DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 1. Aula 4: Duração do trabalho II... 2 Introdução... 2

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Transcrição:

Aula 4: Duração do trabalho II... 2 Introdução... 2 Conteúdo... 3 Intervalo intrajornada e interjornada... 3 Intervalo não concedido ou suprimido... 5 Intervalo concedido parcialmente, intervalos não previstos em lei e tempo à disposição... 6 Descanso semanal remunerado e feriados... 11 Das Jornadas Especiais... 16 Novas regras do trabalho doméstico: edição da Lei complementar n 150/2015... 19 "Revolução em Dageham", de Nigel Cole... 21 Atividade proposta... 21 Aprenda Mais... 22 Referências... 22 Exercícios de fixação... 23 Chaves de resposta... 31 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 1

Introdução A presente aula terá como escopo o estudo da duração da jornada de trabalho, sabendo distinguir cada um dos seus tipos, a jornada extraordinária e seus efeitos e as exceções ao controle da jornada de trabalho. Nesta aula você verá os seguintes conteúdos: Do intervalo intrajornada e interjornada; Do descanso semanal remunerado; Feriados; Da remuneração das horas extras, feriados e férias; Das jornadas especiais e da jornada do empregado doméstico antes e depois da PEC 72/2013. Objetivo: 1. Reconhecer os períodos de descanso da jornada de trabalho, bem como a repercussão das horas extras em tais períodos de descanso; 2. Compreender as jornadas especiais de trabalho. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 2

Conteúdo Intervalo intrajornada e interjornada O intervalo intrajornada (durante a jornada de trabalho) para repouso e alimentação está previsto no art. 71 da CLT e é norma de medicina e segurança do trabalho e, por isso, direito de ordem pública. Como regra, nem o empregador nem a norma coletiva poderão suprimir unilateralmente ou bilateralmente o período de descanso previsto em lei, pois a medida é indispensável para a reposição de energia, alimentação e descanso. Intervalo intrajornada Art. 71 da CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 3

4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Entre dois dias consecutivos de trabalho o empregado tem direito a descansar, pelo menos, 11 horas (art. 66 da CLT). O desrespeito constante a essa regra importa no pagamento como horas extras as horas de descanso não concedidas (Súmula nº 110 e OJ nº 355 da SDI1, ambas do TST). Se entre um dia e outro de trabalho tiver um feriado ou uma folga, o trabalhador terá direito a 24 horas de descanso (folga) + 11 horas (intervalo interjornada). Entende o TST que, se houver prejuízo no intervalo entre jornadas, deve o empregador remunerar as horas subtraídas do descanso, com respectivo adicional, como se hora extraordinária fosse (hora extra ficta). Pense um pouco... Você acha que deve ser observado este intervalo quando se tratar de dois contratos de trabalho? Ex.: o empregado trabalha das 06:00 as 13:00 horas em um empregador e em outro trabalha de 19:00 as 24:00 horas, portanto, não respeita o intervalo entre jornadas. Nesse caso, a jurisprudência majoritária entende que não é possível a concessão do pagamento de horas extras fictas, pois são dois contratos distintos, porém, vemos algumas decisões que condenam a esse pagamento, pois o intervalo interjornada é segurança e medicina do trabalho, portanto, um direito indisponível. Exceções ao intervalo interjornada de 11 horas: 10 horas para Jornalista (art. 308 da CLT); DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 4

12 horas para Operadores Cinematográficos (art. 335, 2 da CLT); 14 horas para o Cabineiro ferroviário (art. 245 da CLT); 17 horas para Telefonista (art. 229 da CLT); 12/16/24 horas para Aeronautas (art. 34 e 37 da Lei nº 7.183/84). Intervalo não concedido ou suprimido A hora extra com o respectivo adicional de 50% é devida quando o empregado labora além da jornada legal ou contratual. Também é devida quando não concedido o intervalo intrajornada (art. 71, 4 da CLT) ou intervalo interjornada (Súmula nº 110 do TST). Intervalo não concedido ou suprimido O empregado contratado para 8 horas, das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo intrajornada, que trabalha durante o intervalo, tem direito à remuneração deste período, devendo o empregador pagar a hora acrescida do adicional de 50%. Entretanto, no exemplo citado, o empregado trabalhar durante o intervalo, mas sair às 16 horas significa que ele compensou a hora a mais trabalhada pela saída antecipada, também terá direito ao adicional de hora extra (50%). Qual seria a sua natureza jurídica? Valentin Carrion tende a considerá-la como penalidade, por isso, não teria a parcela natureza salarial, mas indenizatória. Para Vólia, seria tempo à disposição ou trabalho realizado em período de descanso, logo, remunerado como tal. Se o empregado recebe seu salário pelo trabalho de 8 horas por dia e se de fato trabalhou apenas 8 horas por dia, não pode receber por nove horas, sob pena de enriquecimento sem causa e bis in idem. Situação diversa é aquela em que o empregado trabalha nove horas consecutivas sem intervalos e apenas DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 5

recebe pelas oito horas diárias pelo pagamento do salário contratual, trabalhou além da jornada normal. Neste caso, terá direito ao pagamento da hora + 50% correspondente ao tempo do intervalo suprimido. Assim, o empregado que trabalhou na hora do intervalo e compensou saindo mais cedo do serviço, não trabalhando além da jornada normal, receberá apenas 50% sobre a hora suprimida, pois já recebeu pela hora trabalhada, uma vez que seu salário foi ajustado para a jornada laborada. Neste caso, defende-se a tese que o adicional é de hora extra ficta e, portanto, tem natureza salarial (Súmula nº 437, III, do TST). Ex.: Empregado contratado para receber R$ 1.000,00 para trabalhar 8 horas por dia, das 8 às 17 horas, com 1 hora de intervalo. 8-12 às 13 horas (intervalo concedido) - das 13 às 17 horas - 8 horas de trabalho. 8-12 às 13 horas (intervalo não concedido) - das 13 às 16 horas (intervalo compensado). 8 horas de trabalho + 50% sobre o intervalo não concedido. 8-12 às 13 horas (intervalo não concedido) - das 13 às 17 horas (intervalo não compensado). 8 horas de trabalho + 1 hora extra + 50% pelo intervalo não concedido. Intervalo concedido parcialmente, intervalos não previstos em lei e tempo à disposição Intervalo concedido parcialmente O intervalo concedido parcialmente dá ao empregado o direito de receber apenas o período não gozado, salvo se irrisório, pois não seria justo pagar ao trabalhador mais do que ele tem direito. Ademais, não se pode comparar a DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 6

nocividade que sofre o empregado que não usufrui nenhum intervalo com aquele que goza de um descanso de 50 ou 40 minutos, apesar de a lei garantir 1 hora no mínimo (Vólia, Godinho e Sérgio Pinto). Da mesma forma, a OJ-SDI- 355 do TST que interpreta a Súmula nº 437, I, do TST de forma restritiva, isto é, determina o pagamento do período não gozado. De forma diversa, Alice Monteiro defende o pagamento da hora cheia em qualquer caso, sob o argumento de que a norma é de medicina e segurança do trabalho e de que o descanso parcial não atinge a sua finalidade. Assim parece também entender a jurisprudência majoritária. Intervalos não previstos em lei Os intervalos previstos em lei, assim como qualquer outro período de descanso, (semanal ou anual) constituem medida de proteção ao trabalhador e foram cuidadosamente previstos em lei com base em rigorosos critérios técnicos. São normas de medicina e segurança do trabalho que tentam diminuir os impactos dos excessos sobre o organismo. São regras imperativas e não podem ser modificadas, nem para mais, nem para menos, pela vontade das partes, salvo quando o próprio legislador autorizar. Assim, toda vez que o empregador conceder intervalos intrajornadas, interjornadas, semanal ou anual, não previstos em lei, estará mantendo seu empregado à disposição. Se este período ultrapassar a jornada normal, deverá ser remunerado como hora extra, conforme Súmula nº 118 do TST. Tempo à disposição (art. 4 da CLT) Todo o tempo que o empregado permanecer à disposição da empresa, trabalhando ou não, deverá ser computado na jornada. O tempo à disposição independe das atribuições que estão sendo ou não exercidas, ou até do local onde o empregado se encontre, isto é, dentro ou fora do estabelecimento. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 7

Todavia, a lei preferiu contemporizar esta regra, quando adotou sistema menos rígido para os ferroviários e aeronautas (sobreaviso e prontidão). Isto porque, nesses casos, a lei fixou valores inferiores para remunerar o trabalho (tempo à disposição). Veja alguns exemplos da legislação referente ao Tempo à disposição na prática. Tempo à disposição (art. 4 da CLT) Exemplos: 1) O empregado que trabalha das 7 às 19 horas, com intervalo das 12 às 16 horas determinado pelo empregador, sem acordo de prorrogação de intervalo, tem direito a receber duas horas extras diárias, como tempo à disposição, pois ultrapassado o limite máximo de duas horas de intervalo e ultrapassada a jornada máxima ajustada (se computadas as duas horas à disposição relativas ao intervalo) ou de 8 horas art. 71 da CLT c/c Súmula nº 118 do TST. 2) Motorista de ônibus circular municipal que, por força de norma coletiva, tem direito a uma jornada de sete horas, com intervalos de 5 minutos entre cada uma das viagens, sem direito ao intervalo de uma hora previsto no art. 71 da CLT. O empregado terá direito: da Súmula nº 118 do TST; forma do art. 71, 4 da CLT. Isto porque nula é a cláusula normativa que desrespeita regra prevista em lei que, por sua natureza pública, é indisponível, máxime quando se trata de norma de medicina e segurança do trabalho. Em sentido oposto estava o inciso II da OJ n 342 do TST, que autorizou a supressão do intervalo intrajornada dos empregados em empresas de transporte público rodoviário urbano, em virtude das condições especiais em que o trabalho é desenvolvido e do interesse coletivo, desde que garantida a DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 8

redução da jornada para, no mínimo, 7 horas diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogadas, e concedidos intervalos menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados na jornada. (Contudo, esse inciso II foi cancelado e o inciso I dessa OJ se tornou parte da Súmula nº 437 do TST). 3) Preparado para deixar o trabalho, pois encerrada sua jornada, o empregador solicita ao empregado que aguarde ali mesmo na porta, porque ainda iria lhe passar as tarefas do dia seguinte. Após 5 minutos, o empregador retorna e encontra o empregado, ainda na porta, aguardando-o, quando, então, resolve liberá-lo. O tempo que o empregado aguardou deve ser considerado como tempo à disposição, logo, remunerado como tal. Por ter ultrapassado a jornada normal, esta remuneração será acrescida de 50%. 4) Empregado chega ao portão principal da empresa às 6 horas e 30 minutos. Percorre, por acesso restrito a pessoas, andando por 30 minutos, o posto de trabalho. Alguns acórdãos consideram que este tempo despendido pelo empregado entre o portão da empresa e o posto de trabalho deve ser computado na jornada, por aplicação analógica do art. 294 da CLT c/c Oj transitória n 36 da SDI-I do TST, que considera como tempo à disposição o itinerário do trabalhador do portão da empresa até o local de trabalho e viceversa, como acontece com o mineiro entre a boca da mina e o local de trabalho. 5) Pedro é obrigado, por seu empregador, a fazer um curso de aperfeiçoamento. Ele assiste ao curso sem prejuízo do cumprimento da sua jornada normal. Como sua presença é exigida e o patrão é beneficiado com a qualificação de sua mão de obra, o tempo das aulas deve ser remunerado como extra. Aplicação analógica do Precedente Normativo n 19 do TST, ora cancelado. O mesmo entendimento deve ser estendido aos tempos vagos do professor que fica à disposição da Universidade ou colégio, salvo quando partir DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 9

do próprio professor o requerimento (Precedente Normativo nº 31 do TST). As empresas botam cláusulas no contrato de trabalho quando elas pagam os cursos de aperfeiçoamento, que vincula o empregado ao empregador durante um determinado período. Caso esse curso seja ministrado em outra cidade, o empregado não fará jus ao adicional de transferência. Caso o curso seja aos fins de semana e seja considerado tempo à disposição, o empregado fará jus ao adicional pelo tempo despendido no curso e não por todo o período. Empregado pagando o curso, duas correntes: 1) não é hora extra; 2) seria hora extra (conforme PN-19 do TST cancelado em 1998). Quando realizados fora do horário normal, os cursos e reuniões obrigatórios terão seu tempo remunerado como trabalho extraordinário (PN-31 do TST). Entretanto, há que entenda que esse tempo gasto no curso de aperfeiçoamento não deva ser pago como extra, uma vez que o empregado se beneficiou com o enriquecimento de seu currículo. Polêmico também é o tempo destinado à ginástica nos intervalos do expediente, por ordem da empresa. Para uns, não é tempo a disposição porque é benéfico à saúde do empregado. Para outros, defendem o pagamento como hora extra, sob a alegação de que bem estar gerado pelos exercícios físicos refletem na melhoria da produção. No caso das janelas dos professores, tem entendido o TST que estas só deverão ser pagas se forem no mesmo turno. Janela corresponde ao tempo vago (ou tempo à disposição que o professor permanece à espera de outra aula, isto é, o período que fica aguardando entre uma e outra aula, em virtude da escala de horários fixada pela instituição de ensino). DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 10

Ex.: aula das 7 às 9 horas janela entre 9 e 10hhoras aula das 10 às 12 horas, nesse caso deverá ser paga a janela, não confundir com intervalo intrajornada. Quando não deverá ser paga (entendimento do TST): Aula das 7 às 9 horas ----- aula das 9 às 11 horas intervalo intrajornada (11 às 13 horas) aula das 13 às 15 horas janela Turno da tarde aula das 18 às 20 horas (já turno da noite), portanto, não fica obrigado o empregador a pagar esta janela, pois em turno distinto ela se encontra. Descanso semanal remunerado e feriados O DSR está previsto no Artigo 7º, inciso XV da CFRB, bem como no Artigo 67 da CLT, Lei nº 605/49 e Decreto nº 27.048/49, que dispõem sobre o repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Direito que todo empregado urbano, rural e avulso possui de descansar 24 horas consecutivas a cada semana de trabalho, de preferência aos domingos. O repouso deve ser feito dentro do período de 7 dias e não trabalhar 7 dias para descansar no 8º dia (OJ nº 410 da SDI1 do TST). Atenção Exceções: No que se refere à atividade econômica do comércio, o DSR foi flexibilizado para atender às suas peculiaridades (Artigo 6º da Lei nº 10.101/00 O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva ), bem como, excepcionalmente, o trabalho aos feriados foi permitido, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 11

termos do Artigo 30, inciso I, da Constituição (Artigo 6-A da referida lei ver Súmula nº 645 do STF). As mulheres receberam uma proteção especial do legislador, ao determinar uma escala de revezamento quinzenal que favoreça o DSR aos domingos (Artigo 386 da CLT). Para a categoria dos bancários, o repouso semanal também ocorre no domingo. O sábado é dia útil não trabalhado (Súmula nº 113 do TST). Os professores não podem trabalhar aos domingos, conforme prevê o Artigo 319 da CLT (ver Súmula nº 351 do TST, que trata sobre o DSR dos professores). Descanso semanal remunerado e feriados 1) Base de cálculo do DSR: O DSR já está embutido no salário do empregado que recebe por mês ou por quinzena (art. 7º, 2º da Lei nº 605/49), mas para aquele que recebe por hora, dia ou comissão não (Súmula nº 27 do TST). 2) Faltas e atrasos durante a semana de trabalho Se houver falta injustificada ou impontualidade durante a semana, o empregador pode descontar o valor do DSR para o empregado que recebe por mês ou quinzena (o repouso fica preservado, o que ele perde é o valor). Se for justificada, não perde o valor e nem o RSR (ver art. 6º, 1º da Lei nº 605/49, que estatui quais faltas são justificadas). Com relação à falta em virtude de doença justificada por atestado médico, ver Súmula nºs 15 e 282 do TST art. 60, 4º da Lei nº 8.213/91. Se houver atraso que seja posteriormente compensado, o empregado DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 12

permanece com o direito ao repouso (PN 92 da SDC do TST). Tal intervalo não se confunde ou se compensa com o descanso semanal remunerado, de 24 horas consecutivas. Entre módulos semanais somam-se os dois intervalos: 11 horas (entre dias) e 24 horas (entre semanas), totalizando, pois, 35 horas. 3) Parcelas que incidem no cálculo do RSR: Hora extra (Súmula nº 172 do TST). 4) Parcelas que não incidem no cálculo do RSR: - Gratificação por produtividade e por tempo de serviço (Súmula nº 225 do TST); - se o RSR for majorado em virtude da integração das horas extras, tal fato não repercute nas férias, 13º salário, aviso prévio, FGTS (OJ nº 394 da SDI1 do TST); - nas férias indenizadas não é devido o pagamento do RSR e feriados (Súmula nº 147 do TST); - gorjetas (Súmula nº 354 do TST); - adicional de insalubridade já remunera o RSR e feriados (OJ nº 103 da SDI1 do TST). 5) Feriados: Os feriados estão previstos na Lei nº 9.093/95, bem como na Lei nº 6.802/80. São eles: Art. 1º São feriados civis: I - os declarados em lei federal; II - a data magna do Estado fixada em lei estadual. III - os dias do início e do término do ano do centenário de fundação do Município, fixados em lei municipal. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 13

Art. 2º São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão. Lei nº 6.802/80, Art. 1º É declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Em regra, não se pode laborar nos feriados (art. 70 da CLT e art. 8º da Lei nº 605/49), mas se laborado, deve ser pago em dobro (Súmula nº 146 do TST). 6) Da remuneração das horas extras, descanso semanal remunerado e feriados A) Hora extra: Exemplo: Empregado trabalha das 7 as 20 horas, perfazendo um total de 13 horas diárias (sem intervalo), como calcular a hora extra? a) 13 horas - 8 horas por dia - sobram 5 horas por dia X 5 dias da semana = 25 horas extras por semana. (considerou uma jornada de 40 horas semanais). b) 13 horas - (x 5 dias) = 65 (13x5) 44 horas semanais legais = 21 horas extras por semana. B) RSR e feriados: Se houver trabalho no dia de repouso, o pagamento da hora é feita com adicional de 100% (Súmula nº 461 do STF e Súmula 146 do TST). Mulheres - A Legislação Trabalhista dispõe que a mulher que laborar em escala de revezamento, o seu descanso dominical deverá ser organizado quinzenalmente (artigo 386 da CLT). DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 14

Comércio Varejista A Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, com redação dada pela Lei nº 11.603/2007, autorizou o trabalho aos domingos no comércio varejista em geral, desde que previsto em Legislação Municipal, conforme determina o Artigo 30, inciso I, da Constituição Federal, conforme abaixo: Artigo 6º Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do Artigo 30, inciso I, da Constituição.Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva. Artigo 6 -A. É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do Artigo 30, inciso I, da Constituição. Artigo 6 -B. As infrações ao disposto nos arts. 6o e 6o-A desta Lei serão punidas com a multa prevista no Artigo 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. Parágrafo único. O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho. O repouso semanal remunerado deverá coincidir pelo menos 1 (uma) vez no período máximo de 4 (quatro) semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras previstas em acordo ou convenção coletiva. Escala 12 x 36 - Alguns acordos e convenções coletivas de trabalho trazem previsão expressa de prestação de trabalho da jornada escalas 12 x 36, ou seja, o trabalhador labora 12 (doze) horas e compensa 36 (trinta e seis) horas e retorna no dia seguinte, às mesmas horas, que é uma forma de compensação de jornadas. Para o empregador adotar essa escala, deverá vir expressamente DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 15

autorizado por acordo ou convenção coletiva de trabalho, conforme entendimento do TST. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) tem entendido que se a norma coletiva permitir a prestação de serviços em escala 12 x 36, porém condicionada à celebração de acordo entre empregado e empregador, a falta dessa condição importará na sujeição deste ao pagamento como extras das horas trabalhadas após a oitava diária. Atenção SÚMULA N.º 444 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. Observações: Esse tipo de escala é utilizado muito pelos enfermeiros e administração de emergência, pessoal de escolta, alguns postos de polícia, portarias de prédio, vigilantes, por exemplo. Das Jornadas Especiais Bancários Telefonia DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 16

Serviço de marinha e afins Trabalho em minas de subsolo Motorista profissional Serviço ferroviário Jornalistas profissionais Professores A CLT regula, a partir do artigo 224, a jornada de determinadas profissões. Das Jornadas Especiais Bancário (artigo 224 a 226 da CLT): 6 horas diárias e 30 horas semanais, desde que a jornada seja cumprida entre as 7 e 22 horas; intervalo intrajornada mínimo de 15 minutos. Obs.: esta jornada tambem se aplica aos empregados da portaria e limpeza, devendo o banco estabelecer uma escala de serviço de maneira que haja empregados do quadro da portaria 30 minutos antes e 30 minutos após o encerramento dos trabalhos. Caso o bancário exerca a função de direção, gerência, fiscalização, chefia ou outros cargos de confiança, esta jornada não se aplica, desde que receba uma gratificação não inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo. A jornada do bancário pode, exepcionalmente, ser prorrogada até 8 horas diárias, não excedendo 40 horas semanais, desde que observados os preceitos gerais de duração do trabalho. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 17

Empregados nos serviços de telefonia, telegrafia submarina e fluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia (artigo 227 a 231 da CLT): 6 horas contínuas ou 36 horas semanais; Para os empregados sujeitos a horários variáveis, jornada máxima de 7 horas diárias de trabalho e 17 horas de folga (intervalo interjornada), sendo 20 minutos para descanso sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas; O horário para almoço e descanso não pode ser gozado antes das 10 horas e depois das 13 horas, enquanto o intervalo para jantar não pode ser gozado antes das 16 e depois das 19h30. Motorista profissional (artigo 235-A até artigo 235-H): jornada de 8 horas ou 44 semanais (ver artigo 235-C); admite-se a prorrogação da jornada por até 2 horas extras; intervalo intrajornada minimo de 1 hora; descanso semanal remunerado de 35 horas (24 horas + 11 horas do interv. Interjornada); tempo de espera (artigo 235-C, 8º) não é pago como hora extraordinária, mas com acréscimo de 30% sobre o valor da hora normal; nas viagens de longa distância (art. 235-D), intervalo mínimo de 30 minutos a cada 4 horas de viagem, podendo ser este intervalo fracionado; nas viagens com duração superior a 1 semana, descanso semanal remunerado de 36 horas, podendo tambem ser fracionado (30 horas ininterruptas e as seis horas restantes podem ser gozadas durante a próxima semana de trabalho); no caso de revezamento em dupla durante a viagem, o tempo de descanso será remunerado com adicional de 30% sobre a hora normal, sendo devido um intervalo intrajornada de 6 horas com o veículo parado ou em alojamento; pode ser estabelecida jornada de 12 horas x 36 horas mediante negociação coletiva. Serviço ferroviário (art. 236 a 247 da CLT). Serviço de marinha e afins (art. 248 a 252 da CLT): jornada de 8 horas. Trabalho em minas de subsolo (art. 293 a 301 da CLT): jornada de 6 horas ou 36 horas semanais; tais jornadas podem ser reduzidas ou majoradas mediante DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 18

prévia licença da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho; intervalo intrajornada de 15 minutos a cada 3 horas consecutivas de trabalho. Jornalistas profissionais (art. 302 a 316 da CLT): jornada de 5 horas, podendo ser majorada até 7 horas mediante acordo escrito; descanso semanal remunerado obrigatoriamente aos domingos, salvo acordo escrito em contrário; intervalo interjornada de 10 horas. Professores (art. 317 a 324 da CLT): o professor não poderá dar, em um mesmo estabelecimento, mais de 4 aulas consecutivas ou 6 aulas intercaladas. Novas regras do trabalho doméstico: edição da Lei complementar n 150/2015 Foi publicada no DOU de 02/06/2015, a Lei Complementar n 150, de 01/06/2015, que dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis n 8.212, de 24/07/1991, n 8.213, de 24/07/1991, e n 11.196, de 21/11/2005; revoga o inciso I do Artigo 3 da Lei n 8.009, de 29/03/1990, o Artigo 3 da Lei n 8.213, de 24/07/1991, a Lei n 5.859, de 11/12/1972, e o inciso VII do Artigo 12 da Lei n 9.250, de 26/12/1995; e dá outras providências. Artigo 1 - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n 6.481, de 12 de junho de 2008. Entre as alterações destacamos: DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 19

Artigo 2 - A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 horas diárias e 44 horas semanais; 1 - A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% superior ao valor da hora normal; 2 - O salário-hora-normal, em caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por 220 (duzentas e vinte) horas, salvo se o contrato estipular jornada mensal inferior que resulte em divisor diverso. 3 - O salário-dia-normal, em caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por 30 (trinta) e servirá de base para pagamento do repouso remunerado e dos feriados trabalhados. 4 - Poderá ser dispensado o pagamento das horas extras e instituído regime de compensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado em outro dia, observando as regras constantes da Lei Complementar n 150/2015. 5 - No regime de compensação previsto no 4 : I. Será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do 1, das primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho; II. das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês; III. o saldo de horas que excederam as 40 (quarenta) primeiras horas mensais de que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso, será compensado no período máximo de 1 (um) ano. 6 - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do 5, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 20

"Revolução em Dageham", de Nigel Cole SINOPSE O tema principal do filme é apresentar como se deu a luta protagonizada por mulheres que almejavam igualdade salarial na fábrica da Ford em Dagenham, luta esta que resultou na greve de 1968, a qual foi um ponto de partida para a mudança da realidade das operárias na época. O filme mostra a realidade das operárias no tempo das greves por toda a Europa, de sua posição submissa e de sua luta por um lugar no mundo estritamente masculino até então. Revolução Em Dagenham - Trailer Fonte: SonyPicsHomeEntBR Atividade proposta Miguel foi admitido pelo Banco Só Dinheiro S/A para exercer a função de caixa. Passados 04 anos, em face de seu desempenho, Miguel passou a desempenhar a função de caixa executivo, atendendo apenas aos clientes especiais. Diante da nova função, passou a perceber uma gratificação no valor equivalente a 50% de seu salário. Tendo em vista que, após assumir a função de caixa executivo, Miguel passou a trabalhar em jornada diária de 09 horas, é correto afirmar: a) não faz jus à hora extra por exercer função de confiança remunerada com gratificação superior a 40% do seu salário; b) faz jus à 1 (uma) hora extra diária, posto que exerce função de confiança e percebe gratificação superior a 1/3 do salário, sujeitando-se à jornada de 8 (oito) horas; c) faz jus a 3 (três) horas extras diárias, uma vez que não exerce função de confiança, estando sujeito à jornada de 6 (seis) horas. Chave de resposta: A resposta correta é c) faz jus a 3 (três) horas extras diárias, uma vez que não exerce função de confiança, estando sujeito à jornada DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 21

de 6 (seis) horas. Veja a justificativa no art. 224 da CLT. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 2014. Aprenda Mais Material complementar Para aprender mais, leia o artigo, Comissão aprova redução da jornada de trabalho, disponível em nossa biblioteca virtual. Referências CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 25. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2000. CATHARINO, José Martins. Tratado jurídico do salário. São Paulo: LTr, 1994. TEIXEIRA FILHO, João de Lima et al. Instituições de direito do trabalho. 19. ed. São Paulo: LTr, 2000. v. I. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 22

Exercícios de fixação Questão 1 (Magistratura TRT3 2009) Assinale a assertiva correta em relação aos enunciados de I a V, observadas a legislação pertinente e a consolidação jurisprudencial do c. TST: I A Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949, que dispõe sobre o repouso semanal remunerado, não se aplica aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios, aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de proteção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários públicos. II A remuneração do repouso semanal remunerado corresponderá, aos que trabalham por tarefa ou peça, ao equivalente ao salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente prestados ao empregador. III Em caso de férias coletivas, o empregado contratado há menos de 12 (doze) meses as gozará como os demais colegas abrangidos, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. IV A concessão de férias ao empregado estudante deverá coincidir com o período de férias escolares. V Entre duas jornadas de trabalho, haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário. a) Somente um enunciado é verdadeiro. b) Somente dois enunciados são verdadeiros. c) Somente três enunciados são verdadeiros. d) Somente quatro enunciados são verdadeiros. Questão 2 (Magistratura TRT3 2008) Analise as proposições abaixo (de I a V ) e assinale a alternativa correta, conforme sejam verdadeiras ou falsas: I- quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto no artigo 71 da CLT, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 23

correspondente com um acréscimo sempre igual a 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. II- os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. III- para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo o empregado anotar o tempo efetivamente usufruído de intervalo intrajornada, não sendo permitida apenas a pré-assinalação do período de repouso. IV- possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. V- o desrespeito ao intervalo mínimo entre dois turnos de trabalho, sem importar em excesso na jornada efetivamente trabalhada, não dá direito a qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de infração sujeita a penalidade administrativa (art. 71 da CLT). a) Apenas as proposições II e III são verdadeiras. b) Apenas as proposições III e IV são verdadeiras. c) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras. d) Apenas as proposições II, IV e V são verdadeiras. Questão 3 (Magistratura TRT11-2007) Os intervalos intrajornada e semanal estão previstos em lei. Partindo-se desta premissa, é correto afirmar: I. Se a jornada diária do empregado for interrompida pela concessão do intervalo de, no mínimo, uma hora de duração, isso não descaracteriza o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada continuará a ser de 6 horas diárias. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 24

II. Se a jornada diária do empregado for interrompida pela concessão do intervalo de, no mínimo, uma hora de duração, estará descaracterizado o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada passará a ser de 8 horas diárias. III. Se a jornada diária do empregado for interrompida pela concessão do intervalo de, no mínimo, uma hora de duração, estará descaracterizado o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada passará a ser de 7 horas diárias. IV. A interrupção diária destinada ao repouso e alimentação ou semanal descaracteriza o turno ininterrupto de revezamento, estabelecendo jornada que só pode ser ajustada em negociação coletiva. a) Está correta apenas a afirmativa I. b) Está correta apenas a afirmativa II. c) Está correta apenas as afirmativas I e IV. d) Estão corretas apenas as afirmativas II e III. Questão 4 (Magistratura TRT24-2006) Assinale a alternativa INCORRETA: a) Ao empregado em minas de subsolo, em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo. b) Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de sessenta minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de dez minutos deduzidos da duração normal do trabalho. c) A duração normal do trabalho dos bancários será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. d) Ao empregado jornalista profissional a duração normal do trabalho não deverá exceder 5 cinco horas, tanto de dia quanto à noite. a) Alternativa a) b) Alternativa b) c) Alternativa c) d) Alternativa d) DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 25

Questão 5 (Magistratura TRT4 2012) Nos termos da CLT e da jurisprudência sumulada do TST é obrigatória a concessão de intervalo Intrajornada de: a) 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho consecutivo, computados na jornada, aos empregados que atuam nos serviços de digitação. b) 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo, não computados na jornada, aos empregados que atuam nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo). c) 15 minutos a cada 3 horas de trabalho consecutivo, não computados na jornada, aos empregados que trabalham em minas de subsolos. d) 20 minutos a cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, computados na jornada, aos empregados que trabalham no interior de câmaras frigoríficas. a) Alternativa a) b) Alternativa b) c) Alternativa c) d) Alternativa d) Questão 6 (Magistratura TRT11 2007) Considerando a jurisprudência dominante no Tribunal Superior do Trabalho, considere: I. O fornecimento de telefone celular ao empregado, por si só, já caracteriza o sobreaviso, face à possibilidade desse empregado ser chamado para trabalhar a qualquer momento. II. Nos casos de necessidade imperiosa, o trabalho extraordinário poder á ser unilateralmente imposto pelo empregador, não dependendo de acordo ou Convenção Coletiva. III. O tempo que o empregado leva para ir ao trabalho e voltar, em seu próprio carro, só será considerado como jornada in itinere se for local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular. IV. Se os empregados que trabalham em turno ininterrupto de revezamento tiverem sua jornada aumentada para 8 horas diárias, por norma coletiva, a sétima e a oitava horas dever não ser pagas como extras. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 26

a) Está correta apenas a afirmativa I. b) Está correta apenas a afirmativa II. c) Está correta apenas as afirmativas I e IV. d) Estão corretas apenas as afirmativas II e III. Questão 7 (Magistratura TRT3 2009) Assinale a assertiva ( a a e ) correta em relação aos enunciados de I a V, observadas a legislação pertinente e a consolidação jurisprudencial do c. TST: I O caixa bancário executivo, ao perceber gratificação igual ou superior a um terço, é considerado como exercente de cargo de confiança, não fazendo jus a receber como extraordinárias as horas prestadas após a 6ª diária, até o limite de 8 (oito), conforme sumulado pelo c. TST. II Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamento, não estão sujeitos a limite máximo de jornada de trabalho, desde que percebam, como salário do cargo de confiança, valor não inferior ao salário do cargo efetivo acrescido de, pelo menos, 40% (quarenta por cento). III A carga horária semanal do bancário, que não se enquadre na exceção do 2º do art. 224 da CLT, é de 30 (trinta) horas, sendo o quociente de divisão mensal de 180. IV A carga horária semanal do jornalista profissional, por força do art. 303 da CLT, é da ordem de 30 (trinta) horas, sendo o quociente de divisão mensal de 150. V Em um mesmo estabelecimento de ensino, o professor não poderá dar, por dia, mais de quatro aulas consecutivas, nem mais de seis intercaladas, sendo ainda vedado-lhe a regência de aulas e trabalho em exames ao domingos. a) Somente um enunciado é verdadeiro. b) Somente dois enunciados são verdadeiros. c) Somente três enunciados são verdadeiros. d) Somente quatro enunciados são verdadeiros. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 27

Questão 8 (Magistratura TRT3 2009) Assinale a assertiva ( a a e ) correta em relação aos enunciados de I a V, observada a consolidação jurisprudencial do c. TST: I Conforme sumulado pelo c. TST, a validade de acordo ou convenção coletiva de trabalho de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da prévia autorização da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho. II - A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, 2º da CLT. No que diz respeito ao gerente-geral da agência, salvo prova em contrário, pelo exercício de encargo de gestão, aplicar-se-á o art. 62 da CLT, nos termos consolidados em súmula do c. TST. III O fato de o empregador não cobrar pelo transporte fornecido para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, afasta o direito à percepção das horas in itinere, na esteira de súmula do c. TST. IV A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Neste caso, as horas que ultrapassarem a duração semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias, nos termos sumulados pelo c. TST. V A insuficiência de transporte público, como assentado pelo c. TST, não enseja o pagamento de horas in itinere. a) Somente um enunciado é verdadeiro. b) Somente dois enunciados são verdadeiros. c) Somente três enunciados são verdadeiros. d) Somente quatro enunciados são verdadeiros. Questão 9 (Magistratura TRT2 2011) A respeito da compensação de jornada, consoante entendimento sumulado, é correto afirmar que: a) O banco de horas pode ser instituído por negociação coletiva ou acordo individual; b) A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual, escrito ou tácito, acordo coletivo ou convenção coletiva. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 28

c) O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada não implica a repetição do pagamento das horas extras excedentes à jornada normal diária, mesmo que dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. a) Alternativa a) b) Alternativa b) c) Alternativa c) d) Alternativa d) Questão 10 (Magistratura TRT2 2011) Analisando as proposições abaixo: I tratando-se de empregado ferroviário, o tempo de prontidão é menos restritivo à disponibilidade pessoal do empregado do que o tempo de sobreaviso; II a jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT; III no tocante ao empregado que exerce atividade externa, incompatível com a fixação de horário de trabalho, é prescindível a anotação de tal condição na CTPS do empregado desde que esta conste, expressamente, do contrato de trabalho e do registro de empregados; IV a jornada de trabalho do empregado doméstico não é legalmente tipificada, sendo-lhe indevido o pagamento de hora extraordinária, esteja ou não submetido a controle de horário; V a existência na empresa de paralisação total ou parcial, fixa ou móvel, em um dia de semana, não prejudica a tipificação dos turnos ininterruptos de revezamento. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 29

a) Se apenas I e II estão corretas. b) Se todas as alternativas estão corretas. c) Se apenas II, IV e V estão corretas. d) Se apenas IV e V estão corretas. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 30

Aula 4 Exercícios de fixação Questão 1 - B Justificativa: I: verdadeiro, art. 5º da Lei nº 605/49; II: verdadeiro, art. 7º, c, da Lei nº 605/49; III: falso, art. 140 da CLT; IV: falso, art. 66 da CLT. Questão 2 - C Justificativa: I: art. 71, 4º da CLT; II: Súmula nº 118 do TST; III: art. 71, 2º da CLT; IV: OJ nº 354 da SDI-1 do TST; V: OJ nº 355 da SDI-1 do TST. Questão 3 - A Justificativa: Veja a resposta na Súmula nº 360, do TST. Disponível em: http://www.tst.jus.br/sumulas Acesso em: 05 abr. 2014. Questão 4 - B Justificativa: Veja a resposta no art. 72 da CLT. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 2014. Questão 5 - D Justificativa: Veja a resposta no art. 253 da CLT. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 2014. Questão 6 - B Justificativa: I: Incorreta OJ nº 49, da SDI-1, do TST, II: Correta art. 61 da CLT; III: Incorreta Súmula nº 90, I, do TST; IV: Incorreta Súmula nº 423 do TST. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 31

Questão 7 - D Justificativa: I: falso Súmula nº 102, VI, do TST, II: Verdadeiro art. 62 da CLT; III: Verdadeiro Súmula nº 124 do TST; IV: Verdadeiro; V: verdadeiro art. 318 da CLT. Questão 8 - D Justificativa: I: verdadeiro Súmula 349 do TST (cancelada pelo TST em maio de 2011); II: verdadeiro Súmula nº 287, do TST, III: Falso Súmula nº 320 do TST; IV: Verdadeiro Súmula nº 85, IV, do TST; V verdadeiro Súmula nº 90 do TST. Questão 9 - D Justificativa: A: incorreta Súmula nº 85, V, do TST; B: incorreta Súmula nº 85, I, do c. TST; C: incorreta Súmula nº 85, III, do c. TST; D: incorreta Súmula 85, II, do c. TST. Questão 10 - C Justificativa: I: incorreta art. 244, 2º e 3º da CLT; II: correta, Súmula nº 287, do c. TST; III: incorreta art. 62, I, da CLT; IV: correta art. 7º, parágrafo único, da CF (modificado pela PEC 72/2013); V: correta Súmula nº 360 do TST. DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 32