Língua Portuguesa. Leia o texto e responda à questão. A RESSURREIÇÃO DOS OUTDOORS

Documentos relacionados
Negócio de menino com menina

NEGÓCIO DE MENINO COM MENINA

Negócio de menino com menina Ivan Angelo

LISTÃO DE FÉRIAS. TEXTO I: Negócio de menino com menina Ivan Angelo

Análise do texto Negócio de menino com menina, de O ladrão de sonhos e outros contos, de Ivan Ângelo

PARTE A INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Economia do Setor Público 3º BI Orçamento Público e Responsabilidade Fiscal. Aspectos relevantes da Lei de Responsabilidade Fiscal para um economista

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. CERT Regular 5ª Fase. Período

PROVA DE CONTABILIDADE. Em relação às receitas extra-orçamentárias, é correto afirmar, EXCETO:

Simulado 02: Prova Comentada TCE-PA: Auditoria de Controle Externo - Contabilidade

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França

DIREITO FINANCEIRO. A Lei de Responsabilidade Fiscal. Origem e o controle. Prof. Thamiris Felizardo

Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Renúncia de Receita / Aula 12 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 12

operação de crédito estará proibida no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.)

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. A Lei Complementar nº 101/00 e a receita pública. Renúncia de receita Prof. Thamiris Felizardo

Sumário. Serviço Público e Administração Pública

CONCURSO TST 2017 COMENTÁRIOS DA PROVA PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA. Noções de Orçamento Público

Tópico 3: Ciclo Orçamentário. Execução Orçamentária e Financeira.

4 - A LOA compreende, entre outros, o orçamento de investimento de todas as empresas de que a União participe.

PAINEL 3: "Desafios e Perspectivas face a Nova lei de finanças públicas e o processo de Convergência aos padrões internacionais"

Divisão da Aula. 1 Visão Constitucional 2 Visão da LRF. 1 Visão Constitucional. Lei Orçamentária Anual - LOA

Indice de Questoes. Raciocínio Lógico-quantitativo / Raciocínio matemático / Números e grandezas proporcionais; regra de três simples e composta: 16

DIREITO FINANCEIRO. Prof. IRAPUÃ BELTRÃO.

Sumário. LRF_Book.indb 15 19/03/ :29:01

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) II. LEIS ORÇAMENTÁRIAS (continuação)

Direito Constitucional TJ/RJ Prof. Carlos Andrade

L D O e L O A. Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual

Direito Constitucional

Direito Constitucional -Poder Legislativo- Profº. Cleiton Coutinho

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE AGUAS DE CHAPECO AUDIÊNCIA PÚBLICA DE AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS FISCAIS 1º QUADRIMESTRE/2017

Instrumentos Constitucionais do Planejamento Público

ECONOMIA. Setor Público. Setor Público. Parte 17. Prof. Alex Mendes

DARIO CÉSAR BARBOSA

O problema começa no texto constitucional, pois de acordo com seu art. 31, 4º:

-Transparência da Gestão Fiscal

Contabilidade Pública. Aula 2. Apresentação. Aula 2. Orçamento Público. O orçamento nacional deve ser equilibrado

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

CONTABILIDADE PÚBLICA

SUMÁRIO CAPÍTULO I DOUTRINA BÁSICA DE DIREITO FINANCEIRO

PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU QUESTÕES DE AFO

ARGUMENTO º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. Rafael Antonietti Matthes

Tópicos - Leis Orçamentárias

A Organização do Município e de seus Poderes

CONTABILIDADE PÚBLICA

SUMÁRIO COMO USAR O LIVRO? LÍNGUA PORTUGUESA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS REDAÇÃO SEMÂNTICA VERBO...

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 309, DE 2012

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO UNIDADE: ÁGUAS CLARAS

QUESTÕES DE PROVA FCC CICLO ORÇAMENTÁRIO

SEMINÁRIO FINANÇAS PÚBLICAS

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE AMORINOPOLIS LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL L O A EXERCÍCIO DE de 13

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. As leis orçamentárias PPA, LDO e LOA Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo

VII Congresso Mineiro de Vereadores

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DEPARTAMENTO DE DIREITO ECONÔMICO-FINANCEIRO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Álgebra. Racionalização. Sistemas lineares. Progressões. Funções. Aplicações.

ORÇAMENTO PÚBLICO E A RESPONSABILIDADE DO PODER LEGISLATIVO

Sumário. Prefácio à Décima Quinta Edição, xv. Prefácio à Décima Quarta Edição, xvi. Prefácio à Décima Terceira Edição, xvii

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França.

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE FAXINAL DOS GUEDES AUDIÊNCIA PÚBLICA DE AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS FISCAIS 1º QUADRIMESTRE/2017

ORDEM JURÍDICA FINANCEIRA

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 29/360

Apresentação. Freire Neto

Contabilidade Pública ACI DF/2013. Tópico 5. Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli

SUMÁRIO. Língua Portuguesa

QUESTÕES DE PROVA FCC PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. 1) (FCC Analista Judiciário - Contabilidade TRT 4ª 2011) São princípios orçamentários:

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Wilson Araújo ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Estou oferecendo um curso completo de AFO em Exercícios no Serão quase 500 questões, todas atualizadas, a maioria de 2014/ /2015/2016.

TURMA EXERCÍCIOS AULÃO MPU 2018 TÉCNICO MINISTERIAL ÁREA ADMINISTRATIVA MP/PI - CESPE SET/2018

Olhares. Rosângela Trajano. 2 - Por que não permitimos que os outros se aproximem de nós? 4 O que são as coisas mais simples do mundo para você?

Tópico 3. Classificação econômica da Receita. Conceitos e estágios da receita.

CONTABILIDADE PÚBLICA

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. Classificação da Receita Pública Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo

CAPÍTULO 4 QUESTÕES. Resolução Descentralização externa de créditos (destaque) é a descentralização de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou

PROJETO DE LEI Nº /2017

STJ L I RESPONSABILI ADE ... I~ ENFOQUE JURíDICO E CONTÁBIL PARA OS MUNICíPIOS MOACIR MARQUES DA SILVA

TCU - Aula 03 C. Geral III

CONTROLE DE CONTEÚDO - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA SÃO PAULO - TÉCNICO LEGISLATIVO DIREITO

CONTABILIDADE PÚBLICA

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França

Resumo Aula-tema 01: Introdução: Serviço Público. Administração Pública. Contabilidade Pública. Regimes Contábeis.

Obrigações - Legislação Tributária: Leis Complementares, Leis Ordinárias, Medidas Provisórias

AUDIÊNCIA PÚBLICA LEI DE DIRETRIZES EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2016

DIRETRIZES DO TCE-RS A SEREM OBSERVADAS NA ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL: OPORTUNIDADESEDESAFIOS

CONCURSO PÚBLICO 571 PROCURADOR MUNICIPAL EDITAL 37 ANEXO III

TCM BA AFO ORÇAMENTO PÚBLICO AULA Nº 1 PPA - LDO LOA. Professor VINÍCIUS NASCIMENTO PDF PDF VÍDEO.

Nota Técnica de Adequação Orçamentária e Financeira nº 12/2019

lei 4.320, de 17 de março de 1964 Da Lei do Orçamento Capítulo I Disposições gerais

LEI N o /2017. Estima a receita e fixa a despesa do Município de Uberaba para o Exercício de 2018 e dá outras providências.

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Constituição Orçamentárias. Prof. Thamiris Felizardo

O VELÓRIO DA DONA JUSTINA

CONTABILIDADE PÚBLICA

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Tramitação Legislativa Parte 1. Prof. Thamiris Felizardo

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA CONTADOR CÓD. 04. Na elaboração das propostas orçamentárias Anual e Plurianual, será aplicada a classificação:

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2017

Conteúdo da Aula. Ciclo Orçamentário.

SEFAZ-DF SUMÁRIO. Língua Portuguesa. Ortografia oficial Acentuação gráfica Flexão nominal e verbal...15/17/28

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015.

Transcrição:

Língua Portuguesa A RESSURREIÇÃO DOS OUTDOORS Dois anos depois da implantação da Lei da Cidade Limpa, alguns outdoors retirados das ruas ressurgem em forma de arte. Garimpadas por cinco meses em ferros-velhos e empresas de comunicação pelo artista plástico Eduardo Kobra, catorze peças receberam técnicas de colagem, pintura e grafite inspiradas em São Paulo. Com 3 metros de comprimento, o painel acima reproduz uma cena da década de 20. Minha ideia é mostrar a metrópole em transformação, diz Kobra. A exposição Lei da Cidade que Pinta fica em cartaz até o dia 11 de novembro na recém inaugurada Galeria Michelangelo (Rua Fradique Coutinho, 798, Vila Madalena, 3815-0993). Fonte: GONÇALVES, Daniel Nunes. A ressurreição dos outdoors. Veja, São Paulo, 15 out. 2008. 01. O texto apresenta: a) Marcas temporais. b) Marcas espaciais. c) O tema é outdoors. d) O autor do texto é o Kobra. 02. Assinale a alternativa incorreta quanto o uso da crase. a) Foram à terra natal. b) Compraram todos os carros à prazo. c) A loja perto de casa só vende à vista. d) Eu só vendo à vista. 03. Localizar itens de informação explícita, relativos à descrição de características de determinado objeto, fato ou fenômeno, em um texto. O ACESSO À EDUCAÇÃO É PRIORIDADE PARA QUE O PAÍS SE DESENVOLVA O Brasil talvez seja o país com a lei de direitos autorais mais restritiva do mundo. EUA e Europa são mais flexíveis. Nossa Constituição garante acesso à educação e exige que toda propriedade direito autoral incluído exerça sua função social. Se um livro estiver esgotado, quem ganha? Ninguém: nem autor, nem estudante. Deveria haver uma autorização para cópia integral. O Brasil é oficialmente a favor do equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e o acesso ao conhecimento e tem o apoio de outros países. O autor, apesar de dever ser remunerado e incentivado, é o que menos se beneficia. Uma grande parcela fica nas mãos das principais editoras que, aliás, têm imunidade tributária garantida pela Constituição. Temos de considerar o preço cobrado por livros educacionais, que é incompatível com o poder aquisitivo da população. Algumas ferramentas virtuais são extremamente restritivas, além de terem sérios problemas de direito do consumidor. O acesso à educação é prioridade para que o País se desenvolva. A lei atual deve ser revista com urgência. PARANAGUÁ, Pedro. O acesso à educação... O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 set. 2008. A leitura do texto informa que: a) O Brasil é a favor do equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e o acesso ao conhecimento. b) Temos de considerar o preço cobrado por livros educacionais, que é incompatível com o poder aquisitivo da população. c) Algumas ferramentas virtuais são extremamente restritivas, além de terem sérios problemas de direito do consumidor, é defendido pelos leitores. d) O acesso à educação é prioridade para que o País se desenvolva. 04. Inferir a tese de um texto argumentativo, com base na argumentação construída pelo autor. Quem lucrará com o acordo ortográfico? Talvez as editoras de gramáticas e dicionários e a Microsoft, que criará um novo corretor. Já nós, que fazemos a língua, quebraremos a cabeça, adotando regras lusitanas, como o acento agudo em aguardámos, ou trocando seis por meia dúzia nas regras para o hífen, que continuam complexas. Como diria o Conselheiro Acácio, as linguagens falada e escrita constituem a expressão do pensamento. Se a estrutura do pensamento de cada um dos povos lusófonos é diferente, por que mudar sua expressão escrita? A falada, então... nem pensar! Dentro em pouco, em nossos banheiros públicos, leremos o aviso: Favor carregar o autoclismo da retrete. Não entendeu? Pois é: Aperte a válvula para dar descarga na privada. FERREIRA, Gil Cordeiro Dias. Acordo Ortográfico. O Globo, Rio de Janeiro, 1 out. 2008. Cartas dos leitores. Com base na leitura da carta, pode-se concluir que o autor defende a tese de que o acordo ortográfico: a) Atende mais a interesses econômicos do que às necessidades do povo brasileiro. b) Atende as necessidades da população. c) Privilegia a cultura enriquece o conhecimento dos alunos. d) Não atende as prioridades dos países envolvidos. Leia o texto e responda à questão 5. Dois pais conversam sobre o futuro dos filhos: - O que seu filho vai ser quando terminar o primeiro grau? pergunta um deles. - Pelo jeito, acho que vai ser um velho de barbas brancas... responde o outro. Douglas Tufano, Curso moderno de língua portuguesa. 05. É correto dizer-se sobre a estrutura do texto mostrado que: a) Descreve sobre um passeio dos filhos. b) Defende uma ideia sobre a criação dos filhos. c) É narrativo, com predominância do discurso direto. d) Caracteriza o filho como alguém que vai se dar bem na vida. 06. Leia atentamente: A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo regime de tempo integral. Na frase há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto: a) O sujeito e o predicado. b) Predicado e complemento nominal. c) Predicado e objeto direto. d) Objeto direto e objeto indireto. 07. Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula. a) A educada secretária, anotou meu recado. b) Analisem por exemplo, o número de veículos nas estradas. c) Aqueles objetos eram, na ocasião, meros acessórios. d) O dono da loja deve promover, bom convívio, entre seus funcionários. 08. Qual alternativa apresenta o uso inadequado da crase: a) Distraiu-se a contemplar às montanhas, os primeiros reflexos da lua na água. b) Adriana foi à França na semana passada. c) As cantoras gostam de contemplar às belas paisagens. d) Viajamos sempre à cavalo. 1

09. Assinale a alternativa incorreta sobre crase. a) Foram as compras e pagaram a vista. b) Fizeram as malas e foram às lojas. c) Compraram as roupas e foram à casa dos avôs. d) Cantaram às garotas e levaram-nas à sorveteria. 10. O termo onde encontra-se corretamente empregado na frase: a) A suspeita de falsificação nasceu por causa daquela folha onde havia uma rasura. b) Não sei aonde que te decepcionei: ao não responder sua mensagem? c) Nos melhores momentos é aonde podemos reconhecer os verdadeiros companheiros. d) Não tenho saudades da minha adolescente, aonde sofri tantas injustiças. 11. Assinale a alternativa incorreta quanto aos verbos. a) Os alunos cantaram a noite toda e não deixaram ninguém dormir. O verbo em destaque é pretérito imperfeito do b) Os meus amigos gostam de brigar muito. O verbo em destaque é presente do c) Satisfeitos ficam aqueles que conhecem a Deus e seguem seus preceitos. O verbo em destaque é presente do d) Vieram pessoas para a festa e a maioria dormiu na casa da Carina. O verbo em destaque é pretérito perfeito do Leia o texto e responda as questões 12, 13 e 14. Negócio de menino com menina Ivan Angelo O menino, de uns dez anos, pés no chão, vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola na mão. Sol forte de uma hora da tarde. A menina, de uns nove anos, ia de carro com o pai, novo dono da fazenda. Gente de São Paulo. Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai: Olha que lindo! Compra pra mim? O homem parou o carro e chamou: Ô menino. O menino voltou, chegou perto, carinha boa. Parou do lado da janela da menina. O homem: Esse passarinho é pra vender? Não senhor. O pai olhou para a filha com uma cara de deixa pra lá. A filha pediu suave como se o pai tudo pudesse: Fala pra ele vender. O pai, mais para atendê-la, apenas intermediário: Quanto você quer pelo passarinho? Não tou vendendo não senhor. A menina ficou decepcionada e segredou: Ah, pai, compra. Ela não considerava, ou não aprendera ainda, que negócio só se faz quando existe um vendedor e um comprador. No caso, faltava o vendedor. Mas o pai era um homem de negócios, águia da Bolsa, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar a cabeça dos mais recalcitrantes: Dou dez mil. Não senhor. Vinte mil. Vendo não. O homem meteu a mão no bolso, tirou o dinheiro, mostrou três notas, irritado. Trinta mil. Não tou vendendo, não, senhor. O homem resmungou "que menino chato" e falou pra filha: Ele não quer vender. Paciência. A filha, baixinho, indiferente às impossibilidades da transação: Mas eu queria. Olha que bonitinho. O homem olhou a menina, a gaiola, a roupa encardida do menino, com um rasgo na manga, o rosto vermelho de sol. Deixa comigo. Levantou-se, deu a volta, foi até lá. A menina procurava intimidade com o passarinho, dedinho nas gretas da gaiola. O homem, maneiro, estudando o adversário: Qual é o nome deste passarinho? Ainda não botei nome nele, não. Peguei ele agora. O homem, quase impaciente: Não perguntei se ele é batizado não, menino. É pintassilgo, é sabiá, é o quê? Aaaah. É bico-de-lacre. A menina, pela primeira vez, falou com o menino: Ele vai crescer? O menino parou os olhos pretos nos olhos azuis. Cresce nada. Ele é assim mesmo, pequenininho. O homem: E canta? Canta nada. Só faz chiar assim. Passarinho besta, hein? É. Não presta pra nada, é só bonito. Você pegou ele dentro da fazenda? É. Aí no mato. Essa fazenda é minha. Tudo que tem nela é meu. O menino segurou com mais força a alça da gaiola, ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e falou já botando a mão na gaiola, dinheiro na outra mão. Dou quarenta mil, pronto. Toma aqui. Não senhor, muito obrigado. O homem, meio mandão: Vende isso logo, menino. Não tá vendo que é pra menina? Não, não tou vendendo não. Cinqüenta mil! Toma! e puxou a gaiola. Com cinqüenta mil se comprava um saco de feijão, ou dois pares de sapatos, ou uma bicicleta velha. O menino resistiu, segurando a gaiola, voz trêmula. Quero não senhor. Tou vendendo não. Não vende por quê, hein? Por quê? O menino acuado, tentando explicar: É que eu demorei a manhã todinha pra pegar ele e tou com fome e com sede, e queria ter ele mais um pouquinho. Mostrar pra mamãe. O homem voltou para o carro, nervoso. Bateu a porta, culpando a filha pelo aborrecimento. Viu no que dá mexer com essa gente? É tudo ignorante, filha. Vam'bora. O menino chegou pertinho da menina e falou baixo, para só ela ouvir: Amanhã eu dou ele pra você. Ela sorriu e compreendeu. 12. Assinale a alternativa incorreta sobre o texto. a) O texto não apresenta diálogo. b) Há quatro personagens no texto. c) O gênero textual é uma fábula. d) A tipologia é dissertativa. 13. Assinale a alternativa incorreta sobre o texto. a) A menina é caracterizada. b) O menino é caracterizado. c) As características do texto são psicológicas e físicas. d) O pai da garota não tenta manipular o garoto. 14. Assinale a alternativa incorreta sobre o texto. a) O texto apresenta linguagem informal. b) O texto apresenta marcas de tempo. c) O texto apresenta lugares. d) O texto apresentam linguagem formal. 2

Leia o texto e responda as questões 15 e 16. Eclipse lunar Cecília Meireles Pois ali está, no meio da noite, a Lua. É mesmo um lago de prata, com vagas sombras cinzentas sombras de árvores, de barcos, de aves aquáticas... O céu está muito límpido, e é puro o brilho das estrelas. Mas em breve se produzirá o eclipse. E, então, pouco a pouco, o luminoso contorno vai sendo perturbado pela escuridão. A Terra, esta nossa misteriosa morada, vai projetando sua forma naquele redondo espelho. Muito lentamente sobe a mancha negra sobre aquela cintilante claridade. É mesmo um dragão de trevas que vai calmamente bebendo aquela água tão clara; devorando, pétala por pétala, aquela flor tranqüila. E o globo da Lua, num dado momento, parece roxo, sanguíneo, como um vaso de sangue. Que singular metamorfose, e que triste símbolo! Ali vemos a Terra, melancolicamente reproduzida na apagada limpidez da Lua. Ali estamos, com estas lutas, estes males, ambições, cóleras, sangue. Ali estamos projetados! E poderíamos pensar, um momento, na sombra amarga que somos. Sombra imensa. Mancha sanguínea. (Por que insistimos em ser assim?) Ah! mas o eclipse passa. Recupera-se a Lua, mais brilhante do que nunca. Parece até purificada. (Brilharemos um dia também com o maior brilho?) (Perderemos para sempre este peso de treva?) Cecília Meireles, Escolha o Seu Sonho, pág. 88, Distribuidora Record, Rio, 1966. 15. A conjunção mas assume no texto ideia de: a) Aditiva. b) Adversidade. c) Explicação. d) Conclusão. 16. O texto apresenta uma idéia: a) Uma reflexão sobre o ser humano. b) O tema é apenas o efeito do eclipse. c) O eclipse está no sentido denotativo. d) Mancha sanguínea apresenta sentido denotativo. Conhecimentos Específicos 17. Azienda é o campo de aplicação da Contabilidade, é um ente cuja existência se verifica a partir da reunião dos seguintes elementos essenciais: a) patrimônio, trabalho e organização. b) contabilidade, patrimônio e gestão. c) planejamento, organização e controle. d) patrimônio, trabalho e administração. 18. Na contabilização do ganho em equivalência patrimonial, debita-se a conta representativa deste investimento e creditase uma conta de receita. Na demonstração do resultado do exercício esta receita será classificada como: a) receitas não-operacionais. b) variações monetárias ativas. c) outras receitas operacionais. d) outras receitas financeiras. 19. Eventuais distinções de tratamento entre brasileiros natos e naturalizados, segundo a Constituição Federal: a) não podem ser criadas em qualquer hipótese. b) só podem ser criadas pela própria Constituição Federal. c) podem ser criadas por lei ordinária. d) podem ser criadas por Decreto Regulamentar do Presidente da República. 20. Conforme prescrito na Constituição Federal, o Presidente da República: a) exercem as funções de Chefe de Governo, e o Vice- Presidente, as de Chefe de Estado. b) pode ser substituído pelo Ministro da Justiça, no caso de impedimento. c) é eleito pelo sistema de maioria relativa ou simples. d) está sujeito à perda do cargo, caso se ausente do País por mais de quinze dias, sem autorização do Congresso Nacional. 21. A demonstração do fluxo de caixa e o orçamento financeiro são relatórios: a) complementares e necessários para o balanço patrimonial. b) opcionalmente publicados por força da legislação societária. c) gerenciais e complementam a demonstração de origens e aplicações de recursos. d) gerenciais, utilizados para as tomadas de decisões, e muito úteis no processo administrativo. 22. É correto afirmar que em relação à escrituração contábil, as contas: a) do Ativo são debitadas quando aumentam de valor. b) de resultado são sempre creditadas. c) do Passivo Exigível são estornadas quando aumentam de valor d) do Patrimônio Líquido são creditadas quando diminuem de valor. 23. A Resolução n. 774/1994 do Conselho Federal de Contabilidade, estabelece que os custos relacionados à venda, inclusive os relativos à publicidade da companhia, mesmo que institucional, devem ser classificados como despesa em atendimento ao Princípio Contábil: a) da Competência. b) da Prudência. c) da Oportunidade. d) do Registro pelo Valor Original. 24. Com base no art. 14 da Constituição Federal, dentre as condições de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima para exercer os cargos é de: a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Governador; b) Trinta e cinco anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) Vinte e um anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; d) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 25. Pela Lei de Orçamento Público, o princípio que estabelece que todas as receitas e despesas devam estar contidas em uma só lei orçamentária, é denominado princípio: a) do equilíbrio. b) da unidade. c) da precedência. d) da exclusividade. 26. Pode-se afirmar que a Administração Pública brasileira rege-se, dentre outros, pelos princípios da: a) atualidade e celeridade. b) celeridade e globalidade. c) eficiência e impessoalidade. d) atualidade e improbidade. 27. O conjunto de regras de conduta e práticas tiradas da disciplina interior da Administração, refere-se ao seguinte princípio da Administração Pública: a) impessoalidade. b) moralidade. 3

c) legalidade. d) razoabilidade. 28. Está previsto na Constituição Federal o voto secreto, exceto para: a) O exercício da soberania popular, pelo cidadão. b) A cassação do mandato de Deputado Federal que tenha procedido de forma incompatível com o decoro parlamentar. c) A aprovação, pelo Senado Federal, dos Ministros de Estado. d) A rejeição de veto do Presidente da República, a projeto de lei pelo Congresso Nacional. 29. As limitações constitucionais ao ato de tributar devem ser regulamentadas por meio de: a) lei complementar. b) lei ordinária. c) resolução do Senado Federal. d) decreto-legislativo. 30. O funcionário público que exige de um cidadão contribuição social, sabendo que esta é indevida, comete crime de: a) peculato. b) concussão. c) excesso de exação. d) corrupção ativa. 31. Conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal no art. 53, acompanharão o Relatório Resumido, demonstrativos relativos a: a) Apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2 o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício. b) Apuração da receita corrente bruta, na forma definida no inciso IV do art. 2 o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício. c) Receitas com juros, na forma do inciso II do art. 4 o. d) Despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50. 32. Caracteriza crimes omissivos impróprios os: a) de conduta mista. b) comissivos por omissão. c) comissivos propriamente ditos. d) puramente omissivos. 33. A repartição da Administração Direta a qual o Orçamento da União não consigna diretamente crédito, necessitando, portanto, de provisão de crédito para executar programas de trabalho a seu cargo é a: a) Unidade Administrativa. b) Unidade Gestora Executora. c) Unidade Gestora. d) Unidade Responsável. 34. O órgão central do Sistema Orçamentário Federal, que tem como principal atribuição institucional a coordenação da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Público Federal, é: a) A Presidência da República. b) O Ministério da Fazenda. c) O Ministério do Planejamento. d) A Secretaria de Orçamento Federal SOF. 35. Das alternativas abaixo, aproxima-se do planejamento operacional, em sua concepção: a) O Orçamento Anual. b) O Plano Plurianual. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) Os programas subordinados a cada sub-função da classificação funcional. 36. Onde classificamos, na Contabilidade Pública, respectivamente, as receitas provenientes da cobrança de tributos e da alienação de bens: a) Receitas patrimoniais e receitas de capital. b) Receitas de capital e receitas de serviços. c) Receitas correntes e receitas patrimoniais. d) Receitas correntes e receitas de capital. 37. Pela Lei nº. 4.320/64, o regime contábil adotado pelas entidades da Administração Pública no Brasil, no que consiste à escrituração do exercício financeiro, quanto às receitas e despesas, deve ser elaborado: a) Pelo regime de escrituração misto: de caixa para a arrecadação das receitas, de competência para a realização das despesas. b) Somente pelo regime contábil de escrituração de gestão anual. c) Somente pelo regime contábil de escrituração de caixa ou financeiro. d) Pelo regime contábil de escrituração misto: de competência para a arrecadação das receitas; e o de caixa para a realização das despesas. 38. A Lei de Responsabilidade Fiscal cuida de disciplinar a renúncia de receita. Acerca deste tema esclarece Regis Fernandes de Oliveira que a renúncia de receita não tem conteúdo estritamente tributário, de forma a ser exercido apenas pela pessoa jurídica de direito público competente. É norma pré-jurídica, que antecede o nascimento da obrigação tributária, logo, de gestão financeira e, pois, perfeitamente alinhada com os objetivos maiores da responsabilidade fiscal. Sobre renúncia de receita é correto afirmar, EXCETO: a) Compreende, dentre outros benefícios, a anistia, a isenção em caráter não geral, a remissão, o subsídio, redução discriminada de tributos por alteração de alíquota ou de base de cálculo. b) É tipificada no caso de redução de alíquotas por ato do Poder Executivo, nos impostos de importação, exportação, sobre produtos industrializados e sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. c) Deverá estar acompanhada de estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois exercícios seguintes d) Deve atender a uma dentre duas condições legais: demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetará metas de resultados fiscais ou estar acompanhada de medidas de compensação, por meio de aumento de receita tributária ou de contribuição. 39. Acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), assinale a opção incorreta. a) A recusa de venda de bens ou de prestação de serviços, dentro das condições de pagamento normais aos usos e costumes comerciais, caracteriza infração à ordem econômica. b) Para os fins da LRF, considera-se empresa controlada a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação, e empresa estatal dependente a empresa controlada que receba do controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. c) Compete à Secretaria de Direito Econômico remeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para julgamento, os processos que instaurar, quando entender configurada infração da ordem econômica. d) A certidão emitida pelo tribunal de contas, em favor do município, não é requisito para a liberação de recursos financeiros relativos a convênio celebrado entre a municipalidade e o Estado com o objetivo de auxiliar 4

financeiramente a manutenção e o desenvolvimento do ensino fundamental público. 40. As contas que compõem o Plano de Contas Único são segregadas em sistemas. Entre as classificações adotadas pela Contabilidade Pública, não se inclui: a) Sistema Extra Orçamentário. b) Sistema Orçamentário. c) Sistema Patrimonial. d) Sistema Financeiro. 5