PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL COM BEBÊS PREMATUROS

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Transcrição:

PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL COM BEBÊS PREMATUROS Tainá de Oliveira Castelanelli Jáima Pinheiro de Oliveira Instituição de origem dos autores: UNESP Marília/SP Eixo Temático: Estimulação precoce, reabilitação e inclusão Agência Financiadora: Bolsa PIBIC/Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe)/UNESP Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Prematuridade. Nascimento prematuro. 1. Introdução De acordo com Ramos e Cuman (2009), o nascimento prematuro de um bebê é decorrente de circunstâncias diversas e imprevisíveis que podem atingir mães de bebês provenientes das mais distintas classes sociais. Essa condição pode acarretar problemas em relação ao desenvolvimento do bebê, que geram custos sociais e financeiros de difícil mensuração (ALMEIDA et. al, 2013). A condição de imaturidade geral pode levar à disfunção em qualquer órgão ou sistema corporal. Por isso, o neonato prematuro também pode sofrer comprometimentos ou intercorrências ao longo de todo o seu desenvolvimento, especialmente de ordens neurológicas e sensoriais, dentre outras. Essa condição exige da estrutura assistencial, capacidade técnica e equipamentos, quase nunca disponíveis, em setores públicos e gratuitos. Em razão de toda essa situação, torna-se difícil avaliar os fatores que influenciam e são influenciados pelo complexo processo do nascimento de um bebê prematuro (MIRANDA et. al, 2012). No Brasil, segundo o Ministério de Saúde (BRASIL, 2011), a proporção de nascidos vivos prematuros permanece estável desde 2000, apresentando uma taxa média de 6,6%. Miranda et. al (2012) realizaram um estudo com o objetivo de determinar a prevalência e os fatores de risco para o parto prematuro (<37 semanas de gestação) entre jovens mulheres grávidas no Brasil. Os resultados mostraram uma alta prevalência, com maior proporção de

parto prematuro (36,1%) encontrada na região Norte e a menor proporção (6,9%) encontrada na região Sul. Sem dúvida, uma das providências que aumentou a taxa de sobrevida de prematuros foi o desenvolvimento de unidades de terapia intensiva para cuidados neonatais. Por outro lado, mesmo com o avanço da tecnologia voltada para essa área médica, os efeitos da prematuridade ao longo da vida ainda são pouco conhecidos (COELLI et. al, 2011; DALZIEL et. al, 2007). As pesquisas atuais têm indicado, cada vez mais, que o emprego de uma abordagem multidisciplinar, com uma atuação preferencialmente interdisciplinar, o mais precocemente possível se faz necessária para amenizar ou prevenir sequelas nesses sujeitos (NOBRE et. al, 2009). De maneira geral, as medidas preventivas adotadas no período neonatal envolvem todos os cuidados oferecidos ao recém-nascido pré-termo (RNPT) e não são facilmente estabelecidas, uma vez que a fisiopatologia é muita complexa e varia muito entre os casos. Dentro desse contexto este estudo teve como objetivo identificar a produção científica de teses e dissertações, na área de Terapia Ocupacional, voltada para intervenções com bebês prematuros, em ambiente de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). De maneira mais específica, tivemos como objetivo analisar as produções que abordassem intervenções da TO com sujeitos com bebês prematuros, em ambiente de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). 2. Aspectos metodológicos Para atingir nosso objetivo, lançamos mão de uma revisão sistemática da literatura relacionada ao tema proposto. Essa busca teve como base a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). A partir de uma busca inicial na plataforma da BDTD, as produções científicas encontradas foram refinadas de acordo com o período estabelecido para análise: os últimos cinco anos. Para padronização e organização dessa busca foram utilizados os seguintes descritores: Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN); Prematuridade; Nascimento prematuro; Recém-nascido; Terapia Ocupacional. Chamamos de Refinamento 1 (RF1) os meios para seleção dos textos que foram analisados, num primeiro momento, com base nos títulos e resumos das publicações dos

últimos cinco anos: os textos deveriam conter, em seus títulos, palavras que remetessem às intervenções da terapia ocupacional com bebês prematuros, em ambiente de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Ainda neste primeiro refinamento (RF1), ainda na página da BDTD, os resumos foram abertos e analisados, seguindo o seguinte critério estabelecido para seleção: o texto abordar, de algum modo, práticas clínicas ou educacionais voltadas para a área de Terapia Ocupacional. Além disso, foi dada prioridade para as pesquisas qualitativas. A análise final deste corpus selecionado foi pautada em seu conteúdo, com base em Bardin (2011). Essa análise norteou a explanação e compreensão das principais discussões apontadas nas teses e dissertações. 3. Resultados e discussão Após levantamento e análise bibliográfica realizada na página da BDTD, os dados coletados foram tabulados para melhor demonstração dos resultados obtidos. Em uma primeira busca, utilizamos como critério os seguintes descritores: Prematuridade, Nascimento Prematuro, Recém-nascido, Terapia Ocupacional e Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Os resultados podem ser encontrados na Tabela 1, a seguir: Tabela 1 Distribuição dos descritores encontrados na busca realizada na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). Descritores Frequência absoluta (n) Frequência relativa (%) Recém-nascido 1.574 50,24% Terapia Ocupacional 759 24,22% Prematuridade 430 13,72% Nascimento Prematuro 296 9,45% Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) 74 2,37% Total 3.133 100% Fonte: Dados organizados pelas autoras. Após análise bibliográfica, destaca-se o estudo de Queiroz (2004) que evidencia a importância e a contribuição da Terapia Ocupacional no desenvolvimento de um bebê prematuro. O referido trabalho analisado, intitulado como Repercussões da equoterapia nas relações socioafetivas da criança com atraso de desenvolvimento por prematuridade destaca o quanto recursos terapêuticos e os devidos estímulos adequados são essenciais tanto para o

desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor de uma criança prematura, quanto para o avanço de sua área socioafetiva. 4. Conclusões Espera-se que essa pesquisa auxilie no avanço em relação às novas propostas de compreensão e de pesquisas voltadas para a atuação da Terapia Ocupacional com bebês prematuros em ambiente de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Espera-se também que os dados obtidos forneçam subsídios para o planejamento de avaliações e intervenções na área de Terapia Ocupacional, voltadas para estes bebês. Esperamos contribuir com uma sistematização para futuras produções científicas na área de atuação da TO com bebês prematuros, especialmente no que se refere aos aspectos de procedimentos, estratégias e ações da Terapia Ocupacional com esse público-alvo. Referências ALMEIDA, T. S. O. et. al. Investigação sobre os fatores de risco da prematuridade: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 17, n. 3, p. 301-308, 2013. BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. 229 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para profissionais da saúde. vol. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.164 p. (Série A: Normas e Manuais Técnicas). COELLI, A. P. et. al. Prematuridade como fator de risco para pressão arterial elevada em crianças: uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Pública, v. 27. n. 2, p. 207-218, 2011. DALZIEL, S. R. et. al. Cardiovascular risk factors at age 30 following preterm birth. International Journal of Epidemioly, v. 36, n. 4, p. 907-915, 2007. MIRANDA, A. E. et. al. Prevalence and correlates of preterm labor among young parturient women attending public hospitals in Brazil. Revista Panamericana de Salud Publica, v. 32, n. 5, p. 330-334, 2012. NOBRE, F. D. et. al. Estudo Longitudinal do Desenvolvimento de Crianças Nascidas Pré- Termo no Primeiro Ano Pós-natal. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 22, n. 3, p. 362-369, 2009.

QUEIROZ, J. F. Repercussões da equoterapia nas relações socioafetivas da criança com atraso de desenvolvimento por prematuridade. 2004. 227f. Dissertação Mestrado em Psicologia Clínica, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), 29/12/2004. RAMOS, H. A. C.; CUMAN. R. K. N. Fatores de risco para prematuridade: pesquisa documental. Escola Anna Nery Revista Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 297-300, 2009.