Estudo do livro de Mateus (caps )

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Transcrição:

Estudo do livro de Mateus (caps. 17 20) A transfiguração Jesus paga o tributo 17.2 transfigurou-se. Ver Lc 9.29 nota. Capítulo 17 17.17 Incrédula e perversa. Este texto evidencia o conceito que Jesus tem dos discípulos e das igrejas que não assistem ao próximo, no autêntico poder do reino de Deus (ver estudo O REINO DE DEUS). (1) Deixar de libertar os oprimidos por Satanás ou pelos demônios (vv. 15-21) demonstra falta de fé, de compreensão e de autoridade espiritual (vv. 17, 20, 21; Mc 9.29). (2) O propósito do Espírito Santo, ao registrar as narrativas (14-21), ressalta não somente que Jesus expulsava demônios, como também que Ele deseja que seus discípulos façam a mesma coisa mediante a fé, a oração e o jejum (vv. 20, 21; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS). Jesus fica profundamente entristecido quando seu povo deixa de participar do seu ministério contra as forças de Satanás (v. 17; ver 10.1; 10.8; Mc 9.28, 29; Lc 9.1; Jo 14.12). 17.20 Se tiverdes fé... nada vos será impossível. Jesus fala de uma fé que pode remover montanhas, operar milagres e curas, e realizar grandes coisas para Deus. Que fé é esta de que Jesus fala? (1) A fé genuína é uma fé eficaz que produz resultados: nada vos será impossível (v. 20). (2) Esta fé não é uma crença na fé como uma força ou poder, mas fé em Deus (Mc 11.22). (3) Esta fé é uma obra de Deus que tem lugar no coração do cristão (Fp 2.13; Mc 9.24). É a plena certeza que Deus transmite ao coração, de que nossa oração é respondida (Mc 11.23). Esta fé é criada interiormente no crente, pelo Espírito Santo. Não podemos produzila em nós mesmos por meio da nossa mente (Rm 12.3). (4) Uma vez que esta fé em Deus é um dom que Cristo comunica ao nosso coração, importanos estar unidos a Jesus e à sua Palavra e ser mais consagrados a Ele (Rm 10.17; Fp 3.8-14). Dependemos dele em tudo: Sem mim nada podereis fazer (Jo 15.5; Jo 3.27; Hb 4.16; 7.25). Noutras palavras, devemos buscar a Cristo que é o autor e o consumador da nossa fé (Hb 12.2). A real presença de Cristo conosco e nossa obediência à sua Palavra são a origem e segredo da fé (9.21; Jo 15.7). (5) A verdadeira fé opera sob o controle de Deus. Ele no-la concede à base do seu amor, sabedoria, graça e propósito soberano, para a execução da sua vontade e como expressão do seu amor por nós. Não deve ser usada para nosso próprio proveito egoísta (Tg 4.3). O maior no Reino dos céus O perdão do pecado de um irmão A parábola do credor incompassivo Capítulo 18

) 18.1 Quem é o maior? Ver Lc 22.24 30 nota. 18.3 Se não vos converterdes. A conversão consiste no abandono total de toda forma de impiedade e entrega a Deus, seguida da prática de obras de justiça, que produzam frutos dignos de arrependimento. É uma atitude que abrange a totalidade do ser humano. Ela é uma necessidade, porque o homem natural segue um caminho de vida que o leva para longe de Deus, para a morte eterna (Rm 1.18-32). A conversão é o homem voltando-se para Deus e recebendo a dádiva da salvação. Ela é obtida mediante a graça e o poder do Espírito Santo, ela fé, sendo portanto uma dádiva de Deus (At 11.18). Pelo fato de passarmos a andar com Deus, a conversão muda a nossa vida nas áreas do relacionamento com o próximo, dos hábitos, dos compromissos, dos passatempos e do modo de viver. A conversão faz parte da fé salvífica genuína e é uma condição básica para a salvação e a santificação (At 26.18). 18.6 Pendurasse ao pescoço uma mó de azenha. Segundo está escrito aqui, quem arruinar espiritualmente uma criança, ou um crente sincero, incorrerá em maior ira de Cristo. (1) Pastores, Professores e, especialmente, os Pais devem prestar atenção especial a esta palavra de Cristo. É responsabilidade dos pais instruir seus filhos nos caminhos de Deus (ver Lc 1.17 nota; Ef. 6.4; 1 Tm. 4.16; Dt. 6.1 9; ver estudo PAIS E FILHOS e protege-los da influência do mundo e de Satanás (Tt 1.10, 11; 2.11, 12; l Jo 2.15-17). (2) Pais cristãos não devem permitir que seus filhos sejam influenciados por colegas ímpios. Os pais devem tomar muito cuidado com os passatempos que eles permitem em casa e fora de casa, para seus filhos, e também não descuidar-se do que se passa com os filhos quanto à educação na escola pública. Dependendo do tipo, os meios de entretenimento semeiam o mundanismo na mente e no coração dos filhos (Sl.101.3; Ef 6.4; Cl. 3.21). 18.7 Ai daquele Homem. Jesus adverte que aqueles que servem de instrumento para pôr coisas pecaminosas diante dos outros e, especialmente, diante de crianças, receberão a extrema condenação (vv. 2, 5-7). (1) Pôr escândalos - tais como diversões mundanas, ensinamentos humanistas, filmes imorais, literatura pornográfica, drogas, bebidas alcoólicas, maus exemplos, falsas doutrinas e companheiros iníquos no caminho dos outros, é ajuntar-se a Satanás, o grande tentador (cf. 4.1; Gn 3.1-6; Jo 8.44; Tg 1.12). (2) O procedimento santo dos fiéis é remover da vida da nossa família, nosso lar, nossas igrejas e da nossa própria pessoa, tudo que possa levar os outros à tentação e ao pecado (vv. 7-9). 18.10 Os anjos. As escrituras ensinam que Deus frequentemente cuida dos seus fiéis por meio dos anjos, os quais têm genuíno interesse e amor pelos filhos de Deus (cf. Sl 34.7; 91.11; Lc 15.10; 16.22; Hb 1.13, 14; Ap 5.11, 12; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR). 18.15 Se teu irmão pecar contra ti. Em 18.15-17, o Senhor Jesus Cristo expõe o método de restauração espiritual, mediante a disciplina, de um cristão professo que venha a pecar contra outro membro da igreja. Negligenciar este ensino de Cristo, levará os crentes à transigência com o pecado e logo mais essa igreja deixará de ser um povo santo de Deus (cf. 1 Pe 2.9; ver Mt 5.13).

(1) O propósito da disciplina eclesiástica é manter a reputação de Deus (6.9; Rm 2.23, 24), proteger a pureza moral e a integridade doutrinária da igreja (1 Co 5.6, 7; 2 Jo 7-11) e procurar salvar a alma do crente desgarrado e restaurá-lo à semelhança de Cristo (18.15; Tg 5.19, 20). (2) Primeiramente, deve-se lidar com o transgressor e repreendê-lo em particular. Se ele atender, deverá ser perdoado (v. 15). Se o transgressor recusar atender ao seu irmão na fé (vv. 15, 16), e a seguir fizer o mesmo ao ser visitado por um ou dois outros membros, juntos (v. 16), e por fim recusar, também, atender à igreja local, deve ser considerado como um gentio e publicano, i.e., como alguém que está fora do reino de Deus, separado de Cristo e caído da graça (Gl 5.4). Não tem condições de ser membro da igreja e deve ser desligado da comunhão da mesma. (3) A conservação da pureza da igreja deve ser mantida não somente nas áreas do pecado e da imoralidade, como também em caso de heresia doutrinária e de infidelidade à fé histórica do NT ver estudos FALSOS MESTRES e OS PASTORES E SEUS DEVERES. (Gl 1.9; Jd 3). (4) As Escrituras ensinam que a disciplina eclesiástica deve ser exercida num espírito de humildade, de amor, de pesar e de autoexame (ver 22.37 nota; 2 Co 2.6, 7; Gl 6.1). (5) Pecados de imoralidade sexual na igreja devem ser tratados de conformidade com 1 Co 5.1-5 e 2 Co 2.6-11. Nesses tipos de pecados graves, a igreja toda deve tratar o culpado com pesar e lamento (1 Co 5.2) disciplinando o transgressor o suficiente (2 Co 2.6) e excluindo-o da igreja (1 Co 5.2, 13). Posteriormente, após um período de evidente arrependimento, o disciplinado poderá ser perdoado, receber outra vez o amor dos irmãos e ser restaurado à comunhão (2 Co 2.6-8). (6) Os pecados de um obreiro devem ser, primeiro, tratados em particular e, a seguir, comunicados à igreja, pois está escrito: repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor (1 Tm 5.19, 20; Gl 2.11 18; ver estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). (7) Os dirigentes de igrejas locais devem sempre lembrar-se da responsabilidade de apascentar a igreja (ver estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES) O Senhor requererá deles uma prestação de contas do sangue de todos (At 20.26) que se perderem, porque os ditos líderes não cuidaram de sua restauração, disciplina ou exclusão, segundo a vontade e o propósito de Deus (cf. Ez 3.20, 21; At 20.26, 27; ver Ez 3.18). 18.19 Se dois... concordarem. Há grande autoridade na oração coletiva e unida. A razão disto é que onde dois ou três estão reunidos com fé e dedicação a Cristo, Ele está no meio deles (v. 20). A sua presença outorgará fé, força, direção, graça e consolo (cf. Sl 46.5; Is 12.6). 18.35 Se... Não perdoardes. Jesus nesta parábola ensina que o perdão divino, embora seja concedido graciosamente ao pecador arrependido, é, também, ao mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposição do indivíduo, de perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa pode ficar sem perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao próximo (ver 6.14, 15; Hb 12.15; Tg 3.14; Ef 4.31, 32). Estes textos mostram que amargura, ressentimento e animosidade contra o próximo são totalmente incompatíveis com a verdadeira vida cristã, e que devem ser banidos da vida do crente.

Capítulo 19 Acerca do divórcio Jesus abençoa as crianças O jovem rico 19.9 Não ser por causa de prostituição. A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5, 6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, Jesus cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), palavra esta que no original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9). O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar. (1) Quando Jesus censura o divórcio em 19.8, 9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos de incontinência prénupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do casamento (Dt 24.1). A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39). (3) Sob a Nova Aliança, os privilégios do crente não são menores. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente (1 Co 7.27, 28). 19.13 Crianças. Ver Mc 10.16 nota. 19.21 Vai, vende tudo o que tens. Jesus pôs à prova o jovem rico no seu ponto mais fraco: suas riquezas. Ele não estava disposto a dar mais valor a Cristo do que aos seus bens. Esta declaração de Cristo significa que todos os crentes devem vender tudo o que possuem? Não; pois devemos atender as necessidades da nossa família e doutras pessoas. Devemos, no entanto, estar dispostos a abrir mão de tudo quanto Cristo pede da nossa parte. Nossa dedicação a Ele não pode ser nada menos do que isto. 19.23 Um rico no reino dos céus. Ver o estudo RIQUEZA E POBREZA. 19.29 receberá cem vezes tanto. Ver Mc 10.30 nota. 19.30 Muitos primeiros serão derradeiros. Os primeiros são aqueles que, por causa das suas riquezas, educação, nível social ou talentos, são estimados pelo mundo e às vezes, até, pela igreja. Os últimos são os pouco conhecidos, não considerados importantes. No mundo vindouro, muitos que eram considerados grandes líderes na igreja terão posições inferiores a outros, e muitos que eram desconhecidos serão postos em elevadas posições (cf. 1 Co 15.41, 42).

A razão disto é porque Deus avalia as pessoas, não pela aparência exterior, mas pela sinceridade, pureza e pelo amor nos seus corações (1 Sm 16.7). Leia as histórias da viúva pobre (Mc 12.42-44) e de Maria de Betânia (Mt 26.7-13), para ver a atitude de Cristo para com os humildes. Capítulo 20 A parábola dos trabalhadores na vinha O pedido dos filhos de Zebedeu Os dois cegos de Jericó 20.1 Trabalhadores para a sua vinha. A parábola dos trabalhadores na vinha ensina que a entrada no reino de Deus trata-se de privilégio e não de mérito. Aqui, Cristo adverte contra três atitudes erradas: (1) não se considerar superior, por ter um emprego ou cargo de sucesso; (2) Não deixar de compartilhar do anseio de Deus em oferecer a sua graça a todos; e (3) Evitar o espírito de inveja para com as bênçãos espirituais dos outros. 20.26 Não será assim entre vós. Neste mundo, os que exercem autoridade e domínio são considerados grandes. Jesus diz que, no reino de Deus, a grandeza não será medida pelo domínio sobre os outros, mas pela dedicação das pessoas ao serviço do próximo, de conformidade com a revelação bíblica de Cristo. O crente não deve procurar alcançar as posições mais altas a fim de exercer autoridade ou domínio. Pelo contrário, deve dedicar sua vida a ajudar os outros, especialmente na labuta pelo bem espiritual de todos (v. 28; cf. Jo 13.34; 1 Co 13; Cl 3.14; 1 Jo 3.14; 4.8). 20.28 Em resgate de muitos. Resgate significa o preço pago para obter a liberdade de alguém. Na obra redentora de Cristo, a sua morte é o preço pago para libertar os homens e mulheres do domínio do pecado (ver estudo TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO). Trata-se da soltura da condenação (Rm 8.2). Muitos é usado no sentido de todas as pessoas (1 Tm 2.5, 6; ver Rm 3.25).