Comportamento de espécies arbóreas na recuperação da mata ciliar da nascente do Rio Pitimbu, Macaíba, RN

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Transcrição:

http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.254-634-1 Comportamento de espécies arbóreas na recuperação da mata ciliar da nascente do Rio Pitimbu, Macaíba, RN José A. da S. Santana 1, José G. A. Maia Júnior 1, Wanctuy da S. Barreto 1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (augusto@ufrnet.br; gibamaia@hotmail.com; wwcctt@yahoo.com.br) Resumo: Um plantio de espécies florestais arbóreas foi realizado com o objetivo de recuperar a área de mata ciliar na nascente do rio Pitimbu, uma importante fonte de abastecimento de água da região metropolitana de Natal-RN localizada no Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares, no município de Macaíba, RN. Na revegetação foi utilizado o Modelo Sucessional com o plantio de espécies pioneiras e secundárias nativas adaptadas a ambientes com solos úmidos, distribuídas ao acaso e utilizando o espaçamento de 2,5 m x 2,5 m. O plantio foi realizado em uma área de 0,58 ha no entorno da nascente, onde foram plantadas 750 mudas de Mimosa caesalpiniaefolia, Tapirira guianensis, Handroanthus serratifolius, Sterculia chicha, Ceiba speciosa, Handroanthus impetiginosa e Erythrina velutina. Decorridos noventa dias do plantio observou-se que, apesar das condições de solo degradado e com plantio realizado fora do período chuvoso, as espécies apresentaram elevado índice de sobrevivência, chegando a 85%, com as pioneiras Sterculia chicha e Ceiba speciosa apresentando melhor desempenho em termos de altura, enquanto em relação ao diâmetro no nível do solo Ceiba speciosa e Erythrina velutina apresentaram maiores valores. As menores taxas de sobrevivência foram obtidas por Sterculia chicha e Handroanthus impetiginosa. Palavras-chave: Área degradada; Assentamento rural; Nascente. 1. Introdução As Matas Ciliares ocorrem em áreas restritas, ao longo dos cursos d água, em locais de solos permanentemente úmidos, podendo assim estar sujeitas às inundações periódicas. A composição florística dessas matas geralmente sofre influências de outras formações vegetais próximas, através de espécies que se adaptam com maior ou menor facilidade ao ambiente ciliar. A diversidade de espécies diminui consideravelmente em condições extremas como, por exemplo, 706

excesso de água, fazendo com que algumas espécies sejam de ocorrência exclusiva desses ecossistemas. A recomposição desse tipo de vegetação é ainda mais problemática quando a degradação ocorre em áreas que circundam olhos d águas ou nascentes localizadas em áreas agrícolas, onde as matas do entorno, que poderiam fornecer propágulos para a recomposição, já foram eliminadas. Segundo Santana (2009), nos locais onde a vegetação ciliar primitiva foi eliminada, é possível inverter a situação através de diversos processos de recuperação de florestas, buscando restaurar o meio biofísico local no tocante à flora, e embora a floresta recomposta dificilmente atinja a mesma diversidade da mata original, a revegetação tem a capacidade de mitigar uma série de efeitos e impactos ambientais, permitindo o restabelecimento de algumas características originais da área. Segundo Durigan e Nogueira (1990), para a recomposição eficaz de uma mata ciliar deve-se levar em consideração as espécies que ocorrem naturalmente no local e a disposição destas no ambiente. O objetivo deste trabalho foi revegetar, com espécies nativas arbóreas, a área da nascente do rio Pitimbu, uma importante fonte hídrica da região metropolitana da Grande Natal e do Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares Vale do Lírio, onde toda a vegetação arbórea já foi eliminada, estando atualmente substituída por uma pastagem degradada com reduzida capacidade de suporte animal e um velho plantio de Cocus nucifera (coco) já apresentando baixíssima produção. 2. Material e Métodos O município de Macaíba, onde se situa o Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares, apresenta precipitações pluviométricas anuais no intervalo de 1.000 a 1.500 mm, concentradas no período de outono e com 3 a 4 meses secos no ano, e conforme (IDEMA, 2008), é definido como do tipo 3cTh, Mediterrâneo Quente pela classificação bioclimática de Gaussen ou As pela classificação de Koppen, e é caracterizado como Tropical Chuvoso com verão seco, e a estação chuvosa se estendendo de março a julho, adiantando-se para o outono, com a temperatura média anual em torno de 27,1 ºC, umidade relativa média anual de 76% e precipitação média anual de 1058,1 mm. A área do entorno da nascente do rio Pitimbu se situa numa classe de solo uniforme em toda a sua extensão, que corresponde ao Neossolo Quartzarênico. 707

A vegetação original da área é formada por uma mistura de espécies dos biomas Mata Atlântica e Caatinga, sendo considerada, portanto como um ecótono, com muitas gramíneas no sub-bosque, mas já se apresenta bastante alterada, devido a introdução de culturas agronômicas e exploração madeireira seletiva, além do desmatamento sofrido no passado. Na revegetação foi utilizado o Modelo Sucessional com as espécies plantadas ao acaso, de modo que espécies pioneiras e secundárias ficassem próximas umas das outras, utilizando o espaçamento de 2,5 m x 2,5 m, sem retirar a vegetação rasteira existente no local, mas fazendo coroamento e tutoramento das mudas. Foram utilizadas as seguintes espécies de porte arbóreo: Mimosa caesalpiniaefolia (sabiá), Tapirira guianensis (cupiúba), Handroanthus serratifolius (ipê amarelo), Sterculia chicha (chichá), Ceiba speciosa (paineira), Handroanthus impetiginosa e Erythrina velutina (mulungu). O plantio foi realizado na primeira semana de novembro de 2013, e decorrido noventa dias após o plantio, avaliou-se a sobrevivência e mediu-se altura e o diâmetro do coleto de todas as mudas. 3. Resultados e Discussão No Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares, noventa dias após o plantio, o índice de sobrevivência foi, em média, de 87,0% (Tabela 1), sendo considerado elevado, visto que as condições do solo são extremamente degradadas, com baixos níveis de fertilidade e com granulometria arenosa. Além disso, nessa fase pós-plantio, as mudas sofrem competição das plantas que conseguiram sobreviver nesse ambiente degradado, além de estarem sujeitas à constantes ataques de formigas cortadeiras. TABELA 1 Características silviculturais das mudas plantadas na nascente do rio Pitimbu no Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares, Macaíba, RN, 90 dias após o plantio Espécie Número de Altura Diâmetro ao nível do Sobrevivência mudas (cm) solo (mm) (%) Handroanthus impetiginosa 80 37,0 8,0 79,0 Ceiba speciosa 100 69,2 18,5 91,0 Erythrina velutina 150 53,4 8,5 91,0 Handroanthus serratifolius 70 32,9 7,1 80,0 Mimosa caesalpiniaefolia 170 54,2 11,9 96,0 Sterculia chicha 130 73,5 19,8 79,0 Tapirira guianensis 50 31,2 6,4 80,0 Média - 50,2 11,5 85,0 708

A espécie com melhor desempenho na área plantada foi Mimosa caesalpiniaefolia, atingindo 96% de sobrevivência, enquanto 79% das mudas de Handroanthus impetiginosa e de Sterculia chicha sobreviveram até noventa dias. É muito provável que o menor índice de sobrevivência de Sterculia chicha tenha sido causado pelos seguidos ataques de formigas cortadeiras. A altura média do plantio atingiu 50,2 cm, com Sterculia chicha e Ceiba speciosa se destacando, atingindo mais de 69 cm de altura, enquanto Tapirira guianensis, Handroanthus serratifolius e Handroanthus impetiginosa se situaram no intervalo de 31,2 a 37,0 cm, apresentando assim crescimento bem mais lento, o que era esperado para as últimas duas espécies, já que são consideradas espécies secundárias (DURIGAN; NOGUEIRA, 1990), e apresentam crescimento moderado pelo menos na fase inicial. Do mesmo modo, T. guianensis é uma espécie perenifólia, pioneira, heliófita, característica de florestas ombrófilas de planície, é também encontrada em formações secundárias de solos úmidos como os de várzeas e beira de rios (CESARINO et al., 2007), assim acredita-se que nos monitoramentos futuros apresente melhor desenvolvimento em termos de altura e diâmetro. Foi observado que os valores de altura são relativamente maiores entre as pioneiras, confirmando a sua aptidão em promover o sombreamento necessário para o crescimento das outras espécies. No entanto, conforme Pereira et al. (2012) é necessário observar que o desempenho de espécies arbóreas é influenciado pelas condições ambientais locais. Apesar da mais alta taxa de mortalidade, Sterculia chicha mostrou bom desenvolvimento, apresentando a maior altura média e o maior diâmetro ao nível do solo, com 73,5 cm e 19,8, respectivamente, como também observou Souza (2012) em um agrossistema degradado em Campo Verde-MT. 4. Conclusões As espécies plantadas apresentaram elevado índice de sobrevivência. As pioneiras Sterculia chicha e Ceiba speciosa apresentaram melhor desempenho em termos de altura e de diâmetro médio ao nível do solo. 5. Referências CESARINO, F. et al. Germinação de Sementes de Tatapiririca (Tapirira guianensis Aubl.) em diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre-RS, v.5, supl.2, p.348-709

350. 2007. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewfile/320/279>. Acesso em: 21 jul. 2014. DURIGAN, G.; NOGUEIRA, J. C. B. Recomposição de Matas Ciliares: orientações básicas. São Paulo: IF, 1990. 14p. (IF. Série Registros, n.4). INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO NORTE - IDEMA. Perfil do seu município, São José de Mipibu. Natal: SEMARH. 2008. 19p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1992. 368p. PEREIRA, J. S. et al. Avaliação do índice de sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas utilizadas na Recuperação de Área Degradada. Revista Geonorte, Manaus-AM, edição especial, v.1, n.4, p.138 148, 2012. Disponível em: <http://www.revistageonorte.ufam.edu.br/attachments/009_crescimento%20de%20esp%c3 %89CIES%20ARB%C3%93REAS%20UTILIZADAS%20NA%20RECUPERA%C3%87%C3%83O %20DE%20%C3%81REA%20DEGRADADA.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2014. SANTANA, J. A. S. Projeto de recuperação de área degradada no Projeto de Assentamento Vale do Lírio, São José de Mipibu, RN. Natal: UFRN, 2009. 35p. SOUZA, W. P. Unidade demonstrativa de restauração ecológica introduzida em agroecossistema degradado, no Alto rio São Lourenço, Campo Verde-MT. 2012. 131f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) Universidade Federal de Mato Grosso, 2012. Disponível em: <http://www.ufmt.br/pgeagri/arquivos/d1f175483738f42f5c056034d50a7f6c.pdf>. Acesso em: 25 j. 2014. 710