Gestão de Custos Aula 3 Avaliação dos Custos Prof. Me. Ernani João Silva Organização da Aula Avaliação dos custos Ótica contábil Contextualização Ótica econômica Contabilidade de Custo O Uso da Informação Útil Em nossa língua alfabetizado é quem conhece/utiliza os códigos de comunicação, já o analfabeto é aquele que desconhece estes sinais não acessando o conteúdo das mensagens grafadas Existem vários graus de analfabetismo e, dentre estes, temos o funcional, que se remete àqueles que conhecem a codificação em um nível tão aparente que palavras em frases curtas identificam, mas a mensagem não alcançam 1
Esta aula busca apresentar aqueles elementos tidos como básicos para mitigar o analfabetismo funcional contábil em custos, ou seja, o objetivo é informar conceitos que permitam a captura da mensagem latente da contabilidade de custo Instrumentalização Percepção Contábil Para o atendimento do princípio da competência, a contabilidade busca agregar todos os gastos de produção de um bem/serviço nas unidades produzidas Estes gastos, os custos, não são contabilizados como despesas até a venda do produto, diferente do que ocorre com gastos comerciais, administrativos e financeiros O que, para Martins (2003), leva ter algumas situações não muito lógicas O que são estes custos contábeis? Aquisição de matériasprimas e secundárias para produção/revenda Transporte e seguro das matérias-primas e secundárias Tributos não recuperáveis da aquisição de materiais Mão de obra direta, indireta, da produção Gastos com instalações e equipamentos da produção 2
Como são classificados segundo o setor de atividade? CMV: Custo da mercadoria vendida CPV: Custo do produto vendido CSP: Custo do serviço prestado a) CMV A expressão CMV é utilizada para os gastos incorridos pelas instituições comerciais com as mercadorias transacionadas : CMV = EI + Compra EF EI: Estoque Inicial EF: Estoque Final Martins (2003), lembra que em uma loja uma mercadoria é: um gasto (genericamente) um investimento (especificamente) uma despesa na venda, pporém, pela teoria, ela não passa pela fase de custo b) CPV A expressão é usada para os gastos incorridos pelas instituições fabris com a mercadoria comercializada, mediante três etapas de cálculos Custo de produção Custo da produção acabada Custo do produto vendido 3
Custo de produção CP = MD + MOD + CIF MD: Materiais Diretos* MOD: Mão de Obra Direta CIF: Custos Indiretos de Fabricação * MD = EI + Compra EF Custo da produção acabada CPA = EIPP + CP - EFPP EIPP: Estoque Inicial de Produtos em Processo CP: Custo de Produção EFPP: Estoque Final de Produtos em Processo Custo da produção vendido CPV = EIPA + CPA - EFPA EIPA: Estoque Inicial de Produtos Acabados CPA: Custo de Produto Acabado EFPA: Estoque Final de Produtos Acabados CPV: complemento Custo primário (CP): CP = MP + MOD Custo de transformação (CTr): CTr = MOD + CIF MP: Matéria-prima c) CSP A expressão CSP é utilizada para os gastos incorridos pelas instituições de prestação de serviços, referente à utilidade que produzem e comercializam Martins (2003, p.27) esclarece que os CSPs são custos que imediatamente se transformam em despesas, sem que haja a fase de Estocagem, como no caso da indústria de bens (...) Uma das formas de sua mensuração é pelo uso da ordem de serviço 4
Percepção econômica Paradigmas econômicos Corrente Mainstream Elementos complementares Paradigma econômico neoclássico Teoria das firmas Eficiência da produção Custo médio mínimo Lucro máximo 5
Aplicação Qual é o CPV, segundo os dados fornecidos? MD: R$ 1000,00 MOD: R$ 1500,00 CIF: R$ 3000,00 EIPP: R$ 500,00 EFPP: R$ 200,00 EIPA: R$ 800,00 EFPA: R$ 0,00 Síntese Nesta aula foi visto que a contabilidade de custo evoluiu da contabilidade financeira, forjada pelo desejo do controle dos estoques comerciais Igualmente, demonstrou-se algumas das distinções que há nos termos usados no campo contábil (e.g., custo e despesa) Na mesma forma, também foi trabalhada a forma de causa e efeito dos gastos dos recursos produtivos segundo o viés econômico neoclássico 6
Quando foi visto a determinação da máxima eficiência da produção, o menor custo médio e o maior lucro possível Referências de Apoio MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2010. SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2011. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Gestão de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 7