Relatório de Execução do Programa de Desenvolvimento. Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM)

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Transcrição:

Relatório de Execução do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM) Artigo 82º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 Aprovado a 30 de Junho de 2008 (alterado em 11 de Novembro de 2008) 1/18

INTRODUÇÃO O Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira foi apresentado à Comissão Europeia em 10 de Julho de 2007. Na sequência de reuniões bilaterais com os Serviços da Comissão uma versão final do Programa foi enviada em 17 de Dezembro. Em coerência com as orientações estratégicas traçadas pelo Governo Regional, o Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira, centra-se no aumento da competitividade regional, actuando nas estruturas de produção, transformação e comercialização e, por outro lado, na protecção e melhoria do ambiente, da segurança alimentar e das condições de vida das populações rurais, desenvolvendo-se a Programação em torno de dois eixos principais de concentração de medidas: O eixo qualidade, que agrupa as medidas orientadas para a melhoria dos produtos e dos modos de produção obtidos na RAM, actuando no reforço da qualificação dos produtores, no apoio técnico, na modernização tecnológica, e nos mecanismos de certificação e, O eixo sustentabilidade, que visa uma efectiva melhoria das condições em que os produtores desenvolvem a sua actividade, com especial ênfase na melhoria das estruturas de produção, promovendo os valores naturais e paisagísticos, melhorando a atractividade das zonas rurais pela implementação de serviços básicos, a conservação do património e o desenvolvimento de actividades económicas complementares à agricultura. O peso relativo de cada um dos eixos na programação financeira é o seguinte: 2/18

A Regulamentação FEADER estabelece que a programação deverá ser estabelecida em torno de quatro eixos: Eixo 1 Aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal Eixo 2 Melhoria do ambiente e da paisagem rural Eixo 3 Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural Eixo 4 Leader A distribuição do Programa por eixo FEADER, é a seguinte: Eixo Despesa Pública Contribuição FEADER Taxa de contribuição do FEADER (%) Peso FEADER (Eixos) Eixo 1 117.414.136 99.802.016 85,0% 57,0% Eixo 2 61.677.362 52.425.758 85,0% 30,0% Eixo 3 1.500.000 1.275.000 85,0% 0,7% Eixo 4 21.661.324 18.412.125 85,0% 10,5% Assistência Técnica 3.629.531 3.085.101 85,0% 1,8% Total FEADER 205.882.352 175.000.000 85,0% - Nota: O eixo 4 Abordagem LEADER engloba as acções do eixo 3 A distribuição financeira do investimento total previsto por cada uma das medidas é a seguinte: 3/18

Medida Custo Total % 1.1 Formação e Acções de Informação 1.000.000 0,40% 1.2 Instalação de Jovens Agricultores 5.000.000 2,00% 1.3 Utilização de Serviços de Aconselhamento 1.650.000 0,66% 1.4 Criação de Serviços de Aconselhamento, de Gestão Agrícola e Silvícola 1.800.000 0,72% 1.5 Modernização das Explorações Agrícolas 34.500.000 13,82% 1.6 Melhoria do Valor Económico das Florestas 187.860 0,08% 1.7 Aumento do Valor dos Produtos Agrícolas e Florestais 18.000.000 7,21% 1.8 Criação e desenvolvimento de novos instrumentos financeiros 600.000 0,24% 1.9 Cooperação para a Elaboração de Novos Produtos, Processos e Tecnologias 525.000 0,21% 1.10 Desenvolvimento de Infra-Estruturas 78.200.000 31,32% 1.10.1 Acção Desenvolvimento e beneficiação dos sistemas colectivos de regadio; 50.000.000 20,03% 1.10.2 Acção Melhoria das acessibilidades às explorações agrícolas; 22.500.000 9,01% 1.10.3 Acção Electrificação; 700.000 0,28% 1.10.4 Acção 4 - Requalificação Ambiental 5.000.000 2,00% 1.11 Restabelecimento do Potencial de Produção e Introdução de Medidas de Prevenção 75.000 0,03% 1.12 Cumprimento de Normas Baseadas em Legislação Comunitária 37.500 0,02% 1.13 Participação dos Agricultores em Regimes de Qualidade dos Alimentos 750.000 0,30% 1.14 Actividades de Promoção e Informação 1.000.000 0,40% - Reforma Antecipada 22.562 0,01% 2.1 Apoio Específico aos Agricultores em Regiões Desfavorecidas 20.148.019 8,07% 2.2 Medidas AgroAmbientais 12.761.016 5,11% 2.3 Investimentos Agrícolas Não Produtivos 3.500.000 1,40% 2.4 Florestação de Terras Agrícolas 11.011.702 4,41% 2.5 Florestação de Terras Não Agrícolas 5.817.500 2,33% 2.6 Pagamentos Natura 2000 na Floresta 50.000 0,02% 2.7 Restabelecimento do Potencial Silvícola 7.200.000 2,88% 2.8 Promoção do Valor Ambiental das Florestas - Investimentos não Produtivos 2.200.000 0,88% 3.1 Diversificação da Economia em Espaço Rural 21.000.000 8,41% 3.2 Serviços Básicos para a População Rural 3.000.000 1,20% 3.3 Conservação e Valorização do Património Rural 12.000.000 4,81% 3.4 Elaboração de Planos de Protecção e de Gestão 1.500.000 0,60% 3.5 Formação e Informação 500.000 0,20% 4 Abordagem LEADER 2.011.324 0,81% Assistência Técnica 3.629.531 1,45% TOTAL PROGRAMA 249.677.013 100,00% Emitido parecer favorável pelo Comité do Desenvolvimento Rural de 19 de Dezembro de 2007, o Programa foi aprovado em 15 de Fevereiro de 2008 pela Decisão C(2008) 721, a não publicar. 4/18

O Programa de Desenvolvimento Rural (PRODERAM) foi aprovado com um montante global de despesas públicas de 205.882.353 euros, a que corresponde uma contribuição máxima FEADER de 175.000.000 euros, e prevê um investimento global de cerca de 250 milhões de euros. O presente relatório foi elaborado nos termos do artigo 61º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006da Comissão de 15 de Dezembro. O presente relatório refere-se apenas às acções desenvolvidas no ano de 2007, as quais foram limitadas à execução de compromissos assumidos nos quadros de programação anterior. 5/18

1. Alterações das condições gerais (Artigo 82º, n.º 2 alínea a), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) O PRODERAM só foi aprovado em 2008. Assim, quaisquer alterações das condições gerais, ou das políticas regionais, nacionais ou comunitárias com impacto directo nas condições de execução do programa ou que pudessem afectar a coerência entre o FEADER e outros instrumentos financeiros foram tidos em consideração e devidamente avaliadas no decorrer do exercício de programação. Salienta-se a aprovação do Programa de Apoio no âmbito do Regulamento (CE) n.º 247/2006 do Conselho, de 30 de Janeiro, que estabelece medidas específicas no domínio agrícola a favor das regiões ultraperiféricas da União Europeia, foi promovida uma profunda reforma no regime de apoio financiado pelo FEOGA às Regiões Ultraperiféricas, no âmbito do POSEIMA, por Decisão da Comissão de 4 de Abril de 2007. Na sequência da reforma da COM banana, o Programa foi objecto de uma alteração para incorporar uma ajuda aos produtores de banana. O programa aprovado é subdividido em 2 sub-programas : - Regime Específico de Abastecimento, no valor de 11,4 milhões de euros - Medidas a favor das produções agrícolas locais, no valor de 18,032 milhões de euros. Regime específico de aprovisionamento, tem por objectivo o abastecimento da Região Autónoma da Madeira em produtos considerados essenciais para o consumo humano e transformação industrial em condições semelhantes às que se verificam no continente europeu, tendo-se mantido a filosofia do regime de aprovisionamento que vigorou no anterior regime POSEIMA. 6/18

No que se refere às Medidas a favor das produções agrícolas locais procedeu-se a uma profunda reformulação relativamente ao sistema anterior, sendo este subprograma a favor das produções agrícolas locais, constituído por três Medidas: Medida de apoio Base aos Agricultores Madeirenses, - ajuda de carácter transversal de apoio todos os agricultores que detenham uma exploração com uma área mínima de 0,05 ha dedicada à pratica de culturas agrícolas; Medida de apoio à produção para o mercado de produtos da RAM, que visa incentivar a produção e a comercialização de produtos característicos na Região e que se subdivide em sete acções: Fileira de Cana de açúcar; Fileira do Leite; Fileira da Carne; Fileira do Vinho; Fileira das Fruta, Hortícolas e Flores; Fileira dos Produtos Biológicos; Fileira da Banana. Medida de apoio à expedição para o mercado de produtos da Região, que visa incentivar a produção e comercialização de produtos no mercado externo. 7/18

2. Progressos do programa em relação aos objectivos fixados, com base em indicadores de realização e de resultados (Artigo 82º, n.º 2 alínea b), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) Apesar de não ter havido pagamentos a novas medidas do PRODERAM, procedeu-se á recepção de candidaturas à medida 2.1 Apoio específico aos agricultores em regiões desfavorecidas que engloba as medidas com os códigos CE nºs 211 e 212. Foram igualmente recepcionados pedidos de pagamento relativamente a compromissos agro-ambientais assumidos no anterior período de programação. No âmbito da Medida 2.1 foram recepcionadas 6.296 candidaturas a que correspondeu uma área de 4.201 ha. No que se refere à Medida código CE 211 Pagamentos aos agricultores para compensação de desvantagens naturais em zonas de montanha, foram recepcionadas 6.250 candidaturas, para uma área de 3.950,85 ha. O número de candidaturas foi ligeiramente superior à meta definida na programação (6.200 beneficiários) e verifica-se que a área abrangida é inferior em cerca de 50 ha à meta definida. Relativamente à Medida código CE 212 Pagamentos aos agricultores para compensação de desvantagens noutras zonas que não as de montanha, foram recepcionadas 46 candidaturas para uma área de 250,75 ha. O número de candidaturas foi ligeiramente inferior à meta definida no PRODERAM quanto numero de beneficiários (50 beneficiários) e superior quanto à área abrangida (25 ha). Relativamente à Medidas Agro-Ambientais só foram recepcionadas confirmações relativamente a compromissos assumidos no decurso do anterior período de programação. 8/18

Foi recepcionado um total de 3.611 confirmações que abrangem uma área total de 1.910,63 ha. Não foram recepcionados pedidos de apoio relativos a novos compromissos no âmbito das medidas Agro-ambientais (Medida código CE 214) Considerando que não foram aprovados nem efectuados pagamentos relativos aos pedidos apresentados no ano de 2007, no âmbito do PRODERAM, os resultados inseridos nos quadros comuns de acompanhamento e avaliação dos programas de desenvolvimento rural 2007-2013, que se anexam, dizem respeito às compromissos transitados e cujo pagamento ocorreu em 2007. 9/18

3. Execução Financeira do Programa Foram apenas pagos durante o ano de 2007 despesas relativas a compromissos transitados do FEOGA secção Garantia, nomeadamente os referentes ao programa PDRu-Madeira. A despesa pública do PRODERAM atingiu em 2007 o valor de 1.133.206,17, a que corresponde uma comparticipação FEADER de 963.225,25. Quadro resumo da Execução do Programa em 2007 Eixo / Medidas PAGAMENTOS ANUAIS 2007 Despesa Pública FEADER Eixo 1 Medida 113 Reforma antecipada 7337,14 6236,57 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 7337,14 6236,57 Total Eixo 1 7337,14 6236,57 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 7337,14 6236,57 Eixo 2 Medida 212 - Pagamentos aos agricultores para compensação para compensação de desvantagens noutras zonas que não as de montanha 8117,95 6900,26 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 8117,95 6900,26 Medida 214 - Pagamentos Agro- Ambientais 1117597,12 949957,55 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 1117597,12 949957,55 Medida 221- Primeira Arborização de terras Agrícolas 153,96 130,87 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 153,96 130,87 Total Eixo 2 1125869,03 956988,68 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 1125869,03 956988,68 Total Programa 1133206,17 963225,25 dos quais despesas transitórias em conformidade com o Reg.(CE) n.º 1320/2006 1133206,17 963225,25 10/18

4. Resumo das actividades de avaliação contínua nos termos do n.º 3 do artigo 86º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 (Artigo 82º, n.º 2 alínea d), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) Considerando que o Programa só foi aprovado em 2008 não foi realizada nenhuma actividade de avaliação contínua. 11/18

5. Medidas adoptadas pela Autoridade de Gestão e pelo Comité de Acompanhamento para assegurar a qualidade e eficácia da execução do Programa (Artigo 82º, n.º 2 alínea e), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) 5.1 Medidas de gestão, acompanhamento e avaliação A nível nacional, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 147/2006, que aprova as orientações constantes do Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural, prevê, no seu nº 8, o modelo de governação da programação para o desenvolvimento rural,: a) Órgão de coordenação estratégica interministerial; b) Órgão de coordenação nacional do FEADER; c) Órgãos de gestão; d) Órgãos de acompanhamento; e) Organismo pagador; f) Organismo de certificação. O órgão de coordenação estratégica interministerial é constituído pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, que preside, e pelos Ministros de Estado e da Administração Interna, do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, da Economia e da Inovação e do Trabalho e da Solidariedade Social. Sempre que nas reuniões do órgão referido no número anterior esteja em causa matéria de interesse relevante, que, pela sua natureza, possa ter implicações nas Regiões Autónomas, devem participar nas reuniões representantes dos governos regionais. O órgão de coordenação nacional do FEADER é constituído por representantes do MADRP, dos departamentos competentes dos governos das Regiões Autónomas e dos órgãos de gestão, organismo pagador, organismos de controlo e organismo de certificação. 12/18

Os órgãos de gestão asseguram as funções de autoridades de gestão dos PDR, previstas no artigo 75º do Regulamento (CE) nº 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro, sendo a sua estrutura e composição definidas em diploma próprio. Os órgãos de acompanhamento são compostos de acordo com o previsto no artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro, e são responsáveis pelo exercício das competências previstas no título VII do referido regulamento, nomeadamente nos artigos 77º e 78º. O organismo pagador e o organismo de certificação correspondem ao organismo pagador acreditado e ao organismo de certificação previstos nas alíneas b) e c) do nº 2 do artigo 74º do Regulamento (CE) nº 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro, e asseguram as funções previstas, nomeadamente, nos artigos 6º e 7º do Regulamento (CE) nº 1290/2005, do Conselho, de 21 de Junho, relativo ao financiamento da política agrícola comum. A nível regional, a resolução do Conselho de Governo n.º 334/2006, de 30 de Março de 2006, determinou: Incumbir à Secretaria Regional do Plano e Finanças as responsabilidades inerentes ao exercício das atribuições e competências relativas à tutela da gestão global dos fundos estruturais comunitários na Região Autónoma da Madeira no período 2007/2013, bem como à respectiva coordenação estratégica e operacional com os financiamentos do FEADER e FEP. Ao Instituto de Gestão de Fundos Comunitários (IFC), além das competências respeitantes à gestão, certificação, controlo, pagamento, acompanhamento, e avaliação no âmbito dos fundos estruturais comunitários, atribuídas, é-lhe ainda incumbido: A coordenação da elaboração e da negociação dos Programas Operacionais da Região Autónoma da Madeira para o período 2007/2013; 13/18

A gestão técnica, administrativa e financeira, a certificação regional das despesas, o controlo, o acompanhamento, e a avaliação dos Programas Operacionais da Região Autónoma da Madeira no período 2007/2013, nos termos dos normativos comunitários aplicáveis; A coordenação estratégica e operacional das intervenções cofinanciadas pelos fundos estruturais comunitários na Região Autónoma da Madeira no período 2007/2013 entre si e com as apoiadas pelo FEADER e pelo FEP; A coordenação, nos termos dos normativos comunitários e nacionais aplicáveis, das intervenções dos Programas Operacionais de âmbito nacional na Região Autónoma da Madeira, sem prejuízo das competências atribuídas às correspondentes autoridades nacionais. Prevê ainda a Resolução do Conselho de Governo que as competências atribuídas ao IFC serão exercidas numa perspectiva de descentralização funcional, mediante a associação de entidades públicas e privadas ao respectivo exercício, formalizada através de instrumentos adequados que designadamente especifiquem os níveis máximos de financiamento, os objectivos e finalidades prosseguidas, os instrumentos de intervenção e um número reduzido de metas quantificadas que serão concretizadas, garantido, a todo o tempo, a coerência com a estratégia e as prioridades definidas. Por designação do Governo da Região Autónoma da Madeira, a Autoridade de Gestão (AG) do Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira é a Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais SRA A SRA será responsável pela gestão e execução do Programa de uma forma eficiente, eficaz e correcta, com as seguintes funções conforme o artigo 75º do Regulamento (CE) n.º 1685/2005. 14/18

Por Decreto Legislativo Regional serão definidas as condições de aplicação do Programa de Desenvolvimento rural para a Região Autónoma da Madeira, sendo que a Autoridade de Gestão do Programa será composta por um gestor, coadjuvado por um gestor adjunto, e um secretariado técnico, sendo que a Autoridade de Gestão será uma estrutura de Missão a criar por Resolução de Conselho de Governo. O organismo pagador é o Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP), e o organismo de certificação é a Inspecção-geral de Finanças (IGF). O Comité de Acompanhamento e a Autoridade de Gestão só foram constituídos em 2008. Utilização da Assistência Técnica No ano de 2007, não foram apresentadas despesas no âmbito da assistência técnica Medidas tomadas para garantir que o programa é objecto de publicidade em conformidade com o artigo 76º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, do Conselho de 20 de Setembro Atendendo a que o Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira só foi objecto de consulta ao Comité de Desenvolvimento Rural em Dezembro de 2007, a divulgação do programa iniciou-se durante no decorrer da sua preparação. Todavia, o facto do programa não estar aprovado, nem definida a sua estrutura de gestão e acompanhamento, condicionou a divulgação. Das acções desenvolvidas é de salientar o a informação e o destaque que foi dado na página da internet da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, bem como a promoção da discussão pública com todos os parceiros, dando-lhes conhecimento das medidas propostas e das 15/18

diversas alteração que as mesmas foram sofrendo durante o período negocial. 16/18

6. Declaração de conformidade com as políticas comunitárias (Artigo 82º, n.º 2 alínea f), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) O PRODERAM só foi aprovado em 2008. Todavia, para as medidas com execução em 2007 (compromissos transitados do FEOGA secção Garantia, nomeadamente os referentes ao programa PDRu-Madeira) foi respeitada a legislação comunitária, nomeadamente no que se refere às regras relativas à concorrência, contratos públicos, protecção e melhoria do ambiente, promoção da igualdade entre géneros e não discriminação. Em 2007, através da Portaria n.º 142/2007 de 28 de Dezembro foi aprovada a lista de indicadores relativas aos requisitos legais de gestão para os anos de 2006 e 2007, aplicáveis para efeitos de candidaturas ao regime de pagamentos directos e pagamentos superfície e animais no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (2007-2013) na Região Autónoma da Madeira. 17/18

7. Reutilização dos montantes recuperados nos termos do artigo 33º do Regulamento (CE) n.º 1290/2005 (Artigo 82º, n.º 2 alínea g), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005) Não aplicável 18/18