VER-SUS ITZ VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE EM IMPERATRIZ-MA WELLINGTON MACEDO LEITE RELATÓRIO DE VIVÊNCIA IMPERATRIZ-MA Imperatriz, 01 de outubro de 2016
INTRODUÇÃO O VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde) é um projeto que tem como finalidade unir estudantes de diversos estados do Brasil e dos mais variados cursos, com o propósito de vivenciar, conhecer, debater, questionar e proporcionar sugestões para uma melhoria do nosso SUS, formando assim, futuros profissionais com maior comprometimento com a saúde do país. A vivência com pessoas de diferentes lugares, idades, cursos e pensamentos torna-se algo multidisciplinar e construtivo positivamente, no que de fato ajuda para uma maior integração gradativa entre os viventes, facilitadores e organização. Proporcionar um choque de realidade e quebra de preconceitos é o que causa e instiga a vivência do VER-SUS do começo ao fim. Poder conhecer e vivenciar atividades, visitas e dinâmicas com pessoas novas e espetaculares e que, futuramente irão se encontrar e lutar por uma saúde mais digna e de qualidade anima e enche de esperança qualquer ser humano, o torna mais carregado de energias boas e orgulhoso de si mesmo, por estar participando e vendo que muitas pessoas estão unidas a favor de um mesmo propósito, ajudar o próximo. VER-SUS significa união, significa quebra de preconceitos, significa romper barreiras e fazer a diferença, é generosidade, é simplicidade, é reciprocidade, é saber se colocar no lugar do próximo, é estar aberto a novas experiências, é conhecer a realidade, é saber também que vai ser difícil, porém prazeroso mudar essa realidade, é saber que você pode mudar o dia de alguém com um simples gesto, é deixar os sentimentos fluírem até o último dia, sabendo que a vivência vai acabar e tendo a certeza de que a saudade vai apertar no coração de quem pôde vivenciar momentos tão inesquecíveis.
VIVÊNCIA DIA 12/09/16 O primeiro dia de vivência do VER-SUS foi bem movimentado e cansativo de uma forma geral, porém a receptividade e entusiasmo das pessoas da organização na rodoviária fizeram com que a vivência já começasse a valer à pena. Aos poucos, de modo como cada vivente ia chegando, a interação e comunicação entre os mesmos já ia acontecendo. Após todos já terem chegado e postos as malas no ônibus, fomos vendados, afim de que não desconfiássemos para onde iríamos. Ao longo da viagem fizeram perguntas a nós viventes, a respeitos do que achávamos sobre saneamento básico e pessoas invisíveis, pondo opiniões e relatos pessoais a respeito dos temas. Com isso, após chegarmos ao local, vivenciamos um momento único de choque de realidade, tínhamos sido levados ao lixão a céu aberto da cidade de imperatriz. A visita ao lixão proporcionou-me uma realidade nunca antes vista, na qual pude conhecer um pouco do dia-a-dia e da história de boa parte dos moradores que lá residem, procurando saber os motivos no qual foram parar ali, quais expectativas de vida que eles possuem e se estão cientes das condições em que eles estão sujeitos diariamente. Moradores bem humorados e com sorriso nos rosto foi o que me chamou a atenção em relação às perguntas que foram feitas a eles, pois muitos deles gostam de morar ali, sustentam-se do que conseguem aproveitar e dizem ser felizes da maneira em que vivem. Figura - Visita ao lixão a céu aberto na cidade de Imperatriz
Em seguida fomos para a UFMA (Universidade Federal do Maranhão), onde ficamos hospedados por durante sete dias de vivência. Por questão de organização, foram feitas as divisões de quarto em dois grupos, A4 e B5. Na primeira plenária foram feitas dinâmicas de acolhimento e de maior entrosamento entre todos os participantes da vivência, algo que ajudou muito para que os viventes ficassem mais soltos e dispostos a interagir. Após o almoço, houve então a divisão dos viventes em que pequenos grupos, os NB s, na qual cada grupo de viventes tinha seu facilitador (no caso meu grupo de NB era o 5, composto por Alexia, Emanoel, Kamilla, Eu e Thailane como facilitadora <3). Foram feitos debates e discussões sobre o SUS, mostrando o conhecimento e nossa opinião própria a respeito do mesmo. Para representar cada NB, foram feitos cartazes com uma logo e nome de cada grupo, debatendo e representado o mesmo de forma lúdica para os demais viventes, sendo uma forma de soltar a imaginação e demonstrar o que cada um espera contribuir para uma melhoria do SUS. Figura - Cartaz (Abraça SUS) representativo do meu grupo, NB5 Logo após, os NB s reuniram-se com o propósito de debater entre si os pontos negativos, positivos e sugestões a respeito da primeira noite de vivência do VER-SUS em Imperatriz, tendo muitos pontos positivos e sugestões enriquecedoras para futuras vivências.
VIVÊNCIA DIA 13/09/16 CRONOGRAMA Manhã Tarde Noite Alvorada Roda de conversa Vídeo Café da Manhã Dinâmicas Dinâmica Mística do eixo Atividades (NB s) Construção dos crachás Roda de conversa Cine VER-SUS Caminhada Roda de conversa Jantar Almoço No segundo dia de vivência, logo pela manhã houve a alvorada realizada pela organização e depois do café a manhã, dinâmicas, brincadeiras e músicas para aproximação e melhor convívio entre os viventes. A construção dos crachás individuais de cada vivente foi uma atividade de imaginação, criatividade e que foi capaz de haver um melhor conhecimento dos viventes entre si, representando o crachá de uma forma em que identificasse e demonstrasse sua personalidade e uma maneira de que todos os o conhecessem um pouco melhor. O Cine VER-SUS foi apresentado mostrando como foi o processo histórico do SUS e a luta da população através de movimentos sociais para a conquista de uma saúde para todos, que só foi considerado direito de todos a partir de 1988 com o nascimento da constituição brasileira e criação do SUS em 1990. Após o cine foi feita uma roda de conversa a fim de debater e dar opiniões sobre o filme. À tarde foram feitas dinâmicas e atividades com os NB s. A caminhada ocorreu em uma comunidade próxima da UFMA, a comunidade Bom Jesus, em que falamos com uma moradora e perguntamos a respeito da saúde da comunidade e acompanhamento da mesma, e nisso ela nos disse que não havia nenhum posto de saúde nem atendimento ali próximo e que o representante da comunidade ainda estava sendo escolhido para que essa situação mudasse. A única unidade de apoio que a comunidade dispunha era o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), onde eram realizadas atividades semanalmente para crianças, jovens e idosos, contando com uma quadra, uma sala de teatro e praça.
Figura - Caminhada conhecendo a comunidade Bom Jesus e o CRAS Logo após a caminhada na comunidade Bom Jesus, fomos ao encontro das terras de refugiados que fica um pouco mais afastado, e podemos ter contato com um dos moradores de lá, conversando, falando um pouco sobre quem é ele e de como foi parar naquelas terras. O mesmo disse que após os moradores chegarem nessas terras, já tinham derrubado seus barracos e que viviam do que plantavam, falou também que morava só com sua mulher e deus e que não tinha nenhum atendimento ou acompanhamento médico naquelas áreas. Figura - Visita a terra de refugiados
Figura - Visita a terra de refugiados À noite, ao iniciar a plenária, tivemos a mística do eixo, uma dinâmica realizada pelo NB5, na qual o foco era a identificação de personalidade de certo personagem em que vivia várias histórias e a capacidade do ser humano de julgamento. Logo após, assistimos ao vídeo ilha das flores, o que nos fez refletir acerca da pobreza, da miséria, da fome e da exclusão social na qual estamos inseridos e que, embora o vídeo tenha sido produzido em meados dos anos 90, essas questões sociais não mudaram muito no Brasil de hoje em dia.
VIVÊNCIA DIA 14/09/16 O terceiro dia de vivência iniciou com a alvorada do NB2, café da manhã e após isso palestras e discussões com profissionais da área da saúde no CRAS da comunidade de Bom Jesus, com participação de idosos, discutindo sobre alimentação adequada e saúde na comunidade. Ao voltar para UFMA, tivemos palestra sobre atenção básica na saúde em imperatriz e suas complexidades com a coordenadora e enfermeira de uma das unidades. Figura - Palestra sobre atenção básica na saúde em Imperatriz. Após o almoço, tivemos plenária com a dinâmica de uma pintura representativa de uma camisa branca pelos grupos de NB s, demonstrando os determinantes sociais que influenciam na sociedade em que vivemos, são eles: transporte, educação, alimentação, moradia e lazer, buscando representar e apresentar a arte feita na camisa para os demais viventes. O meu grupo de NB ficou com a determinante transporte, debatemos que devido à exclusão social e dificuldade de acesso, a população mais pobre e carente fica meio que mais afastada e com dificuldade de aproximação das áreas mais desenvolvidas e que dão direito a uma saúde mais digna.
Figura - Pintura da camisa representando o determinante social "TRANSPORTE" À noite, ao iniciarmos a plenária, tivemos a mística do dia com o NB1, que fez a dinâmica de demonstrações de atitudes e visibilidade social. Ainda na mesma noite, tivemos um dos momentos mais debatidos e com testemunhos, e também um dos momentos mais bem feitos e demonstrados da vivência. Opiniões e discussões a respeito do tema LGBT, com a participação de todos da vivência, mostrando a quebra de preconceitos impostos por uma sociedade estigmatizada e opressora, mostrando também que somos todos diferentes e que devemos acima de tudo, respeitar o próximo, seja ele quem for. E após a apresentação e debate tivemos a dinâmica diária de quem, pra quem?.
Figura - Apresentação e debate sobre o tema LGBT
VIVÊNCIA DIA 15/09/16 Iniciamos o quarto dia de vivência com a alvorada do NB3, logo após café da manhã e aí foram feitas as divisões de grupos para fazermos as visitas técnicas, o grupo no qual fui selecionado ficou responsável de ir ao HEMOMAR, para perguntar, tirar dúvidas, avaliar e depois repassar aos demais viventes. Para a realização de uma doação é preciso que o doador seja saudável, tenha entre 18 e 60 anos de idade, pese pelo menos 50 quilos, devendo estar descansado antes da doação e que não tenha ingerido bebida alcoólica em até 12 horas antes e nem ter fumado cigarro em até duas horas antes da doação, levando consigo documento de identidade com foto. Uma bolsa de sangue pode ter a chance de salvar até três vidas, podendo ser usada em pessoas com anemia, pacientes com câncer e vítimas de acidentes de trânsito. Uma bolsa de sangue chega a 400 ml e nela estão os constituintes: plaquetas, plasma e hemácias, ou seja, pode auxiliar na recuperação de até três vidas. Fomos bem recepcionados e recebidos pelo senhor que nos acompanhou durante a visita, exibiu todas as dependências, por sinal bem pequenas e apertadas para um lugar onde deveria ser bem maior, mostrou todos os passos necessários para uma pessoa que deseja ser doador de sangue, desde a primeira triagem até a cantina de alimentação para doadores. Fato que me chamou atenção foi à quantidade desnecessária de bolsas de plasma que é desperdiçada por invalidade e desuso da mesma. Figura - Visita técnica conhecendo o HEMOMAR
À tarde tivemos palestra com debates e opiniões com uma enfermeira da própria cidade, abordando a construção histórica do SUS, quais mudanças esse sistema sofreu e indagando a visão e ponto de vista dos viventes a respeito do futuro do mesmo nessa decadência em que o país está passando. Figura - Palestra sobre construção histórica do SUS com Enfermeira de Imperatriz
VIVÊNCIA DIA 16/09/16 No quinto dia de vivência, após a alvorada do NB4 e café da manhã, foram feitas as divisões de grupos para realização das visitas técnicas na UBS Milton Lopes, HMI, UBS Cafeteira e UPA, com o acompanhamento de dois facilitadores em cada visita e assim seria viável fazer a discussão e debate do que foi vivenciado e repassado para os demais viventes na plenária. E com isso, fui selecionado para equipe de visita à UBS Milton Lopes. A impressão, logo de chegada à UBS, é de um ambiente sujo e mal estruturado. Porém é tido como um centro de saúde de referência na cidade, devido aos bons atendimentos. Atende a quatro bairros: rodoviária, bacuri, Milton Lopes e Centro, ou seja, possui uma demanda bem grande, porém também dispõe de uma grande equipe capaz de suprir essas necessidades, com horário de funcionamento da 7h às 17h, no entanto, segundo a recepcionista, quase sempre ela fica no expediente até as 18h, devido à grande demanda de vacinação. A farmácia da UBS possui boa disponibilidade de remédios e em relação às vacinas, a única que não estão cumprindo é a HPV, devido à resistência. O relato de uma mãe com um bebê de 5 meses, diz que ela prefere ser atendida ali, pois já estava acostumada com o ambiente e que era sempre bem recebida. Outro relato foi o de um senhor de idade, chamando a atenção para a falta de higienização do ambiente, devido ao acúmulo de lixo em locais indevidos que acabam acometendo a saúde de usuários. E realmente devem ficar atentos a esse quesito, pois um centro de saúde não deve ser somente inaugurado, mas deve ser feita manutenção e limpeza diária do ambiente. À tarde foram divididos novos grupos para visita técnica aos CAPS de Imperatriz, e o grupo no qual fui selecionado ficou responsável para ir ao CAPSIJ. A visita foi muito proveitosa e animadora, deu para sentir o real comprometimento que a instituição tinha com as crianças e jovens. Lá eles possuem duas salas de atendimento e uma equipe grande e preparada, comprometida com a saúde dos usuários, possui uma equipe de dois enfermeiros, um psicólogo, um pedagogo, um nutricionista, um educador físico, um clínico geral especialista em saúde mental, dentro outros profissionais e uma equipe técnica com oficineira, cuidador e faxineiras. O ambiente é bem acolhedor e alegre, porém pequeno e apertado para acomodar as crianças. A equipe promove realização de projetos de música, teatro, dinâmica e passeios que ajudam no entretenimento e inserção das crianças no meio
social, e também algo bem interessante que é uma sala de oficinas manuais e de conversas em grupos voltado para os mais jovens, no qual lá eles escolhem um determinado tema e debatem sobre ele. Figura - Sala "BRINQUE-DOTECA", lugar de interação e recreação para as crianças Perante as dificuldades que a o CAPSIJ enfrenta, os mais constantes e graves são a falta de materiais básicos para realização de atividades, falta de profissionais capacitados: musicoterapeuta, pedagogo e fonoaudiólogos, para que haja maior desempenho das crianças e um carro próprio da instituição. Os constantes casos que são levados e notificados ao CAPSIJ são: autismo, hiperatividade, bipolaridade, esquizofrenia e automutilação. Chega a atender cerca de 26 pacientes por dia e que já chegou a atender 50 municípios. É importante preocupar-se, acompanhar e conhecer a vida deles, por isso são realizados eventos voltados para sensibilização da sociedade e de inclusão desses jovens.
Figura - Visita técnica ao CAPSIJ de Imperatriz À noite tivemos a palestra de duas enfermeiras que trabalham com o projeto CNR (Consultório na Rua), um lindo e generoso trabalho que envolve toda uma equipe capacitada e qualificada capaz de enfrentar e fazer atitudes prestativas que o tornam mais humanizados, ajudar o próximo. Dentre toda a equipe, possuem assistente social, enfermeiros, motorista, agentes de saúde, médicos e outros profissionais. Possuem 18 pontos de atendimento com parceria do CAPSad, CAPS III, CAPSIJ, HMI, Hospital Regional, Atenção Básica, DST/AIDS, Comunidades Terapêuticas e outros. O público alvo deles são os moradores de rua, pessoas em situações e ruas: flanelinhas, usuários de drogas, profissionais do sexo e caminhoneiros. Possuem um controle com arquivos de prontuário e todos os pacientes são registrados em uma ATA, tornando-se assim um atendimento sério e de responsabilidade social com pessoas em que a sociedade as tornam invisíveis. Os serviços prestados são: medicação, atividades educativas, distribuição de preservativos, curativos, encaminhamentos de consultas e exames, vacinação e aquisição de cartões do SUS. Há também uma previsão já aceita de dentistas no CNR, porém caso não venha a acontecer, os pacientes são encaminhados para os postos.
Figura - Palestra com enfermeiras do CNR (Consultório na Rua)
VIVÊNCIA DIA 17/09/16 No sexto dia de vivência tivemos a alvorada com o NB5, e ainda pela manhã palestra com uma Psicóloga de Imperatriz debatendo assuntos sobre o Movimento da Luta Antimanicomial e transtornos mentais com nós viventes. Figura - Palestra com psicóloga de Imperatriz À tarde fomos visitar e conhecer a cultura de um terreiro de Umbanda próximo a UFMA, que deixou muitos viventes envolvidos com a contagiante batida de tambores e fez que pudéssemos perguntar, tirar dúvidas e conhecer como realmente acontece a cultura deles. São pessoas alegres e simpáticas, porém muitas pessoas, pessoas essas que não possuem conhecimento e nem o buscam, fazem julgamentos errados a respeito de tal religião, fazendo assim que a mesma passe a ser vista e entendida como coisas do mal. No entanto, é uma religião acolhedora e com todo um processo histórico que merece, assim como todas as outras religiões, total respeito.
Figura - Visita conhecendo a cultura e religião do povo da Umbanda À noite, na plenária, tivemos a mística do grupo do NB4, que fez a dinâmica da massagem, fazendo com que os viventes ficassem em dupla, realizando massagem de relaxamento um no outro. Depois da massagem tivemos uma dinâmica, que consistia em fazer dupla com alguém que você, durante a vivência, tenha tido menos contato, conversar com essa pessoa, trocar ideias e repassar para um papel, em forma desenho, a personalidade que essa pessoa transmitia, mostrando e explicando para os demais viventes da plenária. A pessoa com quem me juntei na dinâmica foi Amanda, carioca e estudante de psicologia, tem uma linda personalidade, é super animada e com certeza conseguirá grandes conquistas.
VIVÊNCIA DIA 18/09/16 No último dia de vivência fomos conhecer o rio Tocantins realizar a descoberta dos anjos, tirar fotos e fazer o último encontro com todos juntos. Um momento único e inesquecível, que vai ficar guardado na memória de todos que vivenciaram. Figura - Travessia de canoa no rio do meio, momento inesquecível
CONCLUSÃO Para mim, o VER-SUS em Imperatriz proporcionou momentos em que eu nunca pensei que iria vivenciar, como a visita ao terreiro de Umbanda. Isso me deixou mais aberto a novas experiências e a poder conhecer um pouco mais de cada cultura. A cada experiência dessas, acredito eu, que cada um volte para casa um pouco mais humano do que já é, e que com cada visita, conversa e gesto possamos nos tornar futuros profissionais responsáveis, empáticos e com autonomia para melhorar nosso sistema único de saúde. Profissionais com corações que não sejam tão simples o quanto pensam, mostrando que neles cabem o que não cabe na despensa. Nossa vivência não seria tão controlada e ordenada tão bem se não fosse as pessoas da organização, as atividades de grupos não seriam tão bem planejadas se não fosse nossos facilitadores e não seria tão envolvente e animada se não fosse meus amigos de vivência. Figura - Amigos de VER-SUS, amigos para toda vida