados por "setores da pecuária"). Os Estados-Membros devem utilizar os montantes disponíveis, como estabelecido no anexo, com base em critérios objetivos e não discriminatórios, desde que os pagamentos resultantes não causem distorção da concorrência. As medidas tomadas pelos Estados-Membros visam atenuar, para os produtores dos setores da pecuária, as consequências económicas resultantes das perturbações do mercado. Os Estados-Membros devem assegurar que, quando os produtores dos setores da pecuária não forem os beneficiários diretos dos pagamentos, o benefício económico do apoio é repercutido na íntegra. As despesas dos Estados-Membros relativas aos pagamentos ao abrigo do presente regulamento só são elegíveis para apoio da União se os pagamentos tiverem sido efetuados até 30 de junho de 2016. 2. Relativamente à Bulgária, à República Checa, à Dinamarca, à Croácia, à Hungria, à Polónia, à Roménia, à Suécia e ao Reino Unido, o facto gerador da taxa de câmbio para os montantes estabelecidos no anexo será a data de entrada em vigor do presente regulamento. 3. O apoio previsto no presente regulamento pode ser cumulado com outros apoios financiados pelo Fundo Europeu Agrícola de Garantia e pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural. Artigo 2.º Os Estados-Membros podem conceder apoio adicional para as medidas adotadas em conformidade com o artigo 1.º, até ao máximo de 100 % do montante correspondente, tal como estabelecido no anexo, nas mesmas condições de objetividade, tal como estabelecido no artigo 1.º. Os Estados-Membros devem pagar o apoio adicional até 30 de junho de 2016. Artigo 3.º Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão o seguinte: a) Sem demora, e o mais tardar até 31 de dezembro de 2015, os critérios objetivos utilizados para determinar os métodos de concessão do apoio específico e as disposições tomadas para evitar distorções da concorrência; PT 8 PT

b) Até 30 de setembro de 2016, os montantes totais pagos e o número e o tipo de beneficiários. PT 9 PT

Artigo 4.º O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros. Feito em Bruxelas, em 15.10.2015 Pela Comissão O Presidente Jean-Claude JUNCKER PT 10 PT