COMUNICADO DE IMPRENSA ANÚNCIO DOS RESULTADOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS DO ANO DE 2015 1. Produção de Petróleo Bruto: Durante o ano de 2015, a produção nacional de petróleo bruto de Angola foi de 649.526.031 barris, o equivalente a uma média diária de 1.779.524 barris, montante superior em 6% relativamente a produção de 2014. Esse aumento é explicado principalmente pela entrada em produção de novos campos no bloco 14 (Lianzi), bloco 15 (Satélites Kizomba II) e bloco 17 (MPP Rosa e Dália 1A), assim como pelo consistente desempenho operacional nos blocos 17, 18 e 31; 2. Gás Natural: A produção de gás natural decresceu em 8%, fixando-se em 507.293 TM (toneladas métricas), num ano em que a unidade industrial de LNG na cidade do Soyo se manteve paralisada. 3. Produção Importação Consumo de Refinados: A refinaria de Luanda produziu 2,491,515 TM de diversos derivados de petróleo, o que representou um aumento de 15% em relação ao ano de 2014. Contudo, esse volume foi insuficiente para satisfazer o consumo interno de combustíveis, que atingiu um volume total de 4.864.958 TM, cerca de 11% inferior a 2014. Para satisfazer a
procura interna, o volume de importação foi de 5.040.021 TM, que também registou uma diminuição de 5% em relação ao ano anterior. A redução nos volumes, quer de importação quer do consumo, está primariamente associada ao aumento do preço do combustível e à eliminação da subvenção à gasolina e outros produtos selecionados. 4. Exportação de Petróleo e Preço Médio: A SONANGOL exportou 223.572.252 barris de petróleo bruto, que ao preço médio de $50/barril permitiu uma arrecadação bruta de $11,176,376,877.00, o que representou uma diminuição de 54% em relação a 2014, como consequência da redução simultânea do volume de exportação em 12% e de um preço médio de $96.72/barril verificado no ano passado. 5. Receita Total: A receita total da SONANGOL em 2015 foi de AKZ 2,297,331,339,238.00, cerca de 34% inferior à receita total de 2014. A redução da receita petrolífera foi parcialmente compensada pelo aumento de rendimentos resultante da actividade de refinação, distribuição e venda de combustíveis. O aumento do preço dos combustíveis em Janeiro e em Abril de 2015 foi determinante para esse equilíbrio parcial na receita da empresa.
6. Lucratividade: O EBITDA empresarial, lucro antes dos encargos financeiros, impostos, depreciação e amortizações reduziu em 45% e fixou-se em AKZ 1,246,874,379 715.00, enquanto o lucro líquido reduziu de AKZ 139,162,163,071 em 2014 para AZK 44.148.102.916 em 2015. 7. Razões do Desempenho Financeiro: Os principais factores que influenciaram o lucro líquido da SONANGOL em 2015 foram: (i) influência negativa: (a) redução do preço de petróleo bruto; (b) imparidades sobre os activos petrolíferos em produção, poços secos e/ou descobertas não comerciais; (ii) influência positiva: (a) aumento do preço dos combustíveis; (b) redução do custeio operacional em $1,156 milhões e (iii) variação cambial líquida, como consequência da depreciação e desvalorização da moeda. 8. Equilíbrio Financeiro: Durante o ano de 2015, a SONANGOL manteve uma estrutura de capital sólida, tendo os seus capitais próprios atingido o valor de AKZ 2.376.015.476.336, 11% acima do valor de 2014, os capitais permanentes AKZ 3.777.240.536.890, 10% acima, o capital empregue AKZ 3.614.851.834.451, 19% acima, tendo o endividamento líquido se cifrando em AKZ 1.238.836.358.115, 41% acima do valor de 2014. O aumento do
endividamento líquido deveu-se ao intensivo programa de investimentos realizado pela Companhia. 9. Exigências dos Credores: Foram igualmente cumpridos todos os convénios financeiros estabelecidos pelos Credores da SONANGOL EP, conforme o exigido pelos acordos de crédito em vigor. 10. Investimentos: Apesar das condições adversas no mercado petrolífero, a SONANGOL prosseguiu com o seu programa de investimento, com os ajustamentos necessários. Para tal, despendeu um total de AKZ 565.243.472.880,00, sendo 82,1% do dispêndio realizado no Segmento de Exploração e Produção, 7,6% no Segmento de Logística e Distribuição, 5,1% no Segmento de Refinação e Transporte, e 4,8% nos Negócios não Nucleares. 11. Desempenho dos Negócios: No ano de 2015, as subsidiárias SONANGOL PESQUISA & PRODUÇÃO e a SONANGOL GÁS NATURAL foram as mais afectadas, como resultado da dupla influência do preço do petróleo bruto e do gás natural, por um lado sobre a receita de venda e por outro sobre o montante justo dos activos petrolíferos e de gás natural. Como resultado, as imparidades reconhecidas ascendem a um montante superior a $3,000 milhões.
12. Perspectiva: O ano de 2016 continuará a ser um ano bastante difícil, no qual a SONANGOL espera um crescimento da produção petrolífera que por certo será acompanhada por uma substancial redução do preço do petróleo bruto. Os resultados e o desempenho financeiro da empresa continuarão sob forte pressão. As iniciativas despoletadas em 2015 para a redução do custeio e que serão reforçadas em 2016, a revisão de alguns projectos de investimentos e o recurso à opção de descontinuidade de activos e negócios não nucleares constituem mitigantes a que a SONANGOL recorrerá para a manutenção das condições de equilíbrio financeiro e para explorar a necessária margem para continuar a investir.