1 Melhor Prática vencedora: Economia Local (Capital) São Paulo Indy 300 DESTINO: São Paulo/SP INSTITUIÇÃO PROMOTORA: São Paulo Turismo S/A RESPONSÁVEL: Tasso Gadzanis Luiz Sales Em 14 de março de 2010, São Paulo realizou pela primeira vez uma corrida de Fórmula Indy, principal categoria de automobilismo de monoposto dos EUA e admirada em todo o mundo. O campeonato acontece anualmente em 17 etapas e apenas quatro delas são realizadas fora do território norte-americano: Edmonton e Toronto no Canadá, Montegi no Japão e em São Paulo. Rio de Janeiro, Salvador e Ribeirão Preto estavam na disputa para receber o evento, mas por impossibilidade de viabilizar as condições exigidas, São Paulo entrou na briga e apresentou sua proposta. Prontamente aprovada, a cidade através da Rede Bandeirantes, detentora dos direitos de transmissões da Fórmula Indy, firmou contrato com a Indy Racing League IRL instituição organizadora do evento - garantindo a realização da prova em São Paulo até 2014, posteriormente prorrogado até 2018 por solicitação da IRL. A Band foi a principal responsável pela captação, garantindo investimentos de cerca de US$ 20 milhões. A Prefeitura de São Paulo também assinou um compromisso com a IRL e investiu cerca de R$ 20 milhões no evento, sendo R$ 12 milhões como cota de patrocínio mediante a entrega de ativos de promoção turística da cidade, e R$ 8 milhões em infraestrutura, como obras de recapeamento de vias próximas ao Parque Anhembi; junto com outros parceiros estima-se que os investiram atingiram cerca de US$ 40 milhões. Os desafios para a realização da prova, até então inédita na cidade, foram muitos. Da definição como sede até o momento da largada foram apenas 110 dias de muito trabalho. A primeira tarefa foi entender um pouco mais da dinâmica do evento no seu local de origem, os Estados Unidos. Com o aprendizado adquirido na missão, foi feita uma grande discussão para definição do circuito, que resultou na escolha do Parque Anhembi e vias do entorno,
2 aproveitando a estrutura física do Sambódromo, e minimizando ao máximo possível - os impactos no trânsito. Definido o local, deu-se início às obras de adequação da pista, que não foram interrompidas nem mesmo para o Carnaval, que tem como palco principal o sambódromo do Anhembi. Passado o evento do Samba, iniciou-se a montagem das estruturas não permanentes: arquibancadas, camarotes, guardrails, pintura, sinalização e blocos de concreto para delimitação, e o que parecia impossível tornou-se real, em tempo recorde, a pista foi concluída. Na sexta-feira, véspera dos treinos, as equipes finalizavam, empolgadas, a montagem dos veículos, que soltaram os primeiros roncos. Tudo correu bem até os treinos livres da manhã do sábado, quando alguns problemas foram identificados e provocaram reclamações, havia muitas ondulações no asfalto e a pista lisa de concreto do sambódromo impedia a aceleração e acumulava a água da chuva. O sucesso do evento foi colocado à prova e só se confirmou graças à rápida tomada na decisão de submeter a pista a um processo de microfresagem na madrugada de sábado para domingo, que ofereceu maior aderência à pista. Transpostos os obstáculos, a prova, no domingo, correu dentro da normalidade. Foram 75 voltas em um traçado de 4.180 metros, passando pela pista do sambódromo, área de concentração, um trecho pequeno contíguo ao Pavilhão de Exposições da Avenida Olavo Fontoura, pelo estacionamento interno do Parque Anhembi e pela pista local da Marginal Tietê, antiga pista de desaceleração do Anhembi. Durante o treino, no dia 13, e a prova, no dia 14, a pista expressa da Marginal funcionou normalmente e a do meio esteve bloqueada por questões de segurança. De acordo com cálculos do Observatório do Turismo, elaborado com apoio da FEA/FIPE/USP, o público estimado do evento foi de 60 mil pessoas, das quais 21 mil oriundos das mais diversas localidades brasileiras, 5 mil estrangeiros e mais 900 profissionais. Esses visitantes, turistas e equipes, ficaram em hotéis e usufruíram da cidade, gerando mais de 5 mil empregos e deixando por aqui mais de R$ 80 milhões isso sem contar a arrecadação de impostos, como ISS. A intensidade dos gastos gerados pelo turismo atingiu um patamar muito acima dos investimentos da montagem estrutural e das obras. O resultado da avaliação do evento e da avaliação da organização deste pelos visitantes também foi positiva. Todos os aspectos do circuito foram avaliados como bom ou mais; o local da corrida foi apontado como excelente
3 entre 38,9% dos entrevistados e o acesso ao circuito foi considerado muito bom ou excelente por 49,9%. Outro resultado extremamente positivo a ser destacado foi a exposição da imagem de São Paulo na mídia. A Rede Bandeirantes fez a transmissão da corrida ao vivo, com veiculação, também, em mais de 200 países, com ampla divulgação da capital paulista, especialmente no mercado norte-americano, um trabalho de promoção de grande importância para São Paulo. No pré-evento houve um plano de mídia que contemplou, ainda, diversas outras plataformas, como comerciais de TV, anúncios para jornais, revistas, internet, spot de rádios e peças publicitárias. Além disso, conforme média histórica do evento, mais de mil profissionais de imprensa vieram de todas as partes do Brasil e do mundo, com divulgação para centenas de veículos de comunicação no Exterior, um retorno extraordinário e espontâneo. Somente nos Estados Unidos, onde a IndyCar possui mais admiradores, esse conteúdo jornalístico foi distribuído para aproximadamente 100 milhões de pessoas, e foram geradas matérias em todos os principais jornais do país, como New York Times, Washington Post, Los Angeles Times, Sports Illustrated, entre outros. Por fim, ainda tivemos a ampla divulgação mundial do Parque Anhembi, maior complexo de eventos da América Latina, e onde a maior parte da prova aconteceu. Por tudo isso, a vinda para São Paulo de um dos cinco maiores eventos esportivos mundiais, a IndyCar é de amplo interesse público e considerada uma grande conquista para a cidade, que só ganhou com este megaevento em termos de movimentação da economia, arrecadação de ISS, geração de empregos, imagem e promoção da cidade junto a mercados internacionais, principalmente os EUA. Além disso, somada ao GP de Fórmula 1 e Salão Internacional do Automóvel, a Formula Indy transforma a cidade na capital mundial do automobilismo. Em 2011, a prova será realizada no feriado de 1º de maio. A expectativa é superar o sucesso de 2010 com o aprendizado adquirido. A corrida um desejo antigo de São Paulo - ensinou uma grande lição, que quando há envolvimento, vontade e dedicação, tudo é possível, por mais que as condições insinuem o contrário.
4 Contatos: RESPONSÁVEL: Tasso Gadzanis (Presidente em exercício) e Luiz Sales (Diretor de Turismo e Entretenimento) TELEFONES: (11) 2226-0472 / 2226-0626 ENDEREÇO ELETRÔNICO: projetosturisticos@spturis.com SÍTIO ELETRÔNICO: http://www.streetsampa.com.br Fotos e Gráficos: Luis Pascuzzi
Jefferson Pancieri 5