O Estado de S.Paulo Vida & Liberada droga contra câncer de pulmão Tarceva é o 1º remédio de terapia-alvo para combater a doença; um mês de tratamento custará R$ 8 mil Adriana Dias Lopes O primeiro remédio de última geração para câncer de pulmão avançado chega hoje ao mercado brasileiro. O Tarceva, nome comercial do cloridrato de erlotinibe, fabricado pelo laboratório Roche, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril do ano passado, mas faltava a definição do preço: R$ 8 mil por mês de tratamento - o tempo de uso depende da resposta do paciente ao remédio. O valor ficou em negociação durante seis meses na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo que controla o valor dos medicamentos no País. O Tarceva pertence à categoria das drogas terapia-alvo, aquelas que combatem principalmente as células doentes, preservando durante um tempo as células sadias - ela inibe um dos receptores responsáveis pela multiplicação da célula tumoral. A indicação, como todos os remédios de terapia-alvo, é para pacientes com a doença em fase avançada. Ou seja, quando a doença não responde à quimioterapia. A aprovação do Tarceva foi baseada em estudos que mostraram que pacientes tratados com o remédio tiveram um aumento na sobrevida média de 42% quando comparados com aqueles que receberam placebo. O tempo de sobrevida médio dos pacientes tratados com a droga é de dois meses, mas estudos mostraram que alguns viveram mais dois anos. Não é só o tempo de sobrevida que interessa aos médicos. "Todos os tratamentos para câncer, como a quimio, começam a ser avaliados em pacientes terminais", explica Bernardo Garicochea, diretor do serviço de oncologia da PUC do Rio Grande do Sul. "O Tarceva, assim como outras drogas de terapia-alvo, mostrou eficácia, e o próximo passo é estudar essas drogas no início da doença." O tratamento de terapia-alvo é a mais recente estratégia na luta contra o câncer. Até cinco anos atrás, existiam duas opções para quem tinha um tumor: retirá-lo em estágios iniciais numa cirurgia ou fazer quimioterapia e radioterapia. Os outros remédios de última geração que já estão no mercado são o Sutent (câncer de rim), da Pfizer, e o Avastin (câncer colo-retal), da Roche. O Avastin ficou parado no CMED durante 1 ano e 8 meses. Já o Erbitux, para câncer de cabeça e pescoço, da Merck alemã, está em fase de negociação no órgão regulador de preços do governo. INCIDÊNCIA Cerca de 1 milhão de novos casos de câncer de pulmão surgem a cada ano no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o fim de 2006 o Brasil teria 27 mil novos casos diagnosticados. O câncer de pulmão tem um aumento de 2% na incidência mundial a cada ano. Em 90% dos casos a doença está associada ao consumo de derivados de tabaco, principalmente o cigarro.
O Estado de S.Paulo Vida & UE: combate a tumor no pâncreas Ontem, a União Européia aprovou o Tarceva, nome comercial do cloridrato de erlotinibe, do laboratório Roche, para câncer de pâncreas em fase avançada. A liberação foi baseada em estudos em fase 3 que demonstraram que o remédio aumenta significativamente a sobrevida dos pacientes com a doença, em relação aos que só receberam tratamentos quimioterápicos. Os trabalhos mostraram que 23% das pessoas que tomaram o Tarceva combinado com quimioterapia tiveram um ganho na sobrevida - o câncer de pâncreas tem resposta geralmente baixa aos tratamentos. A indicação para câncer de pulmão em fase avançada continua sendo a principal - para esse tipo de câncer, não há indicação de quimioterapia para acompanhar o tratamento do remédio. Nos Estados Unidos, o Tarceva foi aprovado para combater o câncer de pulmão em dezembro 2004. Para câncer de pâncreas, o aval foi dado um ano depois. Na Europa, o Tarceva está liberado para câncer de pulmão desde 2005. No Brasil, a Roche vai entrar com pedido de aprovação para o câncer de pâncreas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias.
Folha de Londrina (PR) Geral Remédio para câncer de pulmão avançado é liberado para venda Medicamento de última geração chega hoje ao mercado brasileiro e deve custar R$ 8 mil por mês de tratamento São Paulo - O primeiro remédio de última geração para combater o câncer de pulmão avançado chega hoje ao mercado brasileiro. O Tarceva, nome comercial do cloridrato de erlotinibe, fabricado pelo laboratório Roche, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril do ano passado, mas faltava a definição do preço: R$ 8 mil por mês de tratamento - o tempo de uso depende da resposta do paciente ao remédio. O valor ficou em negociação durante seis meses na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo que controla o valor dos medicamentos no País. O Tarceva pertence à categoria das drogas terapia-alvo, aquelas que combatem principalmente as células doentes, preservando durante um tempo as células sadias - ela inibe um dos receptores responsáveis pela multiplicação da célula tumoral. A indicação, como todos os remédios de terapia-alvo, é para pacientes com a doença em fase avançada. Ou seja, quando a doença não responde à quimioterapia. A aprovação do Tarceva foi baseada em estudos que mostraram que pacientes tratados com o remédio tiveram um aumento na sobrevida média de 42%, quando comparados com aqueles que receberam placebo. O tempo de sobrevida médio dos pacientes tratados com a droga é de dois meses, mas estudos mostraram que alguns viveram mais dois anos. Não é só o tempo de sobrevida que interessa aos médicos. ''Todos os tratamentos para câncer, como a quimio, começam a ser avaliados em pacientes terminais'', explica Bernardo Garicochea, diretor do serviço de oncologia da PUC do Rio Grande do Sul. ''O Tarceva, assim como outras drogas de terapia-alvo, mostrou eficácia, e o próximo passo é estudar essas drogas no início da doença.'' O tratamento de terapia-alvo é a mais recente estratégia na luta contra o câncer. Até cinco anos atrás, existiam duas opções para quem tinha um tumor: retirá-lo em estágios iniciais numa cirurgia ou fazer quimioterapia e radioterapia. Os outros remédios de última geração que já estão no mercado são o Sutent (câncer de rim), da Pfizer, e o Avastin (câncer colo-retal), da Roche. O Avastin ficou parado no CMED durante 1 ano e 8 meses. Adriana Dias Lopes Agência Estado
Correio da Bahia (BA) Aqui Salvador Anvisa alerta para importância da vacinação antes de viajar Imunização contra a febre amarela é obrigatória para 128 países Carmen Azevêdo No período de férias e viagens, os cuidados com a vacinação são importantes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faz o alerta: ao sair do país ou viajar para áreas endêmicas no Brasil, as doses necessárias de vacinas deverão ser ministradas devidamente. No Porto e Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, as equipes informam que a vacina mais requerida é para febre amarela, que deve ser tomada com antecedência de pelo menos dez dias antes da viagem. Hoje, 128 países exigem a dose para imunizar contra a doença. África, Bolívia e Colômbia são alguns deles. A obrigação da vacina se dá pelo fato de serem classificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como países endêmicos da febre amarela. A imunização deve ser registrada no Certificado Internacional de Vacinação, encontrado em qualquer um dos postos da Anvisa em portos, aeroportos e fronteiras. Se o indivíduo tiver alguma contra-indicação deve procurar o médico e solicitar um atestado. O documento deverá ser apresentado em um dos postos para emissão do Certificado Internacional de Isenção de Vacinação. Além desta, há vacinas que são aconselhadas para prevenção do viajante, como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a dt (difteria e tétano), além da hepatite B. Se o destino são as áreas endêmicas, o viajante deve tomar a poliomielite, influenza e meningite miningocócica. Segundo funcionários do posto da Anvisa no aeroporto, quem pretende viajar deve se apresentar ao local com antecedência e informar o destino. "A partir daí, nós fazemos uma consulta no sistema que informa qual a vacina a ser tomada", explicou uma das funcionárias que preferiu não se identificar. No Brasil, exige-se vacinação contra a febre amarela em municípios do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. Ao todo, são oito municípios. (ver tabela abaixo). Para quem chega em Salvador, a única vacina recomendada, mas não obrigatória, é a de sarampo. Diarréia - A maior parte das pessoas que viajam e passam por mudanças climáticas e de hábitos alimentares acabam mais expostas à diarréia do viajante. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS), a enfermidade chega a ser registrada em até 80% dos casos, principalmente por meio da ingestão de alimentos, bebidas e água contaminados. Em 85% desses casos, a contaminação se dá por meio de bactérias, causadoras de enfermidades como cólera e febre tifóide. Outros 5% também são provenientes da ação de vírus, parasitas e fungos. A Anvisa alerta ainda para as picadas de mosquitos que transmitem, além da febre amarela, outras doenças como a malária e dengue. É necessário usar repelentes, quantas vezes forem necessárias, no corpo, além de mosquiteiros e telas. Especialistas alertam para que, no retorno de qualquer viagem, caso o indivíduo venha a apresentar qualquer sintoma, ele deva procurar um médico ou serviço de saúde. Deve comunicar por quais locais esteve, além de escalas de aviões e conexões. Cabe
aos profissionais de saúde notificar os casos de doenças que prejudicam a saúde pública, seja em esfera nacional ou internacional. A febre amarela é uma enfermidade infecciosa causada por um flavivírus (o vírus da febre amarela). Ela é transmitida por mosquitos infectados que atingem indivíduos não imunizados pela vacina. Por isso, no Brasil, a doença é normalmente adquirida quando um indivíduo não imunizado circula em áreas de transmissão silvestre, como regiões de cerrado e florestas. MUNICÍPIOS Municípios com caso humano de febre amarela - vacina obrigatória no Brasil Coari (AM) Codajás (AM) Iranduba (AM) Itacoatiara(AM) Manaus (AM) Nova Ubiratã (MT) Parauapebas (PA) Mucajaí (RR) PAÍSES Alguns países endêmicos para a febre amarela - vacina obrigatória África do Sul Angola Etiópia Nigéria Senegal Somália Bolívia Colômbia Equador Peru Venezuela