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Transcrição:

Folha: 1/7 Nº 166318/ 2010 SUPRAM-ZM Indexado ao(s) Processo(s) Nº:01276/2007/002/2008 Tipo de processo: Licenciamento Ambiental ( X ) Auto de Infração ( ) 1. Identificação Empreendedor: Vital Engenharia Ambiental S/A Empreendimento: Central de Tratamentos de Resíduos de Juiz de Fora Município: Juiz de Fora Atividade predominante: Aterro Sanitário Código da DN e Parâmetro E-03-07-7 Quantidade operada em final de plano: 400 t/dia Porte do Empreendimento Potencial Poluidor CNPJ / CPF: 02.536.066/0001-26 Pequeno ( ) Médio ( ) Grande ( X ) Pequeno ( ) Médio (X) Grande ( ) Classe do Empreendimento 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( X ) 6 ( ) Fase Atual do Empreendimento LP ( ) LI ( ) LO ( X ) LOC ( ) Revalidação ( ) Ampliação ( ) Localizado em UC (Unidades de Conservação)? ( X ) Não ( ) Sim Bacia Hidrográfica: Rio Paraiba do Sul Sub Bacia: Rio Paraibuna 2. Histórico Inspeção/Vistoria/fiscalização ( ) Não ( X ) Sim Auto de Fiscalização Nº: 017/2010 Data: 05/03/2010 Notificações Emitidas Nº: Advertências Emitidas Nº: Multas Nº:

Folha: 2/7 2.1 Descrição do histórico: A empresa Vital Engenharia Ambiental S/A, concessionária do município de Juiz de Fora, obteve em 27/10/2008 a Licença Previa para o empreendimento Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Juiz de Fora com validade até 11/04/2010 conforme Certificado LP Nº 262/2008. Em 27/07/2009, durante a realização da 53ª Reunião Ordinária da Unidade Regional Colegiada COPAM Zona da Mata foi julgada e aprovada a Licença de Instalação da CTR Juiz de Fora, conforme Certificado LI Nº 0350/2009, com condicionantes. Em 05/02/2010 a Vital Engenharia Ambiental S/A formalizou junto à SUPRAM Zona da Mata o processo de Licença de Operação referente a CTR Juiz de Fora. Nesta ocasião a empresa solicitou a exclusão da condicionante nº 3 da Licença de Instalação referente à formalização do processo de Licenciamento Ambiental (LP + LI concomitantes) referente à Unidade de Transbordo dos resíduos sólidos urbanos do município de Juiz de Fora. Prazo: 60 dias, sendo este pedido o objeto de análise do presente Parecer Único. 3. Controle Processual Como dito anteriormente, durante da 53ª RO URC ZM, os Conselheiros desta respectiva unidade deliberativa do COPAM da Zona da Mata, com a aprovação da Licença de Instalação da nova unidade do CTR Juiz de Fora, inseriram várias condicionantes. Dentre elas, constava o licenciamento da uma Unidade de Transbordo dos Resíduos Sólidos UTRS, que deveria ser implementado em até 60 (sessenta) dias, ou seja, até 27 de setembro de 2009. Em 17 de setembro de 2009, contudo, a empresa protocolizou justificativa informando o porquê da impossibilidade do licenciamento de tal atividade, e, nos seus dizeres, relatou basicamente que: a) o contrato com o Poder Concedente (Prefeitura Municipal de Juiz de Fora/DEMLURB) previa a construção e a instalação da respectiva unidade; b) que até o presente momento o Poder Concedente não definiu onde será a área para a instalação da citada Unidade; c) que, por demandar ato Público específico, com a desapropriação da área pelo Poder Concedente, estaria a empresa impossibilitada de cumprir com a regularização de uma área que ainda não fora definida por quem de direito, no caso, o Poder Concedente. A empresa VITAL comprovou, via apresentação de ofício, que essas questões da viabilidade locacional e as tratativas para o início de desapropriação e/o aqusições pelo Poder Concedente seriam fundamentais para início do processo de regularização ambiental da UTRS, sendo-lhe, como de fato o é, um pressuposto básico de fato.

Folha: 3/7 Basicamente do que se percebe da respectiva justificativa, é que a municipalidade, representada pelo Poder Concedente, encontra-se em mora contratual perante a empresa VITAL Engenharia Ambiental S..A., esta última titular apenas do pedido de regularização ambiental. Daí, refugir completamente da alçada a requerente a regularização da UTRS em questão, apesar de ter se predisposto para tal desiterado durante todo o interregno que existiu entre a aprovação da Licença de Instalação, e suas condicionantes, e o seu respectivo vencimento, tendo em vista razões claramente contratuais. Ora, cumprindo à Municipalidade a obrigação de disponibilizar a área para UTRS e, ainda, resumindo-se em sua a obrigação também quanto às tratativas para eventual desapropriação e/ou demais atos aquisitivos previstos em lei, não há como vislumbrar o implemento da obrigação da outra parte, no caso, Vital Engenharia Ambiental S.A., da regularização ambiental da UTRS. Vê-se, claramente, que esbarramos na seara da contratualística, questão esta que deverá ser dirimida no foro próprio entre o Poder Concedente e a Vital Engenharia Ambiental S.A.. Agora, a mora de um repercutiu em implicações à nível ambiental para a outra. A empresa demonstra estar ciente de que há a necessidade da regularização ambiental da UTRS, contudo, até a indicação e a disponibilização da área pelo Poder Concedente, encontra-se impossibilitada de cumprir agora a cominação lhe afeita pela URC ZM, representada pela condicionante do item 3, Anexo I. Em assim o sendo, com base nos aspectos jurídicos ora deduzidos, tendo o pedido sido subscrito por quem de direito, vislumbramos como viáveis os argumentos da Vital Engenharia Ambiental S.A., para que seja determinada a exclusão alternativa da respectiva condicionante, deixando bem claro, contudo, que quando de uma futura disponibilização da área pelo Poder Concedente, a viabilidade ambiental da UTRS deverá ser previamente perquirida via competente processo administrativo. Agora, por fim, é de se ressaltar que, apesar da empresa ter justificado a não regularização ambiental da UTRS via protocolo n.º 518107/2009, de 17/09/2009, portanto, tempestivamente, o pedido expresso de sua exclusão só se deu posteriormente, o que deflagrou, dentre outros, no ato de sua advertência meramente formal. 4. Introdução: A VITAL ENGENHARIA AMBIENTAL SA., empreendedor responsável pela Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora/ Aterro Sanitário CTR Juiz de Fora, obteve em 27 de julho de 2009 a Licença de Instalação do empreendimento, com condicionantes. No âmbito do processo de licenciamento ambiental FASE LO, a Vital Engenharia solicitou a exclusão do item 3 das condicionantes do Anexo I da LI, pelas razões e justificativas a seguir apresentadas e discutidas.

Folha: 4/7 5. Das Justificativas Apresentadas Inicialmente a Vital Engenharia esclarece o vinculo da CTR Juiz de Fora/Aterro Sanitário e Unidade de Transbordo alegando que o Aterro Sanitário e a Unidade de Transbordo são equipamentos sociais urbanos independentes em qualquer sistema de limpeza urbana moderno. A instalação de um não significa a necessidade imperiosa de construção do outro. Para o funcionamento do Aterro Sanitário é necessário somente que os resíduos cheguem à unidade, não importando se através do transporte por meio de caminhões compactadores ou por carretas de maior capacidade volumétrica. No sistema de limpeza urbana de Juiz de Fora existe a programação de construção inicial, como prioridade, da Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora CTR JF / Aterro Sanitário. No objeto do contrato de concessão (Contrato de Concessão n. 003/2007 - cláusulas 1.1 e 1.3) firmado entre as Partes está expresso que a VITAL irá implantar a Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora CTR-JF, para substituir o Aterro Sanitário Salvaterra - ASS, cujo final de vida útil, lembre-se, está previsto para abril 2010 e também uma Unidade de Transbordo. Em nenhuma parte está disposto que a Unidade de Transbordo é prévia ou interdependente da CTR- JF visto que são duas obras independentes entre si. Uma não depende da outra! De acordo com suas obrigações contratuais, a VITAL, face as suas responsabilidades, iniciou o processo de licenciamento da CTR-JF, sua implantação na perspectiva de estar apta a operar em abril de 2010. Contudo, ainda não o fez em relação à Unidade de Transbordo (que, registre-se, necessita de processo de licenciamento autônomo e independente daquele da CTR-JF) porque o Poder Concedente, no caso a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, ainda não definiu SE e ONDE esta unidade será instalada. Do ponto de vista técnico, o Aterro Sanitário e a Unidade de Transbordo são equipamentos urbanos independentes. Em apertada síntese, a função precípua da unidade de transbordo é otimizar o serviço de transporte do lixo dos pontos de coleta até o seu destino final, no aterro sanitário. Por outras palavras, os veículos de coleta, com capacidade de acondicionamento de 07 toneladas em média de resíduos, transportam o lixo até um ponto intermediário (unidade de transbordo) e entre a distância dos pontos de coleta até o seu destino final, no aterro sanitário. A partir deste ponto, o volume de lixo transportado por 04 caminhões compactadores será transportado por 1 (uma) única carreta (com capacidade de 30 toneladas) até o destino final, no aterro sanitário. Logo, a utilização da unidade de transbordo no sistema de transporte permite reduzir o número de caminhões compactadores, que, ao invés de irem até o destino final descarregar e, então, voltar para o início do ciclo de coleta, podem transcorrer uma distância menor, diminuindo o seu tempo de trajeto, permitindo assim, a cada um, fazer mais viagens em um turno do que fariam se tivessem que ir até o aterro sanitário (pela maior distância) para, somente então, voltar ao início.

Folha: 5/7 Enfim, o maior mérito da operação da unidade de transbordo é permitir economia de escala no custo do transporte, o que não quer dizer que este transporte não possa, repita-se, ser feito sem o uso da unidade, que, caso não exista, apenas exigirá que o Poder Concedente opere com um número maior de caminhões compactadores, aumentando seu custo final com transporte, que, obviamente, refletirá no custo total da operação do sistema de limpeza pública. Em resumo, para o funcionamento da CTR-JF é necessário somente que os resíduos cheguem até ela, não importando se através do transporte por meio de caminhões compactadores ou por carretas de maior capacidade volumétrica. Em Juiz de Fora, enquanto o DEMLURB não definir onde, de fato, será a instalação da unidade de transbordo (que ainda terá de ser licenciada), o transporte de resíduos sólidos urbanos para a CTR- JF terá de ser realizado pelos mesmos caminhões compactadores utilizados na coleta urbana. Esta definição municipal sobre o transbordo depende de estudos de planejamento que avaliem economicamente a instalação, que considere a lógica de transporte, pois existem varias situações em que é preferível encaminhar diretamente para a CTR do que ao Transbordo, como por ex. os resíduos coletados em Barreira do Triunfo ou Dias Tavares. Ora, não tem sentido encaminhar caminhões compactadores de Dias Tavares até Salvaterra para transbordar e transportá-lo novamente até Dias Tavares (local do aterro). Estabelecer quais os roteiros serão transbordados e quais serão transportados diretamente é uma necessidade que precisa ser estabelecida pelo gestor do sistema de limpeza urbana, o DEMLURB. A existência ou não de uma Unidade de Transbordo não representa risco à solução de continuidade da destinação final do lixo de Juiz de Fora quando a vida útil do Aterro Sanitário Salvaterra ASS se encerrar, o que não pode ser dito sobre o licenciamento da CTR-JF. A operação da Unidade de Transbordo é, a priori, uma questão de planejamento do gerenciamento do Sistema de Limpeza Urbana. A VITAL, por força de contrato, reconhece a necessidade de implementação e licenciamento ambiental de uma unidade de transbordo e se compromete a iniciá-lo assim que o DEMLURB se decidir, mas enquanto isto não ocorrer nada poderá fazer. Assim reitera a solicitação da exclusão desta condicionante no processo de Licença de Instalação. 6. Discussão Após leitura e análise das justificativas apresentadas pela Vital Engenharia, concordamos que a Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora e a Unidade de Transbordo são empreendimentos distintos e que a operação da CTR de Juiz de Fora não depende da instalação da Unidade de Transbordo. Para que a Unidade de Transbordo seja instalada pela Vital Engenharia, conforme definido no contrato firmado entre as partes, é previamente necessário que o DEMLURB, gestor do sistema de limpeza urbana, defina o local da instalação, mediante a realização de estudos de planejamento que avaliem economicamente a instalação e considere a lógica de transporte, estabelecendo quais roteiros serão transbordados e quais serão transportados diretamente.

Folha: 6/7 Até o momento, conforme o informado pela Vital Engenharia, não foi apresentado por parte do DEMLURB, qualquer documento referente ao mencionado estudo, nem tão pouco, a definição do local de instalação da Unidade de Transbordo. Considerando que a obrigação de licenciar a Unidade de Transbordo ainda não foi cumprida pelo empreendedor por motivos alheios a sua vontade; considerando ainda a inércia do Poder Público Municipal em definir a área adequada, cabível é a solicitação da empresa, já que a Prefeitura não é parte integrante do processo, não se podendo, portanto, imputar ao ente público qualquer dever no âmbito da regularização ambiental. Desta forma, entendemos que não é razoável vincular o início da operação da CTR de Juiz de Fora à instalação da Unidade de Transbordo, como pré requisito, eis que a definição do local destinado para tal é de competência do poder concedente, ou seja, a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, através do DEMLURB Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Ressalte-se que a condicionante estabelecida pela URC ZM não permite o entendimento de que foi fixada a obrigação de se ter a Unidade de Transbordo, mas tão somente que ela, sendo necessária, em obediência ao contrato ou conforme conclusões técnicas consensadas entre o empreendedor e o poder público municipal, seja licenciada previamente mediante obtenção de LP e LI concomitantes. 7. Conclusão Após análise das justificativas apresentadas pelo empreendedor, referentes ao pedido de exclusão da condicionante n.º 3, do Anexo I, da Licença de Instalação da Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora, concluímos favoravelmente à solicitação da empresa Vital Engenharia Ambiental S/A, por entendermos que o empreendedor não possui a autonomia necessária para o atendimento integral da referida condicionante. Diante do exposto, sugere-se à Unidade Regional Colegiada do COPAM que opine favoravelmente à concessão do pedido de exclusão da condicionante n.º 3, do Anexo I, da Licença de Instalação da Central de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora. Salientamos ainda que, sendo necessária a implantação da Unidade de Transbordo, em obediência ao contrato ou conforme conclusões técnicas consensadas entre o empreendedor e o poder público municipal, deverá ser a mesma licenciada previamente mediante obtenção regular licença ambiental. 12. Parecer Conclusivo Favorável: ( ) Não ( X ) Sim

Folha: 7/7 Data: 11 / 03 / 2010.. Gestora: Julia Abrantes Felicíssimo (MASP: 1.148.369-0).Equipe Técnica/Jurídica Interdisciplinar: Sandra Aparecida Moreira Scheffer (MASP 1.184.000-6) Wander José Torres de Azevedo (MASP 1.152.595-3). Diretor Técnico: Gláucio Cristiano Cabral de Barros Nogueira (MASP 1197093-6) : Diretor jurídico: Leonardo Sorbliny Schuchter (MASP 1.150.545-0)