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Transcrição:

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS Taxa de desemprego total (%) - Região Metropolitana de São Paulo - 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 10,3 11,7 15,2 14,6 14,2 13,2 15,1 16,0 18,2 19,3 17,6 17,6 19,0 19,9 18,7 16,9 15,8 14,8 13,9 Fonte: DIEESE/SEADE. * Média dos cinco primeiros meses do ano. Taxa de desemprego total (%) 6 Regiões Metropolitanas 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 18,7 20,2 18,7 18,8 19,5 20,8 19,6 17,9 16,8 15,5 Fonte: DIEESE/SEADE. Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Obs.: corresponde ao total das 6 Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Distrito Federal.

Taxa de desemprego total - RMSP 25 20 15 10 5 0 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Dívida externa - US$(milhões) 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 149.506 159.256 178.131 193.120 241.644 241.467 236.156 226.067 227.689 235.414 220.182 187.987 199.372 240.495 253.483 Fonte: BCB Boletim/BP - BM4_DEXTEI4 (apud: IPEADATA). * 1º. trimestre. Dívida externa (bilhões de dólares) 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008*

Dívida interna - Dívida mobiliária federal emitida - responsabilidade do Tesouro Nacional - fim período - R$(milhões) 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 6,5 33,8 537 12.593 85.869 133.942 197.879 290.969 448.529 475.772 634.410 818.474 825.971 2003 2004 2005 2006 2007 942.900 1.053.611 1.222.094 1.313.753 1.396.405 Fonte: BCB Boletim/F. Públ. - BM_DIPF (apud: IPEADATA).

1600000 1400000 1200000 1000000 800000 600000 400000 200000 0 Dívida interna (bilhões de reais) 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

PIB - R$ (milhões) - 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 349.204 705.640 843.965 939.146 979.275 1.065.000 1.179.482 1.302.136 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.332.936 2.558.821 Fonte: IBGE/SCN 2000 Anual - SCN_PIBN (apud: IPEADATA). PIB variação real anual (%) (crescimento econômico) ANO PIB 1991 1,03 1992-0,4 1993 4,6 1994 5,3 1995 4,4 1996 2,1 1997 3,3 1998 0,03 1999 0,2 2000 4,3

2001 1,3 2002 2,6 2003 1,1 2004 5,7 2005 3,1 2006 3,7 2007 5,4 Fonte: IBGE/SCN 2000 Anual SCN PIBG (apud: IPEADATA). 7 CRESCIMENTO ECONÔMICO 6 5 4 3 2 1 0-1 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Rendimento Médio Real dos Ocupados no Trabalho Principal (1), segundo Posição na Ocupação Região Metropolitana de São Paulo - 1985-2007

1985 2.182 1986 2.384 1987 1.851 1988 1.701 1989 1.853 1990 1.608 1991 1.377 1992 1.233 1993 1.385 1994 1.480 1995 1.667 1996 1.661 1997 1.665 1998 1.611 1999 1.520 2000 1.428 2001 1.301 2002 1.194 2003 1.118 2004 1.134 2005 1.129 2006 1.144 2007 1.140

Fonte: SEP. Convênio SEADE-DIEESE. Pesquisa de Emprego e Desemprego.

1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.000 Rendimento médio real 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Salário-mínimo: aumento real (2003-2008) Considerando a variação do INPC em 4,98%, até o final de fevereiro de 2008, e o valor de R$ 415,00, em 1º de março de 2008, o ganho real acumulado no período do governo Lula é de 37,02%, resultante de uma variação nominal de 107,49%, contra inflação de 51,43% (DIEESE, Nota Técnica n. 62 março 2008).

Salário-mínimo real Região Metropolitana de São Paulo (1940 = 100) Ano Média com 13º 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1991 1992 1993 1994 1995 98,02 39,84 100,30 68,93 61,78 29,09 30,38 26,07 29,37 24,79 24,53

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 24,92 25,32 26,55 26,65 27,43 29,67 30,28 30,70 31,85 34,30 39,64 41,75 39,44 Fonte: DIEESE. Obs.: Inclui 13º salário na média anual desde 1962. Inclui abonos nos meses agosto/90 e janeiro/95.

120 100 80 60 40 20 0 Salário mínimo real - RMSP 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Dívida externa Comentários sobre os dados Ivo Lesbaupin julho 2008 Como se pode observar pela leitura dos dados, a dívida externa do Brasil não acabou. Ao contrário, embora os sucessivos governos desde a ditadura militar tenham pago regularmente a dívida, embora o governo Lula tenha pago a dívida com o FMI, não liquidou a dívida externa, que continua crescendo e chegou a 253 bilhões de dólares. É para pagar a dívida externa que, sistematicamente, se reserva uma parte da receita dos impostos do país, o superávit primário atualmente, da ordem de 4,3% do PIB. É o montante da receita nacional separado para garantir o pagamento dos juros da dívida. Esta é a razão pela qual há sempre recursos insuficientes para a saúde, a educação, o transporte, a habitação. Porque é preciso pagar os juros e amortizar a dívida: esta é a prioridade das prioridades da política econômica nacional. Dívida interna Para pagar a dívida externa, o governo produz uma dívida interna: lança títulos da dívida pública. E esta dívida, desde o governo FHC, não cessa de crescer a taxas astronômicas. Saltou de 85 bilhões de reais em 1994 a 825 bilhões em 2002. Em 2007, chegou a e quase 1 trilhão e 400 bilhões de reais. A cada aumento da taxa de juros, a dívida interna cresce. Quem recebe o pagamento desta dívida? Os banqueiros e aqueles que investem em produtos financeiros. Os ricos, em suma. Há pessoas poucas, é verdade que podem viver apenas de aplicações financeiras. Mas estas poucas pessoas - que não somam mais que 20 mil clãs de famílias (menos de 1% da população brasileira), segundo o economista Márcio Pochmann -, recebem fortunas por causa desta dívida. E os brasileiros trabalham, a maior parte do tempo, não para o desenvolvimento do seu país, mas para pagar esta dívida. Os impostos que pagam quase cinco meses de trabalho por ano se destinam, em primeiro lugar, para o atendimento das exigências das dívidas (externa e interna). E, como revelou recentemente o IPEA, os pobres pagam proporcionalmente mais impostos que os ricos.

Crescimento econômico O crescimento econômico do país vem, desde o início dos anos 80, patinando. Nos anos 80, a causa foi a crise da dívida externa. A partir dos anos 90, foi a adoção das políticas neoliberais: prioridade para o pagamento da dívida externa (políticas de ajuste fiscal), controle rígido da inflação com a utilização do aumento da taxa de juros a cada vez que a inflação ameaça subir um pouco. Estas políticas atendem aos interesses do FMI que, por sua vez, atende aos interesses dos países mais ricos, dos grandes bancos, das multinacionais, do capital financeiro, em síntese. Esta é a razão pela qual, embora cada governo afirme estarmos com crescimento sustentado, ele na verdade é um sobe-e-desce constante como evidencia o gráfico. Até porque o crescimento não é o objetivo central desta política. O capital financeiro lucra com ou sem crescimento econômico, com ou sem desenvolvimento. Daí porque os grandes beneficiários deste modelo econômico são os bancos (e os rentistas): seus lucros crescem a cada ano, a cada semestre, a cada trimestre, desde o início do governo FHC, continuando no governo Lula. Desemprego A taxa de desemprego vem sendo reduzida, desde o segundo ano do governo Lula, 2004. É uma diminuição lenta, mas real. Graças à política de aumento real do salário-mínimo (37% desde 2003), sobretudo, e também graças ao programa Bolsa-Família, têm sido criados mais empregos. No entanto, é preciso observar que a política econômica não visa a geração de empregos: tanto é assim que o crescimento econômico não é sustentado cresce em um ano ou dois, cai no seguinte. Porque a prioridade é o pagamento dos juros da dívida e o controle da inflação como reza a cartilha neoliberal. Aumentar a taxa de juros significa sempre reduzir a geração de empregos. E mais: os empregos que têm sido gerados são empregos precários. 90% dos empregos gerados nos últimos anos têm remuneração até 2 salários-mínimos, segundo o economista Márcio Pochmann. E há alta rotatividade nos empregos: as pessoas que conseguem emprego são também demitidas com muita facilidade. Para dar um pequeno exemplo: os canavieiros do estado de São Paulo têm carteira assinada, ganham o salário-mínimo, mas trabalham doze horas por dia e podem morrer a qualquer momento de exaustão, porque sua tarefa é cortar doze toneladas de cana por dia.

Rendimento médio real A prova de que o emprego gerado tem sido precário é o rendimento médio real dos ocupados na Região Metropolitana de São Paulo que serve como parâmetro. Lá, a taxa de desemprego diminuiu, mas o rendimento médio real tem caído sistematicamente desde 1990. Nos idos de 1985-86, estava em torno de 2.000, terminou os anos 90 ainda na faixa dos 1.500 mas, de 2003 em diante, nunca ultrapassa 1.150 a metade do que era em 1985-86. Gera-se emprego, sim, mas de baixa remuneração. O salário-mínimo teve um aumento real no governo Lula de 37% - algo extremamente positivo. A mais importante política social, aquela realizada pela Previdência social, atinge 77 milhões de pessoas e tem o salário-mínimo como piso. Deste modo, o aumento real produz melhorias imediatas para a população de baixo poder aquisitivo. Efetivamente, o salário-mínimo real ou seja, o poder aquisitivo do salário-mínimo cresce desde 2003 de 30 para 40 (tendo como referência o ano de criação do salário-mínimo 1940=100). Ainda longe, porém, do seu valor nos anos 60-70.