PODER JUDICIÁRIO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS (Presidente) e VITO GUGLIELMI.

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1 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA REGISTRADO(A) SOB N I IIIIII mil mil mil mu mu um um mi mi * * Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação n , da Comarca de Guarulhos, em que é apelante GUIOMAR PEREIRA DA SILVA sendo apelados SIVALDO ANTÔNIO DA SILVA, RONICLEIA DE OLIVEIRA PRATES, LUIZ DA SILVA FERREIRA e MARLUCE DA SILVA. ACORDAM, em 6* Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS (Presidente) e VITO GUGLIELMI. São Paulo, 01 de julho de SEBASTIÃO CARLOS GARCIA RELATOR

2 PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça de São Paulo Voto n Apelação n Apte.: Guiomar Pereira da Silva Apdos.: Sivaldo Antônio da Silva (e outra) e outro Guarulhos AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO - Pleito ajuizado por ex-esposa em face de ex-marido-cedente e de cessionários de direitos sobre imóvel - Contrato celebrado após a separação judicial - Alegação de que era necessária a outorga uxória - Sentença de improcedência - Inconformismo da autora - Provas coligidas nos autos, porém, que indicam ter o varão adquirido o imóvel antes do casamento, o qual foi celebrado pelo regime da comunhão parcial de bens - Manutenção da sentença - Apelo improvido. Guiomar Pereira da Silva ingressou com ação declaratória de nulidade de ato jurídico contra Luiz da Silva Ferreira, Marluce da Silva, Ronicléia de Oliveira Prates e Sivaldo

3 2 Antônio da Silva, havendo sido julgada improcedente (fls. 244/248). Irresignada, porém, apelou a autora, pleiteando a inversão do julgado (fls. 253/255). Isento de preparo, o recurso foi processado. E o relatório. O recurso não está em caso de ser provido, na conformidade da fundamentação a seguir exposta. Consigne-se, à partida, que o pleito da autora, consoante a r. sentença, funda-se nos seguintes fatos: "(...) foi casada com o primeiro requerido e que conforme sentença proferida na ação de Separação Judicial que tramitou perante a 2 a Vara Cível da Comarca de Ubatuba, com trânsito em julgado em 11/03/94, o único imóvel adquirido pelo casal, qual seja, o prédio n. 75, da Rua Um e seu respectivo terreno lote 05, da quadra 10-A, do loteamento Jardim Nova Cidade, Guarulhos, SP, deveria ter sido vendido conjuntamente com a autora, com a divisão do produto em partes iguais. Todavia, informa que em 04/05/99, os requeridos celebraram entre si instrumento particular de cessão e transferência de direitos relativamente ao imóvel, sem a presença e o consentimento da autora. Assevera a nulidade do ato jurídico em questão... " (fls. 244). Pois bem. Pelos elementos coligidos nos autos, é possível que concluir que o referido contrato de cessão e Voto n Apelação n G ua

4 3 transferência de direitos sobre imóvel celebrado entre os réusapelados não está em caso de ser anulado. Com efeito, conquanto na ação de separação judicial tenha sido determinado que "(...) a partilha do bem imóvel deverá ser feita pelas partes até o divórcio do casal... " (fls. 08), pode-se verificar que tal determinação foi feita de forma genérica, vale dizer, sem especificar qual o imóvel que deveria ser partilhado até o divórcio. A autora, ora apelante, também não trouxe aos autos documento apto a comprovar que o imóvel mencionado na sentença da separação judicial é o mesmo do contrato de cessão e transferência de direitos que pretende anular. Demais disso, pelas provas constantes dos autos, a autora e o réu Luiz da Silva Ferreira casaram-se em maio de 1984, sob o regime da comunhão parcial de bens (fls. 07), e o imóvel foi adquirido pelo varão, por instrumento particular de compromisso de venda em compra, em fevereiro de 1983 (fls. 06/09), documento, aliás, que não foi impugnado pela autoraapelante. Destarte, o imóvel objeto da lide, de propriedade do réu Luiz da Silva Ferreira quando de suas núpcias com a autora, não deve se submeter, logicamente, à partilha, eis que, como já referido, casaram-se sob o regime da comunhão parcial de bens. Bem por isso, considerando-se que a autora não demonstrou que o imóvel a que se reporta a sentença de separação judicial é o mesmo objeto do negócio jurídico havido entre os réus, e, ainda, levando-se em conta que o varão adquiriu o bem antes do casamento com a autora, é de se concluir que o caso era mesmo de improcedência da ação. Voto n Apelação n rulhos

5 4 Por conseguinte, trilhou o melhor direito o digno Magistrado sentenciante, Mário Rubens Assumpção Filho, razão pela qual deve ser mantido o decisum monocrático. Isto posto, nega-se provimento ao apelo, nos termos e pelos fundamentos constantes do presente voto condutor do acórdão. SebasMão/Caflos Garcia Relator Voto n Apelação n Guarulhos