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GOIÂNIA, / / 2016 PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: Literatura SÉRIE: 2 ano ALUNO(a): Data da prova: 12/11/16. No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: - É fundamental a apresentação de uma lista legível, limpa e organizada. Rasuras podem invalidar a lista. - Questões discursivas deverão ser respondidas na própria lista. - Não há necessidade de folhas em anexo, todas as respostas serão exclusivamente na lista. - O não atendimento a algum desses itens faculta ao professor o direito de desconsiderar a lista. - A lista deve ser feita a caneta. P2-4 BIMESTRE P2-4 BIMESTRE Considerado o marco inicial da tendência realista em nossa literatura, Memórias póstumas de Brás Cubas foi publicado em 1881. Como o próprio título esclarece, o romance é a autobiografia (memórias) de Brás Cubas, narrada após sua morte (póstumas). O trecho selecionado resume a essência do relacionamento entre o jovem Brás e Marcela, que, segundo o próprio narrador, "era boa moça, lépida, sem escrúpulos (...) luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes." O primeiro beijo entre Brás e Marcela iniciou uma relação entremeada de presentes, principalmente jóias. Capítulo 15 - Marcela Na verdade, dizia-me Marcela, quando eu lhe levava alguma seda, alguma jóia; na verdade, você quer brigar comigo... Pois isto é coisa que se faça... um presente tão caro... E, se era jóia, dizia isto a contemplá-la entre os dedos, a procurar melhor luz, a ensaiá-la em si, e a rir, e a beijar-me com uma reincidência impetuosa e sincera; mas, protestando, derramava-se-lhe a felicidade dos olhos, e eu sentia-me feliz com vê-la assim. Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu levava-lhe quantas podia obter; Marcela juntava-as todas dentro de uma caixinha de ferro, cuja chave ninguém nunca jamais soube onde ficava; escondia-a por medo dos escravos. A casa em que morava, nos Cajueiros, era própria. Era sólidos e bons os móveis, de jacarandá lavrado, e todas as demais alfaias, espelhos, jarras, baixela, uma linda baixela da Índia, que lhe doara um desembargador. Baixela do diabo, deste-me grandes repelões aos nervos. Disse-o muita vez à própria dona; não lhe dissimulava o tédio que me faziam esses e outros despojos dos seus amores de antanho. Ela ouvia-me e ria, com uma expressão cândida, cândida e outra coisa, que eu nesse tempo não entendia bem: mas agora, relembrando o caso, penso que era um riso misto, como devia ter a criatura que nascesse, por exemplo, de uma bruxa de Shakespeare com um serafim de Klopstock. Não sei se me explico. E porque tinha notícia dos meus zelos tardias, parece que gostava de os açular mais.

Assim foi que um dia, como eu lhe não pudesse dar certo colar, que ela vira num joalheiro, retorquiume que era um simples gracejo, que o nosso amor não precisava de tão vulgar estímulo. Não lhe perdôo, se você fizer de mim essa triste idéia, concluiu ameaçando-me com o dedo. E logo, súbita como um passarinho, espalmou as mãos, cingiu-me com elas o rosto, puxou-me a si e fez um trejeito gracioso, um momo de criança. Depois, reclinada na marquesa, continuou a falar daquilo, com simplicidade e franqueza, jamais consentiria que lhe comprassem os afetos. Vendera muita vez as aparências, mas a realidade, guardava-a para poucos. O Duarte, por exemplo, o alferes Duarte, que ela amara deveras, dois anos antes, só a custo conseguia dar-lhe alguma coisa de valor, como me acontecia a mim; ela só lhe aceitava sem relutância os mimos de escasso preço, como a cruz de ouro, que lhe deu, uma vez, de festas. Esta cruz... Dizia isto, metendo a mão no seio e tirando uma cruz fina, de ouro, presa a uma fita azul e pendurada ao colo. Mas essa cruz, observei eu, não me disseste que era teu pai que... Marcela abanou a cabeça com um ar de lástima: Não percebeste que era mentira, que eu dizia isso para te não molestar? Vem cá, chiquito, não sejas assim desconfiado comigo... Amei a outro; que importa, se acabou? Um dia, quando nos separarmos... Não digas isso! bradei eu. Tudo cessa! Um dia... Não pôde acabar; um soluço estrangulou-lhe a voz; estendeu as mãos, tomou das minhas, conchegoume ao seio, e sussurrou-me baixo ao ouvido: Nunca, nunca, meu amor! Eu agradeci-lho com os olhos úmidos. No dia seguinte levei-lhe o colar que havia recusado. Para te lembrares de mim, quando nos separarmos, disse eu. Marcela teve primeiro um silêncio indignado, depois fez um gesto magnífico: tentou atirar o colar à rua. Eu retive-lhe o braço; pedi-lhe muito que não me fizesse tal desfeita, que ficasse com a jóia. Sorriu e ficou. 01.O narrador aponta índices da sólida situação financeira de Marcela. Cite dois. 02. Quais os dois presentes ganhos por Marcela que podem ser considerados "despojos de seus amores de antanho"? Explique.

03. Marcela confessa que mentiu para Brás a respeito da origem da cruz que trazia ao pescoço. Segundo ela, que objetivo teria tido tal mentira? 04. Identifique e descreva, com suas palavras, um comportamento que mostra a capacidade de dissimulação da personagem feminina do texto. 05. Que fatos da "biografia" de Marcela distanciam-na de uma personagem tipicamente romântica? No capítulo posterior a esse trecho que você leu, Brás afirma: "Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia." O autor ironiza uma expressão extremamente comum nas obras românticas. 06. Que expressão é essa? 07. Por que, no contexto, ela se torna irônica? 08. Veja como, em outro capítulo no livro, o narrador resume seu caso com Marcela: "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos." Por que essa afirmativa se opõe à concepção romântica de amor?

09.Na obra-prima que é o romance O cortiço a) podemos surpreender as características básicas da prosa romântica: a narrativa passional, tipos humanos idealizados, disputa entre o interesse material e os sentimentos mais nobres. b) as personagens são apresentadas sob o ponto de vista psicológico, desnudando-se ante os olhos do leitor graças à delicada sutileza com que o autor as analisa e expressa. c) o leitor é transportado ao doloroso universo dos miseráveis e oprimidos migrantes que, tangidos pela seca, abrigam-se em acomodações coletivas, à espera de oportunidade. d) vemos renascer, na década de 30 do século XX, uma prosa viril, de cunho regionalista, atenta às nossas mazelas sociais e capaz de objetivar em estilo seco parte de nossa dura realidade. e) consagra-se entre nós a prosa naturalista, marcada pela associação direta entre meio e personagens e pelo estilo agressivo que está a serviço das teses deterministas de época. 10. Tratando-se de um romance tipicamente naturalista, O cortiço, de Aluísio Azevedo, apresenta suas personagens de modo que o comportamento delas: a) surja determinado pelo lirismo da natureza bucólica em que cada uma viva o seu próprio destino. b) revele a rebeldia dos nossos colonos em relação ao autoritarismo dos portugueses. c) revele a complexidade do universo psicológico dos artistas pobres, desprestigiados em virtude de sua condição econômica. d) surja determinado tanto pelos instintos biológicos como pelas características do meio em que vivem. e) demonstre a tese da superioridade da classe operária, mais virtuosa e mais consciente do que a elite brasileira. 11.Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que: a) se volta para a natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação. b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades primitivas. c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social. d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa. e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens.

12. No romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, a sintonia com os ideais naturalistas é acentuada pela seguinte característica básica da história: a) O personagem sobrepõe-se ao ambiente. b) O coletivo sobrepõe-se ao individual. c) O psicológico sobrepõe-se ao social. d) O trabalho sobrepõe-se ao capital. e) A força sobrepõe-se à razão. 13. Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa naturalista: a) As personagens expressam a dependência do homem para com as leis naturais. b) O estilo caracteriza-se por um descritivismo intenso, capaz de refletir uma visualização pictórica dos ambientes. c) Os tipos são muito bem delimitados física e moralmente, compondo verdadeiras representações caricaturais. d) Tem como objetivo maior aprofundar a dimensão psicológica das personagens. e) O comportamento das personagens e sua movimentação no espaço determinam-lhe a condição narrativa. 14. Sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, não é correto afirmar que: a) é uma obra inovadora do processo narrativo, que introduz o Realismo no Brasil. b) Brás Cubas atua como defunto-narrador, capaz de alterar a seqüência do tempo cronológico. c) o memorialismo exacerbado acaba por conferir à obra um caráter de crônica. d) constitui um romance de crítica ao Romantismo, deixando entrever muita ironia em vários momentos da narrativa. e) revela crítica intensa aos valores da sociedade e ao próprio público leitor da época. 15. Considere as afirmações a seguir: I. "A segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia positivista de Augusto Comte, o evolucionismo formam o contexto sócio-políticoeconômico-filosófico-científico em que se desenvolveu a estética realista".

II. "O escritor realista acerca-se dos objetos e das pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição e nos sentimentos". III. "Os maiores representantes da estética realista-naturalista no Brasil foram: Machado de Assis, Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia". IV. "Podemos citar como características da estética realista: o individualismo, a linguagem erudita e a visão fantasiosa da sociedade". Verificamos que em relação ao Realismo-Naturalismo está(estão) correta(s): a) apenas a I e II b) apenas a I e III c) apenas a II e IV d) apenas a II e III e) apenas a III e IV 16. Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que: a) se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação. b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades primitivas. c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social. d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa. e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens. 17. Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa naturalista: a) As personagens expressam a dependência do homem às leis naturais. b) O estilo caracteriza-se por um descritivismo intenso, capaz de refletir a visualização pictórica dos ambientes. c) Os tipos são muito bem delimitados, física e moralmente, compondo verdadeiras representações caricaturais. d) Tem como objetivo maior aprofundar a dimensão psicológica das personagens. e) Comportamento das personagens e sua movimentação no espaço determinam-lhe a condição narrativa. 18. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta sobre o Naturalismo no Brasil. a) O Naturalismo, por seus princípios científicos, considerava as narrativas literárias exemplos de demonstração de teses e ideias sobre a sociedade e o homem. b) O Naturalismo usou elementos da natureza selvagem do Brasil do século XIX para defender teses sobre os defeitos da cultura primitiva. c) A valorização da natureza rude verificada nos poetas árcades se prolonga na visão naturalista do século XIX, que toma a natureza decadente dos cortiços para provar os malefícios da mestiçagem. d) O Naturalismo no Brasil esteve sempre ligado à beleza das paisagens das cidades e do interior do Brasil. e) O Naturalismo do século XIX no Brasil difundiu na literatura uma linguagem científica e hermética, fazendo com que os textos literários fossem lidos apenas por intelectuais. 19. E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco.

O fragmento de O cortiço, romance de Aluísio Azevedo, apresenta uma característica fundamental do Naturalismo. Qual? a) Uma compreensão psicológica do Homem. b) Uma compreensão biológica do Mundo. c) Uma concepção idealista do Universo. d) Uma concepção religiosa da Vida. e) Uma visão sentimental da Natureza. 20. Analise o seguinte fragmento e responda: A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos (Aluísio Azevedo) Descrição de personagens pela acentuação de caracteres biológicos e raciais é característica do: a) Romantismo. b) Realismo. c) Modernismo. d) Impressionismo. e) Naturalismo.