O uso excessivo dos smatphones Rafael Manias Trazzi James Rodrigues Resumo Este trabalho apresenta fatos verídicos sobre o uso excessivo dos smartphones na sociedade atual. Onde praticamente todos possuem este aparelho com conexão com a internet, o que facilita ainda mais o uso deste objeto; A questão que vamos levantar é se este uso é exagerado ou não. Já que a nomofobia, ao contrário do que muitas pessoas pensam, pode ser algo muito prejudicial. Palavras chave: Smartphones. Nomofobia. Introdução: O primeiro smartphone lançado no mercado, chamado IBM Simom, em 16 de agosto de 1994, abriu as portas para o avanço tecnológico no quesito mobile. Claro que o termo "smartphones" não existia nesta época, mas este poderoso aparelho tinha todos os quesitos necessários para ser denominado como tal. Ele tinha o formato do famoso tijolão e seus recursos eram bem limitados, considerando padrões de 2015. Com ele era possível fazer e receber ligações, recebia mensagens de pager e também enviava e recebia e-mails. Contava ainda com calculadora, calendário, lista de contatos e podia enviar e receber fax através de seu teclado virtual ou de sua caneta Stylus, por onde você poderia enviar desenhos ou anotações manuais Suas especificações, e o seu objetivo, eram claramente para uso profissional, pois os seus recursos voltados a entretenimento, se firmava apenas em trocas de mensagens, nada tão inovador e diferente na época. Infelizmente, em fevereiro de 1995, sua comercialização chegou ao fim. O aparelho não foi muito bem aceito no mercado, principalmente pelo seu preço inicial de US$899. Claro que isto não o denomina um aparelho ruim, suas funções e seu hardware, eram invejáveis e inalcançáveis para a concorrência, mas sua função não se destacava tanto dos desktops da época, fora os seus problemas técnicos, e o seu tamanho absurdo. Com o passar dos anos, smartphone foi sendo moldado para ser algo prático, simples, e rápido. Sua funcionalidade foi significativamente melhorada, assim como o seu desempenho e o seu volume de processamento. Mensagens enviadas em questão de segundos, informações desejadas sem maiores problemas, bem na palma da mão do usuário. Nos dias de hoje, comunicação é tudo, seja para se localizar em alguma região de sua cidade, receber notificações do seu trabalho, ou 1
até mesmo falar com aquele seu amigo de muito tempo. E é exatamente este o problema. Segundo a revista EXAME.com, o instituto de pesquisas norteamericano Flurry Analytics, concluiu que número de viciados nestes aparelhos cresceu quase 60% em 2015. No total, são 280 milhões de pessoas consideradas pelo estudo como viciadas no dispositivo móvel, contra 176 milhões registradas em 2014. Se fossem reunidos em um país, os viciados em smartphones já seriam a quarta maior nação do mundo, atrás da China, Índia e EUA e à frente da Indonésia. A pesquisa foi baseada em informações colhidas de apps usados em uma base total de 1,8 bilhão de smartphones ao redor do mundo. O grupo de viciados cresceu 59% em comparação a 2014, quando o total era de 176 milhões de viciados. Os viciados são identificados com o critério de usar os aplicativos mais de 60 vezes por dia. E este usuário é claramente dependente do seu aparelho telefônico, e as empresas se aproveitam disso, fabricando a sua mercadoria cada vez mais voltada ao lazer. Claro que o smartphone é utilizado muito pela sua praticidade de comunicação e informação de fins profissionais, mas infelizmente não é a realidade da maioria. Segundo Lindsay Holmes, do The Huffington Post, existem 13 sinais de que você pode estar viciado no seu celular, e eles são: Vista desfocada. Pânico ao ficar sem celular. Trabalhar pelo celular, fora do expediente. Dores lancinantes de cabeça e dos olhos. Se desesperar caso esteja sem GPS. Sono prejudicado. Vibrações fantasmas. Se comunicar com pessoas no mesmo cômodo que você via celular. Levar seu smatphone quando vai ao banheiro. Não sentir necessidade do contato olho no olho. Se sentir limitado a 140 caracteres; Não decorar mais números de telefone. Sentir necessidade exagerada de tirar foto de tudo e de todos. Segundo o jornal inglês The Telegraph, o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se tornam um vicio ou uma dependência, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e famíliares, prejudicando o foco nas atividades laborais e trazendo consequente prejuízo acadêmico ou lavorativo, já temos elementos suficientes para classificar um transtorno e que tem nome: nomofobia. A nomofobia é uma compulsão caracterizada pelo medo irracional de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual. Na abstinência do celular ou tablet (internet), os sintomas são muito semelhantes aos da síndrome de abstinência de 2
drogas como álcool e cigarro. Vale a pena ressaltar que a nomofobia está geralmente relacionada com comorbidades secundarias de outros transtornos, principalmente os transtornos de ansiedade, tais como fobia social, síndrome do pânico e transtorno obsessivo compulsivo.(the Thelegraph, 2011). O grande problema da questão é que todos os dispositivos que os smartphones e tablets oferecem é o de proporcionar prazer e recompensa. Através desta lógica, se algo nos proporciona prazer (ou dopamina no cérebro) a estratégia ou recurso mais eficaz, é substituir o prazer ocasionado pelo uso do celular, por outros reforçadores que podemos encontrar no nosso ambiente: Um amor real, atividades esportivas e interativas, a companhia de amigos em uma festa, tentar resgatar hábitos positivos e mantenedores de relacionamentos reais com amigos e principalmente com a família, e assim resgatar o afeto, o carinho, o toque e o olho no olho. Em outras palavras, resgatar as nossas vivencias reais. 3
Questionário: Ao todo, obtivemos respostas de 170 pessoas, lembrando que existem dez perguntas, e para todas as perguntas, existem três opções de respostas: 1 - Com que frequência você utiliza seu celular no seu dia-a-dia?(170 respostas) 4
2 - Como você definiria a importância do celular em sua vida?(170 respostas) 5
3 - Como você reage quando a bateria do seu celular acaba?(170 respostas) 6
4 - Independente do que estiver fazendo é comum você desviar o olhar para o celular para verificar se a alguma chamada ou mensagem?(170 respostas) 7
5 - Quando você dorme, onde fica o seu celular?(170 respostas) 8
6 - Ao caminhar pela rua você tem o costume de ler ou escrever mensagens?(170 respostas) 9
7 - Quando você fica sem um celular, como se sente?(170 respostas) 10
8 - O que você faria se percebesse que esqueceu o celular?(170 respostas) 11
9 - Como você se sente quando não recebe ligações ou mensagens por um longo período?(170 respostas) 12
10 - O uso do celular o impede de realizar atividade básicas(dormir, Ir trabalhar/estudar, chegar pontualmente)?(170 respostas) 13
5. Conclusão Neste trabalho apresentamos argumentos e elementos essenciais para a identificação de um possível vício em smartphones, e concluímos que pela sua praticidade, este aparelho afeta a vida das pessoas de uma forma absurda, seja por meio de informação, comunicação, ou entretenimento. Porem, uns mais graves que outros, esperamos que este artigo ajude outras pessoas. 14
Referências Aguilhar, Ligia. DoEstadão Conteúdo.Número de viciados em smartphone cresce quase 60% em 2015, 18/07/2015. Disponível em:http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/numero-de-viciados-emsmartphone-cresce-60 Do G1. Petrolina. Vício em smartphones pode interferir nas relações pessoais e profissionais, 08/11/2015. Disponível em: http://g1.globo.com/pe/petrolinaregiao/noticia/2015/11/vicio-em-smartphones-pode-interferir-nas-relacoes-pessoaise-profissionais.html Holmes, Lindsay. The Huffington Post. 13 sinas de que você está viciado no seu celular e precisa se desplugar, 24/07/2014. Disponível em: <http://www.brasilpost.com.br/2014/01/24/viciado-celular_n_4658141.html> Rodrigues de Aragão, Soraya. Psicolinenews. Nomofobia: O vício pelo celular, 01/07/2015. Disponível em: <http://www.psiconlinews.com/2015/07/nomofobia-o-vicio-pelo-celular.html> Kyle, George. The Thelegraph. Nomophobia, 06/14/2015. Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/404/404.html 15