CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CESUMAR MOACIR TOMAZ DE SANTANA A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: AS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAÇÃO.

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Transcrição:

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CESUMAR MOACIR TOMAZ DE SANTANA A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: AS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAÇÃO. MARINGÁ 2010

MOACIR TOMAZ DE SANTANA A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: AS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAÇÃO. Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Maringá, como requisito parcial à obtenção da nota referente às disciplinas de Avaliação da Aprendizagem no Ensino Superior, Psicologia da Aprendizagem de Jovens e Adultos e Projeto Político Pedagógico e a Organização do Ensino Superior. Orientação: Prof.: Fabiane Carniel. MARINGÁ 2010

RESUMO A avaliação ocorre de forma constante em nosso dia-a-dia. Os métodos de avaliação ocupam espaços importantes no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas aos processos de ensino e aprendizagem. Garantir a aprendizagem de qualidade tem sido a maior preocupação dos sistemas educacionais. Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão acerca da prática e da forma em que a avaliação é trabalhada contribuindo assim para o debate e a reflexão de como a avaliação pode ocupar um papel decisivo nos mais variados níveis de ensino no Brasil. O trabalho baseou-se em analise por meio de revisão bibliográfica e artigos na internet destacando as origens e a definição do processo de avaliação, as concepções pedagógicas adotadas no processo de ensino aprendizagem e os instrumentos desenvolvidos a fim de se criar indicadores para qualidade de ensino nas instituições, avaliando-se assim também o desempenho dos estudantes.

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 5 2. A AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM... 5 3. A AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL... 7 4. O REDIRECIONAMENTO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E DO ENSINO SUPERIOR A PARTIR DAS AVALIAÇÕES DAS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAÇÃO... 8 5. CONCLUSÃO... 8 REFERENCIAS... 10

05 1. INTRODUÇÃO Muito se discute nos dias atuais sobre a avaliação e sobre as formas na qual a mesma poderá ser aplicada nos diferentes níveis de educação, a busca é incessante pelo seu verdadeiro significado, pois este é um dos aspectos mais problemáticos na prática pedagógica. Desde o inicio dos tempos a Avaliação é parte presente da vida da humanidade, acompanhando sua evolução, onde cabe ao professor reconhecer as diferenças na capacidade de aprender dos alunos, para poder ajudá-los a superar suas dificuldades e avançar na aprendizagem. Os métodos de avaliação ocupam, sem dúvida, espaço relevante no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas aos processos de ensino e aprendizagem. Ao pensar na educação superior dentro da perspectiva da avaliação da aprendizagem, entende-se que é preciso definir valores e conhecimentos a serem desenvolvidos, vendo reciprocamente sua relação com o Projeto Político Institucional. No Brasil a avaliação dos cursos superiores ocorre desde 1937 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, com o objetivo de nortear, fiscalizar e acompanhar o andamento a evolução e a qualidade dos cursos e das IES, atribuindo notas e conceitos de qualidade com as informações obtidas. O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão acerca da prática e da forma em que a avaliação é aplicada desde o ensino na educação básica até a avaliação dos cursos superiores no Brasil, contribuindo assim para o debate e a reflexão de como a avaliação pode ocupar um papel decisivo nos mais variados níveis de ensino no Brasil. 1. A AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM. Entende-se que a avaliação é uma prática social ampla, devido a própria pratica e capacidade que o ser humano tem de sabe observar, interpretar, refletir e julgar. No entanto esta mesma avaliação quando aplicada na escola tem seus reais objetivos ofuscados, sendo utilizada ao longo das décadas como atribuição de notas, visando apenas à promoção ou reprovação do aluno. Hoffmann e Sant anna (1998 e1995) entendem que a avaliação é uma construção coletiva que depende do encontro ou não de uma série de fatores, situações ou objetivos. Segundo Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a avaliação conhecida como a avaliação da culpa, pois as notas são usadas apenas para fundamentar as necessidades de

06 classificação de alunos, comparando-se índices de desempenhos, sendo este apenas o único objetivo sem que se queira chegar a um objetivo. Vasconcellos (2000) entende que a avaliação é um processo no qual deve existir uma reflexão crítica sobre a prática, a fim de se captar possíveis avanços, resistências, dificuldades possibilitando assim uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar possíveis problemas identificados. Com base nos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) (Brasil, MEC:1997) o termo avaliação pretende superar sua concepção tradicional, compreendendo-a como parte integrante e intrínseca do processo educacional sendo esta contraposta à avaliação tradicional, que é considerada restrita ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno Vivemos em um mundo globalizado onde todos têm acesso as mais variadas formas de mídia como a televisão, videocassete, computador, Adamuz (online 2010) destaca a importância de se utilizar recursos do dia a dia como uma forma de avaliação. De acordo com a LDB em seu 24, V sobre a avaliação do rendimento escolar do aluno, destaca que a avaliação do trabalho escolar devera ser contínua e cumulativa, dando prioridade aos aspectos qualitativos, prevalecendo ainda o desempenho do aluno ao longo do ano caso o mesmo necessite de uma eventual prova final. A avaliação desempenha três papéis fundamentais, podendo ser diagnóstica, formativa e classificatória. Diagnostica: quando o professor verifica o conhecimento prévio dos alunos com intuito de verificar pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis afim de que possa preparar novas formas de aprendizagem. Formativa: quando o professor durante todo o ano letivo verifica se os alunos estão atingindo os objetivos previstos, e por fim avaliação classificatória, que é a avaliação mais utilizada pelos professores sendo esta a avaliação que coloca o aluno em determinado nível de acordo com o seu resultado. Segundo Petrin (online 2010) as três funções são importantes e devem ser levadas em conta no planejamento escolar, entende que quanto a avaliação classificatória, não há nenhum mal em se quantificar certos resultados obtidos junto aos alunos, entretanto destaca que o incorreto é valer-se apenas dessas informações.

07 2. A AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL As primeiras articulações no Brasil, executadas com o objetivo de discutir a Educação foram realizadas pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa Anísio Teixeira- INEP o qual teve seu inicio em 1937, produzindo assim indicadores e um sistema de informações quanto ao processo de regulamentação, exercido pelo MEC, garantindo a transparência dos dados sobre qualidade da educação superior a toda sociedade. (INEP online 2010) Configura-se, assim o INEP como o primeiro órgão nacional a se estabelecer de forma duradoura como fonte primária de documentação e investigação, com atividades de intercâmbio e assistência técnica. (MEC online 2010) Durante o governo de Fernando Collor o INEP fora quase instinto, iniciando um outro processo de reestruturação e redefinição de sua missão, que fora centrada em dois objetivos principais, a reorientação das políticas de apoio a pesquisas educacionais e o reforço do processo de disseminação de informações educacionais. Os instrumentos que contribuem para a produção de indicadores de qualidade e os processos de avaliação de cursos desenvolvidos pelo Inep são o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e as avaliações in loco realizadas pelas comissões de especialistas. Participam da avaliação do Enade alunos ingressantes e concluintes dos cursos escolhidos para a avaliação, os quais fazem uma prova de formação geral e formação específica onde objetiva-se a verificar as condições de ensino, em especial aquelas relativas ao perfil do corpo docente, as instalações físicas e a organização didático-pedagógica. A avaliação dos cursos superiores deve ser periódica passando os mesmos por três tipos de avaliação: para autorização, para reconhecimento e para renovação de reconhecimento. Tais formas de avaliação se fazem de total importância uma vez que todas as informações obtidas são utilizadas pelas Instituições de Ensino Superior, para orientação da sua qualidade institucional e efetividade acadêmica e social; pelos órgãos governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais de alunos, instituições acadêmicas e público em geral, para orientar suas decisões quanto à realidade dos cursos e das instituições.( INEP, MEC (online 2010) O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior SINAES encontra-se pautado na Lei n. 10.861 de 4 de abril de 2004, Portaria n. 2.051, o mesmo regulamenta os procedimentos de avaliação da Educação Superior tendo como objetivos e competências, a avaliação institucional

08 interna e externa, a avaliação dos cursos de graduação, a avaliação do desempenho dos estudantes e os procedimentos comuns da avaliação. ( UFAC online 2010) 4. O REDIRECIONAMENTO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E DO ENSINO SUPERIOR A PARTIR DAS AVALIAÇÕES DAS VÁRIAS FORMAS DE AVALIAÇÃO. Mason (1998) destaca a importância da interatividade no processo de aprendizagem dentro do novo contexto educacional, influenciando diretamente o ensino na educação superior. As discussões sobre avaliação há muito tempo estão presentes dentro das universidades, a reflexão teórica sobre as questões pedagógicas, mais especificamente sobre o processo de ensinoaprendizagem em cursos superiores é debatida principalmente nas universidades publicas, o que caracteriza esta questão, como uma questão não tão nova. (CRUZ 2004). Barros (online 2010) defende que na educação superior a avaliação é uma função conformativa da escola, onde as notas e conceitos são decisivos para a continuidade dos estudos, determinando assim o seu sucesso ou o seu fracasso acadêmico. Luckesi (1999) ressalta que a avaliação não pode ser autoritária e conservadora, e sim diagnóstica, a fim de propiciar avanços para que se e proponha novas metas. Popkewitz, (1997) menciona que, a avaliação institucional, das instituições de ensino superior, não se constitui em ação isolada, mas sim faz parte de um grande projeto de reforma de políticas públicas que na educação aponta a avaliação como um meio para solucionar os problemas existentes. Com a introdução da avaliação nos cursos de ensino superior um novo sentido se da às atividades do ensino. A presença sistemática da avaliação na graduação traz de volta a expectativa de tornar-se a mesma revalorizada. Subentende-se que avaliação diante de todos os aspectos que a cerca, proporciona mudanças qualitativas no sistema educacional (SCHWARTZMAN 1988) 3. CONCLUSÃO Tais formas de avaliação se fazem importantes nas mais variadas e nos mais variados momentos em que a mesma é realizada, no entanto devemos enfatizar que a avaliação é muito mais do que aplicar testes, levantar medidas, selecionar ou classificar alunos. É preciso lembrar que a

09 avaliação aplicada não serve somente para medir a capacidade de raciocínio do aluno, mas sim desempenhar uma função de norteadora a fim de se localizar onde está a deficiência da instituição, do corpo docente e dos procedimentos metodológicos adotados para tal resultado.

10 REFERENCIAS ADAMUZ, R. C., Avaliação Educacional: Uma reflexão, disponível em <http://www.unopar.br/portugues/revfonte/artigos/7avaliacao/7avaliacao.html> acessado em 09 de julho de 2010. CRUZ, Hélvia Leite. Avaliação: uma velha e nova questão. In: www.adunb.org.br, 2004. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 3.ed. São Paulo Cortez, 1999. PETRIN E. A., Avaliação no processo ensino aprendizagem, disponível em < http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/avaliacao-no-processo-ensino-_-aprendizagem- 1889/artigo/> acessado em 10 de julho de 2010. POPKEWITZ, Thomas S. Reforma Educacional: uma política sociológica - poder e conhecimento em educação. Traduzido por Betriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 294p. SANT'ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como Avaliar? critérios e instrumentos. Petrópolis : Vozes, 1995. UFAC, Projeto de Avaliação Institucional, disponível em <http://www.ufac.br/suplementares/cpa/cmss_aval_proj_avaliacao.htm> acessado em 05 de julho de 2010. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtiva. 11. ed. Porto Alegre : Educação & Realidade, 1993. MEC - Ministério da Educação e Cultura, Avaliação da educação superior., disponível em <http://www.mec.gov.br/sesu/pdf/sinaes.pdf.> acessado em 11 de julho de 2010 PCN, Parâmetros curriculares Nacionais, disponível em < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf> acessado em 12 de julho de 2010. INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, disponível em <http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/> acessado em 11 de julho de 2010. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação; concepção dialética libertadora da avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 2000.