SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ZONA DA MATA

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1 Folha: 1/8 SUPRAMZM Nº: /2008 Indexado ao(s) Processo(s): Licenciamento Ambiental N o : 00747/2003/001/2003 Outorga N o : 00626/2004 APEF N o : Reserva Legal N o : 1. Identificação Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor: RENYLAB QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA Empreendimento (Nome Fantasia): RENYLAB QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA Município: BARBACENA Atividade predominante: Fabricação de produtos para diagnóstico Código da DN e Parâmetro: C Faturamento Anual: R$ (REAL) Porte do Empreendimento Potencial Poluidor CNPJ / CPF: / Pequeno ( X ) Médio ( ) Grande ( ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Classe do Empreendimento: I ( X ) II ( ) III ( ) IV ( ) V ( ) VI ( ) Fase Atual do Empreendimento LP ( ) LI ( ) LO ( ) LOC ( X ) Revalidação ( ) Ampliação ( ) Localizado em UC (Unidades de Conservação)? ( X ) Não ( ) Sim Bacia Hidrográfica: Rio Grande Sub-Bacia: Rio das Mortes 2. HISTÓRICO Inspeção/Vistoria/fiscalização ( ) Não ( X ) Sim Notificações Emitidas Nº: Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Nº: 077/2007 Advertências Emitidas Nº: AI n o 1186/2004 Data: 09/03/2007 Multas Nº: 3. DESCRIÇÃO DO HISTÓRICO:

2 Folha: 2/8 Em 17/02/2004 foi lavrado Auto de Infração n o 1186/2004 para a indústria por operar sem licença. Em 28/03/2005 o empreendimento obteve Licença de Operação em caráter corretivo junto ao COPAM, com condicionantes, cujo prazo de validade é até 28/03/2013. Em 18/07/2005 foi protocolado pelo empreendimento solicitação de dilação de prazo por 60 dias para cumprimento de condicionantes com a apresentação da proposta de tratamento de efluentes líquidos. Em 28/09/2005 foi apresentado o projeto para tratamento de efluentes líquidos da empresa e a data de implantação da mesma. Em 22/02/2007 foi protocolado pedido de revisão de condicionante item 1 do Anexo Ida Licença de Operação. Em 09/03/2007 foi realizada vistoria no empreendimento para verificação do cumprimento das condicionantes do processo de licenciamento. Em 09/04/2007 foi lavrado Auto de Infração à empresa por não cumprir condicionante aprovada pelo COPAM. Em 02/01/2008 foi protocolado pedido de substituição de condicionantes, itens 1 e 2 do Anexo I da Licença de Operação n o DISCUSSÃO 4.1 INTRODUÇÃO: Em 2004 foi lavrado Auto de Infração para a empresa por instalar, construir, testar, operar ou ampliar atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente sem Licenças Prévia, de Instalação ou de Operação emitidas pelas Câmaras Especializadas do COPAM ou pelos Órgãos Seccionais de Apoio, se não constatada a existência de poluição ou degradação ambiental, segundo Lei nº 43127/2002 cap. 6 art. 19º parágrafo 2º item 1. Em julho de 2005 o empreendimento solicitou dilação de prazo para atendimento à condicionante que diz respeito à apresentação de proposta para tratamento dos efluentes líquidos industriais, incluindo o projeto e cronograma de implantação. Em agosto de 2005, em ofício DIINQ/N o 315/2005, a FEAM concedeu a prorrogação de prazo para cumprimento da condicionante até 28/09/2005. Em documento datado de 28 de setembro de 2005 e protocolo de 05/10/2005, foi apresentado o projeto para tratamento do efluente líquido da empresa, bem como a data do início da implantação do projeto (03/10/2005) e previsão de conclusão do mesmo. (em 60 dias). Em fevereiro de 2007 foi protocolado pedido de revisão de condicionante, intempestivamente, uma vez que a empresa não realizou a construção da ETE aprovada pelo COPAM.

3 Folha: 3/8 Em março de 2007 foi realizada vistoria no empreendimento onde se constatou que o mesmo não possuía Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETE) e que o efluente líquido gerado pela fábrica (250 litros/mês) vinha sendo estocada e tambores na própria fábrica para posterior destinação. Em abril de 2007 foi lavrado Auto de Infração N o 041/2007 pelo empreendimento não cumprir condicionantes aprovadas na licença de operação, não sendo constatada degradação ambiental, art. 86, inciso I do Decreto /2006. Em janeiro de 2008 foi protocolado pedido de substituição da condicionante do item 1 e 2 - Anexo I, referente ao tratamento dos efluentes líquidos industriais da fábrica. 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Renylab encontra-se instalada à Av. São Francisco n o 309, prolongamento da BR 040, em área urbana do Município de Barbacena/MG. A empresa produz kits para análises bioquímicas, reagentes para endoscopia, reagentes para odontologia, reagentes para ultra-sonografia e corantes diversos. A indústria opera com 8 funcionários trabalhando em turno único de 8 horas, de segunda à sexta, numa área total de m 2 e área construída de 800 m 2. A água utilizada no empreendimento é fornecida pela concessionária local (DEMASA), cujo consumo humano é de cerca de litros/mês, num total aproximado de consumo pelo empreendimento de litros/mês. A energia elétrica utilizada pelo empreendimento é fornecida pela CEMIG e seu consumo médio é de 1700 kwh PROCESSO PRODUTIVO Legenda: PCP: Planejamento e Controle de Produção; LCQ: Laboratório de Controle de Qualidade; OP: Ordem de Produção.

4 Folha: 4/ RESERVA LEGAL O empreendimento ocupa área urbana, sendo assim não passível de averbação de reserva legal. 4.3 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS O empreendimento utiliza água proveniente da concessionária local (DEMASA). Possui ainda Certidão de Captação de Uso Insignificante (131/2004), cuja explotação permitida é de 1 m 3 /hora durante 2 horas/dia, entretanto, devido a critérios técnicos de produção este poço não é mais utilizado e encontra-se lacrado e sem bomba de captação.

5 Folha: 5/8 4.4 EXPLORAÇÃO FLORESTAL O empreendimento já encontra-se instalado e em operação, desta forma não haverá necessidade de supressão de vegetação e conseqüentemente rendimento de material lenhoso PERMANÊNCIA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE O empreendimento não se encontra instalado em área de preservação permanente, sendo assim não há a necessidade de processo para permanência/intervenção em APP (Área de Preservação Permanente). 4.5 IMPACTOS IDENTIFICADOS RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos gerados são constituídos por resíduos domésticos, de escritório, caixas de papelão, embalagens danificadas, lâmpadas, bombonas e barricas plásticas, vidrarias, luvas, toucas e máscaras EFLUENTES LÍQUIDOS Os efluentes líquidos industriais gerados pelo empreendimento são aqueles originados na limpeza dos equipamentos, pisos dos setores de produção e descarte de amostras e reagentes de laboratório. O efluente líquido sanitário é proveniente dos banheiros presentes no empreendimento, destinados a atender 08 funcionários EMISSÕES ATMOSFÉRICAS A indústria não possui equipamento ou processo gerador de emissões atmosféricas passíveis de controle/eliminação EMISSÕES DE RUÍDOS Os ruídos gerados no empreendimento serão aqueles provenientes do processo produtivo de fabricação. 4.6 MEDIDAS MITIGADORAS RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos (papel, papelão, lâmpadas, etc.) passíveis de reciclagem são segregados pela empresa, sendo que as bombonas, barricas de plástico e tambores de metal já são comercializados. Os resíduos do laboratório analítico estão sendo armazenados em recipientes para posterior destinação adequada. Os resíduos químicos (Grupo B - PGRSS) são coletados pela Serquip. O lixo doméstico é recolhido pela empresa de coleta pública de lixo do Município. O empreendimento apresentou o PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde, seguindo a resolução da ANVISA.

6 Folha: 6/ EFLUENTES LÍQUIDOS Os efluentes líquidos industriais, por se tratarem de um pequeno volume (250 litros/mês) são armazenados em tambores dentro do próprio empreendimento para posterior destinação adequada. Os efluentes sanitários são destinados a uma fossa séptica com filtro anaeróbio para tratamento e posterior lançamento no córrego Frigorífico, o qual se localiza a aproximadamente 600 metros do empreendimento EMISSÕES ATMOSFÉRICAS A indústria não possui equipamento ou processo gerador de emissões atmosféricas passíveis de controle/eliminação EMISSÕES DE RUÍDO Os ruídos gerados pelo processo produtivo da empresa não extrapolam para a área externa do empreendimento, sendo assim não há a necessidade de realizar medidas mitigatórias. 5. ALTERAÇÃO DE CONDICIONANTES Em documentação protocolada na SUPRAM Zona da Mata, sob n o /2008, o empreendimento solicitou a revisão/substituição das condicionantes referentes aos itens 1 e 2 do Anexo I da Licença de Operação, alegando que o custo de instalação do sistema de tratamento dos efluentes líquidos industriais tal como projetado, em atendimento ao item 1 das condicionantes, encontra-se fora da capacidade de investimento da empresa. Alegou ainda que a produção encontra-se abaixo do esperado por razões de mercado e que devido a redução do número de itens produzidos, a geração de efluentes líquidos decorrentes da limpeza dos equipamentos também foi muito reduzida. Por isso foi apresentado pelo empreendimento uma alternativa para o tratamento deste efluente, que consiste no recolhimento deste e destinação a um leito de secagem com serragem para que o efluente seja absorvido por esse material e que parte da água seja evaporada. Este procedimento vem sendo realizado pelo empreendimento, que também coletou amostras deste resíduo gerado neste novo processo e o enviou para análise de caracterização. Após análise e expedição de laudo técnico pela Brandt Meio Ambiente Ind. Com. e Serviços Ltda., a Lama dos Efluentes de Lavagem foi classificado como Resíduo Não Inerte Classe II A. Desta forma, após transformar o efluente líquido industrial em um resíduo sólido com baixa umidade, o empreendimento afirma que poderá destinar este resíduo para um aterro industrial. Após contato do empreendedor com a Pró-Ambiental Tecnologia, que dispõe de aterro industrial Classe II e de incinerador, verificou-se que o custo anual para disposição dos

7 Folha: 7/8 resíduos sólidos a serem gerados neste novo processo são bem inferiores aos custos de instalação e operação de uma Estação de Tratamento de Efluentes Industriais. Foi apresentado ainda cópia do projeto dos leitos de secagem com as devidas ART s do projeto e de sua instalação. 6. CONCLUSÃO Com base na documentação apresentada pelo empreendimento Renylab Química Farmacêutica Ltda., composto de Laudo Técnico de Classificação dos Resíduos gerados pelo leito de secagem de efluentes de lavagem, croqui do leito de secagem, ART do responsável dentre outras documentações, o empreendimento apresentou medidas que irão mitigar os impactos gerados pelo seu processo produtivo. Cabe esclarecer que a SUPRAM-ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da própria empresa e seu projetista. Diante do exposto, este parecer sugere á Unidade Regional Colegiada da Zona da Mata a alteração das condicionantes, itens 1 e 2 (vinculadas) do Anexo I da Licença de Operação n o 207/2005, desde que o empreendimento realize o projeto que foi apresentado, com o devido acompanhamento e responsabilidade de um técnico capacitado. Destarte, sugere-se a alteração das condicionantes constantes dos itens 1 e 2, que, doravante, passam a ser a redigidas num único item, com o seguinte teor: Implantar e operar sistema de tratamentos de efluentes industriais composto por leitos de secagem, conforme projeto apresentado no pedido de alterações de condicionantes protocolado pelo empreendimento. Por derradeiro, ressalta-se que a alteração aqui sugerida não dispensa nem substitui a execução de medidas de controle ambiental, de obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no Certificado de Licenciamento. 7. Parecer Conclusivo Favorável: ( ) Não ( X ) Sim 8. Data / Responsabilidade Técnica:

8 Folha: 8/8 Data: 23/ 01 /2008. Gestor: Rafael Fernando Novaes Ferreira (MASP ). Diretor Técnico: Dorgival da Silva