Braz J Periodontol - June 2016 - volume 26 - issue 02 AVALIAÇÃO CLÍNICA PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN Periodontal clinical evaluation in individuals with Down Syndrome Rodrigo Alves Ribeiro 1, Larissa Aguiar Nascimento 2, Caio Vinícius Gonçalves Roman Torres 3, Davi Romeiro Aquino 4, Sergio Takashi Kussaba 5, Jorge de Sa Barbosa 6, Claudio Costa 7 1 Mestre em Diagnóstico Bucal FOUSP, Professor do curso de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES 2 Aluna de graduação Universidade Metropolitana de Santos 3 Pos Doc Periodontia FOUSP, professor do Programa de Mestrado em Implantodontia UNISA 4 Professor Doutor em Periodontia 5 Aluno do Programa de Mestrado em Implantodontia UNISA 6 Professor Doutor do curso de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES 7 Livre Docente Radiologia FOUSP Recebimento: 25/04/16 - Correção: 16/05/16 - Aceite: 06/06/16 RESUMO A doença periodontal é causada por fatores etiológicos locais, especialmente o biofilme dentário, alguns tipos de distúrbios sistêmicos podem reduzir ou alterar a resposta do hospedeiro e, então, predispor a alterações periodontais. A dificuldade na escovação é um fator importante para o surgimento da doença periodontal em adolescentes com Síndrome de Down. O objetivo foi avaliar os parâmetros clínicos periodontais em indivíduos portadores de Síndrome de Down. Foram avaliados um total de 44 indivíduos de ambos os gêneros e faixa etária de 13 à 24 anos, 22 indivíduos apresentavam Síndrome de Down e 22 sem síndrome. Parâmetros periodontais como profundidade de sondagem, índice de placa e de sangramento foram mensurados. Os indivíduos foram divididos em dois grupos, grupo 1 com Síndrome de Down, média de idade de 17,8 anos e grupo 2 com indivíduos sem síndrome e com média de idade de 17,7 anos. O grupo 1 teve 2.17 mm de média de profundidade de sondagem, enquanto o grupo 2 teve média de 2,59 mm. Para o indice de placa, foi observada 31,8% dos indivíduos do grupo 1 enquanto no grupo 2 em 54,5%. Para o índice de sangramento a sondagem, observou-se que 40,9% dos indivíduos do grupo 1 tinham sangramento a sondagem e no grupo 2 59,1% apresentavam sangramento, com diferença estatística entre os grupos (p<0,05). Os indivíduos com Síndrome de Down apresentaram parâmetros clínicos periodontais compatíveis com saúde periodontal e quando comparados com indivíduos saudáveis não apresentam diferenças clinicas. UNITERMOS: Periodontite, Índice Periodontal, Síndrome de Down. R Periodontia 2016; 26: 23-27. INTRODUÇÃO Em 1866, John Langdon Down notou diferentes características fisionômicas entre certas crianças com atraso mental. Jérôme Lejeune em 1958, verificou um erro na distribuição das células e estas apresentavam 47 cromossomos (diferente de um indivíduo cromossomicamente normal que apresenta 46 cromossomos), e este cromossomo a mais se ligava ao par 21. Então surgiu o termo Trissomia do 21. Como forma de homenagear o Dr. John Langdon Down, Jérôme Lejeune batizou a anomalia com o nome de Síndrome de Down (SD). Observou ainda que a idade materna pode ter influência pois 60% dos casos são originados de mulheres acima de 30 anos o risco para 1:600, e, este risco aumenta conforme a avançada idade materna. Em poucos casos, a idade avançada do pai acarreta aumento na ocorrência das anomalias, porém esse efeito só é constatado em pais com idade superior a 55 anos (Frydman & Nowzari, 2012). Palato ogival, macroglossia, anodontia, língua fissurada, retardo na erupção dentária, baixa prevalência de cáries e alta prevalência de doença periodontal são as principais manifestações orais da Síndrome de Down (Peretz et al., 23
1999). A doença periodontal é uma doença caracterizada por um conjunto de condições inflamatórias, de caráter crônico, e de origem bacteriana, que começa afetando o tecido gengival e com o tempo os tecidos de suporte. Os microrganismos responsáveis por esses eventos estão presentes no biofilme dental. O tratamento desta doença se caracteriza basicamente em raspagem subgengival ou supragengival e em casos mais avançados há necessidade de cirurgias, terapias e antibióticos (Lindhe et al., 1973). O controle mecânico e químico do biofilme dental em pacientes com SD usando clorexidina e eritrosina tem se mostrado eficaz (Teitelbaum et al., 2009), mas o uso prolongado pode causar efeitos adversos. A instrução de higiene oral dada aos pais ou responsáveis de SD, e raspagem supragengival e subgengival fornecida a cada 6 meses por um dentista não estaciona a progressão da doença periodontal (Zigmond et al., 2006; Tanaka ey al., 2015). Estudos tem demonstrado um aumento da periodontite em indivíduos SD, com níveis mais elevados de índice de placa, profundidade de sondagem e perda de inserção e relatam que os sinais clínicos de doença periodontal são mais graves em indivíduos com SD (Tanaka et al., 2012; Ahmed et al., 2014; Zizzi et al., 2014). A associações específicas entre certas espécies bacteriana subgengival e perda de inserção periodontal apresentam níveis mais elevados em indivíduos com SD (Khocht et al., 2012). A resposta imunitária deficiente aumenta da prevalência e severidade da periodontite em indivíduos com SD (Cavalcante et al., 2012). A prevalência de doença periodontal em adolescentes com SD é de 30% a 40%, sendo que em indivíduos próximos aos trinta anos essa porcentagem sobe para cerca de 100%. Indivíduos com comprometimento intelectual apresentam higienização oral precária, devido sua dificuldade na escovação e esse é um fator importante para o surgimento da doença periodontal. Entretanto, a higienização oral precária não é a única explicação para a destruição periodontal severa que ocorre nos indivíduos com SD, pois se observou que a prevalência de doença periodontal foi maior em crianças com SD do que em crianças com semelhante retardo mental (Cavalcante et al., 2009). Crianças com SD apresentam maior chance de Inflamação gengival (Morinushi et al., 1997). Em adultos a terapias periodontais cirúrgicas e não cirúrgicas após um ano apresentam melhora clínica similar (Zaldivar-Chiapa et al., 2005). O controle da placa supragengival com auxilio farmacológicos previne a destruição periodontal (Cichon et al., 1998). A necessidade de tratamento odontológico é mais elevada de indivíduos com SD e requerem instruções sobre higiene bucal, profilaxia e tratamento complexo e contínuo (Bagić et al., 2003). Os patógenos são os mesmo em indivíduos sem síndrome (Frydman & Nowzari, 2012). Realizar higiene adequada, utilizando uma solução de clorexidina 0,2% uma vez por dia reduz a presença da doença. A aplicação de cuidados diários e de tratamento quando necessário diminui consideravelmente o aparecimento ou manutenção do quadro patológico periodontal (Reuland- Bosma et al., 2001; Sakellari et al., 2001). O objetivo deste estudo clínico observacional transversal foi avaliar os parâmetros clínicos periodontais em indivíduos portadores de Síndrome de Down comparando com indivíduos sem SD. MATERIAL E MÉTODO Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Metropolitana de Santos recebendo o número de aprovação 1.334.359 Os 22 indivíduos com SD foram selecionados de acordo com a faixa etária a ser estudada na Instituição Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) nas cidades Guarujá e São Vicente. Foi encaminhada carta de autorização para o estudo a coordenação da associação e todos os responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, dando anuência para participação deste estudo. O grupo controle com 22 indivíduos cromossomicamente normais foram selecionados, também de acordo com a faixa etária a ser estudada, na clínica odontológica da Universidade Metropolitana de Santos, entre os pacientes que realizaram triagem para tratamento odontológico. Todos os responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, dando anuência para a participação deste estudo. O exame periodontal foi realizado uma única vez por um único operador, previamente calibrado. Para a avaliação periodontal foi utilizada sonda periodontal milimetrada tipo Willians (Golgran ). Foram avaliados: profundidade de sondagem, índice de placa e o índice de sangramento de 4 sítios diferentes divididos por face vestibular, mesial, distal e palatal/lingual. Após a tabulação dos dados clínicos dos pacientes incluídos no presente estudo, os mesmos foram submetidos à análise estatística específica. Para tanto, foram utilizados os Softwares SPSS 13.0 e Bioestat 5.0. Em todas as situações analíticas foi adotado nível de significância estatística de 95% (p 0,05). Para cada agrupamento analítico de interesse, a característica de distribuição amostral foi testada e o teste estatístico t de Student foi selecionado. 24
QUADRO 1. AVALIAÇÃO PERIODONTAL DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS Genero Idade PS IP IG Grupo 1 13 M/9 F 17.8 2.17 31,8% 40,9% Grupo 2 12M/10F 17.7 2.59 54,5% 59,1% p=0.18 p=0,06 p=0,04* RESULTADOS Os indivíduos foram divididos em dois grupos, no grupo 1 com SD, 13 do gênero masculino, 9 do gênero feminino e com idade entre 14 e 24 anos e média de 17,8 anos. No grupo 2 foram incluídos os indivíduos cromossomicamente normais, 10 do gênero masculino e 12 do gênero feminino com idade entre 13 e 24 anos e média de 17,7 anos. Dentre os parâmetros clínicos avaliados, quando observada a profundidade de sondagem (PS) o grupo 1 teve 2.17 mm de media enquanto o grupo 2 teve média de 2,59 mm, sem diferença estatística entre os grupos. Para o Índice de Placa (IP) foi observada presença de biofilme dental em 31,8% dos indivíduos do grupo 1 enquanto no grupo 2 em 54,5% dos indivíduos mas sem diferença estatística. Para o Índice Gengival (sangramento a sondagem-ig) observou-se que 40,9% dos indivíduos do grupo 1 tinham sangramento a sondagem e no grupo 2 59,1% apresentavam sangramento, com diferença estatística entre os grupos (p<0,05). DISCUSSÃO Está comprovado que a doença periodontal é causada por fatores etiológicos locais, especialmente a placa bacteriana. Indivíduos com comprometimento intelectual apresentam higienização oral precária devido à dificuldade motora, esse é um fator importante para o surgimento da doença periodontal. Estudos confirmam estas informações, onde analisaram que indivíduos com Síndrome de Down apresentavam prevalência muito maior de doença periodontal Entretanto em nossos resultados indivíduos com trissomia do 21 (Síndrome de Down) apresentaram melhores condições gengivais clinicamente, quando comparado com indivíduos cromossomicamente normais, considerando o fato de que os indivíduos presentes neste estudo recebem tratamento odontológico periodicamente na instituição de ensino APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) (Ahmed et al., 2014). 7 Em nosso estudo quando avaliado índices placa bacteriana e índice de bolsa periodontal foram encontradas diferenças clínicas com melhores índices para os indivíduos com SD, mas quando avaliado estatisticamente não obteve diferença significativas. Quando avaliado o índice de sangramento foi observado maior quantidade de sítios com sangramento em indivíduos cromossomicamente normais, com diferença estatística significante entre os grupos. Contrariando nossos resultados alguns autores avaliaram que, em um quadro comparativo entre indivíduos cromossomicamente normais e portadores da Síndrome de Down frente ao tratamento periodontal, os grupos de portadores de SD demonstraram prevalência, e gravidade de doença periodontal significativamente maiores em todos os itens avaliados tais como: índice de sangramento, índice de bolsa periodontal e placa bacteriana (Morinushi et al., 1997; Zigmond et al., 2006; Cavalcante et al., 2009; Tanaka et al., 2012; Khocht et al., 2012; Cavalcante et al., 2012; Ahmed et al., 2014; Zizzi et al., 2014; Tanaka et al., 2015). Estudos avaliaram a alta prevalência de doença periodontal em indivíduos SD quando comparados com indivíduos cromossomicamente normais, quando não receberam previamente tratamento ou terapia periodontal, foi verificado alteração do ph e existência diversas espécies de bactérias, observando níveis mais elevadas das subgengivais (Cichon et al., 1998; Tanaka et al., 2012). De acordo com nosso estudo pode-se afirmar que indivíduos com SD que recebem tratamento odontológico periódico têm saúde bucal satisfatória. Esta eficácia pode ser verificada em outro estudo que avaliaram o controle mecânico do biofilme, realizando trabalhos preventivos da doença periodontal em crianças com Síndrome de Down, afim de reduzir a presença de biofilme dental e sangramento gengival utilizando dentifrícios (Teitelbaum et al., 2009). Um outro estudo enfatiza a necessidade de tratamento odontológico, em pacientes com SD que requerem instruções sobre higiene bucal, profilaxia e tratamento complexo realizado pelo profissional Cirurgião Dentista (Cichon et al., 1998). Teste comparativo entre pacientes SD e controles 25
saudáveis foi evidenciado em outro estudo que avaliou diferença entre o tratamento cirúrgico e não-cirúrgico nos indivíduos, ambas as terapias tiveram melhora clínica periodontal similar entre os pacientes avaliados (Morinushi et al., 1997). Condizendo com o nosso estudo de indivíduos com SD que apresentaram condições adequadas de saúde periodontal pelo provável controle de saúde bucal realizado na instituição de ensino onde estudam. Os resultados observados no presente estudo mostram uma melhor condição clínica periodontal de indivíduos portadores de SD, deve-se ao fato que os indivíduos portadores de SD são submetidos a cuidados diários. Instruções de higiene oral e escovação dentária diária foram observadas durante as visitas, o que provavelmente resultou nos parâmetros clínicos observados nos indivíduos incluídos no presente estudo. treatment in the educational institution they attend. UNITERMS: Periodontal Disease, Periodontal Index, Down Syndrome CONCLUSÃO Os indivíduos portadores de SD apresentaram parâmetros clínicos periodontais compatíveis com saúde periodontal e quando comparados com indivíduos saudáveis não apresentam diferenças clinicas. ABSTRACT Periodontal disease is caused by local etiological factors, particularly the dental biofilm, some types of systemic disorders may reduce or alter the host response and then predisposes to periodontal changes. The difficulty in brushing is an important factor for the onset of periodontal disease in adolescents with Down syndrome. The objective was to evaluate the clinical periodontal parameters in individuals with Down syndrome. We evaluated a total of 44 individuals of both genders and aged 13 to 24 years, 22 subjects had Down syndrome and 22 without the syndrome. Periodontal parameters such as probing depth, plaque index and bleeding were measured. The subjects were divided into two groups, group 1 with Down Syndrome, mean age of 17.8 years and group 2 with individuals without the syndrome and with a mean age of 17.7 years. Group 1 was 2.17 mm average probing depth, while group 2 had a mean of 2.59 mm. For plaque index, it was observed 31.8% of subjects in Group 1 while in group 2 was 54.5%. For the survey bleeding index, it was observed that 40.9% of Group 1 subjects had bleeding on probing and group 2 59.1% had bleeding, with no statistical difference between the groups (p <0.05). We conclude that individuals with Down syndrome showed better gingival bleeding rates than those without dental syndrome by receiving periodic 26
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