O Direito e o Pensamento Jurídico Ano Letivo 2012/2013 1º semestre Prof. Doutor Jorge Bacelar Gouveia www.jorgebacelargouveia.com - jbg@fd.unl.pt 0 Preliminares 0.1. O nome da disciplina 0.2. Programa 0.3. Ensino 0.4. Bibliografia 0.5. Avaliação I O SENTIDO DO DIREITO 1º O Direito na Sociedade 1.1. A vida humana em sociedade e a normatividade das relações sociais 1.2. Normatividade humana e leis da Natureza: ordem de liberdade e ordem de necessidade 1.3. As funções do Direito: pacificação, integração e legitimação 2º O conceito de Direito
2.1. As aceções de Direito: Direito Objetivo e Direito Subjetivo 2.2. A terminologia do Direito 2.3. O conceito de Direito e os seus elementos 2.4. O elemento formal: o sistema de princípios e de normas 2.5. O elemento funcional: assistidos de proteção coativa 2.6. O elemento teleológico: que visam alcançar a justiça e a segurança 3º As características do Direito 3.1. As características do Direito: socialidade, necessidade (imperatividade), coercibilidade, unidade, coerência, plenitude, abertura, mobilidade 3.2. Pretensas características do Direito: estadualidade, moralidade 3.3. O Direito e o Estado 4º As fronteiras do Direito 4.1. O Direito e as outras Ordens Normativas: as relações possíveis de coincidência, indiferença e antagonismo 4.2. Ordem Jurídica e Ordem Religiosa 4.3. Ordem Jurídica e Ordem Moral 4.4. Ordem Jurídica e Ordem de Civilidade 4.5. A evolução das relações entre o Direito e as ordens normativas afins 4.6. A relação entre o Direito e a Religião em especial: laicidade do Direito e
cooperação com as religiões; o Direito da Religião 5º A divisão do Direito 5.1. A diversidade da setorização do Direito e os seus ramos 5.2. Direito Interno (Estadual e não só) e Direito Externo (Direito Internacional Público e Direito da União Europeia) 5.3. Direito Público e Direito Privado: critérios de destrinça 5.4. Ramos do Direito Público: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Contraordenacional, Direito Judiciário, Direito Processual, Direito Económico, Direito Financeiro, Direito Fiscal, Direito da Segurança, Direito da Religião, Direito do Ambiente, Direito do urbanismo, Direito do Ordenamento do Território 5.5. Ramos do Direito Privado: Direito Civil, Direito Comercial, Direito do Trabalho, Direito Intelectual, Direito Agrário 5.6. Ramos do Direito mistos: Direito do Consumo, Direito dos Valores Mobiliários II O ESTUDO E A PRÁTICA DO DIREITO 6º As Ciências que estudam o Direito 6.1. O estudo do Direito é uma Ciência 6.2. A Técnica e a Arte do Direito 6.3. Ciência do Direito: Dogmática do Direito
6.4. Ciências Afins: Ciência Política, Teoria Geral do Estado, Sociologia Jurídica, Antropologia Jurídica, História das Ideias Políticas 6.5. Ciências Auxiliares: Linguística, Estatística, Matemática, Geografia, Astrofísica 7º A pluralidade das Ciências do Direito 7.1. Os métodos da Ciência do Direito 7.2. Filosofia do Direito 7.3. História do Direito 7.4. Direito Comparado 8º A Metodologia da Ciência do Direito 8.1. Pensar e Decidir o Direito 8.2 Correntes metodológicas da Ciência do Direito: Exegese, Jurisprudência dos Conceitos e Interesses, Escola de Direito Livre, Tópica 9º As profissões do Direito 9.1. Os cursos de Direito e as saídas profissionais 9.2. Profissões jurídicas 9.3. Profissões não jurídicas 9.4. Profissões forenses III AS FONTES DO DIREITO 10º O sentido das fontes do Direito
10.1. A metáfora de Cícero sobre as fontes do Direito 10.2. Diversidade do sentido de fontes do Direito: o sentido técnico-jurídico; fontes estaduais e não estaduais do Direito 10.3. A trilogia clássica: lei, costume e jurisprudência 11º A resposta tradicional e obsoleta do Código Civil 11.1. Os artigos iniciais do Código Civil 11.2. A errada definição das fontes 11.3. A omissão de fontes relevantes 11.4. A insuficiente identificação das fontes previstas 12º A nova resposta constitucional: a Constituição como norma normarum 12.1. O artigo 112º da Constituição 12.2. O artigo 119º da Constituição 12.3. O artigo 8º da Constituição 13º As fontes externas do Direito 13.1. O art. 38º do ETIJ e a questão da definição das fontes do DIP 13.2. Os tratados internacionais 13.3. Os costumes internacionais 13.4. Os atos jurídicos unilaterais internacionais 13.5. Os princípios gerais de Direito 13.6. O ius cogens internacional
14º As fontes internas do Direito 14.1. A lei em geral: ato normativo unilateral de vontade do poder público; direito legislado e direito judicial 14.2. A Constituição e as leis de revisão 14.3. As leis ordinárias: leis da Assembleia da República; decretos-leis do Governo; decretos legislativos regionais das Regiões Autónomas 14.4. Atos regulamentares 14.5. Atos normativos da autonomia laboral coletiva 15º Outras fontes do Direito 15.1. Os costumes internos; o pluralismo jurídico 15.2. A jurisprudência normativa 15.3. O Direito privado: associativo, desportivo 16º A pluralidade e os conflitos de fontes de Direito 16.1. Do legiscentrismo e do estatismo ao pluralismo de fontes do Direito 16.2. Os diferentes critérios de resolução das antinomias inter-normativas 16.3. O critério da hierarquia; a hierarquia das fontes do Direito 16.4. O critério da cronologia 16.5. O critério da especialidade 16.6. O critério da função 16.7. A colaboração entre a lei, a doutrina e jurisprudência: do ius strictum ao ius aequum; cláusulas gerais, conceitos indeterminados e conceitos discricionários 17º A codificação do Direito 17.1. O conceito de código jurídico 17.2. O movimento codificador IV O SISTEMATICIDADE DO DIREITO
18º O sistema jurídico 18.1. A ideia de sistema jurídico 18.2. Os princípios do sistema jurídico 19º Os princípios jurídicos 19.1. O Direito como sistema jurídico 19.2. Os princípios e as normas jurídicas 19.3. Os princípios como mandatos de optimização 19.4. As funções dos princípios: normogenética, valorativa, hermenêutica 19.5. Modalidades de princípios: gerais de Direito e dos ramos do Direito 20º As normas jurídicas 20.1. A estrutura das normas jurídicas: previsão e estatuição 20.2. As características das normas jurídicas: imperatividade, generalidade, abstracção, hipoteticidade 20.3. Modalidades das normas jurídicas: âmbito territorial (universais, regionais e locais); âmbito subjetivo (comuns e particulares); âmbito material (gerais, especiais e excepcionais); disponibilidade das partes (imperativas e supletivas) V A DETERMINAÇÃO DO DIREITO 21º A interpretação das fontes do Direito 21.1. A interpretação como captação do sentido de dever-ser jurídico (da lei e não só) 21.2. O sujeito da interpretação: pública e privada, auto e hetero-interpretação 21.3. O objeto da interpretação: subjetivismo e objetivismo; historicismo e
atualismo 21.4. Os elementos da interpretação: literais e extra-literais sistemático, teleológico e histórico 21.5. Os resultados da interpretação: declarativa, restritiva, extensiva, abrogatória e enunciativa 22º A integração de lacunas do Direito 22.1. Lacunas do Direito e situações extra-jurídicas 22.2. O princípio da plenitude da Ordem Jurídica e a proibição da decisão de non liquet 22.3. Diversidade das lacunas jurídicas: de regulamentação e de exceção; da lei e do Direito 22.4. A integração das lacunas: métodos normativos (leis e assentos) e não normativos (equidade e decisão jurisprudencial); analogia legis e analogia iuris 23º A aplicação do Direito no tempo 23.1. O Direito e o Tempo: início e cessação de vigência; sucessão de leis no tempo 23.2. Direito transitório: formal e material 23.3. Prospetividade e retroatividade 23.4. Retroatividades proibidas; a CRP em especial 23.5. Regras especiais sobre aplicação no tempo 23.6. Cessação de vigência: revogação, caducidade, costume contra legem 24º A aplicação do Direito no espaço 24.1. O Direito e o Espaço 24.2. O âmbito territorial de aplicação do Direito estadual 24.3. Aplicação interna de Direito estrangeiro 24.4. Aplicação externa de Direito nacional
VI A TUTELA DO DIREITO 25º Tutela e Violação do Direito 25.1. Tutela do Direito e coercibilidade do Direito 25.2. A violação do Direito: desvalor e responsabilidade 26º Meios de Tutela do Direito 26.1. Tutela pública e tutela privada 26.2. Tutela política, legislativa, administrativa e judicial VII O FUNDAMENTO DO DIREITO 27º A crítica do Direito 27.1. O Direito Positivo e o Direito Supra-Positivo (Direito Natural) 27.2. A validade e a conformidade formal do Direito 27.3. A efetividade e a aceitação social do Direito 27.4. A legitimidade e a apreciação material do Direito 28º A busca do Direito Justo 28.1. Evolução histórica das correntes de fundamentação do Direito 28.2. O fundamento do Direito e a dignidade da pessoa humana BIBLIOGRAFIA - A. Santos Justo, Introdução ao Estudo do Direito, 2ª ed., Coimbra
Editora, Coimbra, 2003 - Diogo Freitas do Amaral, Introdução ao Direito, I, Almedina, Coimbra, 2004 - Fernando José Bronze, Lições de Introdução ao Direito, 2ª ed., Coimbra Editora, Coimbra, 2006 - Germano Marques da Silva, Introdução ao Estudo do Direito, 2ª ed., UCE, Lisboa, 2007 - Inocêncio Galvão Telles, Introdução ao Estudo do Direito, I, 11ª ed., 1999, e II, 10ª ed., 2000, Coimbra Editora, Coimbra - João Baptista Machado, Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, Almedina, Coimbra, 1993 - João de Castro Mendes, Introdução ao Estudo do Direito, AAFDL, Lisboa, 1984 - José Dias Marques, Introdução ao Estudo do Direito, 2ª ed., Lisboa, 1994 - José de Oliveira Ascensão, O Direito Introdução e Teoria Geral, 13ª ed., Almedina, Coimbra, 2005 - Karl Larenz, Metodologia da Ciência do Direito, 3ª ed., FCG, Lisboa, 1997 - Mário Reis Marques, Introdução ao Direito, I, 2ª ed., Almedina, Coimbra, 2007 - Miguel Teixeira de Sousa, Introdução ao Direito, Almedina, Coimbra, 2012