18a20. XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI e

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Transcrição:

ISSN 0104-1843 REVISTA BRASILEIRA DE Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista ANO 16 - Nº 2 - SUPLEMENTO 1 - ABR/MAI/JUN 2008 XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI e XIII Jornada Brasileira de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista 18a20 junho de 2008 Recife (PE) SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA www.sbhci.org.br

2ª Capa

REVISTA BRASILEIRA DE PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Assessoria Editorial Rosangela Monteiro Adriano Caixeta Instituto do Coração - Fundação Zerbini Brasília, DF Alexandre Abizaid Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo, SP Amanda G. M. R. Sousa Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo, SP Carlos A. C. Pedra Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; Hospital do Coração - Associação do Sanatório Sírio São Paulo, SP Costantino R. F. Costantini Hospital Cardiológico Costantini Curitiba, PR Edgar Guimarães Victor Universidade Federal de Pernambuco; Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco Recife, PE Eulógio E. Martinez Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP São Paulo, SP Expedito E. Ribeiro Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP São Paulo, SP Daniel Berrocal Hospital Italiano de Buenos Aires Buenos Aires, Argentina Daniel I. Simon Harvard Medical School; Brigham and Women s Hospital Boston, USA David Kandzari Duke Clinical Research Institute, Durham, North Carolina, USA Eberhard Grube Heart Center Siegburg, Siegburg, Germany Editora Áurea Jacob Chaves Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Co-Editores Carlos Augusto Cardoso Pedra Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Eduardo Missel Instituto de Cardiologia Ecoville, Curitiba, PR Gráfica e Editora Ipsis Gráfica e Editora S.A Tradução Norah Ethel Coleman Conselho Editorial Nacional Fábio S. Brito Jr. Hospital Israelita Albert Einstein São Paulo, SP Fábio Vilas-Boas Hospital Espanhol Salvador, BA Francisco R. M. Laurindo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP São Paulo, SP Gilson Soares Feitosa Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia da Bahia Salvador, BA Hans J. F. Dohmann Hospital Pró-Cardíaco Rio de Janeiro, RJ Helio Roque Figueira Clínica São Vicente; Hospital CardioTrauma Ipanema Rio de Janeiro, RJ J. Antonio Marin-Neto Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto, SP J. Eduardo Sousa Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; Hospital do Coração - Associação do Sanatório Sírio São Paulo, SP Conselho Editorial Internacional Emerson C. Perin Texas Heart Institute at St. Luke s Episcopal Hospital, Houston, Texas, USA Manel Sabate San Carlos University Hospital, Madrid, Spain Marco A. Costa University of Florida, Shands Jacksonville, FL, USA Michael Lincoff The Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, OH, USA Cristiano de Oliveira Cardoso Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, RS José de Ribamar Costa Junior Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Revisão CEV - Casa Editorial Ventura Secretaria de Publicações Juliana Oliveira José Armando Mangione Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo São Paulo, SP José Klauber R. Carneiro Hospital do Coração de Sobral Sobral, CE Luiz Alberto P. Mattos Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo, SP Paulo Caramori Hospital São Lucas, PUCRS; Hospital Mãe de Deus Porto Alegre, RS Pedro A. Lemos Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP São Paulo, SP Rogério Sarmento-Leite Instituto de Cardiologia do Rio Gde. do Sul Porto Alegre, RS Valter C. Lima Hospital São Paulo - Universidade Federal de São Paulo São Paulo, SP Wilson A. Pimentel Filho Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo São Paulo, SP Myeog K. Hong Asan Medical Center, University of Ulsan College of Medicine Seoul, Korea Pim de Feyter Thoraxcenter, Erasmus Medical Center, Rotterdam, the Netherlands Ricardo Seabra-Gomes Hospital de Santa Cruz Lisboa, Portugal Ron Waksman Washington Hospital Center, Washington, DC, USA

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA Comissão Científica Amanda Guerra Moraes Rego Sousa (SP) Cláudia Maria Rodrigues Alves (SP) Expedito Eustáquio Ribeiro Silva (SP) Fábio Sândoli de Brito Junior (SP) Gilberto Lahorge Nunes (RS) Júlio César Machado Andréa (RJ) Marco Vugman Wainstein (RS) Maurício Rezende Barbosa (MG) Pedro Alves Lemos Neto (SP) Wilson Albino Pimentel Filho (SP) Presidente Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Diretor Administrativo Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes (PB) Diretor Financeiro Hélio Roque Figueira (RJ) Diretor Científico Pedro Alves Lemos Neto (SP) Diretor de Comunicação Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS) Diretor de Qualidade Profissional Luiz Antônio Gubolino (SP) Diretor de Educação Médica Continuada José Antônio Marin-Neto (SP) Diretor de Intervenções Extracardíacas Marcos Antônio Marino (MG) Diretor de Intervenção em Cardiopatia Congênita César Augusto Esteves (SP) Conselho Deliberativo Alexandre do Canto Zago (RS) Antonio José Muniz (MG) Bruno Moulin Machado (ES) Eduardo Lúcio Nicolella Júnior (SP) Flávio Roberto Azevedo de Oliveira (PE) Luiz Antônio Ferreira Carvalho (RJ) Marcelo de Freitas Santos (PR) Ricardo César Cavalcanti (AL) Roberto José de Alvarenga Freire (GO) Salvador André Bavaresco Cristóvão (SP) Conselho Fiscal Itamar Ribeiro de Oliveira (RN) João Paulo Zouvi (RS) Viviana de Mello Guzzo Lemke (PR)

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1) Mensagem do Presidente da SBHCI Colegas e Amigos da SBHCI, minha saudação! Chegamos novamente ao nosso Congresso anual, reunião deste departamento que floresceu e uma Sociedade se tornou, a trigésima edição, idade da maturidade, seja profissional seja científica. A realização de um evento deste porte é a comunhão de esforços, agregados sob uma gerência determinada, sistemática, inovadora e, acima de tudo, apaixonada por tudo que efetiva, paixão esta denominada SBHCI. A complexidade cada vez mais crescente para que esta jornada se consume com êxito se inicia com organização, transparência e uma agenda temporalmente respeitada, reparando os erros anteriores, antecipando as dificuldades, projetando o evento em uma grande angular de perspectivas. O envolvimento é múltiplo, com interesses e focos de diversas matizes, mas que ao final se reúnem para um facho de luz único, a oferta de mais uma oportunidade de educação continuada, atualização científica, encontro social e praça para interação direta dos fornecedores de materiais e dispositivos que utilizamos todos os dias, para assim aplacarmos a dor e afastarmos o risco de morte dos nossos pacientes. É o momento de agradecer à Comissão Científica Central da SBHCI, responsável pela confecção do conteúdo programático em união com a Diretoria da SBHCI, ao Presidente local do evento e seus comissionados, aos colegas que gerenciaram o concurso de temas livres, àqueles que contribuíram para as filmagens dos casos clínicos, à nossa equipe de colaboradoras, às assessorias de informática, de viagem e de organização, à montadora e a todos aqueles envolvidos diretamente na construção da nossa casa por quase três dias. Agradeço com ênfase aos parceiros desta Sociedade, parceiros estes que muito além das perspectivas ofertadas pela concessão de cotas de patrocínio, que lhes impulsiona no mercado e os eleva economicamente, seguem leais a um grupamento, comprometidos com o bem estar dos pacientes, atingidos por meio das mentes e das mãos dos médicos aqui reunidos, sobre a égide desta Sociedade. Citar os nomes daqueles que de fato se aplicaram, muito além de apenas postar o seu nome em grifo, promoveria uma lista monótona à leitura, mas a consciência do dever cumprido para com os seus pares está em suas almas e na sua retina ao capturar nestas linhas o meu mais sincero muito obrigado. Desejo que usufruam destes quase 3 dias de programação plena disposta em 4 salas simultâneas de exposições, da ampla feira de exposição, que participem da Assembléia Societária, que se reencontrem, relembrem o passado e projetem um futuro melhor para todos nós. Em Recife, cidade Luz, que me abençoa todos os dias e noites em que o reencontro, que me apazigua e fortalece, que soberana na sua majestade, reforça a humildade e respeito pelo amor à vida e a quem amamos, eu vi o mundo, e ele começava em Recife.. Um Ótimo Congresso! Luiz Alberto Mattos Presidente SBHCI 3

Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI Mensagem da Comissão de Temas Livres Caros colegas, O XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) enseja o envolvimento de toda a nossa Sociedade para o contínuo desenvolvimento científico. Com o programa de valorização e incentivo à produção científica da SBHCI, recebemos, neste ano, um número recorde de submissões de temas livres, desde a implantação do sistema eletrônico de submissão e julgamento. O crescimento das submissões foi de mais de dez pontos porcentuais em relação ao ano anterior, totalizando 241 temas livres. Destes, foram validados 221 trabalhos científicos, sendo 197 relacionados à área médica. Todos os trabalhos foram analisados por três julgadores distintos de forma cega, entre os 64 membros titulares da SBHCI que aceitaram participar do julgamento no sistema eletrônico. O padrão das avaliações foi muito homogêneo (mais de 95%) e os poucos casos de discrepâncias nas notas (diferencial maior ou igual a cinco) foram encaminhados para novo julgamento. Devido à disponibilidade dos espaços para a apresentação no Evento, foram aprovados 36% dos trabalhos submetidos, ou seja, 71 Temas livres, aqueles que obtiveram, no julgamento eletrônico, média aritmética final igual ou superior a 6,67. Com a grande expectativa da premiação dos Temas livres neste ano, esperamos um interesse ainda maior nesta atividade durante o Congresso. Com exceção dos oito trabalhos já premiados na fase inicial com o prêmio Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico, todos os temas livres (setenta trabalhos) a serem apresentados (categoria oral e pôster) irão concorrer aos demais prêmios oferecidos pela SBHCI, confira as regras no site http://www.congressosbhci.com.br/2008 A SBHCI agradece a todos os participantes deste processo, que acreditam na importância do desenvolvimento científico da Cardiologia Intervencionista Brasileira. Um grande abraço Fernando Stucchi Devito Comissão Julgadora dos Temas Livres XXX Congresso da SBHCI 2008 4

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1) COMISSÃO DE JULGAMENTO DOS TEMAS LIVRES DO XXX CONGRESSO DA SBHCI Fernando Stucchi Devito (SP) Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS) Wilson Albino Pimentel Filho (SP) LISTA DOS JULGADORES Adrian Paulo Morales Kormann (SC) Adriano Oliveira Dourado (BA) Alcides José Zago (RS) Alexandre Antônio Cunha Abizaid (SP) Alexandre do Canto Zago (RS) Alexandre Schaan Quadros (RS) Amanda Guerra Moraes Rego Sousa (SP) André Labrunie (PR) Ari Mandil (MG) Áurea Jacob Chaves (SP) Bruno Moulin Machado (ES) Carlos Augusto Cardoso Pedra (SP) César Rocha Medeiros (RJ) Claudia Maria Rodrigues Alves (SP) Costantino R. Costantini (PR) Décio Salvadori Júnior (SP) Edgar Guimarães Vitor (PE) Eduardo Missel Silva (PR) Expedito Eustáquio Ribeiro da Silva (SP) Fábio Sândoli Brito Júnior (SP) Fausto Feres (SP) Flavio Roberto Azevedo (PE) Gilberto Lahorgue Nunes (RS) Gilson Soares Feitosa (BA) Hélio José Castello Júnior (SP) Hélio Roque Figueira (RJ) Itamar Ribeiro Oliveira (RN) Jamil Abdalla Saad (MG) João Paulo Zouvi (RS) Jorge Pinto Ribeiro (RS) José Antonio Marin-Neto (SP) Jose Ayrton Arruda (ES) José Eduardo Moraes Rego Sousa (SP) José Maria Pereira Gomes (PE) Júlio César Machado Andréa (RJ) Leonardo Cogo Beck (DF) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Luiz Antonio Gubolino (SP) Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes (PB) Marcelo de Freitas Santos (PR) Marco Antonio Perin (SP) Marco Flávio Moellmann Ribeiro (SC) Marco Vugman Wainstein (RS) Marcos Antônio Marino (MG) Marden André Tebet (SP) Maria do Rosário de Britto Leite (PE) Maurício de Rezende Barbosa (MG) Miguel Antonio Neves Ratti (RJ) Newton Fernando Stadler de Souza Filho (PR) Paulo Ricardo Avancini Caramori (RS) Pedro Alves Lemos Neto (SP) Pedro Beraldo de Andrade (SP) Raul D Aurea Mora Jr (PR) Raul Ivo Rossi Filho (RS) Ricardo Pontes de Miranda (PE) Roberto Vieira Botelho (MG) Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS) Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR) Samuel da Silva (PR) Sérgio Luiz Navarro Braga (SP) Valmir Fernandes Fontes (SP) Valter Correia de Lima (SP) Vinícius Daher Vaz (GO) Wilson Albino Pimentel Filho (SP) 5

Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI 6

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1) Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico - XXX Congresso SBHCI 2008 DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDAS APRESENTAÇÃO ORAL 001 INCIDÊNCIA E PREDITORES DE TROMBOSE DE STENT APÓS IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS EM PACIENTES NÃO-SELECIONADOS COM LESÕES CORONÁRIAS COMPLEXAS TRATADOS NO MUNDO REAL - RESULTADOS DO REGISTRO DESIRE (DRUG-ELUTING STENT IN THE REAL WORLD) RICARDO ALVES DA COSTA; AMANDA G. M. R. SOUSA; ADRIANA MOREIRA; J. RIBAMAR COSTA JR.; GALO MALDONADO; MANUEL CANO; FAUSTO FERES; LUIZ A. MATTOS; OTÁVIO BERWANGER; J. EDUARDO SOUSA; HOSPITAL DO CORAÇÃO - ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO - SP Fundamentos: No Registro DESIRE, pacientes com indicação de intervenção coronária percutânea de rotina ou urgência foram incluídos de forma prospectiva e consecutiva em um único centro para tratamento com stent farmacológico (SF). Métodos: Um total de 2.329 pacientes com 3.575 lesões foram tratados com SF entre 2002 e 2007. Seguimento clínico foi realizado aos 1, 6 e 12 meses e anualmente até 5 anos. Trombose de stent foi definida de acordo com o Academic Research Consortium. Resultados: Média das idades era 63.8 anos, 29% eram diabéticos, 51% tinha revascularização prévia, 41% apresentaram quadro clínico de síndrome coronária aguda (incluindo 15% infarto agudo do miocárdio com supra de ST), 66% das lesões tinham alta complexidade (tipo B2/C pelos critérios do ACC/AHA), incluindo 29% com calcificação moderada/grave. A taxa cumulativa de trombose de stent no seguimento clínico tardio (2,6 ± 1,2 anos) foi de 1,6% [0,5% sub-aguda (<30 dias); 0,8% tardia (1-12 meses); 0,3% muito tardia (>12 meses). Na análise multivariada, os seguintes preditores independentes de trombose de stent foram identificados: tabagismo atual [RR 2,56; 95%IC 1,16-5,56; p=0,018], intervenção no IAM [RR 2,55; 95%IC 1,28-5,08; p=0,008], presença de calcificação moderada/ grave na lesão [RR 2,50; 95%IC 1,16-5,39; p=0,020], e estenose residual no seguimento tratado [RR 1,23; 95%IC 0,99-1,53; p=0,063]. Conclusão: No Registro DESIRE, pacientes não-selecionados com lesões complexas tratados com SF apresentaram taxa de trombose de stent de 1,6% no seguimento clínico de até 5 anos. A maioria dos eventos ocorreu entre 1 e 12 meses (trombose tardia), e foi associado a tabagismo atual, intervenção no IAM, presença de calcificação moderada/grave na lesão, e estenose residual no seguimento tratado. 002 MELHORA DOS ÍNDICES DE REPERFUSÃO MIOCÁRDICA COM UTILIZAÇÃO DE CATETERES DE TROMBECTOMIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; FERNANDO JOSÉ TAVARES; FERNANDO BARRETO; CARLOS BARRETO; MARCUS COSTA; HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO - BRASIL Fundamento: Apesar da grande efetividade da angioplastia primária no IAM com elevação do segmento ST, a embolização distal de material aterotrombótico relaciona-se com redução da perfusão miocárdica e pior evolução. Objetivo: Demonstrar a importância da utilização dos cateteres de trombectomia em pacientes com infarto agudo miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCEST) e a efetividade desses dispositivos na melhora da perfusão miocárdica. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo randomizado 1:1, realizado em um único centro, no qual foram incluídos 152 pacientes com quadro de IAMCEST e Delta T de até 6. Foram divididos em 2 grupos, sendo o Grupo I 76 pcts (GI) tratado de forma convencional através de angioplastia com Stent e o Grupo II 76 pcts (GII) submetido a trombectomia com cateter aspirador de trombo, antes do implante do Stent. Os parâmetros de avaliação da melhora da perfusão miocárdica foram a queda do segmento ST > 70% e a medida do Blush miocárdico ( 2), avaliados como desfecho primário. O desfecho secundário foi a ocorrência de eventos cardíacos maiores (ECM) 9 meses após o procedimento (morte, novo IAM e trombose de Stent). Todos os pacientes fizeram uso de inibidor IIb/IIIa durante o procedimento. Resultados: Em 81.6% dos casos do GII, conseguimos aspiração efetiva de trombos, baseado em análise macroscópica do material aspirado. Houve melhora significativamente estatística nos índices de reperfusão avaliados: queda do ST >70% (43,4% x 88,2% / P<0.001) e Blush miocárdico 2 (61.8% x 89.5% / P= 0.012). Não observamos diferença na ocorrência de ECM no período intrahospitalar ou no acompanhamento tardio (9 meses). Conclusão: A utilização da trombectomia como adjuvante nos procedimentos de angioplastia primária mostrou-se efetiva na melhora da perfusão miocárdica no grupo de pacientes estudados. 003 RISCO DE REESTENOSE EM PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTES DE STENTS CORONARIANOS ALEXANDRE QUADROS; CARLOS A M GOTTSCHALL; DAYANE DIEHL; ANA PAULA R RODRIGUES; MATEUS D VIZZOTTO; FERNANDA O CAMOZZATTO; JOÃO M P MARTINS; LA HORE CORREA RODRIGUES JÚNIOR; GIANA SASSI; THAIS B MODKOVSKI INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS / FUC PORTO ALEGRE - RS Introdução: O perfil de risco de reestenose de populações tratadas com implante de stents coronarianos em nosso meio não é conhecido. Esta informação tem importância na decisão de incorporar uma estratégia seletiva de implante de stents farmacológicos pelo sistema público de saúde. Objetivos: Avaliar o risco de reestenose antes do procedimento de uma população de pacientes (pts) tratados com stents coronarianos. Métodos: Estudo observacional de corte transversal, com 4482 pts tratados com 5336 stents de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. As características clínicas e angiográficas foram avaliadas. O risco de reestenose foi avaliado conforme a presença de diabete, pela extensão da lesão e o diâmetro do vaso. Foi aplicado um escore de reestenose previamente validado, com pontuação de 0 a 5 conforme a presença de diabetes mellitus (1 ponto), o diâmetro de referência do vaso tratado (3,5 mm=0) e a extensão da lesão (>20 mm=2 pontos, 10-20 mm=1, e Resultados: A média de idade foi de 60,64 ± 10,65 anos e 32% eram do sexo feminino. A média do diâmetro de referência do vaso tratado foi de 3,10 ± 0,51 mm, a média de extensão da lesão foi de 13,2 ± 5,9 mm, e 20% dos pts apresentava diabete. A distribuição dos pts conforme os pontos no escore de reestenose foi a seguinte: escore 0 = 4% dos pts; escore 1 = 22%; 2 =-34%; 3 = 29%; 4 = 9%; e escore 5 = 1% dos pts. Quanto à extensão da lesão, 8% apresentava lesões > 20 mm, e em relação ao diâmetro de referência, 28% apresentava vasos < 3 mm. Conclusão: Nesta população representativa da prática clínica diária de um centro de referência para cardiologia intervencionista, a maioria dos pts apresentava risco de reestenose baixo ou intermediário pelos critérios validados neste escore. A adoção de stents farmacológicos somente naqueles com alto risco de reestenose representaria seu uso em no máximo 20% dos procedimentos realizados atualmente 004 RESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS DAS BIFURCAÇÕES TRATADAS COM STENTS FARMACOLÓGICOS. COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE 1 STENT VERSUS 2 STENTS BRENO OLIVEIRA ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; FÁBIO SÂNDOLI DE BRITO JR.; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; MARCO A. PERIN; HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN SÃO PAULO - SP Fundamentos: Os stents farmacológicos reduziram a necessidade de nova revascularização nas lesões bifurcadas. Entretanto, o seguimento tardio e a estratégia mais adequada (1stent vs. 2stents) não estão bem estabelecidos. Métodos: De 06/2002 a 12/2006, 156 pacientes consecutivos com lesões coronarianas envolvendo bifurcações foram tratados com implante de stents farmacológicos. Comparou-se a taxa de eventos adversos combinados (óbito, infarto e revascularização do vaso alvo (RVA) ) e a incidência de trombose do stent conforme a estratégia adotada (1 stent: ramo principal vs. 2 stents: ramo principal e ramo lateral). Resultados: A média das idades foi 65 ± 12 anos, 76% eram do sexo masculino e 30% diabéticos. O seguimento médio foi de 2,4 ± 1,3 anos. Utilizou-se a estratégia com 1 stent em 67% dos pacientes. Bifurcações verdadeiras ocorreram em 47% dos casos. A estratégia de 2 stents foi adotada em 33% dos casos (Crush:15%; Cullote: 3%; T-stent:10%; kissing stent simultâneo: 4%; V-stent:1%). Kissing balloon final foi utilizado em 86% dos casos. A sobrevida livre de eventos combinados estimada foi de 95% na estratégia com 1 stent vs. 87% com 2 stents; p Log Rank=0,03.). O risco ajustado para o uso de 2 stents foi 2.8 [ IC 95%: 1,01-7,57; p=0.05]. A taxa de trombose no emprego de 1 stent em comparação com 2 stents foi 2% vs. 4%; p=0.5. Conclusões: O emprego dos stents farmacológicos nas bifurcações apresenta baixas taxas de eventos combinados no seguimento tardio e aparentemente a estratégia de 1 stent permanece a mais adequada. 7

Temas Livres - Apresentação Oral Doenças Cardiovasculares Adquiridas Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico - XXX Congresso SBHCI 2008 005 IMPACTO DOS MEIOS DE CONTRASTE IODIXANOL E IOXAGLATO NA REPERFUSÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO; FILHO JMB; PIERRE AGM; COUTINHO MMV; OLIVEIRA MD; JUCÁ F; ARCANJO FS; OLIVEIRA F; MONTE V; CARAMORI PRA; HOSPITAL DO CORAÇÃO DE SOBRAL - CE Introdução: Uma significante proporção de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) e submetidos à angioplastia primária (AP) tem prejuízo na integridade microvascular e na perfusão miocárdica. É possível que os meios de contraste utilizados durante a AP interfiram na perfusão miocárdica por alterarem mecanismos celulares implicados neste processo. Objetivo: Comparar os meios de contraste iodixanol (não-iônico isosmolar) e ioxaglato (iônico de baixa osmolaridade) na perfusão miocárdica tecidual em pacientes com IAM submetidos à AP. Métodos: Estudo randomizado com uma população de 201 pacientes com IAM com tempo dor-porta 12 horas submetidos à AP. O desfecho primário do estudo foi a presença de no-reflow definido como corrected TIMI frame count (CTFC) 40 quadros, e o desfecho secundário foi a composição de morte cardíaca, reinfarto e acidente vascular cerebral (AVC) durante a hospitalização. Resultados: CTFC 40 após AP ocorreu em 22,9% dos pacientes no grupo do ioxaglato e em 19,8% no grupo do iodixanol; p=0,611. Pela análise multivariada foram preditores independentes de no-reflow: diabete melito (OR=6,06; IC95% 1,6-21,7; p=0,0050), tempo de isquemia (OR=1,005; IC95% 1,002 1,008; p=0,0008), infarto em parede anterior (OR=4,07; IC95% 1,24 13,29; p=0,0100) e o volume de contraste usado no procedimento (OR=1,08; IC95% 1,003 1,180; p=0,0400). O desfecho secundário ocorreu em 9,5% dos pacientes no grupo do ioxaglato e em 9,4% no grupo do iodixanol; p=1,000. Conclusão: O presente estudo não demonstrou diferenças significativas na incidência de no-reflow entre os meios de contraste ioxaglato e iodixanol nos pacientes com IAM submetidos à AP. Também não foram observadas diferenças significativas na incidência dos desfechos clínicos combinados de morte, reinfarto ou AVC. 006 RESULTADOS TARDIOS DO USO IRRESTRITO DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NA PRÁTICA CLÍNICA DIÁRIA MARCO ANTONIO PERIN; BRENO O. ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; ALEXAN- DRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; FÁBIO S. BRITO JR.; HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN SÃO PAULO - SP Fundamentos: Os estudos randomizados que avaliaram a segurança e eficácia dos stents farmacológicos demonstraram a redução sistemática na taxa de revascularização do vaso alvo em pacientes selecionados. Entretanto, a vigilância do impacto tardio dos stents farmacológicos em pacientes pertencentes à prática clínica diária ainda é necessária. Métodos: De 16/05/02 a 31/01/2007, 1111 pacientes consecutivos foram tratados com 1911 stents farmacológicos. Avaliaram-se a taxa global e os preditores independentes de eventos adversos maiores (óbito global, infarto e revascularização do vaso alvo) e a incidência de trombose do stent de acordo com os critérios ARC. Resultados: No total, a idade média foi de 66 ± 12 anos, 78% eram do sexo masculino e 31% diabéticos. A mediana do seguimento clínico foi de 2,3 anos (variação interquartil:1,2-3,4). Utilizou-se o stent eluidor de sirolimus (Cypher ) em 55% dos casos, stent eluidor de paclitaxel (Taxus ) em 28% e outros em 17% dos pacientes. Angina estável/isquemia silenciosa e síndrome coronariana aguda foram as apresentações clínicas em 40% e 60% dos pacientes, respectivamente. A intervenção envolveu bifurcações em 15%, enxerto venoso em 5% e múltiplos vasos em 29% dos casos. A taxa de eventos adversos maiores combinados cumulativa foi de 14%.A necessidade de revascularização do vaso alvo ocorreu em 7,5% dos pacientes e a taxa de trombose do stent (definitiva) ocorreu em 1,3% dos pacientes. Na regressão logística binária, os preditores independentes de eventos adversos maiores foram a presença de diabetes (OR:1,5 IC 95%[1,1-2,4]; p<0,05). Conclusões: Esse registro, composto por pacientes pertencentes à prática clínica diária e, portanto de maior complexidade anatômica e clínica, demonstrou baixas taxas de eventos e de nova revascularização do vaso alvo no seguimento tardio. 007 COMPARAÇÃO ENTRE STENT FARMACOLÓGICO E STENT CONVENCIONAL PARA O TRATAMENTO DO INFARTO COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST MARCO AURELIO DE MAGALHAES PEREIRA; FÁBIO S. BRITO JR.; BRENO O. ALMEIDA; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; MARCO A. PERIN; HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN SÃO PAULO - SP Fundamentos: Estudos randomizados que avaliaram o emprego dos stents farmacológicos no infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST (IAMSST) demostraram resultados conflitantes. Além disso, o seguimento tardio, após 2 anos, é pouco conhecido. Métodos: De 01/01 a 12/07 foram tratados 251 pacientes consecutivos com IAMSSTe implante de stent. Comparou-se a taxa de eventos cardíacos maiores cumulativa (óbito, infarto e revascularização do vaso alvo) dos 112 (45%) pacientes que receberam stent convencional vs. 139 (55%) pacientes que foram tratados com stents farmacológicos. Resultados: No total, a média das idades foi de 63 ± 12 anos, 77% eram do sexo masculino e 23% diabéticos. A mediana do seguimento clínico foi de 2,6 anos (variação:1,3-4,3). As características basais e do procedimento (idade,sexo, taxa de sucesso imediato, Killip 3 à admissão, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, uso de abciximab e diâmetro de referência) foram semelhantes entre os grupos. O tempo de dupla antiagregação plaquetária foi de 1,3 ± 0,8 anos no grupo que recebeu stent farmacológico. Os pacientes que receberam stent convencional apresentaram maior taxa de eventos cardíacos maiores cumulativos (23,4% vs. 9,4%; p). 008 700 CASOS DE ANGIOPLASTIA EM INFARTO AGUDO. PREDITORES DE MORTA- LIDADE. EXPERIÊNCIA DE 10 ANOS MARCELLO AUGUSTUS DE SENA; BERNARDO KREMER DINIZ GONCALVES; RODRIGO TRAJANO S. PEIXOTO; ANGELO LEONE TEDESCHI; PROCORDIS NITERÓI - RJ Fundamento: Angioplastia coronária é o método de escolha de reperfusão em infarto agudo do miocárdio (IAM) em centros especializados. Objetivo: Avaliar os pacientes (pc) admitidos com IAM com supra ST e submetidos a angioplastia primária que evoluiram para óbito intra-hospitalar. Identificar preditores de mortalidade. Delineamento: Estudo retrospectivo, consecutivo, de um único centro não-randomizado. Resultados: Entre julho de 98 e dezembro de 07 foram realizadas 703 angioplastias primárias. Excluídos os pc com delta T > 12 horas, selecionados 672 pc. Destes 59 pc (8,8%) evoluíram para óbito intra-hospitalar. Este grupo de pc apresentava predomínio do sexo feminino (45,8% x 30,7%, p=0,03), idade mais avançada (72,2 x 62,2, p. Conclusão: Os preditores de mortalidade identificados neste grupo de pacientes foram os seguintes: Sexo feminino, idade superior a 75 anos, presença de choque cardiogênico,delta T alargado, acometimento multiarterial, presença de calcificação coronária, fenômeno de no reflow e baixo fluxo TIMI3 pós. Óbito Não Óbito p Vaso ùnico 18% 37% 0,007 Cálcio 37% 23% 0,02 Timi3 Pré 13% 22% 0,15 No Reflow 17% 6,0% 0,006 Timi3 Pós 72% 93% 8

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1) Temas Livres DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDAS APRESENTAÇÃO ORAL 009 SEGUIMENTO CLÍNICO DE PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA COM STENTS FARMACOLÓGICOS ADRIANA C MOREIRA; LUCIANO CAVALCANTE; AMANDA SOUSA; J.RIBAMAR COSTA JR; RICARDO COSTA; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; LUIZ MATTOS; FAUSTO FERES; J.EDUARDO SOUSA; HOSPITAL DO CORAÇÃO ASS SÃO PAULO - SP Fundamentos: A insuficiência renal é tradicionalmente relacionada à evolução desfavorável após intervenção coronária percutânea. Os stents farmacológicos (SF) podem beneficiar este subgrupo de pacientes (P). Métodos e Casuística: De Maio/2002 a Julho/2007, os P tratados exclusivamente com SF foram prospectivamente incluídos neste registro e seguidos com 1, 6 e 12 meses e a partir de então anualmente. Excluíram-se P em fase aguda de IAM e com lesões em enxertos. Os demais foram divididos em 2 grupos de acordo com o comprometimento da função renal (Clearence de Cr 60 e > 60). Todos foram tratados pré-icp com clopidogrel (600mg+75mg/dia) e AAS (100mg/dia). Os antiplaquetários foram mantidos por 1 ano após a alta hospitalar. O objetivo primário foi comparar a ocorrência de eventos cardíacos maiores entre os 2 grupos. Resultados: 490 P com disfunção renal e 1010 P com função renal preservada foram incluídos. A média das idades foi mais elevada nos P com Clearance 60 (74,3 ± 10,2vs55,4 ± 8anos,p ± 1,3 anos) obtidos em 95% da população estão descritos na tabela. 010 RESULTADOS TARDIOS DO EMPREGO ROTINEIRO DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NOS PACIENTES DIABÉTICOS BRENO OLIVEIRA ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; FÁBIO S. BRITO JR.; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; MARCO A. PERIN; HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN SÃO PAULO SP Fundamentos: Pacientes diabéticos caracterizam-se pela elevada taxa de eventos cardíacos maiores após intervenção coronária percutânea, em parte relacionada à reestenose intrastent. O impacto tardio do uso rotineiro de stents farmacológicos nestes pacientes ainda é controverso. Métodos: De 05/2002 a 01/2007, 1111 pacientes foram tratados com 1911 stents farmacológicos (1,7 stent/paciente). Destes, 336 (31%) eram diabéticos. Comparou-se a taxa de eventos cardíacos maiores (óbito, reinfarto, revascularização da lesão alvo) e a incidência de trombose relacionada ao stent (critérios ARC) nos diabéticos vs. não diabéticos. Resultados: No total, a média das idades foi 66 ± 12 anos. A mediana de seguimento clínico foi de 2,3 anos (variação interquartil:1,2-3,4). Os pacientes diabéticos apresentaram maior taxa de dislipidemia (55% vs. 48%, p=0,04), hipertensão (70% vs. 59%; p). Conclusões: Nesta população não selecionada e de uso rotineiro de stents farmacológicos, a presença do diabetes permanece associada a maiores taxas de revascularização da lesão-alvo. Eventos Clearance 60 Clearance >60 p (n=490) (n=1010) Infarto do miocárdio 17 (3,5%) 27 (2,7%) 0,49 Revasc. da lesão-alvo 10 (2,0%) 33 (3,3%) 0,24 Óbito cardíaco 15 (3,1%) 12 (1,2%) 0,019 Eventos maiores 42 (8,6%) 72 (7,2%) 0,376 Trombose (ARC) 5 (1,0%) 12 (1,2%) 0,97 Conclusão: No que se refere a necessidade de nova revascularização e trombose, o uso de SF aboliu o efeito negativo da IR. Porém, dada a maior complexidade clínica deste subgrupo de pacientes, a taxa de mortalidade continua superior à dos P com função renal preservada. 011 IMPACTO DO ULTRASOM INTRACORONARIO PARA GUIAR O IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS NA REDUÇÃO DOS EVENTOS CLÍNICOS A LONGO PRAZO COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI; COSTANTINO O COSTANTINI; SERGIO G TARBINE; MARCELO F SANTOS; MARCOS BUBNA; ANICI BELEMER; EDNA DUARTE; MARCOS DENK; ROBSON SIPRAKI; COSTANTINO R COSTANTINI; HOSPITAL CARDIOLOGICO COSTANTINI / FUNDAÇÃO FRANCISCO COSTANTINI CURITIBA - PR Introdução: Por permitir uma área luminal final maior, o ultrasom intracoronario (USIC) diminui a necessidade de reintervenção dos stents convencionais. O impacto clinico tardio deste método para guiar o implante de stents farmacológicos (SF) não foi ainda determinado. Métodos: Foram analisados 1350 pacientes consecutivos com DAC e que foram tratados com o implante de stents farmacológicos guiado pelo USIC e que alcançaram pelo menos 6 meses de evolução pós implante. Dois grupos foram comparados de acordo à utilização (USIC, N=952) ou não (NUSIC, N=398) do USIC para guiar o implante do SF. Os grupos foram comparados com testes estatísticos habituais. Um valor de p (FVA) (Morte,infarto, trombose ou reintervenção do vaso tratado). Resultados: A idade média foi de 63 anos nos dois grupos. Diabéticos representaram 33% dos pcts nos dois grupos. O grupo USIC foi mais complexo que o NUSIC (Doença multiarterial 46%vs54%, p=0.01; bifurcação tratada 51% vs 44%, p=0.03; Relação stent/lesão 1,2VS 1,14, p=0.05). A média de acompanhamento foi de 30 meses nos dois grupos. O grupo USIC apresentou uma taxa de FVA de 13,5% VS 18,8%, p=0.013, diferença produzida principalmente pela menor taxa de trombose de SF no grupo USIC (0,96% VS 2,52%,p=0.02). Na análise de regressão logística a presença de doença multiarterial (p). Conclusão: Nesta analise retrospectiva de pacientes não selecionados a utilização do USIC diminui de forma significativa a falha do vaso tratado. Esta diminuição foi determinada principalmente pela redução das taxas de trombose do stent. O beneficio do USIC estaria determinado pela comprovação da adequada expansão e aposição do stent contra a parede vascular. 012 RESULTADOS CLÍNICOS TARDIOS (2 ANOS) DE PACIENTES NÃO-SELECIONADOS COM LESÕES CORONÁRIAS COMPLEXAS TRATADOS COM STENT ELUIDOR DE ZOTAROLIMUS (ENDEAVOR) NA PRÁTICA CLÍNICA DO MUNDO REAL FAUSTO FERES; COSTA, R A; BERALDO, P; COSTA JR, J R; TANAJURA, L F; STAICO, R; MAIA, J P; SIQUEIRA, D; SOUSA, A G M R; SOUSA, J E M R; INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO - SP Fundamentos: O stent eluído com zotarolimus Endeavor demonstrou excelente segurança e eficácia clínica no tratamento de pacientes com doença arterial coronária incluídos em estudos controlados envolvendo lesões não-complexas. No entanto, o impacto do stent Endeavor na prática clínica do mundo real pernamece desconhecido. Métodos: Entre Janeiro e Março de 2006, 100 pacientes com indicação de intervenção coronária percutânea de rotina ou urgência foram incluídos de forma prospectiva e consecutiva num registro unicêntrico onde o stent Endeavor foi utilizado como estratégia inicial de tratamento. Resultados: 39% dos pacientes eram diabéticos, e 81% das lesões eram de alta complexidade (tipo B2/C de acordo com o ACC/AHA). Um total de 140 lesões foram tratadas com sucesso com 174 stents Endeavor, e o sucesso do procedimento foi de 98% (2 pacientes apresentaram infarto agudo do miocárdio não-q). O diâmetro médio do vaso foi 2.69mm, e a extensão da lesão 16.0 mm; no reestudo angiográfico aos 6 meses (96%), a perda luminal tardia foi de 0.66 mm, e a taxa de reestenose no segmento tratado foi de 8,2%. A reestenose foi aumentada em diabéticos (15,5 vs. 2,6%, p=0,009), e a presença de diabetes foi o único preditor independente de reestenose angiográfica [RR=15,27 (95%IC 2,45-95,04), p=0,003]. No seguimento clínico de 1 ano (100%), a taxa cumulativa de eventos cardícos adversos maiores (ECAM) foi de 6% (4% de revascularização do vaso alvo, RVA); aos 2 anos (96%), a taxa cumulativa de ECAM foi de 8,3% (6,3% RVA). Não houve ocorrência de morte ou trombose de stents durante todo o período de seguimento clínico. Conclusão: Nesse estudo prospectivo envolvendo pacientes não-selecionados do mundo real com lesões complexas, o stent eluído com zotarolimus Endeavor demonstrou excelente segurança e eficácia clínica sustentadas no seguimento tardio de 2 anos, incluindo taxa de RVA de 6.3% e ausência de eventos trombóticos ou morte. 9

Temas Livres - Apresentação Oral Doenças Cardiovasculares Adquiridas 013 STENTS FARMACOLÓGICOS COM POLÍMERO BIODEGRADÁVEL E ELUIÇÃO DE PACLITAXEL (INFINNIUM) E DE SIROLIMUS (SUPRALIMUS) REDUZEM A NECES- SIDADE DE NOVA INTERVENÇÃO EM CASOS COMPLEXOS: ACHADOS DO ESTUDO CONTROLADO E RANDOMIZADO PAINT PEDRO ALVES LEMOS NETO; INVESTIGADORES DO ESTUDO PAINT; ESTUDO MULTICÊNTRICO BRASILEIRO INCOR HC/ FMUSP SÃO PAULO SP Fundamentos: O presente estudo objetiva avaliar o impacto de dois novos stents com polímeros biodegradáveis, eluidores de paclitaxel e sirolimus respectivamente, no tratamento de pacientes com alto risco de reestenose. Material e Métodos: No estudo randomizado PAINT, 275 pacientes foram alocados para stent com polímero biodegradável eluidor de paclitaxel, ou sirolimus, ou stent convencional (proporção 2:2:1). O presente estudo inclui 187 pacientes (paclitaxel=80 pts, sirolimus=69 pts, controle=38 pts) que apresentavam uma ou mais das seguintes características: vaso fino (diâmetro do stent=2,5 mm), lesão longa (comprimento do stent >23 mm), ou diabetes. Resultados: No total, 45% eram diabéticos. O comprimento e o diâmetro dos stents foram de 23,2 ± 4,0 mm (63% dos stents >23 mm) e de 3,0 ± 0,4 mm (27% dos stents=2,5 mm) respectivamente. Após um seguimento de 260 ± 116 dias, as taxas de eventos para os grupos Infinnium, Supralimus e controle foram: morte (3,0% vs. 1,5% vs. 0%; p=0,6), infarto do miocárdio (2,5% vs. 3,4% vs. 6,7%; p=0,9) e revascularização do vaso alvo (1,5% vs. 1,5% vs. 10,5%; p=0,013). Os dados da angiografia de controle e a evolução clínica após 1 ano estarão disponíveis no momento da apresentação. Conclusão: Achados preliminares do estudo randomizado PAINT sugerem que, em comparação com stents convencionais, ambas as formulações de stents farmacológicos com polímero biodegradável (paclitaxel ou sirolimus) são eficazes na redução do risco de nova revascularização em 260 dias em pacientes com alto risco de reestenose, sem aumento na incidência de morte ou infarto do miocárdio. 014 INSUFICÊNCIA RENAL AGUDA PÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO:PREDITORES E EVOLUÇÃO CLÍNICA EM 1ANO RAPHAEL LANZA E PASSOS; JOSÉ FÁBIO ALMIRO SILVA; FRANCISCO CARLEIAL FEIJÓ DE SÁ; DIMYTRI ALEXANDRE A. SIQUEIRA; FAUSTO FERES; ALEXANDRE ABIZAID; RODOLFO STAICO; LUIZ ALBERTO MATTOS; AMANDA G.M.R. SOUSA; J. EDUARDO SOUSA; INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO SP Fundamento: A ocorrência de insuficiência renal aguda (IRA) associa-se a pior evolução pós-infarto agudo do miocárdio (IAM), sendo de natureza multifatorial. Os preditores e o prognóstico da IRA pós-intervenção coronária percutânea (ICP) primária ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Identificar os preditores de IRA em pacientes (P) com IAM com supra de ST submetidos a ICP primária e determinar a evolução clínica desta condição. Método: Estudo retrospectivo no qual foram incluídos P com quadro de IAM com supra de ST submetidos a ICP primária no período de 2002 a 2007. Os P foram classificados quanto a presença de IRA aumento da creatinina 0,5mg/dl ou >25% em relação aos valores basais.os P foram acompanhados clinicamente por 1 ano através de revisão de prontuário e contato telefônico para avaliação de eventos maiores. Resultados: Foram incluídos 150 P com média de idade de 60 anos,sendo 73%do sexo masculino. Fatores considerados relevantes de risco de IRA como diabetes mellitus (34%),killip>1 (27%), volume de contraste e fármacos também foram avaliados. A IRA ocorreu em 15,3%dos P. Após análise multivariada, a apresentação ou ocorrência de Killip >1 (p=0,021), o uso de aminas vasoativas (p=0,033) e a necessidade de ventilação mecânica (p=0,002) estiveram associados à IRA. Após 1 ano os eventos óbito (p=0,001), hemodiálise (p=0,281) e eventos combinados óbito-hemodiálise (p=0,001) foram significativos nos P com IRA. Conclusão: Os principais preditores de IRA após ICP primária relacionam-se com a má evolução clínica intra-hospitalar. A IRA pós ICP primária constitui preditor independente de mortalidade/eventos maiores em 1 ano. 015 HIDRATAÇÃO COM BICARBONATO DE SÓDIO NA PREVENÇÃO DE NEFROPATIA POR CONTRASTE: ESTUDO CLÍNICO MULTICÊNTRICO VITOR OSORIO GOMES; LASEVITCH, R; MACHADO, B; ARRUDA, JA; LIMA, V; PEREZ-ALVA, JC; ARNDT, M; BRITO JUNIOR, FS; CARAMORI, P; CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR - HOSPITAL MÃE DE DEUS / SERVIÇO DE HEMODINÂMICA- HOSPITAL SÃO LUCAS-PUCRS PORTO ALEGRE RS Introdução: A hidratação com bicarbonato de sódio se mostrou útil na prevenção de nefropatia induzida por contraste (NIC) em um pequeno estudo unicêntrico. No entanto, o papel dessa estratégia em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco (CAT) não está bem estabelecido. Nós avaliamos o efeito da hidratação com bicarbonato de sódio na prevenção de NIC nessa população. Métodos: Ensaio clínico randomizado envolvendo 301 pacientes com creatinina sérica (Cr) 1,2 mg/dl ou depuração da creatinina endógena (DCE) < 50 ml/min que realizaram CAT em 8 centros nacionais e 1 centro de fora do país. Os pacientes foram randomizados para receber hidratação com bicarbonato de sódio 8,4% (154 ml) diluído em 846 ml de SG 5%, iniciando 1h antes do procedimento na dose de 3 ml/kg/h e após 1 ml/ kg/h por mais 6h, ou hidratação com SF 0,9% no mesmo volume e intervalo de tempo. Todos os procedimentos foram realizados com contraste iônico de baixa osmolaridade. A Cr foi medida antes do procedimento e 48h após, sendo considerado NIC o aumento de 0,5 mg/dl da Cr. Resultados:Não houve diferença quanto às características demográficas e do procedimento entre os 2 grupos. A incidência de NIC foi 6,1% no grupo bicarbonato e 6,0% no grupo SF (p=0,96). Os resultados principais são mostrados na tabela. SF 0,9% (n=151) BICA (n=150) p Idade, anos 64,5 ± 12 64,1 ± 11 ns Cr pré,mg/dl 1,49 ± 0,5 1,50 ± 0,4 ns Cr pós, mg/dl 1,50 ± 0,7 1,51 ± 0,4 ns Vol contraste,ml 125 ± 83 124 ± 64 ns NIC,% 6,0 6,1 ns Conclusão: Nesse estudo multicêntrico, a hidratação com bicarbonato de sódio não se mostrou superior a hidratação com SF 0,9% na prevenção de NIC em pacientes submetidos a CAT. 10

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1) Prêmio Abbott Vascular Intervencionista do Ano 2008 - Temas Livres DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDAS APRESENTAÇÃO ORAL 016 PERFIL DE SEGURANÇA DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NAS SÍNDROMES CORONÁRIAS AGUDAS: ANÁLISE DE 900 CASOS CONSECUTIVOS CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS; PEDRO A. LEMOS; EXPEDITO E. RIBEIRO; JOAO L. FALCAO; ANDRE G. SPADARO; LUIZ J. KAJITA; PEDRO HORTA; GILBERTO MARCHIORI; EULOGIO E. MARTINEZ; INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP SÃO PAULO SP Fundamentos: Os stents farmacológicos constituem um grande avanço no tratamento da doença coronária. No entanto, seu emprego nas síndromes coronárias agudas tem sido objeto de intensa discussão científica. População e métodos: De maio de 2002 e setembro de 2006, 910 pacientes consecutivos foram tratados com implante de pelo menos um stent farmacológico e foram incluídos na presente análise. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com o quadro clínico de admissão: 1) Grupo Estável (635 portadores de angina estável) e 2) Grupo Instável (275 pacientes com infarto recente ou angina instável). Analisamos as características clínicas, angiográficas e a ocorrência tardia de eventos adversos. Resultados: As características clínicas entre os grupos foram semelhantes, exceto pela maior freqüência de tabagistas nos instáveis e de intervenção percutânea prévia nos estáveis. Aqueles com síndromes instáveis apresentaram significativamente menor diâmetro luminal mínimo (0,8 ± 0,3 vs. 0,9 ± 0,3), maior diâmetro de referência (2,6 ± 0,5 vs. 2,5 ± 0,4) e maior grau de estenose luminal percentual (68,7 ± 10,5% vs. 64,8 ± 10%); sendo as demais características angiográficas semelhantes entre os grupos. Após 588 dias (mediana do tempo de seguimento), os grupos, estável e instável, tiveram índices semelhantes de re-infarto (2,8 vs. 5%;p=0,1), revascularização do vaso alvo (6 vs. 7,7%; p=0,4) e óbito (4,5 vs. 6,5%; p=0,2), respectivamente. No entanto, quanto à ocorrência de trombose, esta foi significativamente mais freqüente nos pacientes com quadros coronarianos agudos (1,4 vs. 4,4%; p=0,02), principalmente pela ocorrência de trombose tardia (2,9 vs. 0,6; p=0,01). Conclusão: Nesta população, os stents farmacológicos demonstraram ser uma ferramenta com bom perfil de segurança no tratamento das síndromes coronárias agudas em relação aos pacientes com doença coronária crônica, considerando que o diagnóstico à admissão, por si, já os expõe a um maior risco de eventos adversos. 017 ATÉ QUE PONTO A COMPLEXIDADE CLÍNICA E ANGIOGRÁFICA INFLUI NOS RESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS DE PACIENTES TRATADOS COM STENTS FARMACOLÓGICOS? UMA COMPARAÇÃO ENTRE INDICAÇÕES ON LABEL E OFF LABEL NO REGISTRO DESIRE JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA SOUSA; ADRIANA MOREIRA; RICARDO COSTA; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; CANTÍDIO CAMPOS NETO; CÉSAR JARDIM; OTAVIO BERWANGER; J EDUARDO SOUSA; INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL DO CORAÇÃO ASS SÃO PAULO SP Introdução: Após o questionamento da segurança tardia dos stents farmacológicos (SF) de 1ª geração, a agência reguladora americana FDA emitiu parecer contendo as indicações clínicas e angiográficas para as quais o uso de tais stents estaria embasado por estudos clínicos (indicações on label ). Foram assim considerados os pacientes (P) com isquemia silenciosa/angina estável, portadores de lesão de novo, única, Métodos: Entre Maio/2002 e Maio/2007 todos os P tratados exclusivamente com SF em nosso serviço foram incluídos neste registro e divididos em 2 grupos de acordo com o tipo de indicação para a intervenção percutânea ( on label vs. off label ). Excluíram-se desta análise P tratados em fase aguda de IAM e aqueles com lesões em enxertos venosos/arteriais. O objetivo primário foi comparar a taxa de eventos cardíacos maiores (ECAM) e trombose de stent (TS) entre os grupos no seguimento clínico tardio (> 1 ano). Resultados: Dos 2.014 P tratados, 1.533 (76%) o foram por indicações off label. Seguimento clínico foi obtido em 97% da população (média de 2,6 ± 1,2 anos). Ao final de 5 anos, 95% dos P on label e 92% dos off label estavam livres de ECAM (p=0,02). Esta diferença deveu-se a maior incidência de IAM (2,3% vs. 1,6%, p=0,04) e óbito cardíaco (2,7% vs. 1,0%, p. Conclusão: Ainda que o uso de SF em situações off label tenha cursado com pior evolução tardia em relação ao grupo de baixa complexidade ( on label ), as baixas taxas de ECAM. 018 O IMPACTO DOS FATORES CLÍNICOS E ANATÔMICOS NA INCIDÊNCIA DE EVENTOS EM PACIENTES TRATADOS COM STENTS FARMACOLÓGICOS MARCO AURELIO DE MAGALHAES PEREIRA; FÁBIO S. BRITO JR.; BRENO O. ALMEIDA; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NACIMENTO; IVANISE GOMES; MARCO A. PERIN; HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN SÃO PAULO SP Fundamentos: O emprego Off-label dos stents farmacológicos está associado a maiores taxas de eventos em comparação com as indicações On-label. O conhecimento do impacto individual e da interação entre as variáveis clínicas e anatômicas pode permitir a adoção de medidas farmacológicas e intervencionistas objetivando a melhora dos resultados. Métodos: De 06/02 a 01/07, 1073 pacientes consecutivos foram tratados com stents farmacológicos e classificados em: Grupo I (controle: n=214) - características On-label e ausência de diabetes; Grupo II (clínico: n=223) - síndrome coronariana aguda de alto risco, infarto agudo do miocárdio ou a presença de diabetes; Grupo III (anatômico:n=297) - vaso fino, bifurcações, enxertos venosos, (múltiplos stents ou intervenção multiarterial) e Grupo IV (clínico-anatômico: n=339) - pelo menos uma característica clínica e uma anatômica. Compararam-se as taxas de eventos combinados maiores (óbito global, revascularização do vaso alvo (RVA), e trombose do stent). Resultados: No seguimento clínico de 2,4 ± 1,3 ano, a incidência de eventos combinados maiores foi 14%. Observou-se um crescente aumento na taxa de eventos combinados do grupo I ao IV (6,5% vs. 10,3%, vs. 15,8% vs. 19,5%; p). 019 ATIVAÇÃO INFLAMATÓRIA SISTÊMICA: HÁ DIFERENÇA ENTRE OS STENTS CON- VENCIONAIS E FARMACOLÓGICOS? ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; MARCUS COSTA; FERNANDO BARRETO; FERNANDO JOSÉ TAVARES; CARLOS EDUARDO BARRETO; HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO - BRASIL Fundamento: A utilização de Stents nas intervenções coronárias percutâneas (ICP) induz a ativação de resposta inflamatória sistêmica, conforme previamente publicado. Objetivo: Comparar o grau de ativação da resposta inflamatória sistêmica entre os stents convencionais (SC) e os Stents Farmacológicos (SF). Materias e Métodos: Estudo prospectivo, não-randomizado, envolvendo 182 pacientes, divididos em três grupos: Grupo I (64 pcts) submetidos a ICP com SC, Grupo II (53 pcts) submetidos à ICP com SF com Sirolimus e o Grupo III (65 pcts) submetidos a ICP com SF com Paclitaxel. Foram dosados os níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) antes, 24 h e 1 mês após o procedimento. Todos os pacientes encontravam-se em uso de terapêutica antiagregante plaquetária dupla e estatina, além das medicações habituais. Foram excluídos pacientes com síndromes coronarianas agudas, processos infecciosos ativos, neoplasias, tabagistas, obesos (IMC > 35), hepatopatas e diabéticos. O desfecho primário foi a redução da PCR e o desfecho secundário a ocorrência de eventos cardíacos maiores (morte, IAM, trombose de Stent). Resultados: Não houve diferença estatística com relação a ocorrência de ECM entre os grupos (0% x 1.8% x 1.5%). Em relação aos níveis de PCR, não observamos diferença signicativamente estatística entre os grupos no pré-procedimento. Houve um aumento dos níveis de PCR após 24 horas nos três grupos, igualmente sem significância estatística. Entretanto, observamos uma nítida redução dos valores após 1 mês no G I em relação aos grupos G II e G III, os quais não apresentaram diferença estatisticamente relevante entre si (1,1 ± 0,7 mg/l vs 5,2 ± 1,3 mg/l vs 5,9 ± 1,4 mg/l/p. Conclusão: A resposta inflamatória se faz presente quando da utilização de ambos os tipos de Stents, porém mostra-se mais duradoura nos pacientes submetidos a implante de SF, não havendo diferença entre os dois tipos de SF utilizados. 11