Análise Experimental de Ensaios de Trabalhabilidade Em Pastas de Cimento Com Aditivos

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Transcrição:

Análise Experimental de Ensaios de Trabalhabilidade Em Pastas de Cimento Com Aditivos Resumo Experimental Analysis Of Workability Tests On Cement Pastes With Admixtures Suriane Silva (1) Carolina Noda Livi (2) Luiz Carlos Pinto Da Silva Filho (3) (1) Graduanda, Engenharia Civil, LEME/UFRGS (2) Mestranda, Engenharia Civil, UFSC (3) Professor Doutor, Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais, UFRGS O advento dos aditivos químicos possibilitou a obtenção de misturas cimentícias com diferentes características, adaptadas a distintas finalidades. Atualmente, o grupo mais popular de aditivos é o dos superplastificantes - largamente utilizados na fabricação de concretos de elevada resistência ou auto-adensáveis. Para entender como esses funcionam e interagem com a pasta de cimento, caracterizando suas vantagens e limitações, faz-se necessário um estudo sobre o comportamento reológico de pastas de cimento com e sem aditivo. Nesse contexto, iniciou-se uma investigação acerca da influência do envelhecimento e da exposição à temperatura no desempenho de aditivos superplastificantes. Existem preocupações associadas a uma possível perda de eficiência decorrente do tempo de armazenamento e do acondicionamento inadequado dos aditivos, fatores que podem influenciar na sua capacidade fluidificante, afetando a trabalhabilidade das misturas resultantes. Este trabalho apresenta os resultados de uma série de ensaios realizados para avaliar a capacidade de fluidificação de aditivos, a partir da associação de métodos que permitem avaliar a trabalhabilidade de pastas. As misturas cimentícias foram produzidas com CPV-ARI, relação a/c de 0,3, e quatro tipos de aditivos superplastificantes de base policarboxilato, com tempos de uso e teores diferenciados. A trabalhabilidade das pastas ao longo do tempo foi verificada através do ensaio de miniabatimento proposto por Kantro. Analisando os resultados verifica-se que, nos aditivos vencidos há mais de dois anos, a perda da trabalhabilidade é acelerada, evidenciando que aditivos envelhecidos tendem a perder a capacidade de manter o poder de fluidificação ao longo do tempo. Entretanto, para aditivos vencidos há pouco tempo, a perda da trabalhabilidade não se mostra significativa. Constatou-se que a perda de trabalhabilidade varia em função da idade e tipo de aditivo utilizado. Em relação ao tipo de aditivo, percebe-se que embora alguns aditivos apresentem uma porcentagem maior de perda de trabalhabilidade, os mesmos apresentam uma trabalhabilidade inicial maior. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 1

Abstract With the advent of chemical additives, cementitious mixtures with different characteristics could be obtained and adapted for different purposes. Certainly, the most popular class of chemical admixtures today is that of superplasticizers, which are widely used in manufacturing high-strength or self compacting concrete. To understand how these admixtures work and interact with the cement paste, characterizing their advantages and limitations, it is necessary to develop studies about the rheological behavior of cement pastes with and without superplaticizers. In order to collaborate in this context, the research group LEME/UFRGS started a line of investigation about the influence of aging and exposure to temperature on the performance of superplasticizers. There are concerns associated with a possible loss of efficiency due to storage time and improper storage of the admixtures, factors that may affect their fluidizing ability, affecting the workability of the resulting concrete mixes. This paper presents the results of a series of tests conducted to assess the fluidizing ability of admixtures using a combination of different test methods for assessing the workability of cement pastes. The materials used in this study were: cement CPV-ARI and two types of superplasticizers based on polycarboxylate, which had been left opened between one and five years. The cementitious mixes were produced in a mortar blender with w/c ratio of 0.30 and admixture contents of 0.25%, 0.50% and 0.75%. After mixing, the workability of the pastes was determined using the mini-slump test proposed by Kantro, designed to measure the consistency over time. Analyzing the graph consistency x hydration time it becomes clear that admixtures long stored after opened (manufactured in 2005 and 2008) are still usable, but their workability loss is quicker, indicating that the aged admixtures tend to lose their ability to maintain fluidizing power over time. Besides that it was noticed that the workability loss varies depending on age and type of additive. The reduction in workability was inversely proportional to the amount of additive used. For extreme levels of 0.2% and 0.75%, a similar behavior was observed, but the samples with 0.5% content of admixtures require further investigation. This behavior may be linked to the amount of additive available for the deflocculation of cement grains. Regarding the type of additive, it was noticed that although some may have more intense drops in workability over time, they are able to ensure better initial workability. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 2

1. Introdução O primeiro aditivo químico sintético foi empregado em 1930 nos Estados Unidos como dispersante para pigmento em um concreto. Esse aditivo era composto de um produto a base de ácido naftaleno sulfônico (HARTMAN, 2002). Naquela época, substâncias normalmente formadas por polímeros, como por exemplo, os derivados sulfonados naftaleno-formaldeído (misturas polimoleculares), eram disponíveis comercialmente. Entretanto, seu uso era limitado, pois, uma vez que a resistência mecânica solicitada para o concreto era muito baixa, podia-se assim, variar a relação água/cimento para alcançar a trabalhabilidade almejada. Além disso, naquele período o custo do cimento era relativamente baixo e a possível redução de consumo devido ao uso de redutor de água não apresentava significativa vantagem econômica. Esses fatores cooperaram para que não se tornasse difundido o uso desses aditivos (DODSON, 1990). Essa condição foi sendo alterada ao longo dos anos e assim surgiu o primeiro redutor de água empregado pela indústria do concreto, um polímero dispersante a base de lignina (lignossulfonatos). Por outro lado, a expressiva variação na sua composição, gerou problemas como o excessivo retardo de pega (DINTEN, 2000). Pesquisas realizadas no Japão e na Alemanha na década de 60 resultaram no desenvolvimento dos aditivos superplastificantes com alto poder fluidificante e redutor de água em concretos, os aditivos à base de naftaleno e melamina. Esses aditivos foram introduzidos no mercado japonês em 1964 e começaram a ser comercializados em grandes quantidades (HARTMAN, 2002). Na década de 90 pesquisas realizadas no Japão conduziram a uma grande inovação tecnológica na área dos dispersantes de cimento com o advento dos aditivos superplastificantes de base policarboxilato. Nas primeiras aplicações em larga escala de aditivo, objetivou-se o aumento da fluidez de concretos e posteriormente o mesmo foi introduzido em misturas com a finalidade de reduzir a quantidade de água. Desde então, os aditivos passaram a ser produzidos especificamente para a utilização em concretos. Os fabricantes desse produto passaram a investir num controle mais rígido da matéria prima, melhorando o teor de pureza e resultando em aditivos com propriedades elevadas para a aplicação desejada, sendo hoje um composto indispensável na mistura de concretos (HARTMAN, 2002). Conforme relata Mehta e Monteiro, em alguns países, não é raro que 70 a 80% de todo concreto produzido contenha um ou mais destes materiais (aditivos) (METHA e MONTEIRO, 2008). Os aditivos são classificados por sua função principal embora também devam ser mencionadas suas ações secundárias, muitas vezes indesejáveis. Na literatura são encontradas inúmeras especificações para aditivos. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica os aditivos por meio da NBR 11768 e define os aditivos como sendo produtos acrescentados em pequenas quantidades, com capacidade de modificar as propriedades no estado fresco ou endurecido de concretos, argamassas, pastas e grautes, no sentido de melhor adequá-las a determinadas condições. Os aditivos plastificantes são usados em todo o mundo com as seguintes finalidades (HARTMAN, 2002): ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 3

Reduzir o consumo de água para uma mesma consistência, aumentando assim a resistência e durabilidade do concreto; Aumentar a fluidez da mistura sem alterar a o consumo de água; Reduzir a quantidade de cimento da mistura, mantendo a consistência e resistência à compressão com a finalidade de reduzir custos, retração, fluência e tensões térmicas. O advento dos aditivos de base policarboxilato e os benefícios trazidos por estes proporcionou uma grande evolução na maneira de produzir concreto. No Japão, em 1988, foi desenvolvido um concreto de alto desempenho com uma excelente deformabilidade no estado fresco e alta resistência à segregação. Este concreto, que possui a capacidade de se moldar às fôrmas sem vibração ou compactação, passando coeso através das armaduras, foi denominado concreto auto-adensável (CAA) (OKAMURA, 1997). O uso do concreto auto-adensável direciona a construção civil para uma produção industrializada, diminuindo o custo da mão-de-obra e aumentando a qualidade, a durabilidade, a confiança na estrutura e a segurança dos trabalhadores (TUTIKIAN, 2004). A evolução é muito significativa, pois o concreto convencional com quatro elementos básicos - cimento, agregado graúdo e miúdo e água - recebe agora mais componentes: o aditivo surperplastificante e adições pozolânicas ou não. Os aditivos superplastificantes de base policarboxilato que viabilizaram a produção de CAA, também tornaram possível a obtenção de concretos com resistências cada vez mais elevadas. Estes aditivos à base de policarboxilato, por permitirem uma grande redução de água nas misturas mantendose a trabalhabilidade, possibilitaram o desenvolvimento de concretos de elevada resistência, trabalhabilidade e durabilidade. Neste contexto, surgem os concretos de alto desempenho (CAD), em que o emprego de aditivos superplastificantes é de suma importância. Porém, se por um lado os aditivos superplastificantes de policarboxilato (PC) contribuem para melhorar as propriedades do concreto e propiciam o desenvolvimento de novos materiais, existem algumas preocupações associadas a uma possível perda de eficiência dos mesmos, decorrente do envelhecimento e do acondicionamento indevido, que podem acarretar em alterações indesejadas na sua capacidade fluidificante, afetando a trabalhabilidade das misturas resultantes e o resultado final. Visando proporcionar esclarecimento para tais questões, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar a capacidade de fluidificação de quatro tipos aditivos, novos e envelhecidos, e a sua perda de trabalhabilidade ao longo do tempo em pastas de cimento através de estudos sobre o comportamento reológico das mesmas com e sem aditivo. Para tanto foram realizados ensaios com misturas cimentícias, que permitem avaliar a trabalhabilidade de pastas de cimento e entender como os aditivos funcionam e interagem com a pasta, caracterizando as vantagens e limitações de cada aditivo, de acordo com o tipo, teor e idade do mesmo. O objetivo principal desta pesquisa é apresentar um estudo avaliativo do comportamento dos principais aditivos superplastificantes de base policarboxilato em diversos teores, considerando diferentes tempos de hidratação. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 4

2. Programa Experimental Todo o procedimento experimental foi realizado no Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pelos autores do trabalho. 2.1. Materiais 2.1.1. Aditivos: Os aditivos utilizados na pesquisa foram aditivos superplastificantes de base policarboxilato. Esses são os aditivos recentemente introduzidos no mercado nacional e são conhecidos como aditivos plastificantes de alta eficiência ou ainda hiperplastificantes, pois permitem a redução de água das misturas em até 40%, mantendo-se a mesma trabalhabilidade. X São aditivos poliméricos que apresentam larga distribuição de massa molecular e sua caracterização química é muito complexa (YAMADA, 2000). As propriedades desses aditivos são influenciadas pelo comprimento de sua cadeia e pelo número de reações em uma cadeia de aditivo (DRANSFIELD, 2000). Figura 1. Figura 1 Monômero de um policarboxilato FONTE: RAMACHANDRAN, 1998. O comprimento da cadeia principal desses polímeros produz efeitos na dispersão e defloculação das partículas de cimento (OHTA, 1997). Figura 2. Figura 2 Esquematização de uma molécula de policarboxilato FONTE: adaptado de LEIDHODT et al., 2000. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 5

Os superplastificantes de base policarboxilato atuam por repulsão eletrostática, como os demais aditivos, mas este não é o seu mecanismo principal de ação. Além de agirem por repulsão eletrostática, a dispersão das partículas de cimento pode ser relacionada a um efeito conhecido como repulsão estérica. (HARTMAN, 2002). A Figura 3 ilustra o mecanismo de repulsão dos aditivos SP de base policarboxilato: Figura 3 Mecanismo de repulsão estérica para a cadeia de policarboxilato FONTE: adaptado de COLLEPARDI, et al., 1999. Para esta pesquisa foram selecionados quatro tipos de aditivos superplastificantes de base policarboxilato (aditivo 1, aditivo 2, aditivo 3 e aditivo 4) de dois fabricantes diferentes (fabricante A e fabricante B). Do fabricante A foram utilizados aditivos novos (A1), ou seja, aditivos dentro do prazo de validade e aditivos vencidos há bastante tempo (A2); do fabricante B utilizaram-se também aditivos novos (B3) e aditivos vencidos há pouco tempo (B4). Estes aditivos foram escolhidos por serem os mais amplamente utilizados hoje em dia e por essa razão serem os aditivos mais facilmente encontráveis nas condições de análise deste estudo, que visa avaliar uma possível perda de eficiência de diferentes tipos de aditivos. A tabela 1 apresenta os grupos de aditivos estudados e a sua caracterização. Tabela 1 Caracterização dos aditivos superplastificantes utilizados. As dosagens dos aditivos superplastificantes foram determinadas em porcentagem sobre a massa de cimento. Os seguintes teores foram selecionados: - 0,2%: por ser o limite inferior de utilização consoante recomendação do fabricante; - 0,5%: escolhido por ser um teor intermediário entre o limite inferior e o limite superior recomendados pelo fabricante; ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 6

- 0,75%: determinado empiricamente como sendo o teor máximo em que foi possível a realização dos ensaios em pasta de cimento nas condições de estudo; O teor máximo de aditivo recomendado pelo fabricante é de 1,0%, nessas condições, entretanto, a pasta de cimento em análise apresentava-se excessivamente fluida, prejudicando o desenvolvimento dos ensaios realizados e causando um possível comprometimento dos resultados obtidos durante os mesmos. Determinou-se, então, o teor de 0,75% como sendo o teor máximo de aditivo na presente pesquisa. Visando ainda obter um esclarecimento acerca da influência da idade dos aditivos, selecionaram-se aditivos superplastificantes de policarboxilato em diferentes idades (novos: dentro do prazo de validade, vencidos há dois anos e vencidos há cinco anos), visto que muitas vezes os aditivos vencem antes de seu término, pois o tempo de vida útil recomendado pelo fabricante é bastante curto, variando entre seis e nove meses para aditivos superplastificantes e, normalmente, as doses de aditivo utilizado nas misturas tendem a ser pequenas (para evitar efeitos indesejados, como por exemplo, um retardo excessivo do tempo de pega), principalmente em concretos e argamassas desenvolvidas em laboratório para controle e pesquisa, pois as quantidades preparadas nos laboratórios costumam ser controladas e adaptadas às necessidades de cada pesquisa (e as embalagens de aditivos disponíveis comercialmente são, comumente, muito grandes). 2.1.2. Cimento: O cimento portland utilizado foi um CP V-ARI. Sua utilização se justifica por ser, comercialmente, o cimento disponível com menor teor de adições, e sem adições pozolânicas, evitando assim efeitos combinados de diferentes pozolanas. A Tabela 1 apresenta algumas propriedades do cimento utilizado. Para todas as pastas foi utilizada a relação água/cimento (alc) igual a 0,30. Tabela 2- Propriedades físicas e mecânicas do cimento CP V utilizado. 2.2. Procedimento Experimental 2.2.1. Metodologia de mistura: As pastas foram misturadas em uma argamassadeira de 5 litros, especificada pela NBR 7215 (1991). A sequência utilizada foi a seguinte: o cimento e cerca de 95% da água total foram misturados por 2 minutos em velocidade de rotação baixa; então adicionou-se ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 7

o aditivo superplastificante e o restante da água (5%) foi utilizado para lavar o recipiente do aditivo (esse processo foi importante para evitar perdas devido à massa de aditivo utilizada ser muito pequena). O procedimento foi então interrompido por 15s para a limpeza dos lados e do fundo da bacia da argamassadeira, e após, a pasta foi misturada novamente por mais 3 minutos, sem alterações na velocidade de rotação inicial. A Figura 4 mostra o esquema de mistura de forma simplificada. Figura 4 Esquema simplificado da ordem e tempo de mistura adotados. Este procedimento foi escolhido com base em um estudo anterior que indicava que através deste método é possível obter uma pasta de cimento representativa do concreto. Durante todo o processo de elaboração das pastas e o desenvolvimento dos ensaios a temperatura e a umidade ambiente foram monitoradas. 2.2.2. Ensaios realizados: Após a mistura, a trabalhabilidade das pastas foi verificada utilizando o ensaio de miniabatimento proposto por Kantro. Os procedimentos descritos por Kantro (1980) permitem a avaliação da fluidez, espalhamento, e coesão da pasta. Para a realização deste ensaio, faz-se necessária a utilização de mesa nivelada, papel milimetrado, uma placa de vidro de superfície lisa, cronômetro e um molde tronco-cônico com as seguintes dimensões: - Diâmetro inferior: 38 mm; - Diâmetro superior: 19 mm; - Altura do tronco de cone: 57 mm; Posiciona-se o molde com o interior oco no centro da placa de vidro (embaixo da placa encontra-se o papel milimetrado com marcações) e é realizada a introdução de certa quantidade de pasta até preenchê-lo totalmente. Então, o molde cônico é retirado (de maneira a se obter um ângulo de 90 graus entre o molde e a placa de vidro), e após 20s (tempo para estabilização da pasta na placa) é realizada a leitura de dois diâmetros perpendiculares, sendo que o valor médio destes representa o espalhamento da pasta ensaiada. Figuras 5 (a) e (b). ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 8

Figura 5 (a) Molde tronco cônico de Kantro utilizado no ensaio preenchido com pasta de cimento; (b) Demonstração da realização do ensaio de Kantro. Este ensaio permitiu verificar a consistência inicial e a perda de trabalhabilidade das pastas a partir da leitura de raios de espalhamento ao longo de 5, 10, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 minutos de hidratação. Este método possui algumas vantagens, como a pequena quantidade de material necessária para o ensaio e a possibilidade de observação de problemas de exsudação e segregação da mistura. Foram coletados dados acerca da variação de consistência ao longo do tempo de ensaio. O conhecimento da influência do tempo no índice de trabalhabilidade torna-se importante à execução das obras e em ensaios em laboratório, onde a ciência das propriedades reológicas auxilia na adoção das melhores alternativas para confecção das estruturas, lançamento do concreto, tempo de execução e manuseio, concretagem ou ainda moldagem de corpos de prova de concreto/argamassa para controle e/ou pesquisa. Em uma obra, dependendo do processo adotado, o tempo de execução de trabalho pode ser muito curto ou muito longo após a mistura dos materiais que irão constituir os concretos; assim, a trabalhabilidade das pastas é um dos parâmetros importantes a serem estudados, tanto por facilitar o lançamento do material quanto pelas decisões relacionadas com a forma ideal de sua aplicação. 3. Resultados e Análises Os aditivos estudados foram separados em dois grupos para melhor análise: - GRUPO 1: O primeiro grupo engloba os aditivos superplastificantes pertencentes ao fabricante A. Tabela 3. Tabela 3 Primeiro grupo de análise (GRUPO 1): aditivos pertencentes ao fabricante A. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 9

. - GRUPO 2: O segundo grupo analisado engloba as aditivos superplastificantes policarboxílicos pertencentes ao fabricante B. Tabela 4. Tabela 4 Segundo grupo de análise (GRUPO 2): aditivos pertencentes ao fabricante B. 3.1. Resultados GRUPO 1 O gráfico 1 mostra os resultados da CONSISTÊNCIA X TEMPO DE HIDRATAÇÃO para as pastas de cimento do Grupo 1 vencidas há 5 anos: ESTABILIDADE Gráfico 1 Consistência x Tempo de Hidratação para aditivos do fabricante A vencidos há 5 anos. A partir da análise do gráfico 1, podemos obter uma ideia acerca da velocidade de perda da trabalhabilidade. Percebemos que para os aditivos vencidos há 5 anos a perda da trabalhabilidade é acelerada até aproximadamente 40 minutos após a elaboração das pastas e que essa quase estabiliza após este tempo. Como esperado, mesmo para aditivos fora do prazo de validade, os teores de aditivo mais altos (0,75%) apresentam o maior espalhamento inicial e ao longo do tempo, e à medida que se reduz o teor de aditivo, reduz-se também as consistências das respectivas pastas. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 10

O gráfico 2 mostra os resultados da CONSISTÊNCIA X TEMPO DE HIDRATAÇÃO para as pastas de cimento do Grupo 1 elaboradas com aditivos novos, que ainda estão dentro do prazo de validade: ESTABILIDADE Gráfico 2 - Consistência x Tempo de Hidratação para aditivos do fabricante A dentro do prazo de validade. A análise do gráfico dois nos mostra que a perda de trabalhabilidade ao longo do tempo é menor do que nos aditivos fora do prazo de validade. Percebemos também que assim como o esperado, quanto maior o teor de aditivo adicionado, maior a consistência inicial e ao longo do tempo. Percebemos que a diferença entre a trabalhabilidade obtida para aditivos vencidos e novos é mais significativa para teores mais altos de adição de aditivo, percebe-se que para o menor teor de 0,2% a diferença é menos significativa. Constatamos também que, para o aditivo novo a perda de trabalhabilidade é mais intensa até 60 minutos, entretanto, como a trabalhabilidade incial também é maior para estes aditivos, isso não afeta significativamente o resultado final. O gráfico 3 mostra os resultados da perda de consistência em porcentagem das pastas de cimento do Grupo 1 em relação à sua consistência inicial: ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 11

Gráfico 3 Perda da consistência (%) ao longo do tempo. A análise nos mostra que apesar de perda de consistência ser maior para os aditivos novos, isso se justifica pelo fato de que os mesmos apresentam uma consistência inicial maior do que os aditivos velhos, para os teor de 0,2%. Percebemos que para teores mais altos, 0,75%, mesmo a consistência inicial sendo maior, o aditivo novo é capaz de mantê-la por mais tempo. 3.2. Resultados GRUPO 2 A partir da análise dos dados percebemos que para os aditivos vencidos há 2 anos a perda da trabalhabilidade é acelerada até aproximadamente 30 minutos após a elaboração das pastas e que essa quase estabiliza após este tempo. Como esperado, mesmo para aditivos fora do prazo de validade, os teores de aditivo mais altos (0,75%) apresentam o maior espalhamento inicial e ao longo do tempo, e à medida que se reduz o teor de aditivo, reduz-se também as consistências das respectivas pastas. A análise nos mostra que a perda de trabalhabilidade ao longo do tempo é menor nos aditivos novos do que nos aditivos fora do prazo de validade. Percebemos também que assim como o esperado, quanto maior o teor de aditivo adicionado, maior a consistência inicial e ao longo do tempo. Percebemos que a diferença entre a perda de trabalhabilidade para aditivos vencidos e novos é mais significativa para os aditivos do fabricante B do que para o fabricante A. A análise nos mostra que apesar de perda de consistência ser maior para os aditivos novos, isso se justifica pelo fato de que os mesmos apresentam uma consistência inicial maior do que os aditivos velhos, para os teor de 0,2%. Percebemos que para teores mais altos, 0,75%, mesmo a consistência inicial sendo maior, o aditivo novo é capaz de mantê-la por mais tempo. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 12

4. Conclusões Perda de abatimento: Inversamente proporcional ao teor de aditivo; Comportamento homogêneo para teores de 0,2% e 0,75%; Teor 0,5% instável, necessita maior investigação; Consistência inicial NOVO > consistência inicial VENCIDO; Velocidade de perda de abatimento: VENCIDO > NOVO; Para teores muito baixos ainda pode-se usar os aditivos mesmo que estejam fora de seu prazo de validade, pois este fator não compromete os resultados; Os aditivos do fabricante A apresentaram melhor desempenho do que os aditivos do fabricante B; Para o fabricante A, a idade dos aditivos se mostrou menos significativa para o resultado final do que para o fabricante B; Pela análise percebemos que as datas de validade indicadas pelos fabricantes em seus produtos, geralmente de 9 meses para aditivos superplastificantes de policarboxilato, não necessariamente expressam o período pelo qual os aditivos podem ser usados sem causar prejuízos ao resultado final. Dependendo do tipo de aditivo, do acondicionamento do mesmo, e da finalidade para qual ele se destina, o uso deste pode estender-se além das recomendações do fabricante sem perda significativa das suas propriedades e da sua capacidade de manutenção da consistência e trabalhabilidade; nos casos em que a manutenção da trabalhabilidade for exigida por períodos de tempo menores. 5. Referências KANTRO, D. L. Influence of water reducing admixtures on properties of cement pastes A miniauture slump test. Cement Concret Aggregates, 1980. MEHTA, P.K.; MONTEIRO, P.J.M. Concreto: Microestrutura, Propriedades e Materiais. 3.ed. São Paulo: IBRACON, 2008. HARTMANN, Carine Toso. Avaliação do uso de aditivos superplastificantes base policarboxilato em concretos de cimento portland. 2002. 210 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Universidade de São Paulo Escola Politécnica São Paulo. LIMA, Flank Melo de. Avaliação do comportamento reológico de pastas de cimentos para poços de petróleo com adição de superplastificantes. 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal. NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. Tradução Engenheiro Salvador E. Giammusso. 2 ed. São Paulo: Pini, 1997. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 13

RAMACHANDRAN, V. S; MALHOTRA, V.M. Chemical admixtures Recent Developments. In: RAMACHANDRAN, V.S. (Ed.). Concrete admixtures handbook: properties, science, and technology. 2 ed. Park Ridge: Noyes Plublications, 1995. 626p. ANAIS DO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2012 54CBC 14