Coleguium -3ºEM 1ª etapa
CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA: - Desenvolvida às margens do Nilo, na África; - Organização social complexa e rica em realizações culturais; - Escrita bem estruturada; Hieróglifos na parede de um templo egípcio
EXPRESSÃO ARTÍSTICA EGÍPCIA: - Era ligada à religião, e as regras limitavam a criatividade do artista; - Era anônima, importava o perfeito domínio das técnicas e não o estilo de quem executava a obra; - Lei da frontalidade: tronco representado de frente e cabeça pés e e pernas vistos de perfil onde o observador pudesse reconhecer que tratava-se de uma representação e não uma ilusão da realidade; - A arte egípcia concretizou-se nos túmulos e objetos deixados junto aos mortos; - A arquitetura realizou-se, sobretudo, nas tumbas e construções mortuárias que eram réplicas da casa em que moravam; - Pessoas sem posição social de destaque sepultadas em mastabas construídas com pedra calcária ou tijolos de barro (túmulos simples); - A escultura adquiriu grande expressividade
LEI DA FRONTALIDADE A Lei da Frontalidade funda-se no princípio de valorizar o aspecto que mais caracteriza cada elemento do corpo humano. Desenhado de perfil, o rosto é mostrado ao máximo. De frente, se resume a uma oval. No rosto de perfil, o olho é representado de frente, por ser este seu aspecto mais característico e revelador. O tórax também apresenta-se de frente, e as pernas e os pés, são vistos de perfil. Mural no túmulo de Sethos
RELIGIÃO EGÍPCIA: - As práticas rituais asseguravam a felicidade nesta vida e a existência depois da morte era considerada como mais importante; - A religião permeava toda a vida egípcia, interpretando o Universo, justificando a organização social e política e determinação de classes sociais; - A vida humana poderia sofrer interferência dos Deuses; - era uma religião politeísta por acreditarem em várias divindades; - As produções artísticas eram orientadas pela religião.
As PINTURAS EGÍPCIAS encontradas nas paredes dos túmulos dos farós: - Retratavam cenas do dia a dia e rituais religiosos, misturados à escritos e símbolos. - Figuras humanas eram representadas com os ombros de frente e o resto do corpo de perfil; - O tamanho de cada figura tinha relação com sua importância; - Alguns deuses eram representados por uma mistura de cabeça de animal com corpo humano.
HISTÓRIA EGÍPCIA DIVIDIDA EM PERÍODOS: - Antigo Império - Médio Império - Novo Império
O Antigo Império: o Faraó Djoser, com poder autoritário, transformou Mênfis, capital do baixo Egito, no centro mais importante do reino; - Restaram, deste período, importantes monumentos artísticos que ostentavam a grandiosidade e poder político e religioso do Faraó; - Construção da pirâmide de Djoser: primeira construção egípcia de grandes proporções; - Obras arquitetônicas mais famosas, construídas por ordem de importantes Faraós do Antigo Império: Queóps, Quéfren e Miquerinos; - Construção de esfinges: corpo de leão e cabeça humana que guardavam os túmulos e eram construídas próximas às pirâmides.
PIRÂMIDE DE DJOSER Sacará séc. XVIII a.c. Arquiteto: Imotep As Mastabas deram origem às grandes pirâmides que vieram a ser construídas mais tarde.
ESFINGE DO FARAÓ QUÉFREN: 20 metros de altura e 74 metros de comprimento. A ação erosiva dos ventos e areia tornaram seu aspecto misterioso.
PIRÂMIDES DE QUEÓPS, QUÉFREN E MIQUERINOS
PIRÂMIDES DE QUEÓPS - 146 metros de altura e ocupa uma área de 54.300 m²; - Não foi utilizado nenhum tipo de argamassa entre os blocos de pedra.
ESCULTURA EGÍPCIA NO ANTIGO IMPERIO: A escultura egípcia desenvolveu expressividade que surpreende o observador: A escultura ao lado representa um escriba no exercício de suas funções ou um príncipe? Pelos detalhes da obra, surge a hipótese de que possa ser um príncipe, pois não era comum detalhar funcionários da burocracia do império. No entanto, os olhos da escultura estão fixos e os lábios cerrados, faz entender que esta atento à um provável interlocutor. Escriba sentado 2500 a.c. Encontrada num sepulcro da Necrópole de Sacará. Autoria desconhecida Atualmente encontra-se no Museu do Louvre - Paris
O Médio Império: neste período, 2000 à 1750 a.c., o convencionalismo e o conservadorismo das técnicas voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados que representavam a aparência ideal dos seres- principalmente dos reis e não seu aspecto real.
O Novo Império: foi neste período, 1580-1085 a.c, que o Egito viveu o ponto mais alto de seu poderio e de sua cultura. Os Faraós reiniciaram grandes construções que haviam sido interrompidas por crises políticas, como o templo de Luxor e Carnac dedicados ao deus Amon. Entre os monumentos funerários, está o Templo da Rainha Hatshepsut, que reinou entre 1511 a 1480 a.c. Templo de Amon em Luxor Construído por determinação de Amenófis III 1380 a.c. Colunata composta por 7 pares de colunas com cerca de 16 metros de altura. O capitel ou arremate superior da coluna é trabalhado com motivos tirados da natureza, como: papiro e a flor de Lótus. Templo de Carnac Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar. Templo da Rainha Hatshepsut Deir el-bahari Egito - A montanha ao fundo cria integração entre arquitetura e ambiente natural.
A pintura no Novo Império: - Criações artísticas mais leves e de cores mais variadas e houve o abandono da rigidez de postura das figuras que ganham movimento; - As alterações na expressão artística aconteceram devido à mudanças políticas feitas por Amenófis IV; - Amenófis IV neutralizou o poder dos sacerdotes que antes dominavam os Faraós, mas depois de sua morte os sacerdotes retomaram o poder ao lado de Tutancâmon que morreu em 1337 a.c, com 18 anos, e que reinara por apenas nove anos. A causa de sua morte ainda intriga pesquisadores.
O VALE DOS REIS: grande necrópole, criada pelo Faraó Tutmés I. Túmulos eram construídos em local secreto, no interior das montanhas, até 200 metros abaixo da superfície e acesso por meio de escadas e corredores para evitar que os túmulos fossem saqueados e mesmo assim, os bandos organizados encontravam os tesouros dos Faraós. Arqueólogos europeus chegaram no século XIX e encontraram tumbas saqueadas, exceto a tumba de Tutancâmon, encontrada em 1922 com os tesouros intactos. Hoje esses locais são visitados por turistas que podem apreciar as belíssimas pinturas murais. O Túmulo de Tutancâmon é formado por salão de entrada, onde duas portas secretas dão acesso à câmara do tesouro e à sala sepulcral. A múmia de Tutancâmon estava protegida por 3 sarcófagos: dois de madeira ricamente decorados e um de outro maciço decorado com pedras preciosas.
Há poucos anos, um equipe de artistas e de cientistas reconstruiu o rosto do jovem faraó egípcio. A reconstrução usou imagens em alta resolução do crânio, realizadas através de tomografias computadorizadas da múmia. Máscara mortuária de Tutancâmon
Trono de Tutancâmon O TESOURO DE TUTANCÂMON: Sarcófago de Ouro
Após a morte de Tutancâmon, o poderio político do Egito se expandiu, mais precisamente no reinado de Ramsés II. Toda a arte de seu reinado foi uma demonstração de poder. Foram construídas imensas estátuas comemorativas dos feitos políticos desse soberano. Data também desta época hieróglifos como elemento estético, esculpidos nas fachadas e colunas dos templos para registrar os feitos de Ramsés II. Após Ramsés II o poder real enfraqueceu e o império passou a ser governado pelos sacerdotes. Então, o Egito passou a ser invadido sucessivamente por etíopes, persas, gregos e finalmente pelos romanos. As invasões desorganizaram a sociedade egípcia e sua arte sofreu influência da cultura dos invasores, perdendo suas características. Tempo de Abul-Simbell Quatro figuras com mais de 20 metros de altura. Por pouco a barragem de Assuã teria deixado esse monumento subermerso pelas águas do Nilo. A obra foi transferida de local e hoje encontra-se acima do nível das águas da represa.