2º ano do Ensino Médio

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Transcrição:

2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Professor Vinícius Vanir Venturini

Agricultura De acordo com as projeções de 2000 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mais da metade da força de trabalho da África e Ásia está empregada na agricultura. Nesses continentes, a população rural chega a 60%. Nas nações industrializadas, ao contrário, a agropecuária ocupa uma pequena de mão-deobra. A mecanização e a tecnologia empregada pelos países do Norte (ricos), otimizam as atividades e colocam muitos desses países, em especial os que possuem vasta áreas cultivável, como os EUA, entre os maiores produtores e exportadores de insumos agrícolas.

Agropecuária e pesca mundial

Agricultura Extensiva versus Intensiva Solo: processo rudimentar Processo racional esgotamento do solo Rotação de cultivos Propriedade: latifúndio Pequena e média Dano ambiental: desflorestamento Uso de fertilizantes queimada Transgênicos Mão-de-obra: desqualifica mecanização produção familiar qualificada processo agroind. Processo: quantitativo qualitativo

Sistemas agrícolas Plantation (produtos tropicais) latifúndio monocultura produção voltada para exportação elevado emprego de mão de obra (boias-frias) Produtos: Brasil: algodão, banana, café, cacau, e cana-de-açúcar, tabaco; Antilhas: cana-de-açúcar; América Central (continental): banana; Colômbia: café; Equador: banana; África: cacau, amendoim e café; Índia e Ceilão: chá; Malásia e Indonésia: seringueira;

Sistemas agrícolas Jardinagem (Sudeste Asiático, Ásia das Monções) prática milenar, curvas de nível e terraços Pequena propriedade Grande mão-de-obra cuidado meticuloso, pessoal (jardim) destaque para arroz e chás

Sistemas agrícolas Roça (agricultura de subsistência) técnicas rudimentares emprego da queimada baixa produtividade antieconômica policultura rudimentar destaque para milho, feijão, mandioca e árvores frutíferas

Sistemas agrícolas Agricultura européia pequenas e médias propriedades associação da agricultura a pecuária excelente infra-estrutura (cilos, armazéns...) culturas de cereais protecionismo/subsídios agrícolas

Sistemas agrícolas Belts (cinturões agrícolas) pequenas e médias propriedades em zonas, faixas de produção agrícola baixo emprego de mão de obra altamente mecanizada biotecnologia, transgênicos destaque mundial para cultura de cereais

Sistemas agrícolas Belts Produto Áreas de produção Características Dairy Belt Leite hortigranjeiros e NE dos EUA, costa do Atlântico (de Boston a Washington) Pequenas propriedades (50 ha) Alto rendimento, pecuária intensa e policultura intensa Corn Belt Wheat Belt Milho, aveia, soja, alfafa, porcos Trigo S dos Grandes Lagos (Mississipi aos Apalaches) Planícies férteis do Mississipi (Great Plains) Cotton Belt Algodão S e SE dos EUA Ranching Belt Dry-farming Criação de bovinos e ovinos de corte. Frutas, legumes, algodão W dos EUA e grande vale central da Califórnia. Áreas irrigadas (W dos EUA) Pequenas e médias propriedades (50 a 100 ha). Policultura intensa. Grandes propriedades, superam 500 ha. Presença de solos negros (ricos em matéria orgânica). Clima continental seco. Agricultura extensiva, monocultura altamente mecanizada. Grandes propriedades, uso de técnicas extremamente modernas, como mecanização intensa. Presença de clima árido, culturas irrigadas. Grandes propriedades, com mais de 1.000 ha, pecuária extensiva - área responsável por 40% da produção de legumes e 60% da fruticultura.

Revolução Verde Após a Segunda Guerra Mundial, e com o processo de descolonização (marcado pela plantation) em marcha, os países desenvolvidos criaram uma estratégica para de elevação da produção agrícola mundial: a Revolução Verde. Concebida nos EUA, objetivava combater a fome e a miséria dos países pobres, por meio da introdução de técnicas mais aprimoradas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes selecionadas. No entanto, as sementes selecionadas, produzidas em laboratórios dos países desenvolvidos não eram geneticamente capazes de enfrentar determinadas condições climáticas (como climas úmidos e quentes tropicais), pragas e determinados tipos de insetos.

Revolução Verde A solução consistia na utilização de adubos, defensivos e fertilizantes também importados das nações que subvencionaram, num primeiro momento, essas novas formas de cultivo, aumentando, dessa forma, a dependência dos países mais pobres em relação aos países mais ricos. No interior dos países subdesenvolvidos, a Revolução Verde aumentou a distância entre os grandes agricultores, que tiveram acesso ao pacote tecnológico, e os pequenos agricultores, que não tiveram condições de competir com os novos parâmetros de produtividade nacional. Nesse sentido, agravou ainda mais os problemas de concentração de terra em vários países do mundo.

Rodada de Doha (Catar, novembro de 2001) A rodada de Doha era uma das principais negociações da OMC* visava diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centravam-se na segregação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20**). Os subsídios agrícolas foram/são o principal tema de controvérsia nas negociações. A rodada de Doha começou em Doha (Catar), e negociações subseqüentes tiveram lugar em: Cancún (México), Genebra (Suíça), Paris (França), Hong Kong (China) e Potsdam (Alemanha). *Organização Mundial do Comércio (Genebra, Suíça); **O G-20, ou Grupo dos 20, é um grupo de países emergentes criado em 20 de agosto de 2003, em Cancún, México. A atuação está mais concentrada na agricultura. Seus países membros respondem por 60 % da população mundial, 70 % da população rural do mundo e 26% das exportações agrícolas mundiais. Países membros: África do Sul, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tailândia, Tanzânia, Turquia, Uruguai, Venezuela e Zimbabwe;

Críticas ao Biocombustível Obs.: a grande crítica é que áreas originalmente destinadas a produção agrícola estariam sendo transformadas em fazendas de biocombustível, favorecendo a crise mundial de alimentos mundiais;

Origem das culturas agrícolas

Culturas tropical versus temperada Culturas Climas Tropicais Clima Temperado Cereais Tubérculos arroz*(rs), sorgo, milhete mandioca, doce, inhame milho*, batata trigo (PR), centeio, cevada, aveia batatinha, rabanete Leguminosos feijões* soja*(mt), ervilha Industriais Bebidas Frutas algodão* (BA), canade-açúcar*(sp), fumo, amendoim, Café*(SP), cacau, laranja banana, laranja(sp)* chá, abacaxi, cenoura, beterraba, azeitona, linho, girassol vinho, champagne maçã (RS), uva (RS), pêssego (RS) Obs.: pela sua grande extensão latitudinal o Brasil combina culturas concomitantes de clima tropical e clima temperado;

Produção agrícola nacional (-) modernizada (+) modernizada

Produção agrícola nacional Produtos agrícolas Algodão Arroz Observações Nordeste introduzido no século XVIII, clima quente e úmido. Originário da Ásia, Rio Grande do Sul (arroz de várzea) e na região Centro-Oeste (arroz sequeiro). Região de maior produção W de SP, N do PR, MG e BA. RS, MT, GO, MA, MG, MS, SC e SP. Cacau Originário da Amazônia, BA plantation BA (90% da produção), ES, AM, RO e PA. Café Originário da África/Ásia, Brasil séc. XVIII Ciclo do Café. Cana-de-açúcar Nativo da Ásia, introduzido no séc XVI, e fomentada na década de 70 pelo Pró-Álcool. Feijão Largamente cultivado em todo país, para o autoconsumo. SP, PR, BA e MG. Zona da Mata (NE), SP (maior produtor) PR e GO. PR, MG, SP, SC e RS. Milho Cereal americano, difundido em todo país. PR, RS, SP, MG, SC e GO. Soja Introduzido em larga escala a partir dos anos 70 Trigo Cereal de clima temperado, introduzido no continente americano juntamente a colonização européia. MT, MS PR, RS e GO. PR, RS, SP, MS, MG e SC. Laranja Monopólio mundial SP (maior produtor e destaque nacional).

Estrutura Fundiária É o modo de organização do espaço agrícola e do uso da terra, caracterizado pela forma, dimensão e disposição das parcelas que constituem o espaço explorado por um grupo de agricultores. Conseqüências da Distorção Fundiária no Brasil Os pequenos produtores não conseguem obter rendimentos significativos, pois lhes falta o essencial para a produção primária - a terra. Esse sistema histórico, também se explica pela ótica governamental voltada aos grandes proprietários e visando a exportação do insumo agrícola produzido em detrimento do pequeno proprietário, sendo que esses são quem realmente abastece o mercado interno, leva comida até nossa mesa.

Classificação dos imóveis rurais De acordo com o Estatuto da Terra (Lei Federal n.º 4504, de 30 de Novembro de 1964) classificou os imóveis rurais segundo o módulo rural. O que é módulo rural? é uma área suficiente para garantir ao trabalhador e à sua família (média de 4 pessoas adultas) o rendimento mínimo necessário para a sua sobrevivência (utilizado como base para reforma agrária). Obs.: a extensão do módulo varia de uma região para outra, de forma que uma zona hortigranjeira ou de policultivo comercial terá um módulo rural muito menor que uma zona de pecuária extensiva;

Classificação dos imóveis rurais Categoria do imóvel Caracterização Áreas Atividades Minifúndio quando a extensão de terra é inferior a um módulo rural e, portanto, antieconômico colonização por imigrantes; colonização recente; áreas decadentes; agricultura de subsistência ; Latifúndio por dimensão quando independente de seu uso, a propriedade possui mais de 600 vezes o módulo rural da região NE/BR (Sertão e da Zona da Mata) Centro-Oeste (Norte do Paraná e Pampa gaúcho); Cana-deaçúcar, café, soja, arroz, algodão, criação de gado (plantation);

Classificação dos imóveis rurais Categoria do imóvel Latifúndio por exploração MST Empresa rural Caracterização Áreas Atividades quando o imóvel, que possui mais de 1 e menos de 600 vezes o módulo regional, não é explorado convenientemente e apresenta problemas de ordem econômica ou social; quando a propriedade possui de 1 a 600 vezes o módulo rural da região e é explorado racional e convenientemente, com bons resultados econômicos e sem tensões sociais Amazônia Região Nordeste e Centro- Sul Sul inexplorado Soja, arroz, café;

Estrutura Fundiária Brasileira Rio Grande do Sul Imóveis Rurais Porcentagem sobre o Total Número Área Minifúndios 71,8 11,4 Empresas Rurais 4,8 9,5 Latifúndios exploração Latifúndios dimensão por por 23,4 0,005 73,9 Obs: O Brasil apresenta uma das estruturas agrárias mais viciadas e concentradas do mundo. 5,2

Disponibilidade de terras aráveis por país

Atualmente, a forma de trabalho mais característica da área rural é a sazonal que é feita por trabalhadores temporários, os chamados bóia-frias (residentes na periferia das áreas de trabalho). As regiões mais desenvolvidas apresentam o chamado proletário rural (trabalhador rural vende sua força de trabalho em troca de salário). Trabalho no campo Condição do trabalhador Mão-de-obra rural no Brasil Total de trabalhadores Porcentage m do total Posseiro 654.615 4,2 (invasão) Parceiro 366.995 2,3 Pequeno proprietário 2.437.001 15,6 Arrendatário 101.409 0,8 Assalariado permanente Assalariado temporário Não remunerado 975.150 6,3 6.844.849 44,0 (bóiafria) 4.190.152 26,8 Obs.: nas regiões menos desenvolvidas (Norte e Nordeste) com grande predominância de latifúndios, a relação de trabalho é majoritariamente tradicional, e em alguns casos bem próximo da escravidão (ainda hoje, é comum escravidão por dívida ou peonagem).

Escravidão por dívida/peonagem

Trabalho no campo bóia-fria: trabalho sazonal, época, período de colheita safra (podendo ainda em áreas mais desenvolvidas ser um trabalhador rural). escravidão por dívida/peonagem (gato): apreensão do trabalhador mediante coação. arrendatário: as propriedades são arrendadas, ou seja, alugadas. parceiros: após o uso da terra, divide-se a produção com o proprietário de acordo com a proporção estipulada em contrato escrito ou verbal. posseiros: devido à existência de grandes espaços ociosos no país, muitos agricultores, sem ter onde trabalhar, acabam tomando posse de lotes de terra (MST). grileiros: grupos, empresas ou pessoas que falsificam certidões de terra e/ou ainda usam a força (na figuras de capangas e jagunços) para apropriação ou desapropriação da terra.

Pecuária A pecuária no Brasil apresenta basicamente duas formas de produção (tanto a pecuária de corte como a pecuária leiteria) são elas: pecuária extensiva: grande propriedade, gado solto e pouco controle de veterinário; pecuária intensiva: pequena a média propriedade, gado confinado e rigoroso controle veterinário; Rebanho Bovino Suíno Ovinos Principais rebanhos brasileiros Principal Região ou Estado Região Centro-Oeste (maior produção), MT (maior produtor para corte), MG (maior produtor de laticínios), MS, GO e RS; Região Sul (maior produção), MG (maior produtor), PR, SC, RS, Bahia, São Paulo Rio Grande do Sul (mais de 50% da produção) Aves Caprino Eqüino São Paulo, Minas Gerais (maiores produtores) e Região Sul Nordeste (Agreste e Sertão) Minas Gerais e Rio Grande do Sul Obs: O Brasil detém o maior rebanho de comercial de carne bovina do mundo;

Pecuária Rebanhos nacionais (vantagens e origem) Rebanho Número de cabeças Participação no total mundial Principais aproveitamentos econômicos Raças destaques no Brasil Bovino 160 milhões 12% Corte, leite e derivados De origem européia: Holandesa, jersey, hereford (inglesa). De origem indiana (zebu): gir (corte e leite) e Melore (corte). Suíno 30 milhões 3,2% Carne e banha Canastra (a de melhor qualidade) Ovino 15 milhões 1,5% Caprino 8 milhões 2% Eqüino 5 milhões 9% Lã, carne, leite e derivados Carne, pele, leite e derivados Sela, montaria e tração Merino (australiano) para lã Italiana para leite e derivados (queijos tipo roquefort e gorgonzola) Neozeolandesa para carne. Nacionais: moxotó e canindé. Suíça (maior produção leiteira mundial com 3l/ dia) Quarto de milha árabe, persa e os nacionais manga-larga e compolina, para sela e montaria. Shire, inglesa, para tração Obs.: raça crioula no Rio Grande do Sul Muar 2 milhões 13% Transporte de carga São animais estéreis, híbridos de macho asinino (jegue) e fêmea eqüina (égua) Asinino 1,5 milhão 4% Bufalino 1,5 milhão 1% Montaria, transporte de carga Carne, leite, couro e tração Grande capacidade de sobrevivência em ambiente hostil (Serão, Agreste) Grande capacidade de deslocamento de carga ( praga na Região Norte brasileira, destaque para Ilha de Marajó/PA

Produção destaque agropecuária