PRIMEIROS SOCORROS. Código: ITSEG-05 REVISÃO: 02

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Transcrição:

1. OBJETIVO Esta instrução tem por objetivo orientar a Equipe da empresa a agir diante de situações que envolvem incidentes e acidentes, impedir o agravamento dos ferimentos, proporcionar conforto prestando atendimento até que os procedimentos médicos sejam adotados. 2. REGRAS / CONSIDERAÇÕES GERAIS Primeiros Socorros: são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Socorrista: é a pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou de mal súbito. Colaboradores: Devem estar aptos a prestar o atendimento de primeiros socorros. Assim que verificar uma pessoa acidentada ou necessitando de atendimento deve imediatamente entrar em contato com o setor de segurança de trabalho e/ou supervisor e/ou encarregado e/ou portaria. Supervisor ou encarregado: Aciona o Atendimento de Emergência e/ou informa o setor de segurança do trabalho. Setor de Segurança: Responsável por acionar os serviços de Emergência Médica e manter as caixas de Primeiros Socorros regularizadas. Portaria: Pode acionar o serviço de Atendimento de Emergência e/ou informa o setor de segurança. Sinais Vitais: São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal, tais como: a pressão arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração. 3. PROCEDIMENTOS PARA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS Quais são as primeiras providências a serem tomadas? Uma rápida avaliação da vítima dos sinais vitais; Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas simples; Acionar corretamente um serviço de emergência local. Apesar da gravidade da situação deve-se agir com calma, evitando o pânico, afim de: Salvar uma vida; Prevenir danos maiores; Manter a vítima viva até a chegada do atendimento; Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança; Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado; Impedir que pessoas removam ou manuseiem a vítima, afastando-as do local do acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes; Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial; Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. Saber avaliar seus limites físicos e de conhecimento. Não tentar transportar um acidentado ou medicá-lo. Emitente: Aprovador: Data: Técnico de Segurança do Trabalho Dr. Nelson José Pinson 27/10/2011 Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 1 de 10

3.1 MATERIAL DE URGÊNCIA MEDICAMENTOS Algodão 25g - caixa Atadura Crepe (3 a 10 cm) -1unidade Esparadrapo 2,5cm -1 unidade Bad-Aid -1 caiman Compressas de gaze - 4 pacotes Luva descartável (procedimento) três pares Soro fisiológico 0,9% 250ml -1 frasco Tampão oftálmico-4 unidades ORIENTAÇÕES PARA USO Limpeza dos ferimentos Imobilização ou curativos Fixação de curativos ou imobilizações Pequenos curativos Limpeza de ferimentos e curativos Uso obrigatório nos cuidados em ferimentos com sangue e secreções Limpeza de ferimentos Proteção do olho em caso de ferimento 3.2 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS DE PRIMEIROS SOCORROS 3.2.1 Desmaio É a diminuição da circulação e oxigenação cerebral. Causas: ambientes com muitas pessoas, sem uma adequada ventilação, emoções fortes, fome, entre outros. Sinais e sintomas: palidez, pulso rápido e fraco, sudorese (suor), perda dos sentidos. Arejar o ambiente ou transportar a vítima para um local com melhor ventilação; Elevar os membros inferiores para que o sangue circule em maior quantidade no cérebro e nos órgãos; Virar a cabeça para o lado, evitando que a vítima venha a vomitar e possa se asfixiar; Afrouxar a roupa, para uma melhor circulação; Após o desmaio ter passado, não dê água imediatamente, para evitar que a vítima se afogue, pois ainda não está com seus reflexos recuperados totalmente; O mesmo em relação a deixá-la caminhar sozinha imediatamente após o desmaio. Faça-a sentar e respirar fundo, após auxilie-a a dar uma volta, respirando fundo e devagar. Com isso, o organismo se readapta a posição vertical e evita que ela possa desmaiar novamente, o que pode ocorrer se ela levantar bruscamente; Após esses procedimentos, pode dar água a vítima. Se ainda não houve o desmaio, ou seja, a vítima está prestes a desmaiar: Sentar a vítima numa cadeira, fazer com que ela coloque a cabeça entre as coxas e o socorrista faça pressão na nuca para baixo (com a palma da mão), enquanto ela força a cabeça para cima por alguns segundos. Esse movimento fará com que aumente a quantidade de sangue e oxigênio no cérebro; Realize esse procedimento umas três vezes, evitando com isso o acúmulo desnecessário de sangue e oxigênio no cérebro. 3.2.2 Parada Cardiorespiratória É a cessação dos batimentos cardíacos e da respiração. Sinais de uma Parada Cardiorrespiratória: Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 2 de 10

Ausência de movimentos respiratórios (não há expansão pulmonar); Ausência de pulso; Palidez, pele fria, úmida e roxa; Dilatação de pupilas (pela falta de oxigenação cerebral). Após a detecção de uma parada cardiorespiratória, deve-se realizar alguns procedimentos para restabelecer a circulação e oxigenação cerebral e dos demais órgãos, através de massagem cardíaca e de respiração. Deve ocorrer o atendimento imediato da vítima, reduzindo as chances cerebrais por falta de circulação e oxigenação cerebral, evitando a morte da vítima. Atendimento(ressuscitação): Posicionar a vítima de barriga para cima em uma superfície dura; Incline a cabeça da vítima e tracione o queixo para trás. A elevação da mandíbula, com extensão da cabeça, permite a livre passagem do ar. o Situações: 1º: socorrista realiza inicialmente dois movimentos respiratórios e após quinze compressões cardíacas. Não parar. Seguir esse ritmo até a chegada do socorro; 2º: socorrista realiza um movimento respiratório para cada cinco compressões cardíacas, seguir a seqüência até a chegada do socorro médico ou até o recuperação dos movimentos cardíacos e respiratórios espontâneas. Obs.: Para a respiração, puxe bastante ar e cole a sua boca na boca da vítima e insufle, até que haja elevação do tórax. As narinas da vítima devem ser fechadas com os dedos polegar e indicador, para evitar a saída do ar que está sendo insuflado. Se possível faça uma proteção entre os seus lábios e os da vítima, pegue um pedaço de saco plástico e fure com o dedo, coloque-o na boca da vítima, cada vez que você for realizar a respiração, seus lábios não tocarem os da vítima. O socorrista coloca-se num plano superior a vítima (ao lado, de joelhos), de tal modo que seus braços em extensão possam executar a manobra. Apoiar uma das mãos sobre a metade inferior do esterno com os dedos refletidos e a outra mão sobre a primeira. Utilizar o peso do próprio corpo e manter os braços em extensão, aplicar uma pressão que deprima o esterno cerca de quatro a cinco centímetros e retira-se subitamente a compressão. 3.2.3 Convulsão É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência. Causas: acidentes com traumatismo de crânio, febre alta, epilepsia, intoxicações por gases, álcool, drogas alucinatórias, determinados medicamentos, tumores cerebrais, lesões neurológicas, entre outras doenças do sistema nervoso central. Sinais e Sintomas: inconsciência, agitação psicomotora, espasmos musculares (contrações) ou não, salivação intensa, perda dos sentidos, revirar dos olhos, espumar pela boca, perda de urina podendo evacuar, entre outros. Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 3 de 10

Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas; Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima; Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc, Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra, evitando com isso que venha a se afogar; Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres; Afrouxar roupas; Observar se a respiração está adequada, se não há obstrução das vias aéreas; Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (tipo colher, caneta, madeira, dedos, etc.); Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizou-se também, liberando a passagem do ar; Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração; Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro. Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água; OBS: Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire-a do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. É grave e tem risco de vida, se for transportada inadequadamente, pode morrer. 3.2.4 Estado de Choque Se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação dos tecidos do corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema cardiovascular. Pode levar à vítima a morte se não revertido. Causas: hemorragias e/ou fraturas graves, dor intensa, queimaduras graves, esmagamentos ou amputações, exposições prolongadas a frio ou calor extremos, acidente por choque elétrico, ferimentos extensos ou graves, ataque cardíaco, infecções graves, intoxicações alimentares ou envenenamento. Sinais e sintomas: pele fria e pegajosa, com suor abundante, respiração rápida,fraca e irregular, pulso rápido e fraco, diminuição da circulação e oxigenação nas extremidades, a pele apresenta-se roxa nas mãos, pés e lábios, sensação de frio, agitação ou inconsciência, hipotensão arterial Observar se não há objetos ou secreções na boca da vítima, de maneira que ela possa se asfixiar com ele. Ex. bala, chiclete, prótese, etc; Descobrir a causa do estado de choque (hemorragia interna, externa, queimadura, etc.); Tentar eliminar a causa, ex.: estancar hemorragias. Afrouxar as roupas, cintos; Elevar os membros inferiores. Obs: se a vítima tiver suspeita de hemorragias no crânio ou fratura nos membros inferiores não eleve-os; Aquecer a vítima com um cobertor ou roupas, mantendo uma temperatura adequada, evite abafá-la; Conversar com a vítima, se consciente; Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 4 de 10

Não dar líquidos para ela beber, pois vai interferir caso necessite de uma cirurgia e também ela poderá se afogar, já que está com os reflexos diminuídos; Mantê-la avaliada até a chegada do socorro médico (avaliação primária e secundária). Obs.: Se a vítima estiver vomitando sangue em jato, tem o risco de engolir este sangue e ele pode ir para os pulmões. Proceda da seguinte maneira: não tendo suspeita de lesão da coluna cervical e a vítima podendo virar o pescoço para o lado, mantenha-o lateralizado; na suspeita de lesão da coluna cervical, imobilize-a totalmente e vire-a (em bloco) para o lado. 3.2.5 Hemorragias É a perda constante de sangue ocasionada pelo rompimento de um ou mais vasos sangüíneos (veias ou artérias). A hemorragia pode ser interna ou externa. 3.2.5.1 Hemorragia interna É a que ocorre internamente, ou seja, não se enxerga o sangue saindo para fora, é mais difícil de identificar. Algumas vezes, pode exteriorizar-se, saindo sangue pela boca da vítima. Causas: pode-se suspeitar de hemorragia interna se o acidentado estiver envolvido em acidente violento, sem lesão externa aparente, queda de altura, contusão contra volante ou objetos rígidos, queda de objetos pesados sobre o corpo. Sintomas: mesmo que, a princípio, o acidentado não reclame de nada e tente dispensar socorro, é importante observar os seguintes sintomas: pulso fraco e rápido; pele fria; transpiração abundante; palidez intensa; sede acentuada; apreensão e medo; vertigens; náuseas; vômito de sangue; calafrios; estado de choque; confusão mental e agitação; abdômen duro não compressível; dispnéia (rápida e superficial); desmaio. O mesmo atendimento do Estado de Choque. 3.2.5.2 Hemorragia externa É aquela que é visível, sendo, portanto, mais fácil de identificar. Se não for prestado atendimento, pode levar ao Estado de Choque. A hemorragia pode ser arterial (saída de sangue acompanha os batimentos cardíacos) ou venosa (o sangue sai contínuo). Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue); Identificar o local exato da hemorragia, o sangue espalha-se e podemos estar realizando atendimento no local errado; Colocar um pano limpo dobrado, no local do ferimento que ocasiona a hemorragia; Colocar a atadura em volta ou fazer uma atadura improvisada, com tiras largas ou cintos. Não utilizar objetos que possam causar dificuldade circulatória (arames, barbante, fios, etc.). Faça um curativo compressivo, sem prejudicar a circulação daquele membro; Se a hemorragia for em braço ou perna, eleve o membro, só não o faça se houver fraturas; Pressione a área com os seus dedos ponto de pressão para auxiliar a estancar a hemorragia; Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 5 de 10

Caso o sangue continue saindo mesmo após a realização do curativo compressivo, não retire os panos molhados de sangue. Coloque outro pano limpo em cima e uma nova atadura, evitando com isso, interferir no processo de coagulação; Evite usar torniquete, pois ele pode levar a amputação cirúrgica de membro se não for afrouxado corretamente e no tempo certo; Se a hemorragia for abundante, pegue uma camisa ou um cinto, coloque um pouco acima da hemorragia e de um nó e puxe, fique segurando firme, isso vai diminuir a chegada de sangue ao local. Esse método é para substituir o torniquete, e não causa lesões circulatórias, pois cada vez que o socorrista cansar e tiver que "tomar fôlego", vai diminuir a pressão e aquela área será irrigada com sangue arterial. 3.2.5.3 Hemorragia Nasal É a perda de sangue pelo nariz. A hemorragia nasal pode ocorrer por traumatismo craniano. Neste caso, especialmente quando o sangue sai em pequena quantidade acompanhada de líquor, o corrimento não deve ser contido e o acidentado precisa de atendimento especializado com urgência. As hemorragias nasais sempre podem ser estancadas. As medidas para contenção devem ser aplicadas o mais rapidamente possível, a fim de evitar perda excessiva de sangue. fazer ligeira pressão com os dedos sobre a asa do orifício nasal de onde flui o sangue, para que as paredes se toquem e, por compressão direta o sangramento seja contido. Após inclinar a cabeça do acidentado para trás e manter a boca aberta. Sempre que possível aplicar compressas frias sobre a testa e nuca. 3.2.6 Ferimentos Os ferimentos são lesões que apresentam solução de continuidade dos tecidos e provocam o rompimento da pele e, conforme seu tipo e profundidade, rompimento das camadas de gordura e de músculo, vasos sanguíneos, órgãos e outras áreas. Em ferimentos por objetos encravados: não retire objetos encravados (madeira, ferro, arame, vidros, etc.). A retirada pode provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o ponto de pressão que está fazendo; proteja a área com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o para evitar movimentação durante o transporte. Em ferimentos na cabeça: deitar o acidentado de costas (em caso de inconsciência ou inquietação); afrouxar as roupas do acidentado; colocar compressa ou pano limpo sobre o ferimento (em caso de hemorragia); prender a compressa com esparadrapo ou tira de pano. Em ambos aguardar a chegada do socorro. 3.2.7 Queimaduras Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura ou certas substâncias químicas, que podem atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua localização, extensão e grau de profundidade. Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 6 de 10

Queimaduras de 1º grau - vermelhidão causada pela luz solar (lesões de camadas superficiais da pele); Queimaduras de 2º grau - vermelhidão e bolhas causados pelo fogo ou líquidos ferventes (lesões de camadas mais profundas da pele); Queimaduras de 3º grau - destruição de tecidos pela queima direta (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos mais profundos e nervos). Caso a vítima esteja pegando fogo, abafe-a com um cobertor; Evite rolá-la, para não causar maiores lesões; Retire a roupa que não estiver grudada. Caso esteja grudada, não retire, pois ocasiona graves lesões; Retire objetos que possam ser removidos, correntes, relógio, etc. Se estiverem grudados, não retire; Se a vítima entrar em Estado de Choque, siga as instruções do item 3.2.4; Proteja-a com lençol úmido (molhe o lençol em água corrente); Se a área atingida foi provocada por água fervente ou outros, lave em água corrente abundantemente, pois alivia a dor; Proteja com pano limpo molhado em água e encaminhe-a a um hospital ou aguarde a chegada do socorro; Não utilize nenhum tipo de pomada ou produtos caseiros na área afetada pela queimadura, somente água; Aguarde a chegada do socorro ou encaminhe a vítima até um hospital. 3.2.8 Fraturas É o rompimento de um ou mais ossos. A fratura pode ser fechada (não há rompimento da pele, o osso não aparece) e externa ou aberta (quando o osso exterioriza-se). Causas: ocorre geralmente devido à queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o osso pode suportar. Sinais e sintomas: dor intensa no local, edema (inchaço), coloração roxa no local da fratura, membro ou local afetado fica em posição disforme (braço, perna, etc.), anatomicamente mal posicionado, dificuldade para movimentar o membro ou ausência de movimentos, presença ou não de pulso (pulsação arterial) no membro. Evite movimentar o local fraturado; Caso o socorro demore e seja necessário transportar, serão necessários procedimentos para atender a vítima antes de transportá-la (imobilização adequada); Se foi chamado socorro, não realize esses procedimentos, deixe que a equipe de socorro o faça, pois eles dispõem de material adequado para o mesmo; Se a fratura for em braço, dedo ou perna, retire objetos que possam interferir na circulação (relógio, anéis, calçados, etc.), porque ocorre edema (inchaço) no membro atingido; Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 7 de 10

Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso ou de pouco fluxo, proteja a área com um pano limpo e enrole com uma atadura no local do sangramento; Evite comprimir o osso; Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o membro da maneira que se encontra, sem movimentá-lo; Fixe as extremidades com tiras largas; Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema e também para observar a evolução e para não forçar o osso para dentro, podendo romper vasos sangüíneos e causar intensa dor; Utilize uma tipóia, lenço ou atadura; Não tente recolocar o osso no lugar, isso é um procedimento médico realizado dentro do hospital, com todos os cuidados necessários; Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de maneira que ela não possa realizar movimentos, não lateralize a cabeça e não eleve-a; Em caso de fratura de bacia, o risco de ter hemorragia interna deve ser avaliado. Pois pode ter rompido vasos sangüíneos importantes, como a artéria femural e ou a veia femural, observe se há presença de sinais e sintomas que possam levar ao Estado de Choque; Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima, o ideal é uma superfície rígida (tipo uma tábua), fixe-a com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical. Mantenha-a avaliada constantemente. 3.2.9 Choque Elétrico São abalos musculares causados pela passagem de corrente elétrica pelo corpo humano. As alterações provocadas no organismo humano pela corrente elétrica dependem principalmente de sua intensidade, isto é, da amperagem. Causas: falta de segurança nas instalações e equipamentos, como: fios descascados, falta de aterramento elétrico, parte elétrica de um motor que, por defeito, está em contato com sua carcaça, etc, imprudência, indisciplina, ignorância, acidentes, etc. Sintomas: mal estar geral, sensação de angústia, náusea, cãibras musculares de extremidades, parestesias (dormência, formigamento), ardência ou insensibilidade da pele, escotomas cintilantes (visão de pontos luminosos), cefaléia, vertigem, arritmias (ritmo irregular) cardíacas (alteração do ritmo cardíaco), falta de ar (dispnéia). Pode ter como principais complicações: parada cardíaca, parada respiratória, queimaduras, traumatismo (de crânio, ruptura de órgãos internos, etc.), óbito. Antes de socorrer a vítima, cortar a corrente elétrica, desligando a chave geral de força, retirando os fusíveis da instalação ou puxando o fio da tomada (desde que esteja encapado); Se o item anterior não for possível, tentar afastar a vítima da fonte de energia utilizando luvas de borracha grossa ou materiais isolantes, e que estejam secos (cabo de vassoura, tapete de borracha, jornal dobrado, pano grosso dobrado, corda, etc.), afastando a vítima do fio ou aparelho elétrico; Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 8 de 10

Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente elétrica ou que esta seja interrompida; Se o choque for leve seguir os itens do capítulo "Estado de Choque". Em caso de parada cardiorespiratória iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação; Insistir nas manobras de ressuscitação, mesmo que a vítima não esteja se recuperando, até a chegada do atendimento especializado; Depois de obtida a ressuscitação cardiorespiratória, deve ser feito um exame geral da vítima para localizar possíveis queimaduras, fraturas ou lesões que possam ter ocorrido no caso de queda durante o acidente; Deve-se atender primeiro a hemorragias, fraturas e queimaduras, nesta ordem, segundo os capítulos específicos. 3.2.10 Intoxicação/envenenamento A intoxicação ou envenenamento é causado pela introdução de substâncias tóxicas no organismo. Causas: as intoxicações ou envenenamentos podem ocorrer por negligência ou ignorância no manuseio de substâncias tóxicas. O envenenamento pode se dar por: ingestão (pela boca), absorção (pela pele), aspiração (pelo nariz e boca) e injeção. A presença de substâncias tóxicas estranhas ao organismo pode levar a graves alterações de um ou mais sistemas fisiológicos. Isolar a área; Identificar o tipo de agente que está presente no local onde foi encontrado o acidentado; Quem for realizar o resgate, deverá estar utilizando equipamentos de proteção próprios para cada situação, a fim de proteger a si mesmo; Remover o acidentado o mais rapidamente possível para um local bem ventilado; Solicite atendimento especializado; Verificar rapidamente os sinais vitais. Aplicar técnicas de ressuscitação cárdiorespiratória se for necessária. Não faça respiração boca-a-boca caso o acidentado tenha inalado o produto; Para estes casos, utiliza máscara ou outro sistema de respiração adequada; Manter o acidentado imóvel, aquecido e sob observação. Os efeitos podem não ser imediatos. Obs.: Estes procedimentos só devem ser aplicados se houver absoluta certeza de que a área onde se encontra, juntamente com o acidentado, está inteiramente segura. É importante deixar esclarecido o fato de que a presença de fumaça, gases ou vapores, ainda que pouco tóxicos, em ambientes fechados, pode ter conseqüências fatais, porque estes agentes se expandem muito rapidamente e tomam o espaço do oxigênio presente, provocando asfixia. 3.2.10 Quedas de Altura Quanto maior a altura e a velocidade da queda, maior será o impacto sofrido. Os efeitos da queda da vítima dependem da da altura da queda, do tipo de superfície (piso de concreto, asfalto, grama, areia, neve, água, etc.) e da parte do corpo da vítima que sofreu o impacto. Se a Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 9 de 10

vítima caiu em pé, pode-se esperar fratura nos pés, nos tornozelos, nas pernas e, quando mais graves, no quadril e na coluna. Dependendo da altura devemos suspeitar também de lesões em órgãos internos. As quedas de altura, acidentes de carro ou atropelamentos podem levar ao traumatismo da coluna vertebral; Chame imediatamente o socorro médico; Se o acidentado estiver lúcido, questione se está sentindo os membros. Solicite que movimente as pernas e os braços; No traumatismo da coluna costuma haver perda da sensibilidade e do tato e a perda da mobilidade dos membros; O acidentado deve ser colocado em uma superfície lisa e plana, com a cabeça centrada e os membros alinhados paralelamente ao corpo; Não tente levantar ou remover o acidentado, pois o transporte errado do paciente poderá causar danos irreversíveis para o mesmo. 4. REGISTROS Relatório do Atendimento Prestado CAT Comunicação de Acidente de Trabalho RQSEG-31 Investigação Preliminar de Acidentes CONTROLE DE REVISÕES Revisão Descrição Data 02 Revisão geral bem como da formatação. 27/10/2011 Reprodução só é válida com carimbo CÓPIA CONTROLADA autorizado em vermelho. Página 10 de 10