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Transcrição:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N *01809142* Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL SEM REVISÃO n 565.214-4/2-00, da Comarca de CAMPINAS, em que é apelante DENISE AMARAL BONELLI ME sendo apelado UNIMED CAMPINAS COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO: ACORDAM, em Oitava Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O j ulgamento teve a participação dos Desembargadores RIBEIRO DA SILVA (Presidente), LUIZ AMBRA. São Paulo, 26 de junho de 2008. SALLES ROSSI Relator 67

Voto n : 6686 Apelação Cível n : 565.214.4/2-00 Comarca: Campinas - 4 a Vara I a Instância: Processo n : 639/2006 Apte.: Denise Amaral Bonelli - ME Apdos.: Unimed de Campinas Cooperativa de Trabalho Médico VOTO DO RELATOR EMENTA - PLANO DE SAÚDE - AÇÃO DE COBRANÇA Contrato de prestação de serviços médico-hospitalares - Cobrança embasada no contrato e não nas duplicatas levadas a protesto - Inépcia da inicial e prescrição corretamente afastadas - Ademais, legítima a emissão de faturas e duplicatas em decorrência de contrato de prestação de serviços (art. 20 da lei n. 5.474/68) - Valores especificados na fatura de acordo com o contrato - Impugnação genérica - Descabimento - Inadimplência incontroversa - Serviços colocados à disposição da contratante, independentemente de sua utilização - Mensalidades devidas - Sentença mantida - Recurso improvido. Cuida-se de Apelação interposta contra a r. sentença proferida nos autos de Ação de Cobrança que, decidindo pelo mérito os pedidos formulados na petição inicial, acabou por decretar a parcial procedência dos mesmos, condenando a ré no pagamento do valor mencionado nas faturas discriminadas a fl. 3, acrescido de correção monetária e juros de mora, a partir de cada vencimento, mais multa moratória de 2% (dois por cento). Impôs, ainda à ré o pagamento das custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação. Inconformada, apela a requerida (fls. 161/16^), reiterando a preliminar de inépcia da inicial e prescrição.

pt 'SV.íJf- PODER JUDICIÁRIO No mérito, sustenta a divergência de valores entre as faturas e as duplicatas emitidas, não havendo prova da efetiva prestação dos serviços. Argumenta que os valores cobrados são incorretos e que não foram apresentadas guias de internação, consultas ou sequer exames realizados no período. Afirma ser indevida a emissão de duplicatas e conseqüentemente seus protestos, já que a cobrança se baseia no contrato de prestação de serviços firmado com a autora e não nos sobreditos títulos. Prossegue aduzindo ser inconsistente a argumentação de que o pagamento pela prestação de serviços é em valor fixo, independentemente do uso dos mesmos, pois além das mensalidades variarem, o inadimplemento acarreta a imediata suspensão do atendimento. Por conta desses argumentos, aguarda o decreto de improcedência da demanda, invertendo-se os ônus da sucumbência. O recurso foi recebido pelo r. despacho de fl. 168. Contra-razões apresentadas às fls. 172/182. É o relatório. O recurso não comporta provimento. A preliminar de inépcia da inicial não vinga. Da narração dos fatos decorre logicamente o pedido, que nada mais é do que a cobrança por serviços de assistência médico-hospitalar prestados pela requerida, com base em contrato firmado entre as partes, diante do inadimplemento da contratante. Tanto não é inepta a inicial que possibilitou à demandada o exercício de ampla defesa, com todos os meios a ela inerentes. Da mesma forma, inconsistente a argüição de prescrição.

Como se disse acima, a cobrança está embasada no contrato de prestação de serviços firmado entre os litigantes e não nas duplicatas levadas a protesto. O prazo prescricional para a hipótese é aquele previsto no artigo 206, parágrafo 5 o, inciso I, do Código Civil, qual seja, de cinco anos e não o mencionado na resposta ou no apelo (aqui inovado). A relação jurídica estabelecida entre as partes, por óbvio, não pode ser classificada como um contrato de seguro. Não existe o pagamento de um prêmio mensal visando a contraprestação de uma indenização em caso de evento futuro e incerto. O contrato é outro, onde se prevê o pagamento de uma mensalidade pela disponibilização de serviços médicos aos usuários inscritos pela contratante. Assim está redigida a cláusula 10.1 do ajuste: "A CONTRATANTE obriga-se a pagar à CONTRATADA, a importância mensal obtida pela soma das mensalidades dos usuários titulares e as mensalidades dos dependentes e agregados inscritos neste contrato, até o dia 10 (dez) de cada mês, a contar do mês de vigência do presente contrato". Portanto, independentemente da utilização dos serviços colocados à disposição da contratante, esta se obrigou a pagar uma prestação mensal, com base no número dos usuários titulares, dependentes e agregados que estivessem inscritos. Daí porque irrelevante o argumento da apelante de que não restou devidamente comprovada a prestação dos serviços por parte da apelada. Estes estavam colocados à disposição da apelante - prova de eventual recusa em prestá-los não há - que os utilizaria, de acordo com sua conveniência. Mesmo não utilizados, a cobrança é legal e devida.

De outra parte, regular a emissão de faturas e duplicatas com base em contrato de prestação de serviços. A lei n. 5.474/68 prevê o uso destes instrumentos de cobrança: Art. 20. As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma desta lei, emitir fatura e duplicata. 1 o A fatura deverá discriminar a natureza dos serviços prestados. 2 o A soma a pagar em dinheiro corresponderá ao preço dos serviços prestados. 3 o Aplicam-se à fatura e à duplicata ou triplicata de prestação de serviços, com as adaptações cabíveis, as disposições referentes à fatura e à duplicata ou triplicata de venda mercantil, constituindo documento hábil, para transcrição do instrumento de protesto, qualquer documento que comprove a efetiva prestação, dos serviços e o vínculo contratual que a autorizou.(incluído pelo Decreto-Lei n 436, de 27.1.1969) Frise-se que a efetiva prestação de serviços aqui se configura com a disponibilização dos mesmos à contratante, independentemente de sua utilização. O próprio contrato prevê que as "mensalidades serão pagas pela forma de pré-pagamento, mediante fatura ou por aviso bancário" (cláusula 10.2), não havendo nada de irregular em sua emissão e futuro protesto da duplicata representativa daquele crédito. Como bem frisou o d. magistrado a quo, inexiste óbice em extrair duplicata em valor inferior ao da fatura, além do que, a cobrança aqui está embasada no contrato e não naqueles títulos de crédito. Também inexiste prova de que os serviços não foram disponibilizados pela contratada, no período de inadimplência mencionado na exordial, o que legitima a cobrança dos valores indicados nas faturas.

m Mi* \\ I *Aj í.i". PODER JUDICIÁRIO 11 i/r. De outra parte, a impugnação do valor cobrado pela apelada foi realizada de forma genérica. Em nenhum momento a apelante estimou o valor que entendia ser correto, alegando que o contrato não é claro neste sentido. Ora, não é crível que desde a celebração do contrato (junho de 2.000) a requerida vem arcando com o pagamento de mensalidades sem saber ao certo o valor cobrado e somente agora, no final de 2.002, impugna genericamente os valores, sem indicar o montante que entende devido. As faturas discriminam os serviços colocados à disposição da contratante e os valores referentes a cada um deles, nada havendo de irregular. Em suma, os argumentos deduzidos no apelo são inconsistentes. Os serviços foram colocados à disposição da apelante. A inadimplência restou incontroversa e os valores cobrados estão de acordo com o ajustado pelas partes, de sorte que escorreita a r. sentença ao condenar a requerida no pagamento do valor descrito na inicial, com o ajuste da multa moratória. Isto posto, pelo meu voto, nego provimento ao recurso. SAJXES ROSSI Relator 50.18.025