São Tomé-e-Príncipe Perfil do país EPT 4 Contexto geral País pequeno de África central, composto de duas ilhas situadas em frente ao Gabão, no Golfo da Guiné, São Tomé e Príncipe tinha cerca de 7 habitantes em. São Tomé e Príncipe tornou-se recentemente num país de rendimento intermédio fração inferior» e apresenta em um PIB/habitante de 556 $US. Efetivamente, o crescimento do PIB entre e foi de 4,9% por ano, bem acima do crescimento demográfico (,9% por ano). Em, a população na idade de frequentar a primária representava 5,6% da população total. Todavia, tendo em conta o crescimento demográfico constatado no decurso dos últimos anos, pode-se pensar que São Tomé e Príncipe atingiu uma transição demográfica, o que deveria se traduzir nos próximos anos por uma diminuição da pressão demográfica no sistema educativo. A prevalência do VIH&SIDA continua fraca (%). São Tomé e Príncipe, que já conhece melhores dias ao nível socioeconómico em comparação com um bom número de países africanos, posiciona-se apenas em 44 lugar em 87 ao nível de índice de desenvolvimento humano (IDH). Contexto macroeconómico e demográfico () PIB por habitante ($ U.S.),556 População total () 7 % da população em idade de frequentar a primária 5.6 % de crianças em idade escolar não escolarizadas.4 Prevalência do VIH&SIDA (5-49 anos).% IDH (classificação) 44/87 Principais indicadores da EPT em ou no ano mais recente O índice africano de desenvolvimento EPT para São Tomé e Príncipe é de 8, em, indicando uma situação bastante favorável quanto ao alcance dos objetivos da EPT. Analisando as três dimensões utlizadas para este indicador de desenvolvimento EPT, nota-se que o país atingiu a Índice africano de desenvolvimento da EPT (IAD/EPT) 8 6 4 São Tomé (8) ASS (57) Max ASS () Min ASS (8) escolarização primária universal (objetivo ) com uma taxa de conclusão superior a %. A paridade raparigas/rapazes na primária foi alcançada (objetivo 5) tendo em conta que o valor do indicador é de 99,5%. A proporção de pessoas alfabetizadas com quinze anos e mais (objetivo 4), é de 7,%. No que respeita às outras dimensões da EPT, a TBE do pré-escolar (objetivo ) é de 6,8%, uma das melhores taxas da África subsaariana que apresenta uma média de cerca de %. Em relação ao objetivo 3, constata-se que a taxa de conclusão do primeiro ciclo do secundário atingiu 45% em, valor acima da média da África subsaariana (35%).
Objetivo Desenvolvimento da pequena infância. Taxa Bruta de Escolarização do pré-escolar Objetivo Ensino primário universal. Taxa de conclusão da primária 67 Objetivo 3 Competências necessárias na vida corrente dos jovens e dos adultos. Taxa de conclusão do secundário primeiro ciclo Objetivo 4 Alfabetização dos adultos. Taxa de alfabetização dos adultos 94 Objetivo 5 Equidade entre os géneros no ensino primário Índice de paridade de sexo na primária 94 8 6 8 8 45 8 7 68 8 6 6 6 6 6 55 4 4 4 35 4 4 4 (37) (64) 8 () (94) Objetivo 6 Qualidade da educação Legenda Qualidade educativa Objetivo a 5 São Tomé (Valor de ou próximo entre parêntesis) Média em África subsaariana Variação ASS (min/max) Escolarização : pirâmide educativa ou no ano mais recente Como é possível de constatar, examinando os perfis de escolarização e as pirâmides educativas apresentadas na ficha, o ensino primário conheceu uma forte evolução entre e. Se o acesso já era universal em, o mesmo não se verificava com a conclusão, que era somente de 64% nesta data e que se tornou universal em. Assim, no decorrer deste período, o país conseguiu reter ao longo do ensino primário, os 36% de crianças de uma classe etária que anteriormente abandonavam a escola antes do fim do ciclo. Por outro lado, a transição entre a primária e o ciclo do secundário progrediu (67% em e 73% em ) melhorando assim significativamente o acesso ao ciclo do ensino secundário que em era de 84% contra 43% em. Entretanto, se a conclusão do ciclo do secundário ultrapassou o dobro nesse período (45% em contra % em ), o acesso ao ciclo do ensino secundário bem como a sua conclusão continuaram praticamente no mesmo nível (% de conclusão do o ciclo do ensino secundário tanto em contra % em ), testemunhando, em relação à dinâmica constatada nos níveis inferiores, de uma real regulação dos fluxos no fim do ciclo do secundário. No que concerne à cobertura do ensino superior, esta última progrediu bastante no decorrer do período em questão, passando de estudantes em habitantes em a 4 estudantes em habitantes em. Finalmente, constata-se que a parte do ensino técnico nos efetivos do secundário progrediu para atingir 8% em (5% em ) mas que continua abaixo da média da Africa subsaariana (%).
Equidade no acesso à escolarização e no percurso escolar em ou no ano mais recente Em termos de equidade, se a paridade raparigas/rapazes foi alcançada na primária, também é o caso no ciclo do ensino secundário (TBE raparigas / TBE rapazes de,6) bem como no o ciclo do ensino secundário (TBE raparigas / TBE rapazes de,). Nota-se mesmo uma cobertura escolar maior para raparigas do que para rapazes para os dois ciclos deste nível de ensino. Em contrapartida, no ensino superior, a cobertura é maior nos rapazes (9 estudantes em habitantes) do que nas raparigas (757 estudantes em habitantes).
Qualidade das aprendizagens em ou no ano mais recente No que concerne à qualidade das aprendizagens (objetivo 6), nota-se que em, a probabilidade para um individuo com idade de a 44 anos de saber ler sem dificuldades após 6 anos de estudos primários, é de 8% em São Tomé e Príncipe (RESEN), o que posiciona o país em segundo lugar face aos 3 países para os quais este dado encontra-se disponível (média de 63% sobre os 3 países). Somente Cabo Verde apresenta uma probabilidade mais elevada (98%). Por outro lado, uma análise foi feita sobre os resultados de uma prova unificada dispensada a todos os alunos do e do 4 ano da primária no ano letivo / (RESEN). Esta análise demostra que no ano, cerca de 3% dos alunos têm um nível considerado fraco em português e 9,5% em matemática enquanto cerca de 35% são considerados como eficientes em português e 54% em matemática. No 4 ano, somente % dos alunos são considerados fracos em português e % em matemática. A maioria dos alunos do 4 ano tem um nível considerado médio tanto em português (53%) como em matemática (5%).
Financiamento da educação em ou no ano mais recente Mínimo África Subsaariana São Tomé-e-Príncipe Média África Subsaariana Máximo África Subsaariana Mobilização dos recursos, Distribuição do orçamento corrente da educação, Recursos próprios do Estado em % do PIB % das despesas correntes da Educação nas despesas correntes do Estado 8 38 4 66 % % (incl. EFTP) % Superior % Outros niveis 8 8 7 4 5 4 3 44 47 47 55 65 Os resultados obtidos para São Tomé e Príncipe em matéria de progressão para atingir os objetivos da EPT foram um sucesso graças a uma mobilização financeira sem precedentes, tendo em conta que os recursos domésticos do estado representavam % do PIB em (4 % em ), encontrando-se ao mesmo nível que a média constatada na África subsaariana. A parte das despesas da educação nas despesas correntes do Estado passou de 5% em para 38% em, valor muito acima da média da África subsariana (%). São Tomé e Príncipe soube fazer crescer significativamente a parte dos recursos alocados à educação, no decorrer deste período e teve os seus benefícios. Ao nível da repartição dos recursos dentro do sector, constata-se que o ensino primário beneficiou somente de % das despesas correntes da educação em (44% em média na África subsariana), o que poderia parecer fraco, mas esta proporção deve ser relativizada face à importância do orçamento do Estado consagrado à educação (38%). Uma mesma análise pode ser feita no que concerne ao ensino secundário, que beneficiou em de 8% das despesas correntes da educação (média de 3% em África subsariana). O ensino superior beneficia da maior parte do orçamento consagrado à educação (47%), o que constitui um dos valores mais elevados constatados em África. A explicação deste resultado reside no facto de que São Tomé e Príncipe não tem uma oferta nacional muito desenvolvida ao nível do ensino superior e envia uma grande parte dos seus estudantes para o estrangeiro. Todavia, a parte alocada ao ensino superior deveria diminuir no futuro tendo em conta o projeto de construir uma universidade nacional no país e aumentar assim, significativamente, a oferta de ensino superior local e de diminuir o apoio aos estudos no estrangeiro. Os outros níveis de ensino (sobretudo pré-escolar, alfabetização e educação dos adultos) beneficiaram de 4% das despesas correntes da educação em.
Parâmetro da política educativa em ou no ano mais recente Mínimo África Subsaariana São Tomé-e-Príncipe Média África Subsaariana Máximo África Subsaariana Rácio aluno professor no público, Salário médio do professor do público em PIB/hab, 3 3 44 88.8.5 3.4 7. 3 4 33 54.3.9 4.8.6 5 9 49.9 5.9.6.6 Parte das despensas sem o salário dos professores (%), Percentagem de repetentes,.6 4.4 4. 65.8..4.6 4.4 6.4 6. 63.5.3 3.4.9 6. 9.9 3.8 66..5 3.3 5.7 9.7 Percentagem do privado nos efetivos, Custo público por aluno em % do PIB por habitante (Desp. correntes),.5 4..4..5 8 7.5 54. 57.3 8.4 (incl. TVET) EFTP Superior 6 5 6 4 8 6 8 36 79 6 4 38 47 75
Analisando as diferentes componentes da política educativa, observa-se que o custo unitário público da primária, em, é equivalente a 8% do PIB/habitante, valor abaixo da média constatada na África subsariana (% do PIB/habitante). Se bem que este fraco custo unitário público poderia explicar-se por um rácio de alunos-professores elevado na primária, mas não corresponde a verdade tendo em conta que tem-se 3 alunos por professor neste nível de ensino. Este fraco custo unitário explica-se na realidade por um custo salarial com professores muito moderado (,5 unidades de PIB/habitante). Constata-se por outro lado, que uma vez pagos os salários dos professores na primária, restam 4% do orçamento para as despesas administrativas e pedagógicas, valor que situase bem acima da média dos países da África subsariana (4%). Notemos ainda que a oferta do sector privado para este nível de ensino é muito fraca (% dos efetivos escolarizados na primária). Para os níveis pós-primários, nota-se igualmente custos unitários públicos inferiores às médias constatadas na África subsariana: % do PIB/habitante para o ensino secundário (4% do PIB/habitante na África subsariana ), 5% do PIB/habitante para o Ensino e Formação Técnica e Professional (EFPT) (6% do PIB/habitante na África subsariana ), 36% do PIB/habitante para o ensino superior no país (79% do PIB/habitante na África subsariana). Como no ensino primário, a relativa fragilidade destes custos unitários públicos é devido em parte aos custos salariais com docentes muito moderados (,9 unidades de PIB/habitante para a remuneração dos professores do secundário e ciclos contra respetivamente 4,8 unidades e 5,9 unidades de PIB/habitante para cada um dos dois ciclos na África subsariana). A oferta do privado também é fraca no ciclo do secundário (,% dos efetivos contra uma média de,% na África subsariana) mas é claramente mais importante no ciclo do secundário (8% dos efetivos contra 8% em média na África subsariana).