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Transcrição:

Palestra ADRIANE BRAMANTE adriane@bramanteprevidencia.adv.br

CPC/73 tutela jurisdicional satisfativa e limitada; Lei 8.952/94 trouxe nova roupagem para as tutelas provisórias alterando os artigos 273 e 461 do CPC/73; Contra a Fazenda Pública as tutelas tinham pouco alcance em razão da possibilidade de dano ao erário público e pelo necessário reexame da sentença dessas ações:

...a mera possibilidade de irreversibilidade do provimento, puramente econômico não é óbice à antecipação dos efeitos da tutela em matéria previdenciária ou assistencial sempre que a efetiva proteção dos direitos à vida, à saúde, à previdência ou à assistência social não puder ser realizada sem a providência antecipatória. (TRF 4ª R. AC 2005.70.00.024907-5/PR rel. Luis Alberto D Azevedo Aurvalle DJ 11/01/2008)

A Lei 10.444/2002 acrescenta os parágrafos 3º, 6º e 7º. ao art. 273, o que permitiu maior efetividade às regras até então dispostas, determinando a incidência das sanções previstas no artigo 461 do CPC/73 pelo descumprimento da decisão calcada nesse artigo, tais como: aplicação de multa, busca e apreensão, remoção de pessoas ou coisas, dentre outras.

Tutela Provisória Arts. 294 a 311 Tutela de Urgência Arts. 300 a 310 Tutela de Evidência Arts. 311 Tutela Antecipada Arts. 300 a 303 Cautelar Arts. 300 a 303 Antecedente Arts. 303 e 304 Incidental Antecedente Arts. 305 a 310 Incidental

Art. 300 CPC (ANTIGO 273): A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Garante a efetividade do direito antes do final do processo; Evita prejuízos irreparáveis que a demora da prestação jurisdicional causaria; Beneficio tem caráter alimentar e é garantia de subsistência dos beneficiários.

Alteração do julgado e consequente redução da RMI; Cassação da tutela por modificação da decisão; Concessão de benefício judicial menor do que o pedido da inicial; Implantação de beneficio por tutela sem dar ao segurado opção pelo mais vantajoso obtido por concessão posterior; Possibilidade de devolução;

Aposentadoria Especial rescinde o contrato de trabalho? Sendo a tutela antecipada decisão de natureza provisória, como fica o contrato de trabalho no caso de sua concessão na Aposentadoria Especial?

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. 1. Sentença procedente. (...). Ademais, o disposto no art. 57, 8º da Lei 8.213/91 ( 8º. Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. Art. 46. Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno) deve ser compreendido como se fizesse referência somente à hipótese de situação definitivamente consolidada, seja pelo deferimento administrativo do benefício, seja pelo trânsito em julgado da decisão judicial favorável. Nesse sentido: AC 2005.33.00.02011-0/BA, Rel. Des. Fed. Angela Catão, DJF1 12/7/2012). 5. Quanto aos efeitos retroativos, observa-se que: A data de início do benefício (DIB) da aposentadoria especial concedida judicialmente deve ser fixada na data de entrada do requerimento administrativo (DER), se então presentes os pressupostos legais autorizadores de sua concessão, não se aplicando a regra de que trata o art. 57, 8º, da Lei 8.213/91, senão após a definitiva implantação do benefício previdenciário. (...) 5 Incidente conhecido e provido (IUJEF n. 5013578-92.2012.404.7107, Rel. José Antônio Savaris. (...). 8. Apelação do INSS e remessa oficial não providas. Recurso adesivo provido, para determinar que a data de início do benefício deve ser fixada na DER, ou seja, em 24/05/2012. (AC 00103969420124013801, JUIZ FEDERAL FRANCISCO RENATO CODEVILA PINHEIRO FILHO. TRF1, 1ª. Turma, e-djf1 de 04/02/2016, pág. 1400).

I ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Tempo especial de eletricista após 05/03/97 (REsp.1.306.113); Tempo especial de servidor público exposto a agentes nocivos (Súmula vinculante 33); Pensão por morte sem qualidade quando preenchidos os requisitos para aposentadoria (Resp 1110565/SE); Amparo ao Idoso por aplicação do parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência a fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20, 3º, da Lei n. 8.742/93. (1.355.052 e Tema 807 STF)

Possibilidade de cassação; Devolução dos valores recebidos a maior; Fragilidade da tese; Empréstimo consignado

DECISÃO: (......) Conquanto o Superior Tribunal de Justiça já tenha apreciado a matéria, à luz da legislação infraconstitucional, ao julgar o REsp nº 1334488, pela sistemática dos recursos repetitivos, tal matéria pende de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal, pois reconhecida a existência de repercussão geral do Tema nº 503 - Conversão de aposentadoria proporcional em aposentadoria integral por meio do instituto da desaposentação (RE 661256). Com o intento de evitar decisões contraditórias com a futura orientação a ser firmada pela Suprema Corte, bem como de racionalizar a promoção de atos judiciais passíveis de eventual retratação por esta instância, mostra-se prudente aguardar a decisão constitucional acerca do tema. Assim, na forma do art. 1º, 1º, da Resolução nº 98, de 23-11-2010, desta Corte, que regula os procedimentos relativos à tramitação dos recursos cuja matéria foi submetida ao regime de repercussão geral (art. 543 - B, do CPC/1973 e art. 1. 036, "caput" 1º CPC/2015), determino o sobrestamento do presente feito até ulterior decisão da Suprema Corte, devendo os autos permanecer em Secretaria. Publiquese. Intimem-se. (TRF4, AC 5079534-71.2015.404.7100, QUINTA TURMA, Relator ROGER RAUPP RIOS, juntado aos autos em 10/08/2016) ADRIANE BRAMANTE 2016

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO. ART. 557, 1º DO CPC DE 1973/ART. 1021 DO CPC DE 2015. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA OBJETIVANDO A CONCESSÃO DE OUTRO MAIS VANTAJOSO. POSSIBILIDADE. TUTELA ANTECIPADA. DESCABIMENTO. I - O direito ao benefício de aposentadoria possui nítida natureza patrimonial, podendo ser objeto de renúncia. Tendo em vista que somente a lei pode criar, modificar ou restringir direitos, (art. 5º, II, da Constituição da República), o artigo 181-B do Dec. nº 3.048/99, acrescentado pelo Decreto n.º 3.265/99, que previu a irrenunciabilidade e a irreversibilidade das aposentadorias por idade, tempo de contribuição/serviço e especial, como norma regulamentadora que é, acabou por extrapolar os limites a que está sujeita. II - As contribuições posteriores à aquisição do primeiro benefício são atuarialmente imprevistas e não foram levadas em conta quando da verificação dos requisitos de elegibilidade para a concessão da primeira aposentadoria. Assim, continuando a contribuir para a Previdência Social após a jubilação, não subsiste vedação atuarial ou financeira à revisão do valor do benefício. III - O objetivo dos embargos de declaração é sanar eventual obscuridade, contradição ou omissão no julgado. IV - Indeferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ante a ausência de fundado receio de dano irreparável e de perigo da demora, haja vista que o autor está recebendo mensalmente seu benefício. V - Embargos de declaração da parte autora rejeitados. Agravo interposto pelo réu improvido. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2125381-0005863-63.2015.4.03.6119, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 16/08/2016, e-djf3 Judicial 1 DATA:24/08/2016 )

PREVIDENCIÁRIO. REMESSA OFICIAL. NÃO CONHECIMENTO. APELAÇÃO CÍVEL. RENÚNCIA DE BENEFÍCIO. CONCESSÃO DE OUTRO MAIS VANTAJOSO. CÔMPUTO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO POSTERIOR AO AFASTAMENTO. POSSIBILIDADE. DEVOLUÇÃO DOS VALORES JÁ RECEBIDOS. DESNECESSIDADE. TERMO INICIAL. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. TUTELA PROVISÓRIA. CONCEDIDA. (...) - Nos termos do Novo Código de Processo Civil, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência (art. 294), sendo que esta última prevista no art. 311. Entre as hipóteses previstas neste artigo, destaca-se para o caso em análise aquela prevista no inciso II, segundo a qual a tutela provisória pode ser deferida, ainda que inexista perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. - In casu, há subsunção à hipótese prevista na norma citada, uma vez que as questões objeto da presente controvérsia são exclusivamente de direito, e que, como já destacado acima, o Superior Tribunal de Justiça pacificou, no julgamento Recurso Especial nº 1.334.488-SC, sob a sistemática dos recursos repetitivos representativos de controvérsia, entendimento favorável à pretensão da parte autora, ou seja, no sentido de ser admitida a desaposentação, sem necessidade de devolução dos valores recebidos em razão do benefício anterior. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2127273-0002455-66.2015.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ STEFANINI, julgado em 08/08/2016, e-djf3 Judicial 1 DATA:23/08/2016)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de antecipação da pretensão recursal, contra decisão que indeferiu o pedido de tutela de evidência (CPC, art. 311, II), em ação postulando a desaposentação. Sustenta o agravante, em suma, que o Superior Tribunal de Justiça já resolveu a questão em sede de recursos repetitivos (REsp nº 1.334.488/SC), já tendo o Supremo Tribunal Federal, pelo Ministro Relator, Luís Roberto Barroso, sinalizado no sentido da procedência do pedido (RE 661.256/). Decido Não diviso no caso dos autos a presença dos pressupostos para concessão da tutela de evidência, com fundamento no inc. II do art. 311 do atual CPC. É certo que o Superior Tribunal de Justiça já apreciou a matéria, à luz da legislação infraconstitucional, ao julgar o REsp nº 1.334.488/SC, pela sistemática dos recursos repetitivos, ocasião em que reconheceu que os benefícios previdenciários são direitos patrimoniais disponíveis e, portanto, suscetíveis de desistência pelos seus titulares, prescindindo-se da devolução dos valores recebidos da aposentadoria a que o segurado deseja preterir para a concessão de novo e posterior jubilamento. No entanto, tal matéria pende de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal, eis que reconhecida a existência de repercussão geral do Tema nº 503 ("Conversão de aposentadoria proporcional em aposentadoria integral por meio do instituto da desaposentação") no RE nº 661.256/DF, cuja ementa restou assim vazada: "CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. 2º do ART. 18 DA LEI 8.213/91. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA. UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO QUE FUNDAMENTOU A PRESTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ORIGINÁRIA. OBTENÇÃO DE BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO. MATÉRIA EM DISCUSSÃO NO RE 381.367, DA RELATORIA DO MINISTRO MARCO AURÉLIO. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à possibilidade de renúncia a benefício de aposentadoria, com a utilização do tempo se serviço/contribuição que fundamentou a prestação previdenciária originária para a obtenção de benefício mais vantajoso. (RE 661256 RG, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, julgado em 17/11/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-081 DIVULG 25-04-2012 PUBLIC 26-04-2012 ) Em sendo assim, com o intento de evitar decisões contraditórias com a futura orientação a ser firmada pela Suprema Corte, bem como de racionalizar a promoção de atos judiciais passíveis de eventual retratação por esta instância, mostra-se prudente aguardar a decisão constitucional acerca do tema. Ante o exposto, indefiro a antecipação da pretensão recursal. Intime-se o agravado para resposta. (TRF4, AG 5038744-68.2016.404.0000, SEXTA TURMA, Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR, juntado aos autos em 05/09/2016)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em sede ação de desaposentação, indeferiu o pedido de concessão de tutela de evidência. Assevera o agravante, em síntese, que deve ser concedida a tutela de evidência, porquanto a matéria de direito já foi pacificada pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.334.488/SC (tema 563). (...)A questão objeto de debate está submetida à Repercussão Geral junto ao Supremo Tribunal Federal (RE 661.256/DF) e, justamente em razão disso, todos os feitos atinentes a tal matéria são sobrestados nesta Corte. Porém, pretende a parte autora seja deferido em sede de tutela de evidência a sua desaposentação, com base em julgamento do STJ em sede de Recurso Repetitivo que assegurou tal direito. Embora a pertinência e relevância dos argumentos da parte agravante, é de se levar em conta que a grande discussão judicial travada no seio da Suprema Corte sobre o tema da desaposentação está a recomendar cautela na concessão de tutelas provisórias, destacadamente diante do posicionamento do STJ relativo à necessidade de devolução dos valores no caso de revogação do provimento de urgência, o que traria à parte requerente uma gravosa e indesejada situação jurídica na hipótese de mudança de entendimento em sede de Repercussão Geral. Dito isso, no presente caso, é de ser indeferido o pedido, diante das particularidades do tema em debate, qual seja, desaposentação. Ante o exposto, indefiro o pedido de antecipação da pretensão recursal. Intimem-se, sendo o agravado para os fins do art. 1019, II, do NCPC. Publique-se. (TRF4, AG 5037534-79.2016.404.0000, QUINTA TURMA, Relator PAULO AFONSO BRUM VAZ, juntado aos autos em 31/08/2016).

A tutela provisória evoluiu significativamente; Estudar caso a caso e fazer prova da real necessidade da medida antecipatória; Orientar o segurado dos riscos e possibilidade de reversibilidade da tutela; de reversibilidade da tutela; ADRIANE BRAMANTE 2016

Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegura o ensejo de trabalho, que dê futuro a juventude e segurança à velhice. Charles Chaplin