Associação Brasileira de Supermercados Nº40 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 27 de Maio de 2014 Vendas do setor acumulam crescimento de 2,05% Em abril, as vendas reais do autosserviço apresentaram alta de 2,82% na comparação com o mês imediatamente anterior e alta de 10,29% em relação ao mesmo mês do ano de 2013, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, apurado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No resultado acumulado (jan/abr), as vendas apresentaram alta de 2,05%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os índices já estão deflacionados pelo IPCA do IBGE. Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram crescimento de 3,51% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a abril do ano anterior, alta de 17,22%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 8,11%. Renda e emprego mantêm crescimento do setor O resultado acumulado no primeiro quadrimestre de 2014 mostra que as vendas do setor continuam positivas, ainda que em um ritmo mais lento do que o verificado nos últimos anos. O equilíbrio entre renda e emprego tem mantido as vendas do nosso setor em crescimento, o que motiva investimentos constantes em novas lojas e serviços e em campanhas e promoções. Os resultados do nosso indicador de vendas até abril, com crescimento acumulado de 2,05%, mostram o efeito positivo das vendas do período de Páscoa. Nossa expectativa é que essa tendência de crescimento continue, pois teremos ainda bons momentos de vendas durante este ano, destaca o presidente do Conselho Consultivo da ABRAS, Sussumu Honda. Variações Período de análise mês/14 Variação Nominal Variação Real* (IPCA/ IBGE) Abr/14 x Mar/14 3,51% 2,82% Abr/14 x Abr/13 17,22% 10,29% Acumulado/ano 8,11% 2,05% Índice Abras acumula alta de 2,05% até abril Nesta edição: >> Conjuntura 2 Taxa de desemprego cai ainda mais: 4,9% em abril de 2014 >>Abrasmercado 3 Abrasmercado, varia 1,63% no mês e acumula 5,62% >>Abrasmercado 4 Região Nordeste tem variação de 3,38% em abril/14 >>PMC 5 Setor de comércio cresce 4,5% no acumulado do 1º Trimestre >>Projeções 6 Caged: diminui o ritmo de geração de empregos formais >>Indicadores 7 Indicadores macroeconômicos e do varejo
Análise Conjuntura do mercado - pg. - pg. 02 02 Taxa de desemprego cai ainda mais: 4,9% em abril de 2014 A taxa de desocupação em abril de 2014 foi estimada em 4,9% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Frente a março (5,0%), a taxa não apresentou variação significativa. No confronto com abril de 2013 (5,8%), esse indicador declinou 0,9 ponto percentual. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, no mês de abril de 2014, em R$ 2.028,00. Este resultado foi considerado 0,6% menor em relação ao apurado em março (R$ 2.040,27) e 2,6% acima do registrado em abril de 2013 (R$ 1.977,24). Regionalmente, em relação a março de 2014, o rendimento dos trabalhadores subiu na Região Metropolitana de Belo Horizonte (0,9%). Apresentou queda em Salvador (2,4%); Rio de Janeiro (0,8%) e em Porto Alegre (1,9%). Ficou estável em Recife e São Paulo Alimentos desaceleram em maio, mas IPCA-15 acumula 6,31% em 12 meses O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,67% e ficou abaixo da taxa de 0,92% registrada no mês de março em 0,25 ponto percentual. Com isso, a variação foi para 2,86% nos primeiros quatro meses deste ano, acima da taxa de 2,50% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 6,28%, acima dos 6,15% relativos aos 12 meses anteriores. Em abril de 2013 a taxa foi de 0,55%. IPCA: alta de 0,67% em abril e 6,28% acumulado A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em 47,2 bilhões em abril de 2014, caiu 0,5% em relação a março. Na comparação com abril do ano passado esta estimativa aumentou 3,6%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,58% em maio e ficou 0,20 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,78%). Com isso, o acumulado no ano foi para 3,51%, acima da taxa de 3,06% relativa a igual período de 2013. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,31%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,19%). Destacaram-se, em maio, as tarifas de energia elétrica, cuja alta de 3,76% levou a um impacto de 0,10 ponto percentual, o mais elevado. A variação apropriada na Região Metropolitana de Belo Horizonte chegou a 13,67% em função do reajuste de 14,24% em vigor desde 8 de abril; em Fortaleza o resultado da energia foi de 10,26%, onde o reajuste de 16,55% passou a vigorar a partir do dia 22 de abril. Depois da energia, vieram os remédios, que ficaram 2,10% mais caros e causaram o segundo maior impacto sobre o índice do mês. Mesmo com a pressão exercida pelas tarifas de energia e remédios, o IPCA-15 de maio mostrou desaceleração, o que se deve, principalmente, ao menor ritmo de crescimento de preços dos alimentos, indo para 0,88%, após terem apresentado alta de 1,84% em abril. Também contribuíram as tarifas aéreas (-21,26%).
Abrasmercado - pg. 03 Abrasmercado desacelera, varia 1,63% no mês e acumula 5,62% Em abril, o Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela GfK em mais de 600 estabelecimentos de autosserviço espalhados em todo o País, apresentou alta de 1,63%, em relação a março de 2014. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Abrasmercado apresentou alta de 5,62%, passando de R$ 357,58 para R$ 377,74. Em abril de 2013, o Abrasmercado assinalava uma alta de 0,79% em relação ao mês anterior, acumulando alta de 4,7% no ano e de 13,0% em 12 meses. Os produtos com as maiores altas em abril, na comparação com o mês anterior, foram: batata, com 22,31%; leite longa vida, 5,34%, queijo mussarela, 5,16%; ovo, 5,09%. A batata obteve alta nos preços em todas as regiões, a maior alta foi registrada na Região Sul, onde variou 27,77%. A menor variação foi verificada na Região Sudeste, 17,83%. O leite longa vida, por sua vez, teve sua maior alta, de 7,91% na Região Sul. Outra variação forte do produto foi registrada na Região Sudeste, com 5,55%. O queijo mussarela, apresentou a sua maior alta, de 8,95%, na Região Centro-Oeste. Já os produtos com as maiores quedas foram: tomate, -5,24%; a farinha de mandioca, -3,64%; cebola, -2,94%; e o frango congelado, com queda de -0,85%. O tomate teve queda em três regiões e a maior delas foi na Região Sudeste, -16,09%. A farinha de mandioca, por sua vez, teve a maior queda na Região Norte, -5,48%. Batata aumenta 54,3% só em 2014 No resultado acumulado de 12 meses, os produtos que mais pressionaram a inflação na cesta Abrasmercado foram a carne traseiro, com 20,9%, a batata, com 20,2% e o leite em pó integral, com 16,6%. Os produtos com as maiores quedas nos preços no acumulado de 12 meses foram pela ordem: cebola (-41,7%), feijão (-16,0%) e a farinha de mandioca (-10,2%). No resultado acumulado do ano, os produtos que mais pressionaram a inflação na cesta Abrasmercado foram a batata, com 54,3%, o tomate, com 32,1%, e a cebola, com 18,0%. Os produtos com as maiores quedas nos preços no acumulado de 12 meses foram pela ordem: farinha de mandioca (-6,8%), frango congelado (-3,6%) e o feijão (-2,8%). Abrasmercado Período Valor em R$ Abril/13 R$ 357,58 Abril/14 R$ 377,74 Var. (%) Mês x Mesmo mês do ano anterior 5,62 Período Valor em R$ Março14 R$ 371,69 Abril/14 R$ 377,74 Var. (%) Mês x Mês Anterior 1,63 Maiores quedas (Mês x Mês anterior - %) TOMATE -5,24 FARINHA DE MANDIOCA -3,64 CEBOLA -2,94 FRANGO CONGELADO -0,85 Comparativo Abrasmercado x IPCA Abrasmercado IPCA Variação Mensal (Abr/14 versus Mar/14) 1,63% 0,67% Acumulado no Ano(Jan/14 a Abr/14) 4,83% 2,86% Variação 12 meses (Abr/14 versus Abr/13) 5,62% 6,28% Maiores altas (Mês x Mês anterior - %) BATATA 22,31 LEITE LONGA VIDA 5,34 QUEIJO MUSSARELA 5,16 OVO 5,09
Abrasmercado - pg. 04 Região Nordeste tem variação de 3,38% em abril/14 Em abril, a Região Nordeste apresentou a maior alta, 3,38%, na relação de um mês para o outro, com destaque para a alta nos preços da batata (27,48%) e da carne dianteiro (13,36%). A cesta regional ficou em R$ 331,76. A cesta da Região Norte permaneceu com o posto da cesta mais cara do País, e apresentou queda de -0,51%. Na região, os produtos que apresentaram maiores quedas de preços foram o feijão (-10,62%) e a carne dianteiro (-8,56%). A segunda cesta mais cara do País continua sendo a da Região Sul, com valor de R$ 413,74, oscilação de 1,43% no mês. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram a batata (27,77%) e o leite longa vida (7,91%). R$ 419,44 R$ 331,76 R$ 352,24 R$ 364,06 R$ 413,74 Maceió tem maior variação entre as capitais: 5,32% A Região Sudeste apresentou alta de 2,70%, na relação de um mês para o outro. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram a batata (17,86%) e a cebola (9,79%). Na Região Centro-Oeste, a alta foi de 1,75%, atingindo o valor de R$ 352,24, as maiores altas da região foram verificadas na batata (18,95%) e no feijão (11,85%). De acordo com a pesquisa, em abril, Brasília continua com a cesta mais cara do País, atingindo o valor de R$ 440,53, com variação de 1,89% no mês. Destaque para a alta no preço da batata (22,46%). Interior de Minas Gerais apresentou entre as capitais e municípios pesquisados a maior alta nos preços do País, com variação de 5,99%, atingindo o valor de R$ 339,24. Na região, os produtos que apresentaram as maiores altas no mês foram o xampu (27,85%), e a batata (25,51%). Na Grande São Paulo, a cesta Abrasmercado apresentou em abril/2014 variação de 3,46%, atingindo o valor de R$ 379,61. Os produtos que apresentaram alta nos preços foram a batata (24,88%) e a margarina (14,98%).
PMC - pg. 05 Setor de comércio cresce 4,5% no acumulado do 1º Trim. Em março de 2014, o comércio varejista do País registrou queda de -0,5% no volume de vendas e alta de 0,5% na receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Nas demais comparações, o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, decréscimo da ordem de -1,1% sobre março do ano anterior, sendo este o primeiro resultado interanual negativo depois de 12 meses de crescimento. Em termos acumulados, a variação foi de 4,5%, tanto no trimestre quanto nos últimos 12 meses. Nesse período, o segmento que apresentou maior crescimento foi o de artigos farmacêuticos, com crescimento de 11,4%. O pior desempenho foi em veículos e motos, partes e peças (-0,4%). Hiper e super crescem 2,1% na comparação anual O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -2,8% no volume de vendas em março sobre igual mês do ano anterior, proporcionou a principal contribuição negativa à taxa global do varejo. Embora o poder de compra da população permaneça positivo, uma vez que a massa de rendimentos médio real habitual dos ocupados obteve um aumento de 4,0% sobre março de 2013, segundo a PME, o efeito-calendário, em março, foi o principal determinante do resultado da atividade, já que a comemoração da Páscoa no ano passado ocorreu em março, enquanto neste ano, em abril. Em termos acumulados, a taxa para os primeiros três meses do ano foi de 2,6% e para os últimos 12 meses, de 2,1%. Com o segundo maior impacto negativo na formação da taxa global, o segmento de tecidos, vestuário e calçados registrou decréscimo no volume de vendas, em março, da ordem de -7,3% sobre igual mês do ano passado, e taxa acumulada no ano e nos últimos 12 meses, de 0,5% e 2,7%, respectivamente. A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, registrou variação de -3,8% no volume de vendas em relação a março de 2013. Vale observar que o segmento, que é composto entre outras atividades, por lojas de departamentos, também teve seu resultado negativo influenciado pelo efeito-calendário. Para o primeiro trimestre a variação acumulada foi de 7,4% e para os últimos 12 meses, de 9,2%.
Projeções - pg. 06 Caged: diminui o ritmo de geração de empregos formais De acordo com (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, em abril foram gerados 105,4 mil empregos formais no País, o que representou um crescimento de 0,26%, em relação ao estoque do mês anterior. Se o dado continua positivo, mostrando a trajetória ascendente do emprego, ele também sinaliza uma redução no ritmo de expansão dos assalariados celetistas em relação aos saldos de abril dos anos anteriores, não confirmando a expectativa de uma geração mais expressiva de postos de trabalho. No acumulado do ano, verificou-se um incremento de 4.581, mil postos, e nos últimos 12 meses, um aumento de 885 mil, equivalente ao crescimento de 1,13% e 2,20% para os respectivos períodos. Com esse aumento, o número de empregos formais gerados no período de janeiro de 2011 a abril de 2014, atinge o montante de quase cinco milhões de postos de trabalho, representando um crescimento de 11,25% sobre o estoque de dezembro de 2010. O Gráfico abaixo mostra que o resultado registrado em abril de 2014 é o mais baixo apresentado desde 2009, no período subsequente à crise americana. Desde então, o número de abril vem apresentando queda, após ter atingido o seu ápice em 2010, com a geração de 305,1 mil postos. Focus: previsão para o crescimento do PIB de 2014 é de 1,63% Projeções 23/5/2014 Índices/Indicadores 2014 2015 PIB (% de crescimento) 1,63 1,96 Produção Industrial (% de 1,40 2,20 crescimento) Taxa de câmbio - fim de 2,45 2,51 período (R$/US$) Taxa Selic - fim de período 11,25 12,00 (% a.a.) IPCA (%) 6,47 6,00 IGP-M (%) 6,97 5,50 Fonte: Boletim Focus - Banco Central Segundo analistas de mercado consultados pelo Banco Central, em seu Boletim Focus, a perspectiva para o PIB de 2014 é de crescimento de 1,63%. Há um mês, o mercado previa expansão de 1,65%. Para 2015, a previsão para o crescimento é de 1,96%. As projeções indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) irá fechar 2014 em 6,47%, acima dos 5,91% de 2013. Para 2015, expectativa é de alta de 6%. Para o IGP-M, a previsão é de que o índice encerre o ano em 6,97%. Para 2015 a projeção é de 6,00%. A previsão para a Selic foi mantida em 11,25% em 2014. Para 2015 a perspectiva é de 12% ao ano. De acordo com o levantamento de 23/5, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 é de 2,45. A previsão para o dólar no fim de 2015 está em R$ 2,51.
Indicadores - pg. 07 Indicadores Expediente: Departamento de Economia e Pesquisa Moisés Lira/Fabiana Alves/Flávio Tayra (consultor) Revisão: Roberto Leite Tel.: 55 11 3838-4516 e-mail: economia@abras.com.br