Disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva I Aula Etiologia de outros problemas de Saúde Pública

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INTER-RELAÇÃO ENTRE A OBESIDADE E DOENÇA PERIODONTAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA ATUAL

Transcrição:

Disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva I Aula Etiologia de outros problemas de Saúde Pública Porcentagem de pessoas com doença periodontal severa por faixa etária: 15-19 anos 1,3% 35-44 anos - 9,9% 65-74 anos - 6,3% Na faixa etária de idosos, 80% dos sextantes foram excluídos pois não apresentavam nenhum de dente ou apenas um dente funcional (SBBrasil, 2004) Tecidos Gengivais Textura Cor Contorno Diagnóstico e Prevenção das doenças Periodontais Gengivite: inflamação do tecido gengival que não resulta em perda de inserção clínica Periodontite Inflamação do tecido gengival e do aparelho de inserção adjacente é caracterizada pela perda de inserção do tecido conjuntivo e do osso alveolar Doença Periodontal Pode levar a desconforto, dificuldade de mastigação, abcesso e perdas dentais. Causada por infecção por bactérias específicas e os indivíduos não são uniformemente suscetíveis A bactéria exerce uma função primária no início da doença periodontal uma gama de fatores relacionados ao hospedeiro é que vai influenciar o início e a apresentação clínica da doença, bem como a sua taxa de progressão

Doenças Periodontais -CLASSIFICAÇÃO GERAL I GENGIVAIS: Gengivite Hiperplasia Gengival Recessão Gengival Formas Agudas: Ulcerativa Necrosante Pericoronarite Abscesso Gengival microbianas/viróticas II PERIODONTAIS Periodontite do Adulto Periodontite de Início Precoce : pré puberaç juvenil progressão rápida Trauma oclusal Forma aguda: abscesso periodontal III RELACIONADA À DOENÇAS SISTÊMICAS Modelo multifatorial da doença Periodontal HOSPEDEIRO Habilidade p/ formar placa Habilidade p/ formar cálculo Hábitos de HB, comportamentos, Resposta imune, fatores genéticos fatores socias MICRORGANISMOS AMBIENTE Anaeróbios Gram- e outros Placa, cálculo, restaurações incorretas, Anatomia dental, posição, oclusão traumática, tabagismo

Etiologia Fatores Locais Determinantes BIOFILME DENTAL PLACA BACTERIANA/ BIOFILME DENTÁRIO- Supra e Subgengival (Duarte & Lotufo 1997) Colonização organizada de microrganismos que se deposita na superfície dentária e gengival com propriedade de agressão ao hospedeiro. Supra e Subgengival (Lascala, 1995) RISCO À PERIODONTITE - American Academy of Periodontology, 1996 Determinantes de Risco Idade Sexo Condição Socio-econômica Fatores de Risco Placa, microbiota e higiene bucal Hábito de fumar Diabetes Infecção por HIV Outros - Sistêmicos FATORES DE RISCO CONGÊNITOS Fatores genéticos/hereditários Diabetes Discrasias sanguíneas Osteoporose Síndrome de Down FATORES DE RISCO RISCOS ADQUIRIDOS E AMBIENTAIS Higiene Bucal precária Medicamentos

Tabaco/Fumo Estresse Imunodeficiência adquirida Doenças endócrinas adquiridas Deficiências nutricionais As doenças periodontais também são consideradas fatores de risco de outras doenças ou alterações sistêmicas, que podem inclusive a levar a óbito, como as doenças cardiovasculares, as respiratórias e no nascimento de bebê de baixo peso JUSTIFICATIVAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADOS PERIODONTAIS E CONTROLE DA DOENÇA Melhorar a qualidade de vida Melhorar a aparência Reduzir a halitose Eliminar o sangramento gengival Aumentar a longevidade da dentição Melhorar a mastigação (FDI/WHO, 1987) NOVOS CONCEITOS PARA AS DOENÇAS PERIODONTAIS O controle do biofilme bacteriano é essencial na prevenção e no tratamento da maioria das doenças periodontais; Muitas pessoas com grau aceitável de gengivite conseguem manter uma dentição funcional ao longo da vida; A periodontite não progride de forma contínua até a perda dos dentes, mas sim em episódios de ocorrência e remissão ESTRATÉGIAS DE ALTO RISCO TRATAMENTO PRIORITÁRIO PARA ALTO RISCO Fumantes HIV positivo Diabeticos Gestantes Pacientes com doença cardiovascular e pulmonar ESTRATÉGIAS DE BASE POPULACIONAL Redução dos índices de placa

Educação em saúde Implantação de programas públicos de saúde bucal e de educação dos profissionais envolvidos Câncer bucal Câncer: termo genérico para todos tumores malignos Carcinoma espinocelular: 95% dos casos A incidência de câncer Bucal: uma das mais altas do mundo Etiologia Multifatorial Fumo: principal fator de risco Bebidas alcoólicas Risco depende do tipo de fumo e da bebida alcoólica (destilados), quantidade e duração do hábito Associação de fatores Câncer de lábio: raios UV Prevalência & locais mais comuns Homens com mais de 40 anos de idade Locais de maior incidência: lábio inferior, língua e assoalho de boca. Pode afetar: mucosa jugal, palato duro e mole, região retromolar, lábio superior e outras partes da boca Aspecto clínico Lesão ulcerada de bordas elevadas e endurecidas Lesão branca leucoplasia Lesão vermelha- eritroplasia Dificuldade: ausência de sintomatologia dolorosa Auto exame, o que procurar? Mudanças na cor da pele e da mucosa da boca Endurecimentos Caroços Edema (inchaço) Áreas dormentes ou dolorosas

Dentes quebrados ou com mobilidade Sangramentos Diagnóstico Aspectos clínicos Biópisia Cirurgia associada ou não à radioterapia Depende das condições físicas do paciente Localização] Estadiamento Prognóstico: localização, tamanho e a presença de metástases regionais ou a distância Nível de atendimento primário ATIVIDADES: Reuniões educativas (realizada por técnicos ou profissionais) em ambientes coletivos ou no consultório odontológico Exame da cavidade bucal campanhas Prestação de cuidados gerais de saúde bucal Nível de atendimento secundário ATIVIDADES: Orientação sobre mudanças de hábitos que expõem os indivíduos a fatores de risco Exame da cavidade bucal e detecção de lesões suspeitas Biópsia Tratamento de lesões benignas simples Encaminhamento dos casos de alta suspeita e casos de câncer confirmados para nível terciário QUAIS OS SINAIS INDICATIVOS DE ALGUMA ANORMALIDADE NA BOCA? Feridas que não cicatrizam em 2 semanas; manchas brancas, vermelhas ou negras; bolinhas duras e inchaço na boca;

dificuldade para movimentar a língua; sensação de dormência na língua; dificuldade para engolir. Lesões bucais Há vários tipos de feridas e de enfermidades bucais. As mais comuns são as aftas, o herpes simples, a leucoplasia e a candidíase atinge 1/3 de toda a população podem ser muito dolorosas e interferir na fala e na mastigação qualquer ferida que persista deve ser examinada pelo dentista Auto-exame bucal Simples e de extraordinária importância na detecção precoce do câncer da boca. Ensinado nas atividades de educação comunitária, em linguagem fácil e acessível à população. Finalidade de identificar anormalidades existentes na mucosa bucal, bastando para a sua realização um ambiente bem iluminado e um espelho. COMO PROCEDER AO AUTO-EXAME DA BOCA? retirar próteses ou outros aparelhos removíveis: TÉCNICA: 1. Lave bem a boca e remova próteses dentárias, se for o caso. 2. De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço, os lábios, veja se encontra algo diferente que não tenha notado antes. 3. Puxe com os dedos o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna. Em seguida apalpe-o todo. Faça o mesmo exercício no lábio superior. 4. Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna. Faça isso nos dois lados. 5. Com a ponta do dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior. 6. Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca. 7. Incline a cabeça para trás e abrindo bem a boca, examine atentamente o céu da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca.

8. Ponha a língua para fora e observe a sua parte de cima. Repita a observação na parte de baixo da língua colocando a ponta da língua no céu da boca. Em seguida puxe a língua para o lado direito, depois para o lado esquerdo, observando as bordas da mesma. 9. Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo veja se há diferença entre eles. Apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita e o lado direito com a mão esquerda. 10. Com um dos polegares apalpe toda a região debaixo do queixo. Toque suavemente com a ponta dos dedos, todo o rosto. *Diante de alguma suspeita o paciente deve ser encaminhado imediatamente para a confirmação do diagnóstico, pois é comprovado que a demora no diagnóstico impossibilita alguns tratamentos. Qual a freqüência recomendada para a realização do auto-exame da boca? não-fumantes - cada 6 meses fumantes - a cada 3 meses. ideal - 1 vez por mês (para que qualquer alteração da normalidade da boca seja prontamente detectada) Qual a conduta do dentista? caso a lesão não regrida, é recomendável que se faça uma biópsia (retirada de tecido para ser examinado) para que se possa detectar a causa da ferida, e para que se possa eliminar a possibilidade de doenças sérias como o câncer ETIOLOGIA DAS MÁS OCLUSÕES Ao nascer, apenas 2% das crianças tem problemas craniofaciais, mas aos 2 anos de idade a porcentagem aumenta para 50%. (Stallard) CAUSAS predisponentes ou excitantes 1. HEREDITARIEDADE 2. DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DE ORIGEM DESCONHECIDA 3. TRAUMATISMO 4. AGENTES FÍSICOS OU LOCAIS 5. HÁBITOS E ALTERAÇÕES FUNCIONAIS 6. ENFERMIDADES 7. ASPECTOS NUTRICIONAIS 1. HEREDITARIEDADE

Padrão Racial Padrão Facial Padrão Dento-Basal Influência racial hereditária raças puras X miscigenação involução do sistema mastigatório 2. DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DE ORIGEM DESCONHECIDA Ausência de certos músculos Fissuras palatinas e faciais Oligodontia Anadontia 3. Traumatismo Pré- natais e Injurias de parto. Posição de feto no útero. Trauma de parto. Pós- natais (acidentes) Fraturas ou perdas de dentes. Fraturas de maxilares. 4. AGENTES FÍSICOS OU LOCAIS Cáries Retenção prolongada de dentes decíduos Anquilose dentária Distúrbios de seqüência natural dos dentes permanentes Restaurações inadequadas Anomalias dentárias Freio lingual e labial Impacção dentária Amamentação

Natureza dos alimentos ANOMALIAS DENTÁRIAS AMAMENTAÇÃO ANOMALIAS DE FORMA E TAMANHO NÚMERO AGENESIA e SUPRANUMERÁRIO NATURAL ARTIFICIAL NATUREZA DO ALIMENTO CONSISTÊNCIA 5. HÁBITOS MASTIGAÇÃO FONAÇÃO RESPIRAÇÃO DEGLUTIÇÃO SUCÇÃO Hábitos e pressões anormais Levam a deformações quando consideramos: FREQUÊNCIA INTENSIDADE DURAÇÃO PREDISPOSIÇÃO INDIVIDUAL IDADE CONDIÇÃO DE NUTRIÇÃO SAÚDE DO INDIVÍDUO. ONICOFAGIA Hábitos e pressões anormais a) Sucção dedo ou chupeta Padrão nutritivo saciar a fome Padrão não nutritivo afetiva.

DEGLUTIÇÃO -INTERPOSIÇÃO LINGUAL SUCÇÃO E MORDEDURA DO LÁBIO 6. ENFERMIDADES SISTÊMICAS DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS ENFERMIDADES LOCAIS: Enfermidades nasofaringea e função respiratória pertubada Enfermidades gengivais e periodontais Tumores 7. ASPECTOS NUTRICIONAIS Carência de proteínas, vitaminas e minerais Raquitismo ( def. vit. D ) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PEREIRA, A.C. Tratado de Saúde Coletiva em Odontologia. Capítulos 28,29 e 30. Napoleão Editora. 2009. PEREIRA, A. C. Odontologia em saúde coletiva: planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: Artmed, 2003.