Período Joanino: 1808-1821 Contexto: Bloqueio continental napoleônico em 1806. Ameaça de intervenção francesa. recebe um ultimato franco-espanhol: fechar os portos aos ingleses, confiscar seus bens e Ascensão do capitalismo industrial. prender os súditos residentes em Portugal Crise dos monopólios e pactos. Tratado de fontainebleau. Contestação do antigo regime, eclosão das revoluções liberais, ascensão burguesa. Crise da administração portuguesa. Política inicial de neutralidade Questionamentos sobre a mão de obra escrava. Inversão brasileira Dependência ao capital inglês: sofrer punições, patrimônio colonial ameaçado, inclusive o tráfico. A vinda da família real era um projeto antigo e em 1807 fechado em convenção. Precipitação do processo de independência. Pressionado, finge ter fechado os portos.
A família real e as transformações: Abertura dos portos as nações amigas em 1808: fim do pacto colonial. Revogou o alvará de proibição das manufaturas na colônia, estimulou e financiou a indústria, não obtém êxito. Rio de Janeiro: entreposto comercial inglês, Brasil, bacia do prata e costa do pacífico. Crise com as companhias de comércio. Alvará 1º de abril Tratados de 1810 com ingleses: aliança e amizade, comércio e navegação, dependência direta aos ingleses. Comércio e navegação: 15% de impostos para os ingleses, 16% para Portugal e 24% para os outras nações, Livre navegação no nordeste, um porto livre. Aliança e amizade: liberdade religiosa e a não instalação do tribunal da inquisição, princípio extraterritorial da justiça britânica, limitar o tráfico até 1830. Brasil como reino unido de Portugal e Algarves em 1815: deixa de ser colônia, interesse no congresso de Viena: manter os domínios na Guiana e no Prata e garantir a continuidade do tráfico, revolução pernambucana. Política externa: Conflitos na Guiana francesa(1809-1815) e na cisplatina(1816-1828): fragilizar a França. Modificações internas: ministérios, tribunais, casa da moeda, Jardim botânico, banco do Brasil, academia militar, missão artística francesa(debret), biblioteca nacional, teatro real, imprensa real, academia real de belas artes Revolução do Porto: 1820,exigia princípios liberais e a recolonização, além do retorno da família real em 1821.
Processo de independência do Brasil. Reacomodação dos grupos dirigentes. Exigência do esquema capitalista internacional. Os limites econômicos coloniais não cabiam a lógica liberal vigente. Processo elitizado, sem traumas, sem radicalismo, sem romper a ordem estabelecida. A figura de D.Pedro I era a garantia da manutenção social e econômica da estrutura vigente. Retorno da família real e a ameaça de recolonização. Dia do Fico: JAN/1822: Decreto do Cumpra-se: MAI/1822: D. Pedro convoca Assembleia Constituinte: JUN/1822: Após receber ultimato de POR, D. Pedro proclama a independência: 7/9/1822. A figura de D.Pedro I era a garantia da manutenção social e econômica da estrutura vigente.
O 1º REINADO:1822-1831 Guerras de independência: MA, BA, PI e PA: políticos e militares portugueses, identificados com a coroa lusa hostilizavam a nova ordem política, além da revolta da Cisplatina. D. Pedro contrata um exército mercenário(ingleses e franceses) e vence: dependência ao financiamento inglês. Reconhecimento da independência: Vital para economia que dependia do mercado externo. Muitos países não admitiam reconhecer antes de Portugal. Forte clima antiliberal no congresso de Viena, ameaça da Santa Aliança e da recolonização.
Reconhecimento e o jogo de interesse: EUA-1824: Doutrina Monroe: América para os americanos. Visava garantir a independência das colônias e abrir o mercado continental para os E.U.A. Portugal-1825-Tratado de paz e aliança: indenização de 2 milhões de libras e D. João VI como imperador de honra do Brasil, não aceitar união com qualquer outra colônia portuguesa. Ex: Brasil e sua ameaça em anexar Angola. Inglaterra-1825: empréstimo de 2 milhões de libras, renovação de tratados de 1810 (privilégios alfandegários), fim do tráfico negreiro (não cumprido). A presença de tropas brasileiras na Cisplatina dificultou o reconhecimento por países latino-americanos.
Constituição Constituição da Mandioca -1823 projeto frustrado: Submissão do poder Executivo ao poder Legislativo. Voto censitário (150 alqueires de mandioca). Noite da agonia. Constituição Brasileira 1824: 1ª do Brasil (outras: 1891,1934,1937,1946,1967,1988) Outorgada. Monarquia Constitucional e Hereditária., Brasil unitário. Senado vitalício. O Imperador era inimputável. Catolicismo oficial, liberdade de culto domiciliar. Igreja atrelada ao Estado (Padroado e Beneplácito). Elitizada, autoritária, 4 poderes(moderador) Voto aberto e indireto, obrigatório, sufrágio censitário e monetário(100 mil réis, 200, 400,800). Homem maior de 25 anos e católico, exceções entre 21 e 25(casados, militares, advogados e clérigos de ordem sacra). Não faz alusão a mulher nem ao escravo, apenas ao liberto que só poderia votar.
Confederação do Equador:1824 Crise política frente ao autoritarismo do imperador e a centralização política, as províncias que buscavam autonomia. Crise econômica: açúcar, tabaco e algodão, retração de venda. Elevada carga tributária. Deputados pernambucanos produzem um texto de discordância. Indicação de um novo governador para província de Pernambuco que não foi bem aceito. Objetivavam a república, criticavam o imperador e a constituição. Movimento separatista: fundar uma república representativa e federalista no nordeste, independente do Brasil(feria a unidade nacional). Adesão: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Alagoas e Bahia. Adotam, provisoriamente, a constituição da Colômbia. A marcha épica Líderes: Paes de Andrade, Cipriano Barata e Frei Caneca, Emiliano Munducuru. Cisão interna entre as elites e as lideranças populares em torno das propostas liberais: Tráfico e escravidão. O caso Ratclif Movimento reprimido em 1825 sob a liderança de Francisco de Lima e Silva e o inglês Cochrane, com navios e tropas estrangeiras financiadas pela Inglaterra.
Abdicação de D.Pedro I: 1831 Dificuldades financeiras Autoritarismo de D. Pedro I. Críticas da imprensa. Questão Sucessória (POR 1826). Medo da recolonização. Guerra da Cisplatina (URU 1828). Assassinato de Frei Caneca e do jornalista Libero Badaró. Noite das garrafadas. Impopularidade.
Período regencial:1831-40 Regência Trina Provisória (abr/jul 1831); Regência Trina Permanente (1831 1834); Regência Una do Padre Feijó (1835 1837); Regência Una de Araújo Lima (1837 1840).
Grupos políticos: Restauradores : Contrários a qualquer reforma política (conservadores). Liberais Moderados: Federalismo com forte controle do RJ (centralizadores). Liberais Exaltados ou Farroupilhas: Fim da monarquia e proclamação da República. Federalismo (grande autonomia provincial).
Regência Trina Provisória (abr/jul 1831): Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Nicolau pereira de Campos Vergueiro e José carneiro de Campos. Suspensão provisória do Poder Moderador. Readmite o ministério brasileiro. Anistia aos presos políticos. Suspensão temporária do poder moderador Proibição de criar novos impostos. Proibição de dissolver a Câmara de Deputados. Eleição de uma Regência Permanente.
Regência Trina Permanente (1831 1834): Brigadeiro Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz (Norte) e José da Costa Carvalho (sul). Ministro da justiça: Padre Diogo Feijó. Criação da Guarda Nacional Criação do Código de Processo Criminal Autoridade judiciária e policial (nos municípios) aos juízes de paz, eleito entre os grandes proprietários. Ato Adicional de 1834: Objetivo: conciliação entre moderados e exaltados. Assembléias Legislativas Provinciais (Deputados Estaduais). Capital nomeava os Presidentes de Província.
Regência Una do Padre Feijó (1835 1837): Várias revoltas pelo país (Cabanagem, Sabinada e Revolução Farroupilha). Feijó renuncia em 1837 (oposição crescente). Conflitos com a igreja. Divisão nos Liberais Moderados Progressistas (posteriormente liberais): classe média urbana, alguns proprietários rurais e alguns membros do clero. Favoráveis a Feijó e ao Ato Adicional. Regressistas (posteriormente conservadores): maioria dos grandes proprietários, grandes comerciantes e burocratas. Centralizadores e contrários ao Ato Adicional.
Regência Una de Araújo Lima (1837 1840): Regressistas no poder. Retorno da centralização monárquica. Criação do Colégio Pedro II, Arquivo Público Nacional e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ( Ministério das Capacidades Bernardo Pereira de Vasconcelos, ministro da Justiça). Lei Interpretativa do Ato Adicional (mai/1840): anulação prática do Ato Adicional. Capital (RJ) com poderes para nomear funcionários públicos, controlar órgãos da polícia e da justiça nos Estados. Clube da maioridade e o golpe da maioridade.
Forte instabilidade e revoltas
Revoltas regenciais: CAPA CAPE SABA BAMA FARSUL MALBA
Revoltas regenciais: Questionaram: Excesso de centralização. Cobrança de inúmeros impostos. Situação de miséria econômica.
Atalhos: Período de maior instabilidade da história do Brasil. Período de maior ameaça a unidade nacional. Risco aos grupos dirigentes: radicalização e necessidade de ordem imperial. Separatistas: Cabanagem, farrapos, sabinada(provisória). Republicanas: Sabinada(provisória), Farrapos, Cabanagem. Chegaram ao poder: Cabanagem, sabinada, balaiada, farrapos. Abolicionistas: sabinada(só aos escravos que nasceram no Brasil), Farrapos(liberdade aos que lutaram), balaiada, cabanagem, cabanos e malês.
Dificuldade econômica: Destaque: crise do acúcar, monopólio portugês, crise do algodão, crise do charque. Crise do açúcar: Cabanos e sabinada. Crise do algodão: Balaiada. Crise do charque: Farrapos(platinos:4%, BR:24%) Monopólio português: Balaiada e Cabanagem. Populares: Balaiada, cabanagem(mais popular), cabanos(inicialmente elitizada, depois popular). Malês Classe média: Sabinada. Farrapos: a mais elitizada.
OS Cabanos (PE/AL 1831 1836): Zebrão do vestibular (não confundir com a Cabanagem). Contradições: Discurso: defesa da grande propriedade, da religião (que teria sido ofendida com a saída de D. Pedro I), e da volta de D. Pedro I (em nome da autoridade divina). Prática: saques de fazendas, assassinatos de proprietários, ocupação de terras, libertação de escravos. Presença inicial de grandes proprietários (defendendo seus privilégios) e permanente das camadas humildes e exploradas. Sem lideranças expressivas. Violentamente reprimida.
Revolta dos Malês (BA 1835): Causa: escravidão, miséria e intolerância religiosa. Revolta de negros escravos islâmicos (alfabetizados que liam o Alcorão). No mínimo 100 negros foram massacrados. A traição de Domingos Fortunato e Guilhermina rosa. Objetivo: abolição e africanização de Salvador.
Cabanagem (PA/AM 1835 1840): CAUSAS: Isolamento da província, discordância dos participantes com o governo de Feijó, crise econômica, crise na indicação do presidente da província, controle excessivo de portugueses. OBJETIVOS: Independência da Província e Proclamação de uma república angelim LÍDERES: Malcher,Franscisco Vinagre, Rodrigues, Eduardo TERMINOU: Reação violenta do governo houve entre 30 ou 40 mil mortos
Características: Ampla participação popular (índios, negros, mestiços, escravos ou livres, porém, todos sem posses). Luta contra desigualdades. Chegaram a tomar o poder mas foram traídos (Antônio Malcher, Francisco Vinagre e Eduardo Angelim). Por ser a mais popular das revoltas, foi a mais severamente reprimida (30 mil mortos ou 25% da população total da Província).
A Sabinada (BA 1837 1838): CAUSAS: Oposição ao centralismo, renúncia de Feijó e eleição de Araújo Silva, dificuldades econômicas da Província, recrutamento forçado para lutar contra os Farrapos no sul. OBJETIVO: descentralização política, República Provisória até a maioridade de D. Pedro II. LÍDER: Francisco Sabino Álvares da Rocha TERMINOU: derrotados e mais de 2 mil mortos. Adesão da classe média urbana. Líderes presos ou mortos e expulsos da Bahia.
A Balaiada (MA 1838 1841): CAUSAS: Pobreza generalizada: concorrência com algodão dos EUA. Privilégios de latifundiários e comerciantes portugueses. Vinganças pessoais (sem projeto político). Desunião entre participantes. OBJETIVO: Falta de propostas concretas e antilusitanas TERMINOU: prisão e condenação à morte. Principais líderes: Manuel dos Anjos Ferreira (o Balaio ), Raimundo Gomes (o Cara Preta ) e Negro Cosme Bento. Reprimidos por Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias).
Revolução Farroupilha (RS 1835 1845): A mais elitista e longa de todas as revoltas. Principais lideranças (estancieiros): Bento Gonçalves (maior líder), Davi Canabarro, Guiuseppe Garibaldi. Causas: Altos impostos sobre o charque gaúcho; Baixos impostos de importação sobre o charque platino (ARG e URU); Nomeação do Presidente de Província (governador) pelo Rio de Janeiro, contrário aos interesses gaúchos. Proclamação da República do Piratini, ou República Rio-Grandense (RS, a partir de 1835) e da República Juliana (SC, de jul-nov de 1839).
Paz de Ponche Verde Anistia dos envolvidos gaúchos; Incorporação dos farrapos no exército nacional; Permissão para escolher o Presidente de Província; Devolução de terras confiscadas na guerra; Proteção ao charque gaúcho da concorrência externa; Libertação dos escravos envolvidos (?); Surpresa de Porongos (traição aos negros 14/11/1844)