Recebido em 02/11/2009. Última correção em 12/01/2010. Aceito em: 02/02/2010.

Documentos relacionados
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NA CIDADE DE SOBRAL 2010

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PALMAS - TOCANTINS

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE

ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB ( )

DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE ATRAVÉS DO EXAME DE CONTATOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.

Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico Leprosy: reality of the clinical diagnosis

ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA HANSENÍASE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2011 A 2016

Palavras-chave: hanseníase, tratamento, índice morfológico. Recebido em 13/04/2006. Última correção em 20/04/2007. Aceito em 23/04/2007

DESCRIÇÃO DE UM CASO EXUBERANTE DE ERITEMA NODOSO HANSÊNICO E ANÁLISE CRÍTICA DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO PARA TRATAMENTO DA HANSENÍASE

HANSENÍASE E POLÍTICAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA

Perfil epidemiológico da hanseníase em município do interior paulista

Programa Nacional de Hanseníase

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

LEVANTAMENTO E PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS

Indicadores de Monitoramento: INVIG e PQA-VS

2 MATERIAL E MÉTODOS 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO

ANÁLISE DE TENDÊNCIA DA HANSENÍASE EM MUNICIPIO PRIORITÁRIO DO NORDESTE BRASILEIRO

Alteração da tipologia do indicador passando a ser específico para municípios (o Sistema SISPACTO terá procedimentos ambulatoriais de média

ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE EM IDOSOS DO ESTADO DE ALAGOAS, SÉRIE HISTÓRICA DE 10 ANOS. Introdução

Situação Epidemiológica da hanseníase no município de São José do Rio Preto, SP, Brasil.

ARTIGO ORIGINAL. Solange Alves Vinhas 4 INTRODUÇÃO

DETECÇÃO DA HANSENÍASE NA FAIXA ETÁRIA DE 0 A 14 ANOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO : IMPLICAÇÕES PARA O CONTROLE

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE EM POPULAÇÃO INDÍGENA NOS MUNICÍPIOS DE AUTAZES, EIRUNEPÉ E SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (SGC), AMAZONAS/BR.

V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose em Escolares 2018

5 Instituto de Ciências da Saúde UNILAB,

CASUÍSTICA E MÉTODOS. Vista frontal do Coreto do Instituto Lauro de Souza Lima - FOTO produzida por José Ricardo Franchim, 2000.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HANSENÍASE- N 01/2011

Volume 1, Número 2 ISSN João Pessoa, Resenha

A. Lima 1+ ; l.a. Souza 2 ; M.P.M.veiga 2

NOTIFICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE HANSENÍASE: NOVOS OLHARES EM RELEITURAS

Pa l a v r a s-c h a v e Hanseníase, epidemiologia, descentralização, necessidades e demandas de serviços de saúde

Gráfico 1: Número de casos detectados e proporção em menores de 15 anos Análise: População geral e menor de 15 anos Período: 2008 a 2012*

AVALIAÇÃO DO VALOR PREDITIVO POSITIVO DA SUSPEITA CLÍNICA DE DENGUE DURANTE EPIDEMIAS, NO BRASIL, 2000 A 2006

31º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo

Determinação do grau de incapacidade em hansenianos não tratados *

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL

ALGUNS ASPECTOS SOBRE A HANSENÍASE NA REGIÃO DE LONDRINA PR., CARACTERÍSTICAS GERAIS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO/MG PROFILE EPIDEMIOLOGIST OF THE HANSENIASE IN THE PATROCINIO/MG CITY RESUMO

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 30, do ano de 2018.

PROGRAMA DE HANSENÍASE (PROHANSEN): CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO PERÍODO DE ABRIL DE 2007 A FEVEREIRO DE

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

ESTUDO COMPARATIVO DAS VARIANTES DO MÉTODO DE COLORAÇÃO DE MICOBACTÉRIAS

Perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase através de exame de contato no município de Campos dos Goytacazes, RJ*

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Trabalho Final Atividades Integradoras IV. Aline dos Santos Novaes Martins

Mont Alverne Napoleão Albuquerque, Izabelle ; Aguiar Ribeiro, Marcos. Brasil RESUMO

Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica

Boletim Epidemiológico

I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais

em Pessoas com Hanseníase

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil

Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos. Notas Técnicas. Origem dos dados

II CONGRESSO DE INOVAÇÃO E METODOLOGIAS DE ENSINO

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DO SALTO MG de 2004 a 2010

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES Nº 001/2019

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Coordenação do Programa de Controle de Hanseníase CCD/COVISA/SMS

Joaquim Dias da Mota Longo 1 Rivaldo Venâncio da Cunha 2

Trabalho realizado no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia - Fortaleza (CE), Brasil.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE HANSENÍASE 1 RESUMO

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

IMPACTO DA PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES EM HANSENÍASE: CORRELAÇÃO ENTRE DIAGNÓSTICO E ALTA

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016

Análise epidemiológica de hanseníase em menores de 15 anos em um centro de referência na região nordeste do Brasil

PERFIL DOS CASOS NOTIFICADOS DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE GURUPI/TOCANTINS POR MEIO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN)

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

Fluxo das Doenças de Notificação Compulsória no HMVSC

LEVANTAMENTO SOBRE AS AÇÕES DE ENFERMAGEM NO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE NO ESTADO DE SÃO PAULO*

DESCENTRALIZAÇÃO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL Elizabeth Aparecida de Souza 1 Maristela Salete Maraschin 2 Patrícia de Aguiar Dias 3

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA PARAÍBA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Taubaté-SP no ano de 1999

PERSPECTIVAS DA ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE NO ESTADO DE SÃO PAULO E NO BRASIL

Boletim Epidemiológico

VII - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO TUBERCULOSE

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

EVIDÊNCIAS OBTIDAS A PARTIR DAS INVESTIGAÇÕES DE ÓBITOS PARTE 1. Brasília, 25 de maio de 2010

HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2012

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Territorialização Integrada

HANSENÍASE UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO TOCANTINS: O QUE REVELAM OS DADOS DE DOMÍNIO PÚBLICO DE

PERFIL CLÍNICO E DEMOGRÁFICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CACOAL/RO NO PERÍODO ENTRE 2007 A 2016

BACILOSCOPIA NEGATIVA NO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA TUBERCULOSE E MICOBACTERIOSE EM CENTROS DE DETENÇÃO PROVISÓRIA NA REGIÃO DO ABC PAULISTA

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENIANOS ATENDIDOS EM HOSPITAL E NA REDE BÁSICA: ESTUDO COMPARATIVO EM CAMPINAS, SP

PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO

Grau de Incapacidade: indicador de prevalência oculta e qualidade do programa de controle da hanseníase em um Centro de Saúde - Escola no

Boletim Epidemiológico

Baciloscopia da conjuntiva no diagnóstico e acompanhamento de pacientes portadores de hanseníase

AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE PQT POR PARTE DOS PACIENTES COM HANSENÍASE ASE ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE COARI AMAZONAS.

GEOESPACIALIZAÇÃO DE DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG

A EPIDEMIOLOGIA DA HANSENÍASE NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Transcrição:

artigos de investigação científica Heloisa da Silveira Paro Pedro 1 Susilene Maria Tonelli Nardi 2 Maria Izabel Pereira Ferreira 3 Maria do Rosário Assad Goloni 4 Erina Aparecida Rissate Ferreira 5 Andréa R. Baptista Rossit 6 Antonio Ruffino Netto 7 Hanseníase: Comparação Entre a Classificação Operacional No Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o Resultado da Baciloscopia Leprosy: agreement between the operational classification data obtained from the SINAN and bacilloscopic examination Recebido em 02/11/2009. Última correção em 12/01/2010. Aceito em: 02/02/2010. Pedro HSP, Nardi SMT, Ferreira MIP, Goloni MRA, Ferreira EAR, Neto AR. Hanseníase: Comparação Entre a Classificação Operacional No Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o Resultado da Baciloscopia. Hansen Int 2009; 34(2): 13-19. RESUMO O estudo objetivou comparar a classificação operacional paucibacilar e multibacilar, descrita no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN, com o resultado da baciloscopia (positivo/negativo) obtido pelo serviço de referência regional, Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto-SP. Trata-se de estudo descritivo e retrospectivo que utilizou como fonte de coleta, o livro de registros do Instituto Adolfo Lutz e a base de dados do SINAN dos casos notificados nos 32 municípios da microrregião de São José do Rio Preto, no período de 02/01/2004 a 31/12/2005. De 231 casos notificados, 1,7% (n=4) eram conhecidos apenas pelo Instituto Adolfo Lutz; 42% (n=97) apenas pelo SINAN e 56,3% (n=130) pelas duas fontes de informação. Destes, 19,2% (25/130) tinham baciloscopia positiva, sendo 0,8% (1/130) paucibacilar; 78,3% (105/130) tinham baciloscopia negativa, sendo 43,3% (58/130) multibacilar. Os casos conhecidos apenas pelo Instituto Adolfo Lutz (n=4) tinham baciloscopia positiva. Dos 42% (n=97) conhecidos apenas pelo SINAN, 54,2% foram classificados como multibacilar. Encontrou-se as seguintes discordâncias: um (0,8%) caso com baciloscopia positiva e classificado como paucibacilar; quatro casos (1,7%) com baciloscopia positiva que não foram notificados no SINAN e 42% (n=97) não realizaram baciloscopia no Instituto Adolfo Lutz. Conclui-se que o laboratório deveria estar integrado com a operacionalização das ações do programa de controle da hanseníase, em especial para que o exame de baciloscopia colabore efetivamente com o diagnóstico clínico primando assim para a consolidação de uma rede de assistência mais completa. 1 Heloisa da Silveira Paro Pedro, mestre, Instituto Adolfo Lutz Laboratório Regional de São José do Rio Preto, hsppedro@ial.sp.gov.br 2 Susilene Maria Tonelli Nardi, mestre, Instituto Adolfo Lutz Laboratório Regional de São José do Rio Preto/Instituto Lauro de Souza Lima- Bauru- SP, snardi@ial.sp.gov.br 3 Maria Izabel Pereira Ferreira, Especialista em Saúde Pública, Instituto Adolfo Lutz Laboratório Regional de São José do Rio Preto, mifpereira@ial. sp.gov.br 4 Maria do Rosário Assad Goloni, Especialista em Saúde Pública, Instituto Adolfo Lutz Laboratório Regional de São José do Rio Preto, mragoloni@ial.sp.gov.br 5 Erina Aparecida Rissate Ferreira, Especialista em Saúde Pública, Grupo de Vigilância Epidemiológica - GVE XXIX, erinarissate@yahoo.com.br 6 Andréa R. Baptista Rossit, doutora, Centro de Investigação de Microrganismos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, andrea@ famerp.br 7 Antonio Ruffino Netto, doutor, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), aruffino@fmrp.usp.br *Endereço para correspondência: Heloisa da Silveira Paro Pedro - R: Lauro Cesar Pereira Ribeiro, nº 949 Parque Celeste, São José do Rio Preto SP. CEP 15.070.490 Tel.: (17) 3353-0153 Fax. :(17) 3224-2602 - hsppedro@ial.sp.gov.br; heloisa.pedro@itelefonica.com.br Financiamento: ICOHRTA AIDS/TB, grant # 5 U2R TW006883-02. Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19. Hansenologia Internationalis 13

Palavras-Chave: hanseníase; Mycobacterium leprae; Prevenção & Controle; Notificação de Doenças; Sistemas de Informação. ABSTRACT The aim of this study was to assess the degree of agreement between the operational classifications of leprosy obtained from the SINAN and the result of bacilloscopy (positive/negative) reported by the IAL-SJRP. The data from this descriptive/retrospective study was collected from the IAL-SJRP clinical leprosy cases records and from the SINAN database including 32 municipalities of the microregion between 02/01/2004 and 31/12/2005. From the 231 notified cases, 1.7% (n=4) could only be found in the IAL-SJRP records; 42% (n=97) could be found in the SINAN database and 56.3% (n=130) were found in both information sources. Among these, 19.2% (25/130) presented positive bacilloscopy, being 0.8% (1/130) paucibacillary (PB); patients and 78.3% (105/130) presented negative bacilloscopy, being 43.3% (58/130) multibacillary (MB). All cases found only in the IAL presented positive bacilloscopy. From the 42% (n=97) found only in the SINAN, 54.2% were MB. Discrepancies detected were: one case with positive bacilloscopy was classified as PB; four cases with positive bacilloscopy were not notified at the SINAN and 97 cases did not have bacillocopy done at the IAL. The conclusion drawn was that the laboratories should be fully integrated with actions of the leprosy control program, especially for bacilloscopic examination so that it can contribute with clinical diagnosis and construction of an affective assistance network. Key words: Leprosy; Mycobacterium leprae; Prevention & control ; Disease Notification; Information Systems. INTRODUÇÃO O Brasil é o maior responsável pela endemia da hanseníase no continente americano e ocupa o primeiro lugar em número absoluto de casos da doença no mundo com 39.992 diagnosticados no ano de 2008 1. Para que a eliminação da hanseníase seja mantida de maneira eficaz conforme meta descrita no plano nacional 2 são necessários estudos que explorem melhor a endemia ao longo dos anos adotando outros recursos que não só indicadores epidemiológicos preconizados pelo Ministério da Saúde 3. A manutenção desta conquista depende de um conjunto de ações de ordem política, gerencial e técnica, no sentido de investigar casos suspeitos, quebrar a cadeia de transmissão e, conseqüentemente, manter reduzido o número de casos da doença. Interessante seria se todos os países, estados e municípios tivessem informações do processo saúde-doença de boa qualidade para fazer sua vigilância, estabelecer estratégias, organizar e avaliar programas e serviços. A qualidade da informação depende da regularidade da coleta, da extensão da cobertura e da acurácia dos dados, além da habilidade de quem vai utilizar a informação permitindo assim a utilização mais eficiente e apropriada dos recursos 4. Em 1993 foi criado no Brasil o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) com objetivo de consolidar dados e analisar a morbidade das doenças 4. A hanseníase está contemplada no SINAN e é doença de notificação compulsória após confirmação diagnóstica. As ações para seu controle têm por base uma única fonte de dados que é a ficha de notificação do SINAN 5. A digitação das informações obtidas é realizada no nível municipal, e a compilação dos resultados pode ser obtida por meio do sistema eletrônico no SINAN ou nos sites oficiais brasileiros 6,7,8. O nível local deveria rotineiramente avaliar e se apropriar dos resultados obtidos, realizando análise crítica da situação. Quanto melhor a qualidade da informação, mais eficiente será a utilização dos recursos 4. O Ministério da Saúde preconiza que se utilize a classificação operacional para a hanseníase que considera paucibacilares (PB) os casos com até cinco lesões e diagnosticados clinicamente nas formas indeterminada e ou tuberculóide, e multibacilares (MB) os casos com mais de cinco lesões e classificados clinicamente nas formas dimorfa e ou virchoviana 9. Essa estratégia foi adotada pelo Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH) em 2001 para definição do esquema terapêutico, e determinando a soberania ao exame clínico 10-12. O critério estabelecido para os locais com diagnóstico laboratorial disponível é o de que, além dos achados clínicos, o resultado da baciloscopia seja considerado colaborando na classificação clínica, adoção dos esquemas terapêuticos e controle do tratamento a saber: baciloscopia negativa para os casos PB, cujo tratamento é de 6 doses e baciloscopia positiva para os casos MB com tratamento de 12 doses e alta medicamentosa a critério médico após confirmação da negativação da baciloscopia 9,10. O exame baciloscópico tem adquirido maior importância após diferentes autores mostrarem que as recomendações dos esquemas terapêuticos baseadas apenas no número de lesões podem incorrer em erros e ocasionar recidiva, persistência bacilar, falha terapêutica e ou tratamento insuficiente 13-15. Com o propósito de verificar a magnitude da colaboração dos resultados dos exames de baciloscopia no diagnóstico clínico e a fidedignidade do repasse de seus resultados para o sistema informatizado, o objetivo desse estudo foi comparar a classificação operacional da hanseníase obtida no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com os resultados da baciloscopia obtidos pelo Instituto Adolfo Lutz- Laboratório Regional de São José do Rio Preto (IAL-SJRP). 14 Hansenologia Internationalis Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19.

Figura 1 Mapa do Estado de São Paulo mostrando, macro e micro regiões, respectivos municípios e suas áreas de abrangência da Direção Regional de Saúde XV. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de estudo descritivo retrospectivo, de registros do SINAN e IAL-SJRP do período de 2 de Janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2005. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (CEP/FAMERP nº 389/2007). O município de São José do Rio Preto tem cerca de 450 mil habitantes, é sede da DRS XV que abrange 101 municípios e possui dois centros de referencia para o atendimento da hanseníase: o Núcleo de Gestão Assistencial -60 (NGA-60) e o Ambulatório de Dermatologia do Hospital de Base (ADHB). O IAL-SJRP representa um dos principais pólos para o diagnóstico laboratorial da hanseníase para o NGA- 60 e para a micro-região que abrange 32 municípios e população em torno de 715.000 habitantes 6 (Figura 1). O laboratório do Hospital de Base é outra referência que também realiza o exame de baciloscopia, com maior direcionamento para toda região e também outros Estados. O diagnóstico laboratorial foi feito de acordo com padronização do Ministério da Saúde, pelo método de Ziehl-Neelsen 16, e os resultados da baciloscopia foram liberados pela Escala de Ridley, que varia de 0 a 6 + considerando zero (0) baciloscopia negativa e de 1 a 6 + positiva 10,17. As variáveis referentes aos pacientes como nome, prontuário, sexo, idade, unidade requisitante, data do exame e resultado de baciloscopia, foram obtidos nos livros de registros laboratoriais do IAL-SJRP. O banco de dados do SINAN, fornecido pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica de São José do Rio Preto SP (GVE XXIX) foi consultado com o propósito de confrontar os sujeitos diagnosticados no período e envolvidos no estudo. Para tal coletou-se as variáveis nome do paciente, prontuário, sexo, idade, data notificação, baciloscopia e unidade requisitante além da classificação operacional, variável esta de interesse para o estudo. Os casos notificados no SINAN que não tiveram a baciloscopia realizada no IAL-SJRP foram apresentados apenas de acordo com a classificação operacional, haja vista não ser escopo do estudo analisar os resultados de outro laboratório. Os dados foram armazenados em planilha do programa Microsoft Excel, analisados de acordo com a freqüência das ocorrências. Os resultados foram apresentados em tabelas de acordo com o percentual encontrado para cada uma das variáveis de interesse. RESULTADOS No período estudado, foram notificados 231 casos de hanseníase nos 32 municípios que compõem a microrregião da DRS XV. A comparação entre os resultados da baciloscopia segundo o IAL - SJRP e a informação obtida da notificação do SINAN, apresentada na Tabela 1. Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19. Hansenologia Internationalis 15

TABELA 1 Distribuição dos casos notificados no SINAN e resultados da baciloscopia (positiva ou negativa) para M. leprae obtidos no Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto 2004/2005. Casos conhecidos pelo Instituto Adolfo Lutz São José do Rio Preto CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN SIM NÃO TOTAL N % N % N % Baciloscopia positiva 25 10,8 4 1,7 29 12,5 SIM Baciloscopia negativa 105 45,5 - - 105 45,5 Subtotal 130 56,3 4 1,7 134 58,0 NÃO 97 42,0-97 42,0 TOTAL 227 98,3 4 1,7 231 100,0 Nesta tabela podemos observar que 134 (58%) pacientes eram conhecidos pelo IAL - SJRP; 97 (42%) desconhecidos. Por outro lado, 227 (98,3%) foram notificados pelo SINAN e 4 (1,7%) deixaram de ser notificados. A concordância nas duas fontes de informação foi de 130/231= 56,3. Se tomarmos o SINAN como referência, ou sistema padrão ouro, observamos que as notificações pelo IAL- SJRP tem uma co-positividade de 56,3% (130/227); uma co-negatividade de zero por cento; falsos negativos de 42,7% (97/227) e falsos positivos de 100% (4/4). Dos 134 pacientes conhecidos pelo IAL-SJRP, 21,7% (29/134) tinham baciloscopia positiva; 78,3% (105/134) tinham baciloscopia negativa. Na Tabela 2 observamos que 61,2% (82/134) dos casos conhecidos pelos IAL-SJRP foram classificados como multibacilares, sendo que 17,9% (24/134) tiveram baciloscopia positiva e 43,3% (58/134) negativa. Em contrapartida, foi encontrado um indivíduo erroneamente classificado como PB, já que o resultado da baciloscopia foi positivo no IAL-SJRP. Dos 97 casos notificados pelo SINAN, e que não realizaram baciloscopia no IAL-SJRP, 45,4% (44/97) eram PB e 53,6% (52/97) eram MB. DISCUSSÃO O resultado da baciloscopia colabora com a classificação operacional e conseqüentemente com a decisão quanto ao esquema de tratamento a ser adotado. Os casos diagnosticados e tratados como PB baseados apenas no número de lesões podem receber tratamento insuficiente resultando em possível recidiva 13-15. Neste estudo encontramos um caso PB com baciloscopia positiva. Há de se considerar que casos diagnosticados como MB podem ser erroneamente digitados como PB. Estudo realizado na cidade de Manaus mostrou a correlação entre a positividade da baciloscopia e o diagnóstico clínico, e detectou 11,8% de pacientes diagnosticados como PB com resultado da baciloscopia positivo 15, percentual elevado quando comparado aos nossos resultados (0,8%). Entre as possíveis justificativas para a falta de informação sobre os casos que estavam registrados no IAL-SJRP como positivos (4), mas não constavam no SINAN, podem ser por problemas no fluxo de relatórios do IAL-SJRP para o GVE XXIX, e alimentação do sistema de informação. Outra explicação a considerar é a possibilidade de ocorrência de erros durante a transferência de dados dos casos, que pode ter acontecido de forma irregular nas diversas mudanças de versão do SINAN. Embora o IAL-SJRP não seja fonte oficial de dados, preocupa o fato de casos com baciloscopia positiva não terem sido notificados no SINAN e possivelmente não terem recebido tratamento, sendo estes prováveis fontes de transmissão. Em relação às baciloscopias realizadas no IAL-SJRP, 78,3% foram negativas e destes 43,3% eram multibacilares. Estudos realizados em Ribeirão Preto (SP) e Sobral (CE) encontraram 63,4% e 84% respectivamente, de resultados negativos para o exame 18,19. Possivelmente o elevado percentual de casos MB com baciloscopia negativa encontrado neste estudo reflete uma tendência de controle da endemia no município, fato este confirmado em outros estudos 20,21. Aventamos ainda que, se esses casos fossem diagnosticados pelo critério Ridley-Joppling, poderiam ser classificados como MHDT, ou seja, dimorfos com polaridade tuberculóide. A diminuição da proporção de casos virchoviano e dimorfo, com baciloscopia positiva, é um dos indicadores mais confiáveis para avaliar a eficácia do tratamento e a manutenção das fontes de contágio 9,22. O exame baciloscópico, ainda vem sendo realizado pelos centros de referencia em grande parte do País, uma vez que a descentralização ainda não se concretizou em todos os municípios, devido possivelmente a problemas técnicos/operacionais, tais como a capacitação de profissionais para coleta e leitura do exame. 16 Hansenologia Internationalis Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19.

TABELA 2 Distribuição dos casos de hanseníase ocorridos em São José do Rio Preto e região segundo classificação operacional (Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan) e resultado da baciloscopia (Instituto Adolfo Lutz) EXAME BACILOSCÓPICO Instituto Adolfo Lutz (IAL) CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL SINAN BACILOSCOPIA POSITIVA BACILOSCOPIA NEGATIVA TOTAL N % N % NOTIFICADOS COM BACILOSCOPIA REALIZADA PELO IAL (n=130) PB 48 1 0.8 47 35,0 48 MB 82 24 17,9 58 43,3 82 NÃO NOTIFICADOS - - 4 3,0 - - 4 Subtotal 29 21,7 105 78,3 134 NOTIFICADOS SEM BACILOSCOPIA REALIZADA PELO IAL* (n=97*) PB 44 - - - - 44 MB 52 - - - - 52 Subtotal - - - - 96* TOTAL 226 231* *Na planilha do SINAN encontrou-se um (01) caso sem classificação operacional (missing). A partir de 1998, a baciloscopia deixou de ser exigida no término da ultima dose dos casos multibacilares como forma de controle de cura da hanseníase 23, mas ainda é um dos sinais cardinais para conclusão do diagnóstico 10, exceto onde a baciloscopia não está disponível. Estudo realizado por Crippa e col demonstrou que a sensibilidade e especificidade do diagnostico baseado no numero de lesões ficou entre 73,6% e 85,6% respectivamente, enquanto a baciloscopia de boa qualidade tem sensibilidade e especificidade de 100%, confirmando assim, a necessidade da avaliação do exame após 12 doses dos casos MB para avaliar a continuidade ou não do tratamento 15. Portanto há de se considerar a realização da baciloscopia como exame não apenas complementar, mas insubstituível no diagnóstico e alta medicamentosa dos casos pauci ou multibacilares. Em um município em fase de pós eliminação, que tem a atenção ao paciente de hanseníase em dois centros de referência, como é o caso de S.J.Rio Preto, a vigilância deve ser intensificada e aprimorada, a capacitação de profissionais deve ser constante, assim como a pulverização da informação sobre a doença para a população em geral. Considerando que a maioria dos municípios que abrangem a DRS XV já eliminou ou estão em fase de eliminação da hanseníase, o diagnóstico baseado no exame clínico associado ao resultado da baciloscopia deverá nortear o esquema de tratamento dos casos novos diminuindo assim possíveis erros de classificação e ou recidivas por tratamento insuficiente. O estreitamento da parceria IAL-SJRP e Grupo de Vigilância Epidemiológica de São José do Rio Preto-SP (GVE XXIX,), pode favorecer a formação de recursos humanos, auxiliando na capacitação técnica para coleta de material clínico e realização da baciloscopia para hanseníase. Esses treinamentos já foram realizados no passado, com a melhoria na coleta em muitos municípios de abrangência da DRS XV, mas a reciclagem deve ser contínua, devido à alta rotatividade dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde e outros setores diretamente envolvidos na coleta do espécime clínico. Além disso, a exemplo do controle de qualidade efetuado para o diagnóstico da tuberculose, não deve ser descartada a hipótese de um estudo no que se refere à implantação de uma supervisão indireta laboratorial, visando à obtenção da garantia da qualidade nos exames realizados para a pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR). Ressalta-se aqui que o resultado fidedigno desse exame depende diretamente da qualidade de coleta do material 16. Uma possível limitação do presente estudo refere-se à maneira como as informações foram coletadas, pois a variável para a busca dos casos notificados nos livros de registros do IAL-SJRP e SINAN foi o nome/registro do Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19. Hansenologia Internationalis 17

paciente. Erros de digitação e de grafia do nome no livro e ou nas fichas de notificação podem contribuir para que casos subnotificados permaneçam sem identificação ou favoreçam busca equivocada. Conclui-se que, na comparação dos resultados da baciloscopia e classificação operacional, encontraramse discrepâncias como a ocorrência de um caso PB com baciloscopia positiva e quatro casos com baciloscopia positiva que não foram notificados no SINAN. Sugere-se que ocorra o estreitamento dos serviços do município e região que realizam o diagnóstico da hanseníase, com os laboratórios existentes no município, com propósito de integrá-los à operacionalização das ações do programa de controle da hanseníase e para que o exame de baciloscopia colabore efetivamente com o diagnóstico clínico primando assim para a consolidação de uma rede de assistência mais completa. Agradecimento: International Clinical, Outcomes and Health Services Research Training Award - ICOHRTA AIDS/TB. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 2 3 World Health Organization. Global leprosy situation, beginning of 2008. Wkly Epidemiol Rec 2008; 83: 293-300. Ministério da Saúde (BR). Plano Nacional de eliminação da hanseníase em nível municipal 2006-2010 [monografia na Internet]. [citado 2009 Set 26]. Disponível em: http://portal. saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/hanseniase_plano.pdf Organização Mundial da Saúde. Estratégia global para aliviar a carga da hanseníase e manter as atividades de controle da hanseníase (Período de plano 2006-2010) [Monografia na Internet] 2005 [citado 2007 Ago 18]. Disponível em: http:// www.who.int/lep/reports/globalstrategy-pdf-verison.pdf 10 11 12 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria Conjunta Nº 125, de 26 de março de 2009. Define ações de controle da hanseníase. Diário Oficial. Brasília (DF). N.º 59, Seção 1 (Mar. 27, 2009). Andrade PA. (Des) mancha Sergipe: uma estratégia de eliminação da hanseníase a nivel municipal [Monografía na Internet] [citado 2009 Set 27]. Disponível em: http:// www.saudebrasilnet.com.br/premios/saude/premio4/ trabalhos/047.pdf Nogueira W. Hanseníase: o controle de uma endemia secular em São Paulo. Prat Hosp 2005; 7: 34-40. 4 5 6 7 8 Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de informação de agravos de notificação Sinan: normas e rotinas. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. Nardi SMT, Marciano LHSC, Virmond MCL, Baccarelli R. Sistemas de informação e deficiências físicas na hanseníase. Bol Epidemiol Paul 2006; 3: 3-7. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof Alexandre Vranjac. 1ª Reunião técnica de monitoramento e avaliação [Monografia na Internet] 2004 [citado Ago 18]. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hans/ aulas/curso_epidemavalsaude.ppt#1 Ministério da Saúde (BR). DATASUS. Sistema e aplicativos. Epidemiologia SIAB. SINAN [Monografia na Internet] 2008 [citado 2008 Maio 04]. Disponível em: http://www.saude.gov.br Ministério da Saúde (BR). Hanseníase [Monografia na internet] [citado 26 Set 2009] Disponível em:http://portal.saude. gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=27640 13 14 15 16 17 Andrade VLG, Boechat AM, Viana FR, Avelleira JCR. Estudo do índice baciloscópico em pacientes de hanseníase multibacilares durante tratamento com esquema MDT/OMS e no período de dois anos após interrupção da terapêutica. An Bras Dermatol 1993; 68: 191-3. Dasananjali K, Schreuder PA, Pirayavaraporn C. A study on effectiveness and safety of the W H O / M D T regimen in the north-east of Thailand; a prospective study.1984-1996. Int J Lepr Other Mycobact Dis 1997; 65: 28-36. Crippa ILF, Schettini AP, Pennini SN, Schettini MC, Rebello PFB. Correlação clínico-laboratorial baseada em dados secundários dos casos de hanseníase atendidos no período de 01/2000 a 03/2001 na Fundação Alfredo da Matta, Manaus- AM, Brasil. An Bras Dermatol 2004; 79: 547-54. Baptista IMFD, Sartori BCS, Trino LM. Guia de conduta para realização do exame baciloscópico. Hansen Int 2006; 31: 39-41. Ridley DS, Hilson GR. A logarithmic index of bacilli in biopsies. I. Method. Int J Lepr Other Mycobact Dis 1967; 35: 184-6. 9 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Vigilância em saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. 2ª ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008. 18 Oliveira SN, Hennemann GV, Ferreira FLF, Azevedo AS, Forster AC. Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeirão Preto no ano de 1992. Medicina (Ribeirão Preto) 1996; 29: 114-22. 18 Hansenologia Internationalis Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19.

19 20 21 Monteiro MPA. Incapacidades físicas em pacientes com hanseníase acompanhados pelas equipes de saúde da família das zonas urbanas de Sobral, Ceará [monografia]. Ceará: Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia; 2004. Pedro HSP, Nardi SMT, Ferreira MIP, Goloni MRA, Pupin AC, Paschoal, VDA. Estudo da endemia da hanseníase. In: ME- DTROP. 45º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; 2009 Mar 8-12; Recife: MEDTROP; 2009. Paschoal VDA, Nardi SMT, Cury MRCO, Lombardi C, Virmond MCL, Silva RMDN. Criação de banco de dados para sustentação da pós-eliminação em hanseníase [serial online] 2008 22 23 [citado 2009 Jan 24];[8 telas]. Disponível em: http://www. abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int. php?id_artigo=3036 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de atenção básica. Guia para controle da hanseníase. Cadernos de Atenção Básica n 10. Brasília (DF); 2002. Lastória JC, Putinatti MSMA, Diório SM, Trino LM, Padovani CR. Índices baciloscópicos e morfológi co na hanseníase após doze doses do esquema poliquimioterápico (PQT/OMS). Hansen Int 2006; 31(1): 15-21. Hansen Int 2009; 34 (2): 13-19. Hansenologia Internationalis 19