Ensaios in-situ e em laboratório para caracterização do desempenho em serviço de rebocos pré-doseados aplicados em fachadas de edifícios correntes



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Transcrição:

Ensaios in-situ e em laboratório para caracterização do desempenho em serviço de rebocos pré-doseados aplicados em fachadas de edifícios correntes Inês Flores-Colen DECivil, IST Portugal ines@civil.ist.utl.pt Jorge de Brito DECivil, IST Portugal jb@civil.ist.utl.pt Vasco P. de Freitas Professor Catedrático LFC, DEC, FEUP vpfreita@fe.up.pt Resumo: A escolha das intervenções nas fachadas rebocadas em serviço, assim como a monitorização da sua eficácia, deve ser apoiada por critérios quantitativos passíveis de serem medidos in-situ (permitindo a avaliação do material efectivamente aplicado e do comportamento real do sistema de revestimento). Por conseguinte, pretende discutir-se os ensaios in-situ e em laboratório (para análise de amostras recolhidas em serviço), que actualmente podem ser utilizados na caracterização do desempenho dos rebocos exteriores aplicados, em termos de princípio de actuação; parâmetros em serviço e potencialidade para a avaliação e diagnóstico durante as inspecções. Com esta comunicação, espera-se ainda sensibilizar os fabricantes para a necessidade de existirem parâmetros em serviço, passíveis de serem medidos in-situ, nas suas declarações, em complemento dos já disponíveis por obrigatoriedade da marcação CE (apenas aplicáveis a provetes normalizados e em condições controladas de laboratório). Palavras-chave: ensaios in-situ; desempenho em serviço; rebocos; critérios. 1. INTRODUÇÃO A análise do desempenho dos rebocos aplicados inclui a identificação das funções exigidas, características de desempenho, requisitos (regulamentares e adicionais) e a aplicação de adequados métodos de verificação. Neste contexto, a avaliação do desempenho em condições reais de utilização (designado nesta comunicação por desempenho em serviço) depende, significativamente, dos critérios e métodos de verificação em serviço, disponíveis face ao estado actual do conhecimento. A metodologia proposta para argamassas de revestimento exterior de base maioritariamente cimentícia, no âmbito do doutoramento da 1ª Autora [1], incide na sistematização de vários parâmetros em serviço (de observação e de medição) que podem constituir uma mais-valia no diagnóstico das inspecções, reduzin-

do a subjectividade inerente a uma avaliação unicamente visual. Esta comunicação apresenta uma síntese de vários ensaios in-situ ou em laboratório que podem ser utilizados no diagnóstico em serviço de fachadas rebocadas. Espera-se assim, contribuir para uma maior sensibilidade relativamente à importância de existirem características ou parâmetros quantitativos que possam integrar os cadernos de encargos no projecto de edifícios com fachadas rebocadas, complementando os actuais requisitos de desempenho, mas também que permitam uma monitorização dos rebocos aplicados na fase de utilização em condições reais de serviço. 2. ESPECIFICAÇÃO DO DESEMPENHO O adequado comportamento dos rebocos aplicados, tal como outros elementos construtivos, é decisivo para garantir bons níveis de desempenho global da fachada durante o seu ciclo de vida útil, nomeadamente em termos da sua resistência aos agentes de degradação em serviço e componente estética. A especificação de argamassas de revestimento, logo na fase de projecto, deve deixar de ser, tanto quanto possível, prescritiva (unicamente através de traços volumétricos ou ponderais) para passar a ter uma forma exigencial que contemple características de desempenho e requisitos regulamentares e adicionais. Apesar de o mercado actual das argamassas ainda ser caracterizado pela predominância de argamassas tradicionais, fabricadas em obra, é notória a crescente industrialização destes produtos e a preocupação da sua adequabilidade ao uso. De facto, a Directiva de Produtos da Construção 89/106/CEE [2] começa a ter uma efectiva implementação no mercado, com a obrigatoriedade da Marcação CE (desde 2005) para as argamassas de revestimento (marcação que serve apenas de um bilhete para a livre circulação deste produtos no mercado europeu). A Marcação CE, apoiada pela norma europeia harmonizada EN 998-1 [3], tem vindo a ter resultados efectivos nas características declaradas pelos fabricantes das argamassas industriais, conforme foi possível constatar na análise dos catálogos de 12 fabricantes de argamassas [1], no período de 2007/2009, referentes à produção de 50 produtos pré-doseados (35 argamassas de uso geral e 15 monocamadas, designadas correntemente por monomassas ). Neste estudo, verificou-se que [1]: características mais declaradas pelos fabricantes para argamassas de uso geral e monocamadas ( monomassas ) - tipo de suporte; coeficiente de difusão ao vapor de água; coeficiente de capilaridade; reacção ao fogo; aderência; resistência à tracção por flexão; resistência à compressão; massa volúmica aparente; quantidade de água na amassadura e tipo de acabamento; características menos declaradas pelos fabricantes (neste caso, para monocamadas, produtos normalmente pigmentados na massa, sem acabamento final, correntemente designados por monomassas ) - espessura média ou máxima de aplicação; granulometria; retracção e módulo de elasticidade dinâmico. Esta uniformização de características declaradas, apesar de positiva, é generalista, levando a que sejam poucos os fabricantes que recorrem à declaração de requisitos adicionais (apoiados, por exemplo, pelos documentos de aplicação do LNEC [4] ou de marca de produto nacional, de carácter voluntário), nomeadamente em relação a características importantes para o desempenho em serviço, tais como a retracção (livre e restringida) e o módulo de elasticidade dinâmico.

Por outro lado, de acordo com a recolha bibliográfica efectuada, verificou-se que os requisitos preconizados para as várias características de desempenho podem ter diferentes modos de expressão; valores mínimos e máximos; classes de valores; valores declarados pelos fabricantes ou tabelados em normas ou, ainda, expressões qualitativas do tipo preferencialmente moderada, média ou alta. Constatou-se ainda que a informação disponível para apoio à especificação de rebocos exteriores na fase de projecto não se encontra orientada para a sua monitorização em serviço, devido principalmente às seguintes razões [1]: os requisitos existentes na literatura técnica são verificados através de ensaios em laboratório (em condições ambientais controladas e provetes normalizados), sendo reduzidos os métodos de verificação que podem ser aplicados em serviço ou que apresentam um conjunto de adaptações para este tipo de utilização; apesar de existirem algumas normas / documentos técnicos que identificam diferentes requisitos tendo em conta condições específicas em serviço (protecção da fachada, tipo de acabamento, natureza do suporte e condições de exposição), de um modo geral, estes aspectos são abordados de forma genérica e prescritiva. Neste contexto, os métodos de verificação em serviço preconizados no estudo da 1ª Autora [1] são de quatro tipos: observação visual, meios auxiliares de diagnóstico (pequenos equipamentos ou procedimentos simples de apoio à observação visual); técnicas de ensaio in-situ e em laboratório (ensaios realizados em ambiente controlado, mas com amostras que foram recolhidas durante a inspecção). Esta comunicação incide nos ensaios in-situ e em laboratório. 3. ENSAIOS IN-SITU E EM LABORATÓRIO 3.1 Considerações gerais No estado actual, o desempenho em serviço de rebocos exteriores é avaliado, por norma, em função das anomalias visíveis (degradação existente). Neste contexto, esta avaliação depende significativamente da experiência e do conhecimento técnico do inspector e da informação disponível sobre o edifício (onde é constante o desconhecimento do historial das intervenções já realizadas, por falta de registos) [5]. As técnicas analisadas são técnicas correntes de diagnóstico e foram caracterizadas em detalhe em publicações anteriores [1; 5; 6; 7; 8]. No entanto, destacam-se alguns aspectos: 1) os coeficientes de variação em serviço são maiores dos que os obtidos em laboratório (na maioria das técnicas, estes coeficientes apresentaram valores entre 9 e 50%); 2) a recolha de amostras e as técnicas in-situ mais intrusivas apresentam aplicação mais reduzida em edifícios recentes, devido principalmente a questões estéticas e económicas; 3) as condições da inspecção podem afectar os resultados de algumas técnicas; 4) a dimensão e o estado de degradação das amostras recolhidas podem afectar os resultados e a viabilidade da técnica de ensaio. Adicionalmente, foram adaptados alguns procedimentos neste estudo para facilitar a utilização de determinadas técnicas em serviço, em particular: 1) no ensaio pull-off, foram utilizados cortes quadrados nos paramentos em vez dos circulares, preconizados na norma, pois são mais fáceis de executar em revestimentos menos compactos; 2) no ensaio de capilaridade e de secagem, as amostras não foram impermeabilizadas nas faces; 3) no ensaio de esclerómetro, não houve, por norma, o alisamento da superfície com a peça de carborundo, conforme correntemente utilizado em superfícies de betão.

3.2 Ensaios in-situ As técnicas de ensaio in-situ auxiliam o diagnóstico em termos de degradação, mas não estabelecem, na sua maioria, relações directas com os requisitos de desempenho. De facto, estas técnicas apresentam diferentes graus de conhecimento quando aplicadas à avaliação do comportamento em serviço de rebocos exteriores, de acordo com o seguinte: técnicas com procedimentos normalizados e critérios de avaliação consensuais no meio técnico, possuindo recomendações para a sua aplicação in-situ (por exemplo, recomendações da RILEM); apenas o ensaio de arrancamento por tracção pull-off reúne estas condições (Tabela 1); Tabela 1 - Ensaios in-situ para análise de parâmetros em serviço mecânicos [1; 9-18] Técnica de ensaio / parâmetros em serviço Resistência ao arrancamento por tracção (pulloff) para a determinação da tensão de aderência (f u ), tipologia de rotura (adesiva ou coesiva) e respectivas tensões Resistência superficial pelo Martinet Baronnie que mede o diâmetro da mossa (Ǿ mossa ) e o índice de quadriculagem (I j i ), associados a ensaios de impacto de corpos duros Dureza superficial pelo esclerómetro pendular que fornece o índice esclerométrico (IE); energia de impacto de 0.88 J para os esclerómetros tipos P, PT e PM, mas com diferentes corpos de impacto Ultra-sons (método indirecto) que mede o tempo de transição das ondas ultra-sónicas, permitindo o cálculo da velocidade aparente das ondas ultra-sónicas (V ap ) Ilustração da técnica Potencialidade em serviço Técnica intrusiva que possibilita sondagens sobre o sistema aplicado; a análise das tensões nas roturas maioritariamente coesivas fornece informação sobre a resistência à compressão ( 10 x tensão rotura); as amostras após o ensaio podem ser ensaiadas para outros parâmetros Caracterização da resistência superficial (deformabilidade superficial no ensaio de choque de esfera de 3J) e interna (ensaio de quadriculagem até 6 J) da argamassa aplicada; avaliação da profundidade de anomalias do tipo pulverulência Técnica com reduzido grau de intrusividade, possibilita mapeamentos com rápida detecção de zonas com pior desempenho (por exemplo, zonas empoladas ou destacamentos); medida indirecta da resistência à compressão do produto; necessidade de avaliar a contribuição do suporte para os resultados em serviço Avalia as heterogeneidades internas da argamassa aplicada; permite estabelecer uma relação entre o decréscimo da velocidade medida em zonas visualmente boas e com anomalias (sendo muito sensível à fissuração); sensível à presença de humidade no paramento técnicas que têm sido utilizadas nas inspecções de superfícies rebocadas ou de paramentos de edifícios (antigos ou recentes), possuindo procedimentos técnicos

de apoio à sua aplicação em serviço (recomendações da RILEM ou fichas de ensaio do LNEC), baseando-se, no entanto, em critérios subjectivos de avaliação (que mais uma vez dependem da experiência do inspector); nestas condições inserem-se as seguintes técnicas: esclerómetro pendular tipos PM, P e PT, Martinet Baronnie e tubo de Karsten ou método do cachimbo (Tabelas 1 e 2); Tabela 2 - Ensaios in-situ para análise de parâmetros em serviço físico-químicos [19-23] Técnica de ensaio / parâmetro em serviço Tubo de Karsten que mede a absorção de água sob pressão até aos 60 min, em zona não fissurada; permite a análise da permeabilidade à água líquida, através de um coeficiente de absorção (C tk ab ) para um período de tempo Humidímetro que, pelo princípio da impedância eléctrica, mede em percentagem um teor de humidade à superfície (H sup ) (escala calibrada para um reboco de referência introduzido no aparelho) Pirómetro de radiação infravermelha que mede a temperatura superficial (T sup ) sem contacto, permitindo calibrar os resultados para valores de emissividade e de temperatura ambiente Kit de campo que mede a concentração de vários sais, em mg/l (cloretos, nitratos e sulfatos), através da análise de 2 g de amostra em solução aquosa + reagentes, com um espectrofotómetro Fitas colorimétricas que medem a concentração de vários sais numa solução aquosa, através de escala comparativa fornecida (por exemplo: cloretos: 0-500 - 1000-1500 - 2000-3000 mg/l) Ilustração da técnica Potencialidade em serviço Técnica não-destrutiva que permite diferenciar produtos com ou sem hidrófugo; complementa os resultados dos ensaios de capilaridade em amostras; distingue vários tipos de acabamento Técnica não-destrutiva que possibilita mapeamentos rápidos e o diagnóstico da origem e/ou evolução dos focos de humidade; sensível a sais higroscópicos Técnica não destrutiva que pode fazer pequenos mapeamentos da temperatura à superfície; medições durante 24 h para a análise das condensações superficiais Permite avaliar a origem das eflorescências e respectiva concentração de determinado sal; apresenta alguma incerteza na análise dos sulfatos; requer recolha de amostra em pó Fornecem intervalos de concentração para cada ião, podendo ser útil na detecção rápida de teores elevados de um dado sal; incerteza nos limites da cada gama de leitura

técnicas que, embora de uso corrente, com procedimentos normalizados (normas ISO ou da ASTM) no diagnóstico em serviço de elementos da construção, como por exemplo estruturas de betão, apresentam ainda pouca aplicação no diagnóstico de paramentos rebocados (apesar de já existirem estudos desenvolvidos por outros investigadores); nestas condições, inserem-se as técnicas de ultra-sons (Tabela 1); técnicas que têm sido utilizadas no diagnóstico de paramentos rebocados ou de fachadas, mas cujos procedimentos são apenas referidos no manual do equipamento, sendo ainda escassos os estudos de investigação que possam fornecer critérios de avaliação, neste grupo, inserem-se as técnicas do kit de campo para sais, fitas colorimétricas, medidor de ph/condutividade, humidímetro, pirómetro de radiação infravermelha (Tabela 2). 3.3 Ensaios em laboratório com amostras recolhidas em serviço As técnicas de ensaio em laboratório, utilizadas para a análise de amostras recolhidas em serviço, permitem obter informação sobre parâmetros relevantes para o desempenho que não são analisados directamente pelas técnicas de ensaio in-situ referidas anteriormente. No estudo efectuado [1], verificou-se que a utilização dos ensaios em laboratório é reduzida no diagnóstico de rebocos em serviço, assim como os estudos de investigação que, na maioria das técnicas, são ainda incipientes. No entanto, é possível distinguir estas técnicas em termos do conhecimento adquirido (Tabela 3): técnicas que resultam da adaptação de outras normalizadas para provetes de argamassa, com requisitos de desempenho definidos; neste grupo, insere-se o ensaio de absorção capilar; técnicas que resultam de outras com procedimentos aplicados mais correntemente a outros materiais (por exemplo, amostras de betão ou pedra): neste grupo, insere-se o ensaio de resistência à compressão de amostras e a medição do volume das amostras através da pesagem hidrostática para a determinação da massa volúmica aparente ou porosidade aberta ou aparente (esta última técnica apresenta na bibliografia diferentes procedimentos para a saturação das amostras); técnicas que resultam apenas de estudos de investigação, sem procedimentos publicados; neste grupo, insere-se o ensaio de secagem de amostras (utilizado após a conclusão do ensaio de absorção capilar). 3.4 Parâmetros em serviço Os parâmetros em serviço utilizados no estudo incluíram diversos parâmetros de observação e de medição (cerca de 28). Estes últimos foram analisados em amostras em laboratório (provetes normalizados e modelos reduzidos de tijolo e argamassa) e em amostras sujeitas a degradação devida às diversas condições de exposição em serviço (muretes ou fachadas de edifício). Este estudo foi limitado às argamassas aplicadas mais frequentemente em edifícios correntes, incluindo as argamassas (pré-doseadas ou tradicionais), cimentícias ou bastardas, com 5 a 7 de areia, excluindo, portanto, as argamassas de edifícios antigos, cuja percentagem de cal é significativamente maior. As campanhas em laboratório permitiram um melhor entendimento das técnicas de verificação dos vários tipos de rebocos, assim como estabelecer algumas relações de dependência entre os parâmetros de medição em serviço (mecânicos e físico-químicos) e os determinados em provetes normalizados (parâmetros que se encontram associados aos requisi-

tos encontrados em normas ou na bibliografia técnica). Tabela 3 - Ensaios em laboratório para análise de parâmetros em serviço mecânicos, físicos e químicos [24-31] Técnica de ensaio / parâmetro em serviço Ensaio de compressão de amostras recolhidas directamente dos paramentos ou que resultam do ensaio de pull-off; medição da resistência à compressão do produto aplicado (R ad c ) Ensaio de pesagem hidrostática que permite determinar a massa volúmica aparente (M PA ap ) e a porosidade aberta (P ap ) em pequenas amostras recolhidas; não permite a análise da porometria (distribuição dos poros) Ensaio de secagem que permite a determinação do índice de secagem, I s, em amostras recolhidas (variação do teor de água, em %, durante a evaporação, em relação ao teor de água existente na fase inicial da secagem) Ensaio de capilaridade em amostras que mede o coeficiente de capilaridade, C a d (através da diferença de massa durante o tempo em que decorre o ensaio, traduzida no declive do gráfico) Medidor portátil combinado para medição do ph e condutividade (µs/cm) de uma amostra em solução aquosa, através de um processo electrométrico Ilustração da técnica Potencialidade em serviço Técnica destrutiva que avalia o comportamento mecânico do reboco aplicado; os resultados podem ser influenciados pela irregularidade, degradação e espessura da amostra recolhida Permite uma primeira caracterização mecânica e física do reboco aplicado; a porosidade aberta pode distinguir produtos prédoseados (mais porosos) dos tradicionais Ensaio ainda em estudos de investigação, com pouca aplicação prática, mas que pode constituir uma via indirecta para avaliar a resistência à difusão do vapor de água Permite avaliar o comportamento face à água do reboco aplicado; na análise dos resultados ter em conta a espessura da amostra e se houve ou não a sua saturação durante o ensaio Fornece informação relevante para a caracterização do reboco aplicado, em determinado instante; por exemplo, identificação de zonas carbonatadas ou atacadas quimicamente De um modo geral, os resultados obtidos nas campanhas em laboratório para os parâmetros mecânicos em serviço, medidos com as técnicas das Tabelas 1 e 3, apresentaram boas correlações com as seguintes características: a resistência à compressão, módulo de elasti-

cidade dinâmico, e tensão de aderência. Por outro lado, os resultados em laboratório para os parâmetros físico-químicos, medidos com as técnicas das Tabelas 2 e 3, permitiram concluir que existem boas correlações entre estes e os seguintes parâmetros de referência: coeficiente de capilaridade e permeabilidade ao vapor de água, relevantes para a verificação das características do reboco aplicado em serviço, nomeadamente, resistência à penetração da água líquida, resistência à humidade ascensional, resistência higrotérmica e bioquímica. A análise dos vários resultados obtidos com as campanhas em serviço permitiu confirmar algumas relações estabelecidas em laboratório, assim como identificar outras relevantes. Na maioria das vezes, os resultados em serviço conduziram a relações entre parâmetros com coeficientes de correlação mais baixos, devido à influência de vários factores em serviço, tais como: procedimentos de execução, modo de aplicação das argamassas, acabamento final das argamassas, mecanismos de degradação predominantes, influência dos restantes elementos da fachada, e condições ambientais antes ou durante a realização dos ensaios. Por outro lado, as boas correlações obtidas entre vários parâmetros em serviço permitiram, em alguns casos, ajustar os parâmetros medidos em laboratório às condições reais de exposição (por exemplo, boas correlações verificadas entre a porosidade aparente e o índice esclerométrico, o diâmetro da mossa e o índice de resistência à secagem. Concluiu-se, assim, que o estudo de mais do que um parâmetro em serviço possibilitou, quase sempre, um melhor entendimento dos fenómenos observáveis; nos casos onde isto não aconteceu, foram calculados indicadores de fiabilidade associados aos parâmetros de referência, aos métodos de verificação e aos resultados em serviço [1]. Por último, foram propostos critérios limite entre dois grupos de argamassas (em termos dos parâmetros mecânicos) com base no trabalho desenvolvido, um primeiro grupo associado às argamassas pré-doseadas menos compactas (com massa volúmica aparente inferior a 1550 ± 150 kg/m 3 ) e um segundo grupo onde se inserem todas as argamassas tradicionais, de base maioritariamente cimentícia, e as argamassas pré-doseadas mais compactas (com massa volúmica aparente superior a 1550 ± 150 kg/m 3 ). No caso dos parâmetros físicos, a distinção foi feita entre argamassas pré-doseadas e tradicionais, já que as primeiras são correntemente hidrofugadas. Relativamente aos parâmetros químicos, foram propostos limites gerais para o conjunto das argamassas, sem a diferenciação de grupos como os parâmetros anteriores (Tabela 4). 4. CONCLUSÕES O diagnóstico em serviço dos rebocos aplicados com recurso a técnicas de ensaio pode ser significativamente melhorado, reduzindo a subjectividade que uma inspecção visual tem. As técnicas analisadas nesta comunicação são métodos simples com custos reduzidos que apresentam alguma incerteza associada principalmente aos factores de serviço (por exemplo, condições de aplicação das argamassas de revestimento) e às condições de inspecção (temperatura, condições de humidade, entre outros). No entanto, fornecem parâmetros que podem traduzir o comportamento mecânico, físico e químico dos rebocos aplicados ao longo da sua vida útil. O estudo efectuado concluiu que a fiabilidade destas técnicas é aumentada quando são utilizadas em conjunto, possibilitando o cruzamento de vários parâmetros de medição, obtidos através de ensaios directos nos paramentos com técnicas pouco intrusivas ou em laboratório com pequenas amostras recolhidas. Neste contexto, a introdução de parâmetros passíveis de serem medidos em serviço nas declarações dos fabricantes (como parâmetros adicionais aos já exigidos, determinados em laboratório e em provetes normaliza-

dos de argamassa) pode contribuir para um melhor conhecimento do desempenho em serviço das argamassas de revestimento. Por último, os critérios propostos para as técnicas analisadas têm como objectivo constituir apenas uma base de trabalho, que deve ser validada com o estudo de um maior número de fachadas rebocadas em serviço pelo meio técnico (fabricantes e universidades). Tabela 4 - Critérios propostos para a avaliação do desempenho de rebocos exteriores, com base nas técnicas estudados e estudos de casos analisados (para argamassas pré-doseadas menos compactas, com massa volúmica aparente inferior a 1550 ± 150 kg/m 3 ) [1] Parâmetro em serviço Critérios Unidades Massa volúmica aparente PA 1330 M ap 1550 ± 150 kg/m 3 Porosidade aparente 22 ± 2 P ap 30 ± 5 % Tensão de arrancamento por tracção f u 0.3 N/mm 2 Resistência à compressão de amostras, após ad 2.8 R c 5.2 N/mm 2 ensaio de aderência pull-off Resistência à compressão de amostras estimada fuc 2.7 R c 4.0 N/mm 2 pela tensão de arrancamento em rotura coesiva Velocidade aparente de propagação das ondas 3 ± 0.3 V ap 3.3 ± 0.2 km/s Índice esclerométrico no esclerómetro PT 64 IE PT 75 ± 7 - Diâmetro da mossa no Martinet Baronnie 13 Ø mossa 20 mm Índice de quadriculagem no Martinet Baronnie j 54 I 0 I i I 250 - Humidade à superfície, em ambiente seco H sup 11 ± 9 % Coeficiente de absorção no tubo de Karsten tk 0.05 C ab(60)min 0.2 kg/m 2.min 0.5 Coeficiente de capilaridade de amostras a 0.01 C d 0.2 kg/m 2.min 0.5 Teor de água no ensaio de capilaridade às 48h 48h 0.01 W c 0.2 % Índice de resistência à secagem de amostras 0.1 I s 0.3 ± 0.05 - Concentração de cloretos [Cl - ], nitratos [NO - 3 ] e sulfatos [SO 2-4 ] em amostras em solução aquosa, medidos neste estudo através do kit de campo ou fitas colorimétricas 50 [Cl - ] 300 ; 75 [NO - 3 ] 500 ; 1000 [SO 2-4 ] 5000 ; 1125 Σ (C+N+S) sais 5800 mg/kg Valor de ph de amostras em solução aquosa 10 ph 11 ± 1.5 - Nota: os critérios propostos resultam do trabalho desenvolvido em 44 casos de estudo [1] mas carecem da análise de um maior número de casos, com diferentes condições em serviço, pelo que a generalização destes valores deve ser tida com alguma reserva. 5. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao centro de investigação ICIST do IST, aos Laboratórios de Construção do IST e de Física das Construções da FEUP e ao Eng.º Luís Silva da Weber pelo apoio no trabalho experimental. 6. REFERÊNCIAS [1] Flores-Colen, I. Metodologia de avaliação do desempenho em serviço de fachadas rebocadas na óptica da manutenção predictiva. Tese de doutoramento, 2009, 487 p.

[2] Directiva Comunitária Relativa aos Produtos da Construção. Directiva 89/106/CEE. Jornal Oficial n.º L 040 de 11 de Fevereiro, alterada pela Directiva 93/68/CEE de 22 de Julho. [3] CEN. Specification for mortar for masonry. Part 1: rendering and plastering mortar. EN 998-1. Brussels, Comité Européen de Normalisation, 2003 [4] LNEC. Regras para concessão de documentos de aplicação a revestimentos prédoseados de ligante mineral com base em cimento para paredes. Relatório 427/05 - NRI. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2005. [5] Flores-Colen, I.; Brito, J. de; Freitas, V. P. Expedient In Situ Test Techniques for Predictive Maintenance of Rendered Façades, Journal of Building Appraisal, 2006, 2 (2). [6] Flores-Colen, I. Brito, J. de; Branco, F. In Situ Adherence Evaluation of Coating Materials, Experimental Techniques, 2009, 33 (3). [7] Flores-Colen; I.; Silva, L; Brito, J.; Freitas, V. Parâmetros em serviço medidos em amostras recolhidas in-situ - Massa volúmica e porosidade aparentes, PATORREB 2009-3º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, FEUP/Universidade Politécnica da Catalunha, Porto, 18-20 Março 2009. [8] Flores-Colen, I.; Brito, J. de; Freitas, V. P. Expected render performance assessment based on impact resistance in situ determination, Construction and Building Materials, 2009, 23 (9). [9] CEN (2000). Methods of test for mortar for masonry - Part 12: Determination of the adhesive strength of hardened rendering and plastering mortars on substrates. EN 1015-12. Brussels: Comité Européen de Normalisation, 2000. [10] RILEM. MDT.D.3. Determination "in situ" of the adhesive strength of rendering and plastering mortars to their substrate. RILEM Recommendation. Materials and Structures, 2004, 37: p. 488-490. [11] Uzac, R.; Vigier, J.; Baronnie, P. Essais de qualification des surfaces peintes. Cahier 695. Paris: Centre Scientifique et Technique du Bâtiment, Juin, 1966. [12] Lucas, J. C. Revestimentos para paramentos interiores de paredes de alvenaria de blocos de betão celular autoclavado. Volume I. Classificação, descrição geral e exigências funcionais de revestimentos de paredes. Procº. 83/11/7334, Tese de Especialista. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1986, 315p. [13] Magalhães, A. C.; Veiga, M. R. Comparison of in-situ mechanical tests on masonry mortars: sphere impact and controlled penetration test. In: HWC2006 - Heritage, Weathering & Conservation Conference. Madrid: CSIC-RTPHC / SWAPNET, 2006, CD. [14] LNEC. Revestimentos de paredes. Ensaio de choque de esfera. Ficha de ensaio FE Pa 25, Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1980. [15] LNEC. Revestimentos de paredes. Ensaio de quadriculagem. Ficha de ensaio FE Pa 26, Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1980. [16] Vekey, R. C. Testing Masonry Materials and Structures: A review of the work of the RILEM committee 127MS. Materials and Structures, Supplement March, pp. 12-16, 1997. [17] Magalhães, A. C.; Costa, Dória, Veiga, M. R. Diagnóstico de anomalias de revestimentos de paredes com técnicas de ensaio in situ. Avaliação da resistência mecânica. In: 3º ENCORE - Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2003, pp. 419-427. [18] Santos, C.; Matias, L.; Magalhães, A. C.; Veiga, M. R. Application of Thermography and ultra-sounds for wall anomalies diagnosis. A laboratory research study. In: Proc. Int. Symposium Non-Destructive Testing in Civil Engineering. Berlin: DGZIP, 2003, CD. [19] LNEC. Revestimento de paredes. Ensaio de absorção de água sob baixa pressão". Ficha de ensaio FE Pa 39.1. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2002.

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