16.05.2014 NÚMERO 34 BOLETIM INFORMATIVO RADIODIFUSÃO Ministério das Comunicações inclui novas infrações no Regulamento de Sanções Matérias de especial interesse Ministério das Comunicações inclui novas infrações no Regulamento de Sanções Mutirão de RTVs chega ao Paraná Deputados querem democratizar acesso às verbas oficiais de publicidade Justiça paulista considera cobrança do Ecad pelo simulcasting ilegal Em vigor desde abril do ano passado, o Regulamento de Sanções Administrativas a que estão submetidas às emissoras de radiodifusão teve sua lista de infrações ampliada nesta semana com a inclusão de mais 3 hipóteses fáticas, já previstas em diplomas legais anteriores, mas até então não constantes do Anexo IV do citado Regulamento. Assim, iniciar a execução do serviço sem a autorização para funcionamento em caráter provisório ou licença de funcionamento, aplicável aos serviços de FM, OC, OM, OT, TV e RadCom, iniciar a execução do serviço sem a autorização de uso de radiofrequência ou a licença de funcionamento, válido para os serviços ancilares de RTV e RpTV, bem como executar o serviço de radiodifusão sem supervisão de responsável técnico, passam a ser consideradas infrações grave e sujeitas a atribuição de 8 pontos. Merece especial atenção a última das situações elencadas pela Portaria nº 220 publicada no Diário Oficial do dia 13 de maio que considera infração grave a execução do serviço de radiodifusão sem supervisão de responsável técnico. Consoante a legislação de regência, estão dispensadas de ter responsável técnico apenas as emissoras de rádio em amplitude modulada (AM) com potência igual ou inferior a 2,5 kw diurna e as em frequência modulada (FM) de Classe C. Todas as demais emissoras, incluindo as de radiodifusão de sons e imagens (televisão), são obrigadas a possuir responsável técnico, ainda que, em alguns casos, seja suficiente o acompanhamento por técnico de 2º grau sem vínculo empregatício. Entretanto, emissoras de televisão Classe Especial, A ou B, bem como emissoras de rádio AM com potência igual ou superior a 50 kw diurna, necessitam ter como responsável técnico engenheiro habilitado para a atividade perante o CREA da região onde está instalada a emissora, com vínculo empregatício com a entidade. Importante ainda ressaltar que, em janeiro de 2010, o Ministério das Comunicações determinou que aquelas emissoras obrigadas a ter engenheiro com vínculo empregatício como responsável técnico, deveriam preencher formulário com as informações pertinentes, para fins de atualização e cadastro junto ao Sistema de Controle de Radiodifusão (SRD). À época, foram concedidos 90 dias para o atendimento da exigência. De toda forma, é importante que as emissoras fiquem atentas, pois a observância da exigência de responsável técnico pode ser objeto de fiscalização por parte dos órgãos competentes. Os clientes de Moura e Ribeiro Advogados Associados interessados irão receber informações adicionais sobre o tema. SHIS QI 21 Conjunto 07 Casa 17 Lago Sul CEP: 71.655-270 Brasília DF Telefone: (61) 3703.5558
Boletim Informativo Radiodifusão Página 2 de 5 Mutirão de RTVs chega ao Paraná Se a Anatel chegar até a retransmissora que estiver irregular, ela vai lacrar e apreender os equipamentos. E, se isso ocorrer, a população vai ficar sem o sinal de TV. Nos próximos dias 27 a 29, a força tarefa para regularizar a situação das retransmissoras de televisão em funcionamento sem a devida autorização chega ao Paraná. Entretanto, todos os interessados em executar o serviço de RTV em quaisquer localidades do estado devem comparecer à Unidade Operacional da Anatel em Curitiba (situada na Avenida Vicente Machado, nº 720, Batel) no dia 27, no horário compreendido entre 9h e 12h ou das 13h às 18h, pois nos dias seguintes somente haverá recebimento se não for possível o atendimento de todos os interessados logo no dia 27. Se não for possível o atendimento de todos os interessados na terça, haverá distribuição de senha para comparecimento nos dias seguintes. As autorizações para executar o serviço de RTV, em caráter secundário e ainda em tecnologia analógica, devem ser solicitadas mediante requerimento devidamente acompanhado da documentação constante dos Anexos I e II da Portaria nº 282, de 25 de setembro de 2013, do Ministério das Comunicações. A diretora do Departamento de Outorga de Serviços de Comunicação do Ministério, Denise Menezes de Oliveira, destaca a importância da força tarefa, especialmente porque se a Anatel chegar até a retransmissora que estiver irregular, ela vai lacrar e apreender os equipamentos. E, se isso ocorrer, a população vai ficar sem o sinal de TV. Os clientes de Moura e Ribeiro podem solicitar maiores informações pelo endereço rodolfommoura@gmail.com. Ministério concede 216 autorizações de RTV no Estado de Minas Gerais No último dia 13 (terça-feira), o Ministério das Comunicações divulgou listagem contendo 216 portarias autorizando a execução do Serviço de Retransmissão de Televisão no estado de Minas Gerais. As autorizações, em caráter secundário, são resultado da força tarefa que o Ministério das Comunicações tem empreendido para regularizar as milhares de estações que funcionam em todo o Brasil sem o devido ato autorizativo e faz parte do acordo de cooperação celebrado com a Anatel para o cumprimento de política pública que garanta à população o acesso à programação e estabeleça parâmetros para a fiscalização. As 216 novas autorizadas do Serviço de RTV, situadas em 112 diferentes localidades, têm um prazo máximo de 12 meses para começar a funcionar, caso não estejam operando. Ao todo, em Minas Gerais, durante o mutirão realizado em novembro do ano passado, foram recebidos 1.204 pedidos e, até o final do mês, é esperado que o Ministério das Comunicações divulgue nova listagem com outras autorizações, além da relação contendo os pedidos indeferidos. Em 2014, a força tarefa de regularização de RTVs deve passar ainda pelos estados do Ceará, Espírito Santo e Paraíba.
Página 3 de 5 Boletim Informativo Radiodifusão Deputados querem democratizar acesso às verbas oficiais de publicidade Os deputados Jorge Bittar (PT/RJ) e Luciana Santos (PCdoB/PE) apresentaram projeto de lei com o objetivo de promover a desconcentração, pela administração pública, da contratação dos serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda. Para os parlamentares, o Poder Executivo vem procurando democratizar o acesso às verbas oficiais de publicidade, mas a elevada concentração (62,63% dos recursos do Governo Federal iriam para as emissoras de televisão) que ainda persiste demandaria outras iniciativas, como o projeto de lei em questão. Segundo o PL nº 7.460, de 2014, pelo menos 30% dos recursos de publicidade dos órgãos federais e das entidades da administração direta ou indireta deveriam ser destinados para a contratação de agências de propaganda sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto 30% também deveriam ser destinado para o desenvolvimento de mídias alternativas, aí contempladas não só emissoras comunitárias e educativas, mas também emissoras de radiodifusão de caráter privado enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte. A proposição aguarda designação de relator na CCTCI da Câmara. Participantes de audiência pública no Senado divergem sobre testes na faixa dos 700 MHz O Senado Federal realizou nesta quinta-feira, dia 15, mais uma audiência pública para debater a destinação da chamada faixa dos 700 MHz para os serviços móveis de quarta geração (4G) e coube ao vicepresidente da Anatel, Jarbas Valente, responder as críticas dos demais participantes. Para o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, também presente a audiência pública realizada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), não é possível garantir a convivência harmônica da televisão digital com a internet de quarta geração, pois o cronograma está sendo feito de trás para frente. Já se tem a data da licitação, mas ainda não foram solucionados todos os problemas apresentados nos testes. Também o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, questionou a eficiência dos testes e afirmou que, em certos casos de interferência, só será possível eliminá-la afastando o aparelho celular da televisão, destacando que: Não há solução simples para problema complexo. As soluções não são simples para este caso. Participamos dos testes e estamos falando de milhões de situações. A engenheira Liliana Nakonechnyj, representando o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, no mesmo sentido expôs sua preocupação com a rapidez do processo e pediu o adiamento do leilão. Entretanto, o vice-presidente da Anatel foi enfático ao afirmar que não estamos atropelando nenhum cronograma, pelo contrário, estamos 2 anos atrasados. Deveríamos ter feito lá atrás, quando fizemos o leilão de 2,5 GHz e 450 MHz. O conselheiro da agência reguladora ainda sustentou estar convencido de que foram realizados todos os testes possíveis, nas piores condições que possam existir e que, até por isso, não haveria necessidade de serem realizados testes adicionais, sendo que a licitação deve ocorrer até o final de agosto. O cronograma está sendo feito de trás para frente. Já se tem a data da licitação, mas ainda não foram solucionados todos os problemas apresentados nos testes.
Boletim Informativo Radiodifusão Página 4 de 5 Anatel divulga novo regulamento sobre uso temporário do espectro As solicitações devem ser feitas, em regra, com pelo menos 15 dias de antecedência à Anatel, por meio de autocadastramento para acesso e encaminhamento por sistema interativo. Entrou em vigor na última segundafeira (12) o novo Regulamento sobre Autorização de Uso Temporário de Radiofrequências, aprovado pela Resolução nº 635 da Anatel. A norma estabelece as regras e procedimentos para autorização de uso temporário de radiofrequências, que é outorgada em caráter secundário, independentemente da atribuição ou destinação da faixa e por período determinado, sem direito à proteção contra interferências prejudiciais. As solicitações devem ser feitas, em regra, com pelo menos 15 dias de antecedência à Anatel, por meio de autocadastramento para acesso e encaminhamento por sistema interativo. Tais autorizações são geralmente necessárias para a realização de grandes eventos ou demonstração de produtos e realização de testes, bem como visita de delegações de outros países ou para embarcações e aeronaves estrangeiras. Justiça paulista considera cobrança do Ecad pelo simulcasting ilegal O TJSP considerou a cobrança de retribuição autoral abrangendo exclusivamente transmissão através de simulcasting internet como ilegal. Apreciando recurso de apelação interposto pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), o TJSP considerou a cobrança de retribuição autoral abrangendo exclusivamente transmissão através de simulcasting internet como ilegal. No entendimento do relator, desembargador Natan Zelinschi de Arruda, que foi acompanhado pelos demais membros que votaram da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, a cobrança atualmente efetuada pelo Ecad não tem amparo legal, uma vez que a autorização prévia só está apta a ser exigida em decorrência da programação única da rádio, e não sobre o número de veículos de transmissão, porquanto se trata de (sic) um única modalidade de utilização para a exibição pública. Em primeiro grau, a ação proposta pela Aesp havia sido julgada improcedente, mas a sentença acabou reformada em acórdão assim ementado: Cobrança de direitos autorais de emissoras de radiodifusão em decorrência de transmissão simulcasting e webcasting internet. Inadmissibilidade. A utilização de dois veículos de transmissão não descaracteriza o fato de se tratar de uma única modalidade para a execução pública. Pretensão do ECAD se apresenta como bis in idem. Procedência da ação deve prevalecer. Apelo provido. Em trecho esclarecedor, consignaram os magistrados paulistas que não se identifica na legislação restrição para que a transmissão por este ou aquele veículo resulte em supedâneo para a cobrança de direitos (sic) autorias em duplicidade, haja vista que a própria emissora de rádio já tem a obrigação correspondente a tal título. Publicado na última quarta-feira, o acórdão em questão, registrado sob o nº 2014.0000240260 (solicite a íntegra pelo endereço eletrônico rodolfommoura@gmail.com), ainda está sujeito a recurso.
Página 5 de 5 Boletim Informativo Radiodifusão Moura e Ribeiro Advogados Associados, sediado em Brasília DF, tem sua área de Radiodifusão coordenada pelo sócio Rodolfo Machado Moura, que durante 13 anos prestou serviços à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão ABERT, possuindo larga experiência não só na área jurídica, mas também na legislativa e regulatória. Em comemoração ao seu 10º aniversário, Moura e Ribeiro Advogados Associados lançou Boletim Informativo temático da Radiodifusão, já em sua 34ª edição, destacando os principais fatos ocorridos na semana, seja no âmbito do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário. Vários são os serviços que habitualmente prestamos às emissoras de radiodifusão, dos quais destacamos: Assessoria e consultoria jurídica permanente pertinente aos serviços de radiodifusão, incluindo seus aspectos regulatório, técnico, cível, penal, eleitoral, fiscal, tributário e trabalhista, incluindo: o Levantamento da situação jurídica e técnica das emissoras junto ao Ministério das Comunicações, para confronto com a situação real, incluindo questões técnicas e societárias; o Verificação e classificação dos procedimentos em trâmite perante os órgãos públicos sediados em Brasília; Assessoria e consultoria jurídica de procedimentos de interesse da emissora, junto aos Poderes Executivo e Legislativo; Elaboração e disponibilização de modelos de ofícios e declarações; Assessoria na elaboração de defesas administrativas; Protocolo e acompanhamento de processos junto aos órgãos públicos em Brasília; Envio de atos do D.O.U.; Envio de análise de inovações normativas, estudos e pareceres relativos aos serviços de radiodifusão; Encaminhamento de informativo legislativo e jurídico; Informe sobre os prazos de renovação de outorga e assessoria em sua formalização e trâmite perante o Ministério das Comunicações, Presidência da República e Congresso Nacional. Dentre diversos outros que podem ser ajustados às necessidades específicas das emissoras, pois o nosso propósito é oferecer os serviços adequados aos anseios dos radiodifusores, com a qualidade almejada. Para maiores informações ou para conhecer outros serviços prestados pelo Moura e Ribeiro Advogados Associados, entre em contato pelo telefone (61) 3703.5558 ou pelo e- mail rodolfommoura@gmail.com.