FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTEGRADO RIO VERDE RESULTADOS DE PESQUISA DETERMINAÇÃO DE RESPOSTAS ECONÔMICAS A FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO SOBRE O RENDIMENTO DE ALGODÃO PÓS-SOJA EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE SEMEADURA PARA REGIÃO CENTRO NORTE MATOGROSSENSE. SAFRINHA 2004 CLAYTON GIANI BORTOLINI Lucas do Rio Verde, Janeiro de 2005
1 - RESUMO O cultivo do algodão na região Centro Norte do estado do Mato Grosso tem sido direcionado para segunda safra, após a colheita da soja durante o mês de janeiro. A falta de informações de pesquisa, especialmente no que se refere a níveis de fertilização com nitrogênio (N) e potássio (K) em cobertura no cultivo do algodão safrinha tem proporcionado prejuízos aos cotonicultores, visto a maiores custos e principalmente a produtividades não maximizadas. Com objetivo de orientar programas de fertilização para algodão safrinha, foi implantado no CETEF em Lucas do Rio Verde MT um experimento onde se avaliou doses e épocas de aplicação de N e K em cobertura. Os resultados obtidos servem de parâmetros para definições nos sistemas produtivos para esta cultura implantada em safrinha, e orientam novos planejamentos de pesquisa, com ajustes finos aos tratamentos a serem avaliados em anos seguintes. 2 - ABSTRACT The cotton crop in the region Centro Norte Matogrossense is directed for the second harvest, after the soy harvest in the January month. The lack of research information, especially as for levels of fertilization with nitrogen (N) and potassium (K) in covering of the cotton of the second harvest has proportionate damages to the cotton farmers, seen the biggest costs and mainly the productive not maximized. With purpose to guide fertilization programs for cotton of second harvest, will be implanted in CETEF in Lucas do Rio Verde MT, an experiment where doses and times of nitrogen (N) application and potassium (K) in covering will be evaluated, and for the potassium (K) also evaluated systems of fertilization integrated with the soy. The results was benefit to the cotton culture of the cotton of second harvest through the productivity increment and use of levels based in technology of production in indicative of maximum economic efficiency of fertilizers applied, but this research will be continued in the next year with the objective of increase of confiance degree.
3 - REVISÃO DE LITERATURA A expansão do cultivo do algodão no estado do Mato Grosso se deu com grande intensidade devido às condições de ambiente favorável e a evolução tecnológica constante nas propriedades agrícolas. As produtividades ao redor de 300 @/ha, que no início eram um sonho, atualmente são facilmente observadas nas lavouras tecnificadas, implantadas em safra principal (Fundação MT, 2001), assim como em vários casos de cultivos safrinha da região do Centro Norte Matogrossense (Fundação Rio Verde, 2004). Com a tendência de mudança no cultivo do algodão do Centro Norte Matogrossense de safra principal para segunda safra estas tecnologias necessitam ser novamente adaptadas e validadas, visando maximizar produtividades e lucratividade deste cultivo (Fundação Rio Verde, 2003b), especialmente a quantificação dos pontos de máximo retorno econômico a cada unidade real investida. O algodão safrinha é implantado durante o mês de janeiro, após a colheita da soja, sofrendo durante seu cultivo grande influência das condições de ambiente (Fundação Rio Verde, 2002). Por ter o final de seu ciclo de desenvolvimento coincidindo com o final da estação chuvosa, que geralmente ocasiona deficiência hídrica à cultura, a data da implantação, de início, meio ou final do período utilizado para semeadura afeta diretamente os investimentos na cultura, principalmente no que se refere à nutrição de plantas. O aproveitamento dos nutrientes fornecidos ao algodão é afetado diretamente pelas condições de clima e de fisiologia da planta (Fundação MT, 1999). Quanto mais tardio a semeadura safrinha, menor a disponibilidade hídrica para o algodão e conseqüentemente maior o risco de redução de produtividade. Para alcançar melhorias na produtividade do algodoeiro, o aproveitamento dos nutrientes deve ser maximizado. Dentre eles, os de maior importância são o N e o K, com grandes variações entre doses e épocas de aplicação e conseqüentemente respostas em produtividade (Fundação MT, 2001). Trabalhos realizados em algodão de safra principal mostram respostas lineares de produtividade quando o N em cobertura é aplicado até a dose de 120 kg/ha (Fundação MT, 2001). Para o K, variações também são observadas, onde a aplicação deste em cobertura apresentaram incrementos significativos em produtividade. Em outro extremo, em solos com índices K no solo de 82 a 96 mg/kg, a aplicação deste nutriente em cobertura não apresentou resposta em produtividade (Silva, 1999). Devido à falta de resultados de pesquisa que orientem os planejamentos de fertilização de plantas do algodão em cultivo safrinha no Centro Norte do estado do Mato Grosso, cotonicultores fazem seus próprios testes para direcionamento desta prática. A
desvantagem destes testes é o seu alto custo, devido a possíveis doses de fertilizantes aplicadas além do potencial de resposta, ou por outro lado, pela perda de produtividade devido à deficiência nutricional. Com o cultivo do algodão em pós-soja, devem-se considerar efeitos residuais desta para o algodão. Devido à fixação biológica e composição em seus tecidos, a soja pode disponibilizar em torno de 40 kg/ha N para o algodão, reduzindo a necessidade de aplicação deste nutriente (Embrapa, 2000). Para o K pode ser considerado também efeito residual, variando em quantidades de acordo com a dosagem deste aplicado na soja. Com a adubação de sistemas muito estudada atualmente, a aplicação de K na soja além de favorecer a produtividade desta (Fundação Rio Verde 2003a), pode também afetar significativamente o algodão safrinha. Deste modo, a antecipação de parte da adubação com K do algodão para o cultivo da soja pode ter seu benefício para as duas culturas, diluindo custos e aumentando lucratividades. Trabalhos de avaliação de sistemas de adubação Safra x Safrinha, com NPK para soja e milho têm mostrado a viabilidade desta técnica na região centro Norte do Mato Grosso (Fundação Rio Verde, 2003a; Fundação Rio Verde, 2003b). Outra possibilidade de respostas positivas ao potássio seria sua aplicação de parte em cobertura, logo após a semeadura do algodão, gerando melhor praticidade operacional para o cultivo. A determinação de doses e épocas e parcelamento de doses de N e K no cultivo do algodão safrinha fornece importante subsídio para incrementos de produtividade e especialmente de lucratividade das lavouras da região. Com estes resultados, as doses aplicadas passam a ser aquelas que proporcionam em cada época de semeadura as maiores repostas em eficiência econômica. Com maior lucratividade do algodão safrinha, tem-se incentivo aos cotonicultores que reduziram suas áreas ou mesmo abandonaram a cultura à voltar a investir no algodão, obtendo o sucesso esperado. 4 - METODOLOGIA O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da adubação nitrogenada e potássica aplicada em diferentes épocas, antes e durante o cultivo do algodão safrinha ou pós-soja na região Centro Norte Matogrossense. A verificação da resposta econômica da cultura possibilita o incremento da lucratividade da lavoura, através da maximização do aproveitamento dos fertilizantes N e K em relação ao seu custo.
O experimento foi conduzido no CETEF Centro Tecnológico Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde MT no ano agrícola 2003-04. Os tratamentos constaram de seis doses de nitrogênio de cobertura do algodão (Tabela 1), cruzado com seis doses de K 2 O em cobertura no cultivo do algodão e parte antecipado para o cultivo da soja (Tabela 2), e de três épocas de semeadura. Tabela 1 Doses de Nitrogênio (N), aplicados em diferentes estádios do algodoeiro Tratamentos Estádio de aplicação (dias após emergência) N cobertura 30 55 70 N total cobertura ---------------------- Dose de N (kg/ha) ----------------------- 1 - - - 0 2 40 - - 40 3 40 40-80 4 40 40 40 120 5 60 60-120 6 60 60 40 160 Tabela 2 Doses de Potássio (K 2 O), aplicados em diferentes estádios do algodoeiro Tratamentos Estádio de aplicação (dias após emergência) K 2 O total K 2 O cobertura Semeadura do algodão 30 55 cobertura ---------------------- Dose de K 2 O (kg/ha) ----------------------- 1-0 - 0 2-40 - 40 3-80 - 80 4-80 40 120 5-80 80 160 6 80 1 80-160 1 Esta dose de K2O será aplicada em cobertura logo após a semeadura do algodão. Cada um destes níveis de N e K foram cruzados entre sí, e implantados em três épocas de semeadura de safrinha em 15/01 e 28/01 e 16/02/2004. Com as interações dos três fatores obteve-se um total de 108 tratamentos. O experimento foi implantado à campo, em delineamento de blocos casualizados disposto em parcelas sub-subdivididas com quatro repetições. As parcelas tiveram área de 21,6 m 2 e consistiram de quatro linhas de seis metros de comprimento, sendo utilizadas para avaliações as duas linhas centrais, descontando 1,0m de cada extremidade. A semeadura assim como os tratos culturais foram mecanizados. A cultivar Makina foi implantada nos intervalos de datas programados, com população de 11 plantas/m linear, em linhas espaçadas de 90cm. Como adubação de base (no sulco de semeadura) foram aplicados para todos os tratamentos as doses de: 30 kg.ha -1 de N; 150 kg.ha -1 de P 2 O 5, e 60 kg.ha -1 de K2O, além de micronutrientes
calculados de acordo com a necessidade do solo. Em adubação de cobertura foram aplicados os tratamentos descritos acima. O controle de pragas, doenças e plantas invasoras foram realizados quimicamente, sendo que esta última recebeu também capina manual para retirada de invasoras não controladas pelos herbicidas. Os produtos utilizados foram os recomendados para a cultura do algodão, conforme legislação vigente. A estatura da planta nos estádios de início de formação de botão floral, e abertura da primeira maçã foi obtida pela medição em centímetros de 10 pontos com 10 plantas cada. A medida foi considerada do solo até nó da planta mais alto. O estado nutricional das plantas de algodoeiro foi obtido pela análise foliar através da coleta da quinta folha da haste principal, de plantas de algodão das linhas centrais de cada parcela, sendo cada análise composta por folhas das quatro repetições de cada tratamento em cada época (total de 108 amostras). A coleta de folhas para análise foi realizada com o algodão entre 80 e 90 dias após a emergência. As folhas foram secas em estufa com circulação de ar forçada e encaminhada para análise. Para avaliar o crescimento da planta foi coletado 5 plantas/parcela com o algodão com 80 a 90 dias após a germinação, onde todas as doses de fertilizantes de cobertura foram aplicadas. As plantas foram secas em estufa de secagem de plantas e após secas foram pesadas em balança digital de precisão. O rendimento de algodão em caroço foi avaliado através de 10 amostragens aleatórias por tratamento, colhendo-se duas linhas de 4m de comprimento cada (7,2 m 2 ). O algodão em caroço foi levado ao barracão de beneficiamento, no qual o produto da colheita foi pesado em balança digital de precisão. A análise econômica da aplicação de fertilizantes de cobertura foi calculada e o incremento em produtividade promovido por cada dose de aplicação em relação ao tratamento testemunha (sem aplicação de cada nutriente). Os demais valores foram considerados como custo fixo, pois as necessidades de defensivos foram as mesmas para todos os tratamentos. 5 Resultados A estatura das plantas no estádio de início da abertura do botão floral aumentou com as doses de N e K, sendo que acima de 120 kg/ha de N houve um pequeno acréscimo na altura de plantas, e doses acima de 80 Kg/ha de K 2 O houve pouco aumento
na altura das plantas (Tabelas 3, 4, 5, 6, 7 e 8). Tabela 3. Altura da planta do algodoeiro no estádio de primeiro botão floral, na semeadura de 15/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N Dose de K 2 O (kg/ha) (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 41 52 54 55 55 57 40 54 60 65 69 73 66 40 + 40 57 62 72 74 75 71 40 + 40 + 40 62 63 68 72 72 71 60 + 60 67 74 73 73 77 72 60 + 60 + 40 64 78 76 75 80 74 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Tabela 4. Altura da planta do algodoeiro no estádio de primeiro botão floral, na semeadura de 28/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N (kg/ha) Dose de K 2 O (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 59,6 63 66,6 71,4 84,4 88,2 40 61,2 79 83,8 83,4 87,4 87,2 40 + 40 61,8 68,2 68 85,6 86 84,6 40 + 40 + 40 64,2 73,2 78,8 83 86,8 91,4 60 + 60 62 72,8 78,8 83,8 87,2 90 60 + 60 + 40 63 72,8 79,6 83 87,4 88,8 vegetativo 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo
Tabela 5. Altura da planta do algodoeiro no estádio de primeiro botão floral, na semeadura de 16/02/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N (kg/ha) Dose de K 2 O (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 70,8 82 87,6 91 90 86,2 40 75 85,2 91,2 93,8 94,4 95,4 40 + 40 70,8 75 81,6 88,4 93,6 96,2 40 + 40 + 40 77,2 80,2 80,2 86,4 96,8 96 60 + 60 74 81,8 85,2 91,4 95 102,6 60 + 60 + 40 74,4 80,6 84,6 102,2 120,6 126,4 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Tabela 6. Altura da planta do algodão no estádio de primeira maçã, na semeadura de 15/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob diferentes formas. Doses de N (kg/ha) Dose de K 2 O (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 52 58 60 61 62 66 40 65 69 70 76 81 79 40 + 40 63 73 79 80 83 79 40 + 40 + 40 69 73 77 83 84 85 60 + 60 73 82 84 84 87 85 60 + 60 + 40 73 82 82 82 86 85 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo
Tabela 7. Altura da planta do algodão no estádio de primeira maçã, na semeadura de 28/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob diferentes formas. Doses de N (kg/ha) Dose de K 2 O (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 69,4 74 76,8 83,8 90,6 96 40 75,8 90 99,2 98 100,2 103 40 + 40 72,6 80,6 85,4 93 98 98,6 40 + 40 + 40 73,8 88,6 98,2 98 102,2 108 60 + 60 76 82,4 91,6 89,8 98,8 100,4 60 + 60 + 40 75,2 85,4 95,6 101,8 102,2 110,6 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Tabela 8. Altura da planta do algodão no estádio de primeira maçã, na semeadura de 16/02/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N (kg/ha) Dose de K 2 O (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------- cm --------------------------------------- 0 83,4 94 101,8 111 116 114,6 40 90,6 93,8 104,8 114,6 118,4 123,4 40 + 40 84,8 93,2 98 104,4 112,2 121,4 40 + 40 + 40 88,8 96,8 103,8 112 117,4 126,2 60 + 60 93,2 102,8 105,4 111,4 117,2 122,6 60 + 60 + 40 93,4 94,8 104,6 144,6 170,6 174,6 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Nos resultados obtidos observa-se baixa relação entre produtividade e parâmetros de plantas, em função das condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento do algodoeiro, fazendo com que as relações entre esses fatores ficassem prejudicadas. Os teores foliares (Tabela 9, 10, 11, 12, 13, 14) confirmam essa tendência, onde os teores de K nas folhas estão na faixa adequada de acordo com Embrapa (1998), indicando que o teor de potássio no solo em que foi desenvolvido o experimento proporciona pouca probabilidade de resposta à aplicação desse nutriente. Os teores foliares de N tiveram a mesma tendência, porém com resposta da cultura ao N,
evidenciando a necessidade da adubação nitrogenada e a baixa capacidade do solo em suprí-la. Os dados obtidos nesse ano agrícola foram muito prejudicados pelas condições de clima, sendo que devem ser repetidos em anos em que a distribuição de chuvas é normal e não atípico como o desta safrinha de 2004. Em função disto, a Fundação Rio Verde irá na segunda safra de 2005 repetir esse experimento para avaliação dos resultados, a fim de determinar quais as doses de N e K para o algodão segunda safra que proporcione maior retorno econômico ao produtor, bem como produtividades condizentes com a realidade da região. Esse tipo de trabalho deve ser conduzido por no mínimo 5 anos, para se obter dados com maior precisão e assim permitir a elaboração de uma recomendação regional.
Tabela 9. Teor de macronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 15/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K 2 O N P K Ca Mg S -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ g kg -1 ------------------------------ 0 39,00 4,90 18,90 22,10 4,10 3,90 40 37,00 4,6 19,10 23,40 3,90 5,20 0 80 36,00 4,70 20,60 24,20 2,80 5,00 120 38,00 4,50 19,60 28,30 5,00 5,00 160 38,00 3,90 19,60 28,10 5,40 4,10 80 + 80 36,00 4,20 19,60 26,40 4,00 3,80 0 39,00 4,10 22,40 29,60 4,40 2,50 40 41,00 3,80 20,60 21,30 3,70 2,70 40 80 39,00 4,00 18,70 27,80 4,70 2,50 120 38,00 4,10 17,90 21,90 3,60 2,50 160 38,00 3,90 19,30 27,00 5,00 3,00 80 + 80 38,00 3,90 18,10 22,70 5,10 3,60 0 38,00 4,50 21,50 22,70 3,50 2,70 40 37,00 4,30 20,60 23,00 2,70 2,40 40 + 40 80 38,00 4,40 19,60 23,80 3,50 2,30 120 42,00 4,30 19,40 20,40 3,90 3,00 160 39,00 3,80 19,10 26,90 3,90 2,60 80 + 80 39,00 4,50 21,50 21,60 3,30 2,50 0 40,00 3,90 19,60 20,10 4,80 2,50 40 39,00 4,20 24,30 17,80 3,50 2,30 40 + 40 + 40 80 41,00 3,70 20,60 16,50 3,90 2,60 120 38,00 4,50 20,40 18,00 3,90 2,70 160 42,00 3,40 19,40 18,80 4,40 2,20 80 + 80 37,00 4,30 28,00 19,60 2,90 2,30 0 42,00 4,10 25,20 19,10 3,50 2,20 40 42,00 4,10 19,30 22,50 4,10 2,20 60 + 60 80 40,00 3,90 19,60 18,20 2,60 2,00 120 39,00 4,10 19,30 22,40 4,30 2,00 160 41,00 3,70 21,50 26,70 4,90 2,10 80 + 80 41,00 4,20 21,50 20,00 3,40 2,20 0 43,00 3,60 19,60 16,70 3,40 2,20 40 41,00 3,70 21,50 20,40 3,40 1,90 60 + 60 + 40 80 43,00 3,40 19,40 19,50 5,30 2,50 120 38,00 3,90 20,60 18,60 2,90 2,20 160 42,00 3,40 18,90 17,80 3,50 2,20 80 + 80 45,00 3,80 20,60 19,90 3,90 2,20
Tabela 10. Teor de micronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 15/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K2O Zn Cu Fe Mn B -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ mg kg -1 ------------------------------ 0 39,60 7,60 124,00 37,80 59,10 40 35,20 7,60 156,00 33,50 83,80 0 80 33,6 7,10 131,00 40,60 63,90 120 37,40 8,00 136,00 39,30 63,20 160 33,70 6,60 116,00 35,30 62,90 40 40 + 40 40 + 40 + 40 60 + 60 80 + 80 33,40 6,80 147,00 37,90 74,50 0 33,10 6,60 147,00 29,20 64,50 40 33,20 6,40 114,00 26,60 53,10 80 34,70 6,10 183,00 29,50 61,30 120 33,60 6,20 128,00 33,10 54,60 160 34,70 6,30 126,00 33,50 61,30 80 + 80 32,70 6,00 138,00 38,20 56,80 0 39,90 7,30 146,00 3,63 56,80 40 35,40 6,90 129,00 35,60 60,30 80 41,60 6,40 120,00 33,00 50,90 120 39,40 5,20 111,00 31,50 47,20 160 35,00 5,70 136,00 33,80 55,60 80 + 80 38,90 5,30 145,00 30,80 56,50 0 40,70 4,90 115,00 29,30 56,80 40 33,70 4,60 133,00 33,10 43,00 80 35,90 5,20 128,00 35,40 38,00 120 35,50 5,70 146,00 38,10 41,80 160 30,10 3,90 114,00 26,10 41,20 80 + 80 36,00 4,90 195,00 25,60 51,50 0 35,30 4,80 123,00 36,60 55,00 40 31,60 5,20 123,00 42,80 55,30 80 35,30 6,40 101,00 41,70 55,90 120 30,00 5,30 122,00 34,20 49,40 160 31,40 5,10 129,00 37,40 57,10 80 + 80 33,60 6,00 119,00 39,30 53,40 0 31,30 5,00 126,00 37,10 49,10 40 30,30 4,10 141,00 31,70 55,60 60 + 60 + 40 80 28,60 4,70 149,00 34,40 40,90 120 31,30 6,80 144,00 40,90 72,10 160 29,30 4,30 135,00 33,00 42,70 80 + 80 33,10 6,10 119,00 37,20 78,10
Tabela 11. Teor de macronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 28/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K 2 O N P K Ca Mg S -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ g kg -1 ------------------------------ 0 40 40 + 40 40 + 40 + 40 60 + 60 60 + 60 + 40 0 36 4,8 15,1 18,8 3,7 3,9 40 38 5 20,2 17,2 3,4 5,2 80 37 5,8 19,6 20,9 2,6 3,5 120 37 5,3 25,2 23,9 3,5 3,1 160 38 5,2 29 29 4,7 3,8 80 + 80 37 5,3 20,6 24,9 5,9 3,6 0 37 5,5 22,4 25 3,8 2,9 40 38 5,5 20 26,3 5,4 2,9 80 38 5 20,6 26,2 5,1 3,5 120 39 4,8 23,4 22,5 4,8 3,9 160 40 5,2 20,6 24,1 4,8 2,7 80 + 80 42 5,2 22,4 23 5,4 2,7 0 42 5 17 20,7 3,6 2,3 40 40 5,2 18 22,4 3,6 1,8 80 43 5,3 17,4 26,2 4,4 2,3 120 46 5,3 18,1 20,8 4,3 2,1 160 40 4,4 17,6 23,8 2,9 2,5 80 + 80 44 4,8 19,6 24,7 3,1 2,1 0 42 5,2 18,1 21 4,2 3 40 42,5 4,7 22,4 25,1 7,9 2,5 80 38 4,8 18 26,4 5,2 2,8 120 42 5,1 19,1 23,9 4,6 2,6 160 42 4,6 28 29,4 7,7 3,4 80 + 80 44 4,7 19,8 27,2 5,6 2,3 0 43 5,3 18,5 27,4 3,9 1,6 40 43 5,8 19,6 20,4 3,4 2,2 80 43 5,6 16,8 18,9 3,2 2 120 41 5,3 18,9 23,7 4,2 2,2 160 41 5,3 18 23,3 4 1,4 80 + 80 41 4,8 17,2 21,9 3,1 1,5 0 46 5,2 19,8 17,9 4,7 2 40 45 5,3 17,4 20,2 3,5 2,2 80 45 5,1 20,4 28,1 4,9 2,2 120 43 4,8 19,4 26,6 4,3 1,5 160 42 4 23,4 26,3 4,9 2,4 80 + 80 42 4,1 19,6 22,4 3,9 2,8
Tabela 12. Teor de micronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 28/01/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K2O Zn Cu Fe Mn B -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ mg kg -1 ------------------------------ 0 38,5 11 81 89,1 25,1 40 35,3 10,5 106 94,9 61,3 0 80 41,7 16,7 109 101,9 63,2 120 43,6 16,2 132 104,5 68,8 160 47,4 17,3 151 127,1 40 40 40 + 40 40 + 40 + 40 60 + 60 80 + 80 41,6 9,3 117 106,5 39,2 0 48,3 11,7 138 118,3 38,6 40 44,7 13,4 111 112,4 32,8 80 42 15,5 139 109,2 35,9 120 40,3 8,9 124 107,9 30,2 160 42,7 14,9 140 120,4 35,1 80 + 80 45,7 11 124 129,2 78,2 0 46,7 11,4 101 93,4 46 40 49,7 10,2 81 99,4 28,8 80 52,8 14,6 88 114,5 27,7 120 46,2 11,4 91 77,4 24,9 160 44,5 7,2 102 66,8 26,8 80 + 80 54,5 9,4 96 89,3 45,4 0 35,4 9,3 87 44,3 22,9 40 36,6 11,9 87 48,7 43,3 80 34,1 8,1 104 35,5 51,2 120 33,9 10 83 39,2 40 160 30,5 7,8 92 33,1 48,7 80 + 80 32,7 43,5 90 44,4 40 0 41,5 11,7 94 63,3 64,5 40 39,9 9,9 114 54,4 26,3 80 43,5 12,6 123 65,9 29,9 120 43,2 12,7 100 68,8 23,2 160 43,1 11,8 166 65 33,9 80 + 80 44,1 7,7 88 60,5 22,1 0 40,6 6,8 83 47,9 23,5 40 38,7 6,1 77 47,4 20,4 60 + 60 + 40 80 35,6 8,6 89 44,1 17,7 120 37 7,5 89 53,2 11,9 160 38,3 7,9 129 47,2 29,6 80 + 80 40,8 6,8 92 63,6 24,6
Tabela 13. Teor de macronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 16/02/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K 2 O N P K Ca Mg S -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ g kg -1 ------------------------------ 0 33,00 2,00 9,00 17,10 3,50 2,30 40 35,00 2,00 12,00 16,50 2,90 2,50 0 80 34,00 2,00 11,00 14,30 2,80 2,30 120 33,00 1,90 11,20 182,00 3,20 2,40 160 33,00 1,80 9,20 17,10 3,60 2,50 80 + 80 33,00 1,60 10,10 13,40 2,20 2,00 0 37,00 2,00 9,70 17,50 3,00 2,00 40 37,00 2,10 10,10 15,50 3,40 2,40 40 80 38,00 2,00 13,30 22,10 4,20 2,80 120 39,00 2,00 12,30 20,80 3,20 2,50 160 36,00 2,20 9,40 12,20 2,70 2,40 40 + 40 40 + 40 + 40 60 + 60 80 + 80 40,00 2,20 11,00 17,80 2,30 2,40 0 40,00 2,30 11,00 24,70 3,90 2,10 40 40,00 2,10 10,80 21,70 3,50 2,10 80 40,00 2,10 12,30 19,60 2,90 2,10 120 40,00 2,30 12,30 15,60 2,80 2,10 160 39,00 2,30 14,40 14,40 3,60 2,50 80 + 80 38,00 2,10 12,50 25,60 3,10 2,40 0 38,00 2,20 14,80 19,60 3,90 2,50 40 38,00 2,30 16,60 19,00 3,70 2,50 80 39,00 2,50 14,40 26,00 2,80 2,50 120 41,00 2,30 13,70 16,40 4,10 2,90 160 38,00 2,40 15,00 19,40 3,00 2,50 80 + 80 40,00 2,20 15,50 15,40 3,50 2,60 0 38,00 1,90 8,00 15,90 3,60 2,00 40 34,00 2,50 11,20 15,40 4,90 1,90 80 38,00 2,20 12,50 23,00 3,60 2,00 120 38,00 2,40 9,40 15,80 3,80 2,40 160 38,00 2,20 11,40 21,60 3,50 2,10 80 + 80 38,00 2,30 11,00 11,30 3,40 2,40 0 34,00 2,10 14,40 21,60 4,40 2,90 40 37,00 2,20 12,00 19,00 4,30 2,60 60 + 60 + 40 80 35,00 2,40 14,40 19,70 4,80 2,90 120 35,00 2,20 13,10 21,80 4,80 2,80 160 41,00 2,50 13,10 19,50 4,70 2,60 80 + 80 136,00 2,20 10,50 18,20 3,70 2,60
Tabela 14. Teor de micronutrientes na parte aérea do algodão plantado na semeadura de 16/02/2004 em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Dose de N Dose de K 2 O Zn Cu Fe Mn B -------- Kg há -1 ------- ------------------------------ mg kg -1 ------------------------------ 0 40 40 + 40 40 + 40 + 40 60 + 60 60 + 60 + 40 0 25,00 7,40 161,00 51,10 26,50 40 23,30 6,20 138,00 49,60 29,40 80 22,20 9,20 187,00 53,70 19,90 120 21,10 8,60 199,00 52,10 33,60 160 19,30 6,70 108,00 55,60 20,70 80 + 80 17,10 4,40 113,00 37,40 22,90 0 28,80 9,70 144,00 48,10 25,10 40 27,50 6,60 146,00 45,50 22,10 80 302,00 7,90 178,00 55,40 24,90 120 28,40 5,40 148,00 48,40 21,80 160 25,70 8,50 188,00 53,60 21,80 80 + 80 27,50 7,30 254,00 65,00 23,20 0 31,90 7,70 126,00 51,40 21,80 40 30,40 7,70 117,00 53,60 22,40 80 29,10 9,60 120,00 54,30 18,60 120 28,50 8,00 127,00 47,60 18,00 160 32,20 10,40 151,00 62,30 21,80 80 + 80 30,60 9,20 152,00 58,10 22,70 0 57,90 72,90 159,00 302,30 33,30 40 58,80 64,20 237,00 309,10 37,70 80 55,70 58,80 124,00 258,60 28,50 120 57,30 63,20 142,00 271,40 27,90 160 50,20 49,20 167,00 249,80 29,90 80 + 80 47,20 45,10 122,00 212,60 24,30 0 23,40 6,20 100,00 41,10 28,80 40 30,50 6,70 111,00 38,70 26,00 80 28,60 8,70 147,00 43,30 20,40 120 28,80 7,40 111,00 46,60 21,30 160 28,70 9,00 131,00 49,50 22,40 80 + 80 25,50 7,10 102,00 37,80 23,80 0 51,90 56,10 142,00 252,70 29,10 40 47,80 54,40 146,00 251,10 26,80 80 65,70 51,70 378,00 236,10 28,80 120 51,70 58,20 160,00 269,10 40,00 160 51,70 59,80 144,00 278,60 29,60 80 + 80 43,70 44,70 106,00 203,00 29,40
A produtividade do algodão em caroço teve resposta ao N em torno de 80 a 120 kg/ha, sendo que doses maiores de N promoveram pouco incremento, e até redução de produtividade, independente da época de plantio (Tabelas 15, 16, e 17). A provável causa disso seja de que as condições de ambiente não foram ideais para que o genótipo expressasse todo o seu potencial produtivo, já que no período inicial de desenvolvimento do algodoeiro as chuvas foram de alta intensidade e com freqüência, ocasionando tombamento das plântulas, apodrecimento das raízes com conseqüente redução na produtividade. Além disto, altas doses de N favorecem o crescimento vegetativo fazendo com que a planta fique mais suscetível à patógenos e insetos, reduzindo assim a produtividade. Tabela 15. Produtividade do algodão plantado em 15/01/2004 (primeira época de semeadura) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N Doses totais de K (kg/ha) (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------ @ ha -1 -------------------------------------- 0 84,0 89,3 99,2 89,7 98,4 122,4 40 89,2 110,5 126,8 115,2 119,9 108,9 40 + 40 144,4 138,3 130,0 100,1 129,2 129,4 40 + 40 + 40 139,3 140,0 138,0 112,0 118,0 106,9 60 + 60 124,1 127,2 110,0 122,5 121,5 111,2 60 + 60 + 40 123,5 122,0 115,0 120,0 105,0 108,3 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Tabela 16. Produtividade do algodão plantado em 28/01/04 (segunda época de semeadura) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N Doses totais de K (kg/ha) (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------ @ ha -1 -------------------------------------- 0 67,2 70,2 79,4 71,8 78,8 98,0 40 76,0 94,1 107,9 98,0 102,1 92,7 40 + 40 119,6 114,6 111 82,9 107,0 107,2 40 + 40 + 40 121,0 110,5 98,8 102,1 101,4 103,1 60 + 60 103,4 106,0 95,6 97,2 92,4 93,4 60 + 60 + 40 103,8 98,0 88,0 91,5 88,1 88,4 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo
Tabela 17. Produtividade do algodão plantado em 16/02/04 (terceira época de semeadura) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N Doses totais de K (kg/ha) (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 1 ------------------------------------ @ ha -1 -------------------------------------- 0 72,6 70,5 44,6 69,4 76,7 93,0 40 76,4 102,2 62,8 78,0 85,3 81,4 40 + 40 92,6 105,0 104,3 106,7 84,9 79,9 40 + 40 + 40 98,0 98,4 101,5 126,8 88,4 47,3 60 + 60 62,9 100,6 72,2 108,3 104,3 82,8 60 + 60 + 40 92,5 75,0 81,0 64,7 89,4 68,9 1 Estas doses de K foram aplicadas 80 kg logo após a semeadura do algodão e 80 kg durante seu ciclo vegetativo Houve pouca resposta à adubação potássica, em função das quantidades no solo estarem próximas ao nível crítico, onde a resposta à aplicação do nutriente tem baixa probabilidade de resposta. Essa tendência foi independente da época de plantio. Com o nível de potássio encontrado no solo, houve um acréscimo de rendimento até a dose de 40 kg/ha K 2 O, o que corresponderia à exportação desse nutriente para a planta nas produtividades obtidas. Acima dessas quantidades há um consumo de luxo de potássio pela planta, sem aumentar a produtividade. Deve-se lembrar que as condições de ambiente as quais foram impostas o cultivo não foram as ideais para o cultivo e limitaram grandemente seu desenvolvimento. Em relação à resposta econômica da adubação, foi realizado um balanço econômico de quanto foi adicionado e a resposta da cultura em produtividade e o retorno da aplicação dos nutrientes, para verificar a eficiência com nitrogênio e potássio sobre a cultura do algodão em três épocas de semeadura (Tabela 18, 19, 20). Ao observar o lucro líquido, obtido através da diminuição da receita bruta por hectare menos o custo do fertilizante, verifica-se a ausência de resposta econômica com a aplicação do fertilizante potássico, em função de que o teor de potássio no solo estava no nível crítico, onde a resposta da cultura ao fertilizante é nula ou muito pequena. Em relação ao nitrogênio a resposta foi econômica com doses entre 80 e 120 kg/ha. Sendo que, em média, os maiores retornos econômicos foram obtidos com a ausência de adubação potássica. Essa tendência foi semelhante independentemente da
época de plantio. Tabela 18. Retorno econômico da adubação do algodoeiro implantado na primeira época de semeadura (15/01/2004) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses de N Doses de K (kg/ha) (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 Lucro líquido (R$)* 0 1436,40 1527,03 1696,32 1533,87 1682,64 2093,04 40 1525,32 1889,55 2168,28 1969,92 2050,29 1862,19 40 + 40 2469,24 2364,93 2223,00 1711,71 2209,32 2212,74 40 + 40 + 40 2382,03 2394,00 2359,80 1915,20 2017,80 1827,99 60 + 60 2122,11 2175,12 1881,00 2094,75 2077,65 1901,52 60 + 60 + 60 2111,85 2086,20 1966,50 2052,00 1795,50 1851,93 * Lucro Liquido = renda bruta do algodão custo do fertilizante. Valores de base: Pluma= R$ 45,00/@; Rendimento médio de Pluma = 38%; Fertilizantes: KCl = R$ 800,00/T; Uréia: R$ 800,00/T. Tabela 19. Lucro líquido da cultura do algodão plantado na segunda época de semeadura (28/01/2004) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses totais Doses totais de K (kg/ha) de N (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 Lucro líquido (R$)* 0 1149,12 1200,42 1357,74 1227,78 1347,48 1675,80 40 1299,60 1609,11 1845,09 1675,80 1745,91 1585,17 40 + 40 2045,16 1959,66 1898,10 1417,59 1829,70 1833,12 40 + 40 + 40 2069,10 1889,55 1689,48 1745,91 1733,94 1763,01 60 + 60 1768,14 1812,60 1634,76 1662,12 1580,04 1597,14 60 + 60 + 60 1774,98 1675,80 1504,80 1564,65 1506,51 1511,64 * Lucro Liquido = renda bruta do algodão custo do fertilizante. Valores de base: Pluma= R$ 45,00/@; Rendimento médio de Pluma = 38%; Fertilizantes: KCl = R$ 800,00/T; Uréia: R$ 800,00/T.
Tabela 20. Lucro líquido da cultura do algodão plantado na terceira época de semeadura (16/02/2004) em função de doses de nitrogênio e potássio aplicado sob Doses totais Doses totais de K (kg/ha) de N (kg/ha) 0 40 80 120 160 80 + 80 Lucro líquido (R$) * 0 1241,46 1205,55 762,66 1186,74 1311,57 1590,30 40 1306,44 1747,62 1073,88 1333,80 1458,63 1391,94 40 + 40 1583,46 1795,50 1783,53 1824,57 1451,79 1366,29 40 + 40 + 40 1675,80 1682,64 1735,65 2168,28 1511,64 808,83 60 + 60 1075,59 1720,26 1234,62 1851,93 1783,53 1415,88 60 + 60 + 60 1581,75 1282,50 1385,10 1106,37 1528,74 1178,19 * Lucro Liquido = renda bruta do algodão custo do fertilizante. Valores de base: Pluma= R$ 45,00/@; Rendimento médio de Pluma = 38%; Fertilizantes: KCl = R$ 800,00/T; Uréia: R$ 800,00/T. 7 Conclusões Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a resposta da adubação potássica em solos com teores considerados alto ou suficiente é nula ou muito baixa. Doses de nitrogênio entre 80 a 120 kg/ha apresentam resposta em rendimento e econômica. A época de plantio interfere negativamente sobre a produtividade da cultura do algodão, sendo que quanto mais tardio a semeadura do algodão safrinha menor sua resposta a investimentos e menor produtividade. Este experimento deve ser repetido por no mínimo 3 anos para se ter o efeito do tempo e também de diferentes condições climáticas que afetam o desenvolvimento da cultura do algodão, pois nesta safra os resultados sofreram grandes efeitos negativos das condições de ambiente durante o ciclo produtivo do algodão.
8 - Bibliografia FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MATO GROSSO. Boletim de Pesquisa do Algodão, Rondonópolis: Fundação MT, 2001. 237p. (Fundação MT. Boletim de Pesquisa, 04) FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MATO GROSSO. Mato Grosso liderança e produtividade, Rondonópolis: Fundação MT, 1999. 182p. (Fundação MT. Boletim de Pesquisa, 02) FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTEGRADO RIO VERDE. Algodão 2001-02 safrinha 2002 resultados de pesquisa, Lucas do Rio Verde: Fundação Rio Verde, 2002. 64p. (Fundação Rio Verde. Boletim de Pesquisa, 06) FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTEGRADO RIO VERDE b. Segunda safra 2004 resultados de pesquisa, Lucas do Rio Verde: Fundação Rio Verde, 2004. 58p. (Fundação Rio Verde. Boletim de Pesquisa, 08) FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTEGRADO RIO VERDE b. Segunda safra 2003 resultados de pesquisa, Lucas do Rio Verde: Fundação Rio Verde, 2003. 52p. (Fundação Rio Verde. Boletim de Pesquisa, 08) FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO INTEGRADO RIO VERDE a. Safra 2002-03 resultados de pesquisa, Lucas do Rio Verde: Fundação Rio Verde, 2003. 44p. (Fundação Rio Verde. Boletim de Pesquisa, 07) SILVA, N.M. Nutrição mineral do algodoeiro no Brasil. In.: Cultura do Algodoeiro. EDIVALDO, C.; FREIRE, E.C. & SANTOS, W.J. ed. Potafós p. 57-92. 1999