RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

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Transcrição:

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO. Anny Mykaelly de Sousa (1); Francinete Sousa de Oliveira (2); Lourhana dos Santos Oliveira (3); Daniel Silas Veras. (1,2,3)Estudante de licenciatura em Ciências Biológicas no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão- IFMA Campus Caxias. (4) Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia Do Maranhão-IFMA Campus Caxias - E- mail: nya-sousa@hotmail.com fransouoliveira@gmail.com lourhannaoliveira@gmail.com daniel.veras@ifma.edu.br INTRODUÇÃO Fisicamente, o adolescente está sob intensas transformações estimuladas pelas ações hormonais característica da puberdade, com acontecimentos como a menarca, sendo essas cada vez mais precoces, dentre outras alterações biológicas as quais propiciam uma série de eventos psicológicos que culminam na aquisição de sua identidade sexual. Ao final desta transformação os indivíduos estão aptos para a reprodução, entretanto, a grande maioria não desenvolveu as habilidades emocionais necessárias para isso (JARDIM; BRÊTAS, 2006). Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), a adolescência começa aos 12 e vai até os 18 anos. Esse período é caracterizado por transformações biológicas, psíquicas e sociais que podem aumentar a vulnerabilidade dos adolescentes às doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou a uma gravidez indesejada, se associados à falta de apoio familiar, expectativa de vida, entre outros elementos (BARBOSA, et al., 2010). Segundo dados coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde Escolar em 2009, os dados levantados revelaram que 30,5% dos escolares já tiveram relação sexual alguma vez. A freqüência de escolares adolescentes do sexo masculino que tiveram relação sexual foi de 43,7%. Entre os escolares do sexo feminino a proporção foi de 18,7%, para o conjunto das capitais e o Distrito Federal.Segundo o IBGE os dados revelam índices altos de gravidez na adolescência, uma vez que, entre as jovens de 15 a 17 anos,

a proporção de mulheres com, pelo menos, um filho é de 7,3% no país sem contar que estão sujeitos a adquirirem alguma DST. Este início da atividade sexual dá-se na adolescência, devido à exposição às influências urbanas e às mudanças dos valores tradicionais (ALVES; LOPES, 2008). Mesmo com a crescente difusão de informações sobre sexualidade, a interiorização das normas contraceptivas entre adolescentes ainda é frágil (ALVES; BRANDÃO, 2009). Entender os desafios que cercam as práticas contraceptivas na adolescência e juventude é estabelecer nexos entre o aprendizado da sexualidade e da contracepção com a conquista gradativa da autonomia individual (entendida como autodeterminação pessoal), considerando que ambos os percursos estão relacionados e fazem parte de um processo de amadurecimento e construção de uma identidade social e de gênero (ALVES; BRANDÃO, 2009). Os horizontes da escola devem se ampliar cada vez mais, abrangendo conhecimentos sempre mais relevantes sobre adolescência e sexualidade, o que possibilitará o desenvolvimento de técnicas de abordagem ainda mais adequadas. Antes de mais nada, torna-se necessário buscar instrumentos que permitam melhor preparar aquele que vai orientar e, dentro desse enfoque, não só os professores de Ciências ou Biologia serão responsáveis pela transmissão do conteúdo, mas a escola como um todo (SAITO; LEAL, 2000). O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos autores vivenciada em sala de aula com alunos do ensino médio sobre métodos contraceptivos utilizando-se como método a elaboração de um mapa conceitual para exposição do tema sobre os principais métodos contraceptivos. METODOLOGIA Esta atividade educativa foi realizada com alunos do curso técnico em Administração do 2 ano do ensino médio do Instituto Federal do Maranhão- Campus Caxias com a faixa etária entre 14 e 18 anos, sendo que 14 foram do sexo masculino e 19 do sexo feminino, este trabalho foi executado na sala de aula, onde foram apresentados os principais métodos contraceptivos e diante desta apresentação podemos também esclarecer duvidas dos adolescentes quanto aos métodos e como os mesmos eram utilizados.

A idéia desta atividade surgiu durante o estudo da disciplina de Embriologia do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas de forma a integrar teoria com a prática, além de orientar os adolescentes quanto à questão de métodos contraceptivos, visto que este público ainda requer atenção quanto a informações deste tipo, o que os tornam vulneráveis a informações erradas o que influi a fortes conseqüências na vida destes adolescentes, tais como gravidez indesejada e muitas das vezes interrompida por um aborto, ou até mesmo alguma DST. Diante destas informações montou-se um mapa conceitual dos principais métodos contraceptivos no programa CMAPTOOLS, onde este mapa foi apresentado aos alunos com o auxílio de um projetor e diante da apresentação os alunos levantavam questionamentos que eram respondidos pelo grupo de alunos responsáveis pela apresentação ao final foi entregue um questionário elaborado pela a equipe que ministrava o tema onde de acordo com as resposta obtidas no questionário e com a experiência da sala de aula podemos obter algumas informações de extrema importância sobre a vida sexual desses adolescentes que nos ajudarão a compreender como o adolescente age diante dessa temática que tanto os interessa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante a apresentação foi utilizado para exposição dos principais métodos um mapa conceitual, onde os principais métodos foram divididos em subtópicos para que houvesse maior compreensão dos alunos quanto ao assunto abordado e mediante a apresentação os ministrantes também relatavam como o método era utilizado ou implantado no organismo, pois muitos destes métodos requerem implantação cirúrgica. Figura 1- Imagem representativa do mapa conceitual. Fonte: RIBEIRO, M.

Mediante a apresentação pode-se observar maior participação feminina diante da apresentação do assunto abordado, onde muitas das vezes levantavam suas duvidas e até mesmo desconstruíram informações erradas isso por serem elas as maiores prejudicadas mediante a uma gravidez indesejada, onde podem adquirir não só problemas de saúde como seqüelas sociais como ressalta GURGEL et al; (2008) onde diz que a gravidez na adolescência produz danos não só a mãe como também para o concepto e na maioria das vezes é o motivo da evasão escolar o que gera para o baixo nível de escolaridade da mãe o que dificulta o acesso ao mercado de trabalho elevando seu índice de pobreza. Quando se fala em desconstrução de informações erradas o que se pode observar é que por na maioria das vezes por não terem a quem recorrer estes jovens acaba obtendo informações que não responderão sua duvidas como comprova SANTOS (2011), que diz que a maioria dos adolescentes procuram tirar suas duvidas no que se diz respeito à sexualidade com outros adolescentes o que é algo preocupante visto que estão sujeitos a obterem informações erradas. Como foi observado durante a apresentação quando uma das alunas perguntou. Aluna A: por que a camisinha de neon não servia para ser utilizada durante o ato sexual? Pois se não serve para ser utilizada durante o ato sexual dessa forma não se trata de um método contraceptivo visto que a camisinha ela é utilizada justamente para proteção no momento em que ocorre a relação sexual onde ela cria uma barreira de proteção por que recobre o órgão reprodutor masculino. Para Gubert e Madureira (2009) o homem, na adolescência, sofre pressões para que mantenha relações sexuais com alguém do sexo oposto para demonstrar que não é homossexual, pois a sexualidade é considerada um atributo da masculinidade que deve ser exercido. Ao contrário, as meninas ainda são estimuladas a atrasar ao máximo sua primeira relação sexual. Essas diferenças evidenciam a necessidade de utilizar uma abordagem de gênero nos estudos que abordam a sexualidade, fator este que foi observado diante do levantamento dos dados coletados pelo questionário, onde registra que os adolescentes do sexo masculino a maioria iniciaram a sua vida sexualmente ativa a partir dos 14 anos, enquanto que as meninas a maioria ainda não iniciaram sua vida sexual segundo elas por não haver permissão dos pais. Em alguns casos, adolescentes não orientadas pelo ambiente familiar, na fase pré-púbere, querem se auto-afirmar como mulheres, somando-se a esse desejo o espírito

de imitação, por saberem que algumas amigas já têm vida sexual ativa. Outras perdem a virgindade apenas com o intuito de provocação à família (SANTOS; NOGUEIRA, 2009). O que se pode observar é que o principal método contraceptivo utilizado pelos adolescentes é a camisinha masculina por oferecer vantagens como afirma Bouzas; Pacheco e Eisenstein (2004), por ser um método considerado de baixo custo, sem efeitos colaterais e não necessita de controle médico. São de fácil acesso, podendo ser adquirido em farmácias, supermercados ou outros estabelecimentos comerciais, estando também disponível em algumas unidades de saúde. CONCLUSÃO O que se pode observar na concepção dos adolescentes é que muitos ainda possuem receio de se discutir esse tipo de assunto com os pais e que atividades como essas realizadas por parte da escola é um avanço em relação ao tema e que muitos esperam que ações como essas sejam realizadas com freqüência, pois os ajudam de forma mais esclarecedora. De acordo com o que foi coletado com os questionários observou-se que os adolescentes do sexo masculino iniciam sua vida sexual mais cedo em relação às meninas o que se pode concluir que atividades como estas devem ser realizadas a partir do 9 do ensino fundamental, pois o que observamos é que muitos desses adolescentes principalmente os do sexo masculino iniciam sua vida sexual a partir dos 14 anos de idade e muitos não possuem informações necessárias quanto aos métodos contraceptivos principalmente no que diz respeito ao seu uso correto. Uma ação que poderia beneficiar bastantes estes jovens seria a criação de programas de acesso desses adolescentes aos métodos contraceptivos pelo setor publico e caberia a este programa também a responsabilidade de instruir este público ao uso correto ou implante deste método. Não existe teoria sem pratica e tratando-se de um curso de licenciatura a pratica é fundamental para o exercício da profissão e esta atividade educativa traz benefícios para os futuros docentes, onde foi contemplada com a experiência da sala de aula, a escola que pôde dar a sua contribuição aos alunos sobre os métodos contraceptivos e o seu uso correto contribuindo dessa forma na parte educativa da sua sexualidade e os alunos que conseguiram respostas para suas duvidas, pois na maioria das vezes eles não têm a quem perguntar. REFERÊNCIAS

ALVES, A; LOPES, M. Uso de métodos anticoncepcionais entre adolescentes universitários. Revista brasileira de enfermagem, DF, v. 61, n. 02, p. 2008. ALVES, C; BRANDÃO, E. Vulnerabilidade no uso de métodos contraceptivos entre adolescentes e jovens: interseções entre políticas publicas e atenção à saúde. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, RJ, v.14, n. 02, p. 661-670, 2009. BARBOSA, S; DIAS, F; PINHEIRO, A; PINHEIRO, P; VIEIRA, N. Jogo educativo como estratégia de educação em saúde para adolescentes na prevenção às DST/AIDS.Revista Eletrônica de Enfermagem, GO, v.12, n 02, p. 337-41, 2010. BOUZAS, I; PACHECO, A; EISENSTEIN, E. Orientação dos principais contraceptivos durante a adolescência. Revista oficial do núcleo de estudos da saúde do adolescente, RJ, v. 01, n. 02, p. 27-33, 2004. GUIMARÃES, A; VIEIRA, M; PALMEIRA, J. Informações dos Adolescentes sobre Métodos Anticoncepcionais. Revista Latino Americana de Enfermagem, SP, v.11, n. 03, p.293-8, 2003. GURGEL, M; PINHEIRO, P; ALVES, M; BARROSO, G; VIEIRA, N. Gravidez na adolescência: tendência na produção científica de enfermagem. Escola Anna Nery Revista Enfermagem, MG, v. 12, n 04, p. 799-05, 2008. GUBERT, D; MADUREIRA, V.Iniciação sexual de homens adolescentes. Revista ciência & saúde coletiva, RJ, v. 14, n. 04, p. 1119-1128, 2009. IBGE. A Síntese de Indicadores Sociais 2002. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/12062003indic2002.shtm>. Acesso em 21 de julho de 2016. JARDIM, D; BRÊTAS, J. Orientação sexual na escola: a concepção dos professores de Jandira SP. Revista Brasileira de Enfermagem, SP, v.59, n.02, p. 157-62, 2006. MOREIRA, T; VIANA, D; QUEIROZ, Maria; JORGE, Maria. Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez. Revista escola enfermagem USP, SP, v. 42, n. 02, p. 312-20, 2007. SAITO, M; LEAL, M. Educação Sexual na Escola. Pediatria, SP, v.22, n.01, p.48-48, 2000. SANTOS, G. Orientação sexual para adolescentes no âmbito escolar. Grau em ciências biológicas. Consorcio setentrional de educação a distancia, universidade de Brasília/ universidade estadual de Goiás. Brasília, 2011. 32 p. SANTOS, C, NOGUEIRA, K. Gravidez na adolescência: falta de informação?. Revista oficial do núcleo de estudos da saúde do adolescente, RJ, v. 06, n. 01, p. 48-56, 2009.