ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE IPÊ-AMARELO-DO-BREJO

Documentos relacionados
Armazenamento e germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Bignoniaceae)

ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DA CAATINGA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE CANOLA DURANTE O ARMAZENAMENTO

MATURIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE IPÊ-AMARELO Handroanthus chrysotrichus (MART. EX A. DC.) MATTOS

EFEITO DO ACONDICIONAMENTO E DO ARMAZENAMENTO SOBRE A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE LIXEIRA (Curatella americana L.) COM DIFRENENTES COLORAÇÃO NO TEGUMENTO

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE JACARANDÁ-DE-MINAS (Jacaranda cuspidifolia Mart.) Graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG 2

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TABEBUIA CHRYSOTRICHA (MART.) STANDL ARMAZENADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS.

Comportamento de sementes de pau-pretinho (Cenostigma tocantinum Ducke) quanto a tolerância à dessecação

VIABILIDADE E LONGEVIDADE DE SEMENTES DE TABEBUIA AUREA BENTH. & HOOK. SUBMETIDAS A DIFERENTES MÉTODOS DE ARMAZENAMENTO

INFLUÊNCIA DE RECIPIENTES E ÂNGULOS DE SEMEADURA NO DESENVOLVIMENTO MORFOLÓGICO DE PLANTAS JOVENS DE Tabebuia heptaphylla

INFLUÊNCIA DA COLORAÇÃO DA EMBALAGEM NA VIABILIDADE DE SEMENTES ORGÂNICAS DE Solanum lycopersicum var. cerasiforme DURANTE O ARMAZENAMENTO

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

EFEITO DO TEOR DE UMIDADE DAS SEMENTES DURANTE O ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO DE MILHO CRIOULO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Influência de métodos de secagem na conservação de sementes de Ipê-branco 1

PALAVRAS-CHAVE: ABSTRACT

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA (Ricinus communis L.) CULTIVAR NORDESTINA, SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO.

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PATOS-PB

Potencial Fisiológico de Sementes de Soja e Milho Armazenadas com Diferentes Graus de Umidade Inicial em Duas Embalagens (1)

Efeito da secagem na qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso

EFEITO DO TIPO DE SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.)

Qualidade fisiológica de sementes de Mimosa caesalpiniifolia Benth. em função de diferentes períodos de armazenamento

LONGEVIDADE DE SEMENTES DE Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth EM CONDIÇÕES NATURAIS DE ARMAZENAMENTO

Diferentes Temperaturas E Substratos Para Germinação De Sementes De Mimosa caesalpiniifolia Benth

II ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. A INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA SEMENTE E DO SUBSTRATO NA EMERGÊNCIA DO IPÊ ROXO (Tabebuia impetiginosa)

ENVELHECIMENTO ACELERADO EM LOTES DE SEMENTES DE CENOURA ENVOLVENDO TEMPERATURA E TEMPOS DE EXPOSIÇÃO Apresentação: Pôster

CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE AROEIRA-VERMELHA (Schinus RESUMO

Efeito do estresse hídrico e térmico na germinação e crescimento de plântulas de cenoura

TRATAMENTOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE SEMENTES DE AROEIRA PIRIQUITA (Schinus molle L.) E AROEIRA BRANCA (Lithraea molleioides (Vell.

PRESERVATION OF tabebuia chrysotricha SEEDS AS A FUNCTION OF SEED WATER CONTENT AND STORAGE TEMPERATURE

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ALGODÃO ARMAZENADAS EM FUNÇÃO DO PROCESSO DE DESLINTAMENTO QUÍMICO.

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE IPÊ-BRANCO E IPÊ-ROXO EM DIFERENTES EMBALAGENS E AMBIENTES 1

STUDIES ON CABBAGE SEED STORAGE SUMMARY

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

Comunicado. Técnico. Conservação de sementes de hortaliças na agricultura familiar. Introdução

Científica, Jaboticabal, v.32, n.2, p , 2004

Revista Árvore ISSN: Universidade Federal de Viçosa Brasil

em função da umidade e rotação de colheita

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MYRTÁCEAS NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ, SANTA CATARINA

Qualidade de Sementes de Milho Armazenadas em Embalagens Alternativas

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Germinação e vigor de sementes de Moringa oleifera Lam. procedentes de duas áreas distintas

TEOR DE UMIDADE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PITANGUEIRA EM DOIS AMBIENTES

PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE ALGODOEIRO: EFEITOS NA QUALIDADE FISIOLÓGICA(*)

CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE ANGICO-GURUCAIA (Parapiptadenia rigida (BENTHAM) BRENAN) RESUMO

Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 2, p , abr.-jun., 2010 ISSN

Palavras-chave: Ecologia de População, Espécies Nativas, Desenvolvimento Sustentável.

Termoterapia via Calor Úmido no Controle de Patógenos em Sementes de Tabebuia chrysotrichae seu Efeito Sobre a Qualidade Fisiológica

Sapindus saponaria seeds physiological quality resulting from procedures for harvesting the fruits

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

Apresentação: Pôster

Autor (es): Dalise Aparecida Silva, Jakeline Aparecida Greiver Ribeiro Ferreira, Carlos Manoel de Oliveira

CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE AMENDOIM EM CÂMARA FRIA E SECA ( 1 )

Influência do armazenamento na qualidade fisiológica de sementes: Comportamento do gênero Solanum

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE FEIJÃO-COMUM CULTIVADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA

EFEITO DE EMBALAGENS NA VIABILIDADE DE SEMENTES DE SOJA ARMAZENADAS COM DIFERENTES GRAUS DE UMIDADE INICIAL 1

ENVELHECIMENTO ACELERADO COMO TESTE DE VIGOR PARA SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI

ESTÁGIO DE COLHEITA E SUBSTRATO PARA O TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ (Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.) 1

Germinação de sementes de maxixe sob condições controladas

TESTES PARA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE ALGODÃO ARMAZENADAS EM CONDIÇÕES AMBIENTAIS

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

VI Encontro Amazônico de Agrárias

Palavras-chave: Capacidade de armazenamento; Sementes; Germinação.

RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO E A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill)

Emergência e Florescimento em Acessos de Melancia

SEMENTES: PROPAGAÇÃO, ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO FRUTEIRAS NATIVAS. Andréa dos Santos Oliveira

Influência da Adubação Orgânica e com NPK, em Solo de Resíduo de Mineração, na Germinação de Sementes de Amendoim.

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

Vitória da Conquista, 10 a 12 de Maio de 2017

Tamanho e época de colheita na qualidade de sementes de feijão.

Vermiculita como substrato para o teste de germinação de sementes de ipê-amarelo. Vermiculite as substrate for germination test of ipe seeds

SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE SEMENTES DE Delonix Regia Raf. (LEGUMINOSAE - CAESALPINIOIDEAE )

Avaliação de Tratamentos Utilizados na Superação de Dormência, em Sementes de Quiabo.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E VIGOR DE SEMENTES EM PROGÊNIES DE CAMUCAMUZEIRO ESTABELECIDAS NO BAG DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

COLHEITA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ (Tabebuia chrysotricha) HARVESTING AND GERMINATION OF SEEDS OF IPÊ (Tabebuia chrysotricha)

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE IPÊ-DOURADO (Tabebuia sp)

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MÉTODOS DE SEMEADURA PARA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE CORIANDRUM SATIVUM L.

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Tabebuia avellanedae E Tabebuia impetiginosa SUBMETIDAS À ULTRA-SECAGEM 1

ESTUDO DE CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE CAFÉ ARÁBICA E ROBUSTA 1

s u m o s IIII III IIl D1 lii II p A N D Simpósio slicultura NA AMAZÔNIA ORIENTAL: CONTRIBUIÇÕES DOPROJETO EMBRAPAIDFID .:..

CRIOCONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE ALGODÃO COLORIDO. RESUMO

VIGOR DE SEMENTES ARMAZENADAS DE IPÊ-AMARELO Tabebuia serratifolia (VAHL.) NICH 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA PELO TESTE DE RAIOS X.

Testes para a seleção de populações de cenoura visando ao vigor e à longevidade das sementes

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE FRUTO-DE-POMBO (Rhamnus sphaerosperma SWARTZ) RESUMO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

EFEITOS DA GIBERELINA E DA SECAGEM NO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO SOBRE A VIABILIDADE E O VIGOR DE SEMENTES DE MAMÃO (Carica papaya L.

Germinação de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas de pepino em diferentes tipos de substratos.

Revista Ciência Agronômica ISSN: Universidade Federal do Ceará Brasil

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DOS SAIS KCL E NACL NA GERMINAÇÃO DE PATA DE ELEFANTE (Beaucarnea recurvata Lem)

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES Silvio Moure Cicero 1. Introdução

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE

Arnaldo Bianchetti * Adson Ramos ** RESUMO

O vigor das Sementes de Aspidosperma pyrifolium Influencia sua Curva de Absorção de Água?

CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA SEMENTE DE CEBOLA (Allium cepa L) A LONGO PRAZO NO BRASIL. Palavras Chaves: monitoração, recursos genéticos.

Transcrição:

Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 3, p. 533-539, jul.-set., 2014 ISSN 0103-9954 ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE IPÊ-AMARELO-DO-BREJO (Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos. Bignoniaceae) 533 STORAGE OF Handroanthus umbellatus SEEDS Cibele Chalita Martins 1 Monalisa Alves Diniz da Silva Camargo Pinto 2 RESUMO A manutenção da viabilidade das sementes por meio do armazenamento, em condições de ambiente controlado, representa uma das linhas de pesquisa mais importantes para espécies florestais com sementes pouco longevas como as das espécies do gênero Handroanthus. Nesse trabalho procurou-se identificar o comportamento das sementes quanto à longevidade e à condição mais adequada para o armazenamento de sementes de Handroanthus umbellatus. As sementes foram secas até 6,3% de teor de água e submetidas aos seguintes tratamentos de armazenamento: acondicionamento em sacos de papel unifoliado (permeável) em condições não controladas de temperatura e umidade relativa de laboratório (testemunha) e multifoliados (semipermeável) nas temperaturas de -18ºC, 1ºC e 25 o C. As sementes armazenadas foram avaliadas trimestralmente até 24 meses quanto ao teor de água, à porcentagem de germinação e ao vigor por meio do teste da primeira contagem. As sementes de Handroanthus umbellatus são ortodoxas, mas de baixa longevidade em condições naturais, pois se mantêm viáveis no ambiente por menos que 5 meses. A melhor condição para a conservação de sementes dessa espécie foi obtida com o armazenamento a -18ºC em sacos multifoliados, que manteve praticamente inalterada a qualidade fisiológica das sementes por 24 meses. Palavras-chave: Tabebuia umbellata; Handroanthus eximius; conservação de sementes; vigor. ABSTRACT Seed storage under controlled environmental conditions represents one of the most important lines of research to be applied on short-lived forest species as Handroanthus. The present research aimed to identify the most suitable seed storage conditions and longevity behavior of Handroanthus umbellatus seeds subject to the following storage treatments: packaging permeable paper bags under a no-controlled laboratory temperature and humidity (control) and multiwall semipermeable bag at temperatures of -18 ºC, 1 ºC and 25 ºC. Seeds were dried to 6.3% of water content. Stored seeds were evaluated every three months until 24 months for water content, germination percentage and vigor utilizing first counting test. Seeds of T. umbellata are orthodox, with low longevity under natural conditions, once they remain viable for less than 5 months. The best conditions of seed preservation of these species were obtained by storage at -18 C in multiwall bags. Under these conditions physiological seed quality remains unchanged for a 24-month period. Keywords: Tabebuia umbellata; Handroanthus eximius; seed preservation; vigor. 1 Engenheira Agrônoma, Drª., Professora Assistente da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP), Brasil. Bolsista PQ-2 do CNPq. cibele@fca.unesp.br 2 Engenheira Agrônoma, Drª., Professora Adjunta do Curso de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Caixa Posta 63, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE), Brasil. monallyysa@yahoo.com.br Recebido para publicação em 27/09/2011 e aceito em 26/03/2013

534 Martins, C. C.; Pinto, M. A. D. S. C. INTRODUÇÃO O ipê-amarelo-do-brejo (Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos. Bignoniaceae) é uma espécie arbórea nativa do Brasil, decídua, heliófita, higrófita e característica da mata pluvial. A espécie pode ser encontrada desde os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, principalmente na floresta pluvial atlântica de planícies e várzeas úmidas e parcialmente encharcadas durante as chuvas de verão. Ocorre também nas várzeas da floresta latifoliada da bacia do Paraná e do cerrado, onde é encontrada tanto na mata primária como nas formações secundárias (LORENZI, 1992). A planta adulta apresenta-se com 10 a 15 m de altura e tronco de 40 a 50 cm de diâmetro e madeira de alta qualidade, assim como outras espécies da mesma família. As flores são de cor amarela, surgem durante os meses de agosto a outubro e os frutos amadurecem de outubro a meados de novembro. O ipê-amarelo-do-brejo produz anualmente grande quantidade de sementes que são disseminadas pelo vento e permanecem viáveis no ambiente por quatro meses (LORENZI, 1992). Parte das espécies nativas brasileiras apresenta uma baixa longevidade natural das sementes, restringindo o seu aproveitamento na produção de mudas e perdendo rapidamente sua viabilidade, requerendo utilização imediata na semeadura. A longevidade natural das sementes varia grandemente entre espécies, sendo um fator importante a ser considerado na tecnologia de sementes florestais (WETZEL et al., 2003). O período de viabilidade natural relativamente curto encontrado nas espécies dos gêneros Handroanthus e Tabebuia proporciona entraves na produção de mudas, consequentemente, nos programas de reflorestamento (CABRAL et al., 2003). A curta longevidade das sementes das espécies do gênero Tabebuia pode ser ocasionada pela pequena quantidade de substâncias de reserva armazenadas no cotilédone e ao elevado teor de óleo em sua composição química, entre 20 e 30% (DEGAN et al., 1997), sementes ricas em óleo perdem a viabilidade com maior facilidade que as ricas em proteínas e carboidratos, por causa da maior instabilidade química dos lipídios (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Degan et al. (2001) e Marques et al. (2004) consideram que as sementes de ipê, desde que armazenadas de forma adequada, não apresentam vida curta. Os resultados obtidos corroboram com Silva et al. (2001), Cabral et al. (2003) e Souza et al. (2005) que verificaram que sementes de Tabebuia heterophylla (A.P. Cabdolle) Britton, Tabebuia aurea Benth. & Hook. F. ex. S. Moore e Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich, respectivamente, mantêm sua capacidade germinativa quando conservadas em câmara fria. A manutenção da viabilidade das sementes por meio do armazenamento, em condições de ambiente controlado, vem sendo uma das linhas de pesquisa mais importantes para as sementes de espécies de baixa longevidade. Os resultados de pesquisa conduzida por Wetzel et al. (2003) permitem supor que as sementes de ipê-amarelo-dobrejo são ortodoxas e, por isso, o armazenamento em condições de ambiente seco e frio deve ser efetivo na manutenção da sua qualidade fisiológica; porém, sementes de espécies florestais se comportam diferentemente quanto às condições de armazenamento, requerendo estudos específicos. O grau de importância no armazenamento da temperatura e da umidade relativa do ambiente e suas interações são prioritários para o entendimento das exigências da espécie quanto à manutenção de sua viabilidade (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Na temperatura ambiente de 20 C e teor de água de 8 a 10%, a maioria das sementes ortodoxas e de baixa longevidade armazenam-se de forma adequada por 8 a 10 meses (DELOUCHE, 1990). A modificação das condições ambientais em torno das sementes pode ser obtida, com o uso de embalagens apropriadas. Por isso, as sementes de alto valor econômico são comumente comercializadas em embalagens herméticas multifoliadas, que não permitem a troca de vapor d água e com teores de água entre 4 e 8% (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). O alto valor econômico e tamanho relativamente pequeno das sementes de algumas espécies florestais, como o ipê, justificaria o uso destas embalagens. As pesquisas sobre armazenamento de sementes de ipê de várias espécies como Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand.; Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich; Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. e Tabebuia impetiginosa Mart. apresentaram os melhores resultados com o acondicionamento das sementes com teores de água entre 8 e 12% em embalagens impermeáveis (papelalumínio-polietileno, lata, saco de polietileno), nas temperaturas de -20 a 10ºC por períodos entre 270 dias e dois anos (MELLO e EIRA, 1995;

Armazenamento de sementes de ipê-amarelo-do-brejo (Handroanthus umbellatus... 535 DEGAN et al., 2001; SOUZA et al., 2005; BORBA FILHO e PERES, 2009; MARTINS et al., 2009ab). Segundo WETZEL et al. (2003), o acondicionamento de sementes de ipê-amarelo-do-brejo com teor de água de 6% em sacos impermeáveis de alumíniopolietileno por 7 dias em nitrogênio líquido (-196 o C) manteve inalterada a germinação das sementes. No entanto, não foram encontrados trabalhos sobre o armazenamento desta espécie por período de tempo superior a uma semana. O objetivo deste trabalho foi identificar o comportamento das sementes quanto à longevidade e à condição mais adequada para o armazenamento de sementes de ipê-amarelo-do-brejo. MATERIAL E MÉTODOS As sementes de ipê-amarelo-do-brejo utilizadas neste trabalho foram obtidas a partir de frutos colhidos em 11 árvores matrizes situadas na Fazenda Santa Irene, município de Itatinga, SP (23 º 17 41,6 S e 48 º 38 53,2 W) em área de floresta de brejo, na depressão periférica próxima aos limites da costa basáltica na microbacia do Paranapanema. Os frutos foram coletados em novembro quando iniciaram a abertura espontânea (MARTINS et al., 2008), secos à sombra em sala com ar condicionado (temperatura de 15-18 o C e umidade relativa entre 30 e 40%), dispostos sobre peneiras de malha de arame trançado sustentadas por cavaletes, pelo período de 7 dias. Posteriormente, as sementes liberadas foram recolhidas e encaminhadas ao Laboratório de Análise de Sementes da Faculdade de Tecnologia em Silvicultura, Campus de Capão Bonito (SP) onde foram homogeneizadas. As sementes foram secas até 6% de teor de água, para possibilitar o armazenamento em embalagem hermética (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000; DOIJODE, 2001), homogeneizadas e colocadas em sacos multifoliados comumente utilizados para sementes certificadas de hortaliças. A embalagem apresentava a seguinte composição da parte externa para a interna: poliéster (17g.m -2 ), tintas (2g.m -2 ), fixador tipo primer (0,015g.m -2 ), polietileno extrusado (15g.m - 2 ), alumínio (8µ de espessura, 21,6g.m -2 ), adesivo (2g.m -2 ), filme de poliestireno (50g.m -2 ) e gramatura total de 107,6g.m -2. Como testemunha, um tratamento consistiu do armazenamento das sementes em embalagem de papel pardo unifoliado, permeável à água e gases, em condição não controlada de laboratório, monitorada por termo-higrógrafo digital durante o período de armazenamento. As sementes acondicionadas no saco multifoliado foram lacradas dentro da embalagem com seladora de alta temperatura e foram armazenadas nas temperaturas de -18ºC, 1ºC e 25 o C, respectivamente, em um freezer e duas câmaras com controle de temperatura: as duas últimas condições de temperatura simulam a de uma geladeira regulada na temperatura mais fria e a do ambiente, em local de clima ameno. A qualidade das sementes foi avaliada trimestralmente até 24 meses de armazenamento, por meio das seguintes determinações: teor de água - determinado pelo método da estufa a 105 ± 3 C por 24 horas, utilizando-se duas subamostras de 25 sementes (BRASIL, 2009); teste de germinação - conduzido com quatro subamostras de 25 sementes por tratamento, em rolo de papel-toalha, previamente umedecido com água destilada na proporção de 2,5 vezes a massa do substrato, na temperatura de 25 C e 8 horas de luz (WETZEL et al., 2003), determinando-se a porcentagem de plântulas normais, avaliadas no sétimo e décimo quarto dias após a instalação do teste; teste da primeira contagem de germinação - realizada conjuntamente com o teste de germinação, contabilizando-se as plântulas normais presentes no sétimo dia após a semeadura. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Devido à natureza quantitativa dos tratamentos que foram avaliados durante um período de tempo, os dados foram submetidos à análise de regressão polinomial, na qual foi selecionado o modelo significativo de maior ordem (R 2 ) empregando-se a equação que melhor se ajustou aos dados. Os dados de teor de água não foram analisados estatisticamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO A embalagem de saco de papel unifoliado (permeável) permitiu a absorção de água vapor do ambiente do laboratório pelas sementes que embora apresentassem 6,3% de teor de água inicial; 93% de germinação e 53% de plântulas normais na data da primeira contagem, após três meses passaram a apresentar 12,4% de teor de água; aproximadamente 25% de germinação e 10% de plântulas normais na primeira contagem (Figuras 1 e 2). Esses resultados podem ser atribuídos às condições de ambiente desfavorável à conservação das sementes

536 Martins, C. C.; Pinto, M. A. D. S. C. registradas durante este período, de temperaturas entre 17 e 30ºC e umidades relativas (UR) entre 60 a 98%, valores estes relativamente elevados (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). FIGURA 1: FIGURE 1: Teor de água de sementes de Handroanthus umbellatus armazenadas em saco multifoliado semipermeável nas temperaturas de -18ºC (), 1ºC () e 25 o C () e em saco de papel unifoliado permeável em condição de ambiente () não controlado de laboratório (17 a 30ºC e umidade relativa entre 60 e 98%) por 24 meses. Water content of Handroanthus umbellatus seeds stored in a multiwall bag semi-permeable at temperatures of -18 ºC (), 1 ºC () and 25 C () and a permeable paper bag () in uncontrolled laboratory condition (17-30 ºC; 60-98% RH) for 24 months. Para a escolha de locais para armazenagem de sementes não são indicados ambientes com temperatura acima de 20 C e mais que 65 a 70% de umidade relativa do ar por serem prejudiciais à qualidade fisiológica das sementes e favoráveis à ação de microrganismos e insetos (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). A tendência da curva indica que nessas condições de armazenamento das sementes (sem controle ambiental) a longevidade foi inferior a cinco meses (Figura 2). Este período foi próximo ao relatado por Lorenzi (1992) para esta espécie e maior que o verificado para sementes de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl.) e ipê-branco (Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand.) conforme mencionado por Borba Filho e Peres (2009) em condições similares de armazenamento. Também foi verificado por Oliveira et al. (2006) FIGURA 2: Teste da primeira contagem e germinação de sementes de Handroanthus umbellatus armazenadas em saco multifoliado semipermeável nas temperaturas de -18ºC ( ), 1ºC ( ) e 25 o C ( ) e em saco de papel unifoliado permeável em condição de ambiente ( ) não controlado de laboratório (17 a 30ºC e umidade relativa entre 60 e 98%) por 12 meses. FIGURE 2: First counting germination test and germination of Handroanthus umbellatus seeds stored in a multiwall semi-permeable bag at temperatures of -18 ºC ( ), 1 ºC ( ) and 25 C ( ) and in a permeable paper bag ( ) in laboratory ambient condition (17-30 ºC; 60-98% RH) for 12 months. que as sementes de Tabebuia aurea Benth. & Hook. F. ex. S. Moore acondicionadas em embalagens de papel e armazenadas em condições ambientais (± 24 C) obtiveram taxas superiores a 55% na germinação, quando armazenadas por até 90 dias. Silva et al. (2011), ao armazenarem sementes de Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich., verificaram que a germinação torna-se nula aos nove meses quando armazenadas em ambiente sem condições controladas de temperatura e umidade relativa do ar; enquanto que, em câmara fria, as sementes permanecem viáveis durante 12 meses de armazenamento.

Armazenamento de sementes de ipê-amarelo-do-brejo (Handroanthus umbellatus... 537 A determinação do teor de água das sementes armazenadas em embalagem multifoliada, durante o período experimental permitiu observar que, embora os teores de água das sementes no momento do acondicionamento na embalagem fossem de 6,3%, estes valores apresentaram certa modificação durante o armazenamento, indicando que a embalagem não foi totalmente impeditiva à troca de vapor d água, mas foi capaz de manter uma relativa estabilidade dos teores de água dentro de cada condição de temperatura avaliada, pois os valores de teor de água das sementes foram de 5,6 + 0,7%; 7,5 + 0,5% e 6,0 + 0,6%, respectivamente para o armazenamento a -18ºC; 1ºC e 25ºC (Figura 1). Dessa forma, a embalagem utilizada demonstrou eficiência na manutenção da identidade dos tratamentos e permitiu confiabilidade nas comparações realizadas e pode ser classificada como do tipo semipermeável (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). No primeiro ano de armazenamento, somente a temperatura de 25 o C não foi capaz de manter a germinação das sementes, verificando-se redução gradual da porcentagem da germinação de valores iniciais médios de 92% até zero após 12 meses (Figura 2). O vigor das sementes avaliado pelo teste da primeira contagem também apresentou redução similar, porém, mais intensa, este teste quantifica o vigor em termos de emergência rápida, e a redução da velocidade de germinação é um parâmetro indicativo da deterioração que antecede a perda da capacidade germinativa da semente (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). As temperaturas de 1 o C e -18 o C mantiveram a porcentagem de germinação inicial das sementes de ipê-amarelo-do-brejo de modo similar, entre 87 e 92%, e em valores praticamente inalterados ao longo de 12 meses de armazenamento. O teste da primeira contagem para o armazenamento a 1 o C e -18 o C apresentou resultados diversos dos comumente constatados para sementes de modo geral, pois com o passar do tempo, os valores iniciais de 48 a 50% aumentaram para 62 a 68%, caracterizando um aumento do vigor natural das sementes armazenadas nestas condições. Embora esses resultados sejam promissores, em pesquisas sobre armazenamento de sementes florestais deve-se considerar a importância da manutenção da capacidade germinativa da semente por pelo menos dois anos, pois a periodicidade na produção de sementes de espécies florestais é predominantemente bienal (MEDEIROS e FIGURA 3: Teste da primeira contagem e germinação de sementes de Handroanthus umbellatus no segundo ano de armazenamento em sacos multifoliados semipermeáveis nas temperaturas de -18ºC ( ) e 1ºC ( ). FIGURE 3: First counting test and germination test in the second year of storage of Handroanthus umbellatus seeds in multiwall semi permeable bags at temperatures of -18 ºC ( ) and 1 ºC ( ). NOGUEIRA, 2006). Adicionalmente, a utilização de temperaturas relativamente baixas obtidas em câmaras de armazenamento e a embalagem impermeável comumente utilizada por empresas do setor de sementes de flores e olerícolas podem permitir maior longevidade às sementes, conforme foi constatado para Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand.; Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich; Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. e Tabebuia impetiginosa Mart. (MELLO e EIRA, 1995; DEGAN et al., 1997; SOUZA et al., 2005; BORBA FILHO e PERES, 2009; MARTINS et al., 2009ab). No segundo ano de armazenamento (Figura 3), somente a temperatura de -18 o C foi capaz de manter a qualidade fisiológica das sementes de ipê-amarelo-do-brejo em níveis estáveis de vigor (65,6%). Nesta temperatura, a germinação das sementes também foi pouco afetada, verificou-se somente 10% de redução neste parâmetro ao final

538 Martins, C. C.; Pinto, M. A. D. S. C. dos 24 meses de armazenamento. Martins et al. (2012) constataram que a conservação das sementes de ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla Vell.) com teores de água de 15,6, 11,5, 8,1 e 4,3% é favorecida no armazenamento a 10 e -196 C. De modo oposto ao verificado para a temperatura de -18ºC, dos 12 aos 24 meses de armazenamento, a temperatura de 1ºC conduziu a intenso processo de deterioração e não possibilitou a manutenção do vigor e germinação das sementes de ipê-amarelo-do-brejo e, de modo diverso da resposta obtida durante o primeiro ano de armazenamento. A partir de 12 meses, as sementes armazenadas a 1ºC apresentaram redução dos valores iniciais de primeira contagem (65,5%) e germinação (95%) de maneira que, após 21 meses de armazenamento, não se observou mais a germinação das sementes. CONCLUSÕES As sementes de Handroanthus umbellatus são ortodoxas, mas de baixa longevidade em condições naturais, pois se mantêm viáveis no ambiente por menos de 5 meses. A melhor condição para conservação de sementes dessa espécie foi obtida com o armazenamento a -18ºC em sacos multifoliados (semipermeáveis), que manteve praticamente inalterada a qualidade fisiológica das sementes por 24 meses. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORBA FILHO, A. B; PEREZ, S. C. J. G. A. Armazenamento de sementes de ipê-branco e ipê-roxo em diferentes embalagens e ambientes. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 31, n. 1, 2009. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise de Sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009. 395 p. CABRAL, E. L.; BARBOSA, D. C. A.; SIMABUKURO, E. A. Armazenamento e germinação de sementes de Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex. S. Moore. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 17, n. 4, p. 609-617, 2003. CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4. ed. Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588 p. DEGAN, P. et al. Influência de métodos de secagem na conservação de sementes de ipê-branco. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 5, p. 492-496, 2001. DEGAN, P. et al. Composição química, sanidade, secagem e germinação de sementes de ipê-branco (Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. Bignoniaceae). Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v. 3, n. 1, p. 41-47, 1997. DELOUCHE, J. C. Precepts of seed storage. In: INTERNATIONAL SATELLITE SYMPOSIUM SEED SCIENCE AND TECHNOLOGY, 1990, Hisar. Proceedings Hisar, 1990, p.71-90. DOIJODE, S. D. Seed storage of horticultural crops. New York: Food Products Press, 2001, 329 p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 252 p. MARQUES, M. A. et al. Comportamento germinativo de sementes de ipê-amarelo [(Tabebuia chrysotricha (Mart.) Standl.] secadas em câmara seca, armazenadas em diferentes ambientes e submetidas a sete níveis de potencial osmótico. Científica, Jaboticabal, v.32, p.127-133, 2004. MARTINS, L.; LAGO, A. A.; CÍCERO, S.M. Conservação de sementes de ipê-roxo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.16, n. 1, p.108 112, 2012. MARTINS, L.; LAGO, A. A.; ANDRADE, A. C. S. Armazenamento de sementes de ipê-branco: teor de água e temperatura do ambiente. Braganthia, Campinas, v. 68, n. 3, p.775-780, 2009b. MARTINS, L.; LAGO, A. A.; SALES, W. R. M. Conservação de sementes de ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl.) em função do teor de água das sementes e da temperatura do armazenamento. Revista Brasileira de sementes, Londrina, v. 31, n. 2, p. 86-95, 2009a. MARTINS, C. C.; MARTINELLI-SENEME, A.; NAKAGAWA, J. Estágio de colheita e substrato para o teste de germinação de sementes de ipê (Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.). Revista Árvore, v. 32, n. 1, p. 27-32, 2008. MEDEIROS, A. C. S; NOGUEIRA, A. C. Planejamento da coleta de sementes florestais nativas, Colombo: Embrapa florestas, 2006, 9 p. (Embrapa florestas. Circular Técnica, 126). MELLO, C. M. C.; EIRA, M. T. S. Conservação de sementes de ipês (Tabebuia spp.). Revista Árvore, Viçosa, v. 19, n. 4, p. 427-432, 1995. OLIVEIRA, A. K. M.; SCHELEDER, E. D.; FAVERO, S. Caracterização morfológica, viabilidade e vigor de sementes de Tabebuia aurea

Armazenamento de sementes de ipê-amarelo-do-brejo (Handroanthus umbellatus... 539 (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex. S. Moore. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 1, p. 25-32, 2006. SILVA, A. da et al. Liofilização e armazenamento de sementes de ipê-rosa (Tabebuia heterophylla (A.P. Cabdolle) Britton) - Bignoniaceae. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 23, n. 1, p. 252-259, 2001. SILVA, D. G. et al. Alterações fisiológicas e bioquímicas durante o armazenamento de sementes de Tabebuia serratifolia. Cerne, Lavras, v. 17, n. 1, p. 1-7, 2011. SOUZA, V. C.; BRUNO, R. L. A.; ANDRADE, L. A. Vigor de sementes armazenadas de ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, n. 6, p 833-841, 2005. WETZEL, M. M. V. S. et al. Metodologia para criopreservação de sementes de espécies florestais nativas. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2003, 5 p. (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Circular Técnica, 26).