Pesquisa Científica de Parasitologia em Apiúna - SC

Documentos relacionados
Pesquisa Científica de Parasitologia em Timbó-SC

Pesquisa Científica de Parasitologia em Rio dos Cedros-SC

FREQUÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NO CREI SANTA CLARA (CASTELO BRANCO) NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

HIMENOLEPÍASE RA:

Classe Nematoda. Ascaridíase

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA PR

ENTEROPARASITOSES COMO FATOR DE INTERFERÊNCIA NEGATIVA NOS PROCESSOS EDUCATIVOS DE ESCOLAS DA ZONA URBANA DE SANTANA DO IPANEMA, AL.

OS HELMINTOS CONSTITUEM UM GRUPO MUITO NUMEROSO DE ANIMAIS, INCLUINDO ESPÉCIES DE VIDA LIVRE E DE VIDA PARASITÁRIA

Giardíase Giardia lamblia

Giardíase. - É a principal parasitose intestinal (com maior incidência do que a ascaridíase e a amebíase).

FREQUENCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CINCO INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA PR DURANTE OS ANOS DE 2014 A 2016

GIARDÍASE. Profª Drª Iana Rafaela F. Sales

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NA CRECHE FABIANO LUCENA DA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM PACIENTES ATENDIDOS EM LABORATÓRIOS DE PALMAS (TOCANTINS)

Giardia duodenalis Giardíase

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

A FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA: UM PANORAMA DE 10 ANOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde PET Parasitologia. Giardia lamblia. Aluna: Gabriela Floro 4º Período - Nutrição

Giardia lamblia. Profª Me. Anny C. G. Granzoto

ANALISE MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DA ÁGUA DE TUPARETAMA 1A 1B 2A 2B 3A 3B 4A 4B 5A 5B 6A 6B 7A 7B 8A 8B 9A 9B 10A 10B

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CÓDIGO DISCIPLINA REQUISITOS BIO 405 PARASITOLOGIA HUMANA --

AMEBÍASE E GIARDÍASE

DIAGNÓSTICO DE PARASITOS PATOGÊNICOS E NÃO PATOGÊNICOS EM CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA PR ( )

Estrongiloidíase. - São 52 espécies pertencentes à família Strongyloididae, mas apenas o S. stercoralis é patogênico para o homem.

Características gerais

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE ABRIGAMENTO

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOS EM ESCOLARES DA REGIÃO DE PONTA GROSSA PARANÁ,

Questões Parasitologia- 1ª Prova

Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte 12 a 15 de setembro de 2004

PREVALÊNCIA DE GIARDIA LAMBLIA NA CIDADE DE BURITAMA ESTADO DE SÃO PAULO

PALAVRAS-CHAVE Enteroparasitoses. Prevalência. Trabalho Extensionista. Saúde.

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PARASITOSE INTESTINAL EM INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA REGIÃO CENTRAL DE MOGI GUAÇU

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA

Uériton Dias de Oliveira 1 Simone Jurema Ruggeri Chiuchetta 2

Nematódeos. O nome vem da palavra grega nema, que significa fio.

Numerosas espécies apresentam vida livre, porém muitas são parasitas de plantas e animais.

PARASITOLOGIA MÉDICA. Diogo Parente

FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA PR NO ANO DE 2017

INTRODUÇÃO. 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN

DISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS EM IDOSOS

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM ALUNOS DE DUAS ESCOLAS NO DISTRITO DE ITAIACOCA EM PONTA GROSSA - PARANÁ

24/02/2012. Conhecer o parasitismo num contexto ecológico e como forma de relação entre os seres vivos.

FREQUÊNCIA DE GIARDIA DUODENALIS EM CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA PR ( )

Monitores: Anne Galvão; Edmar Ceia.

Yara Bandeira Azevedo, M.Sc. HELMINTOLOGIA

PALAVRAS-CHAVE Enteroparasitos. Exames coproparasitológicos. Educação em saúde.

Prevalência de Parasitos Intestinais no Município de Sananduva/RS. Keywords: Enteric parasites, helmintos, intestine parasites

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM, SC *

CURSO MEDICINA VETERINÁRIA

Reino Animal Filo Nematelmintos. Turma: 7 C Professora: Mariana Mello

PALAVRAS-CHAVE Diagnóstico Laboratorial. Enteroparasitoses. Profilaxia. Crianças.

PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO CURSO: NUTRIÇÃO MODALIDADE: - DISCIPLINA: PARASITOLOGIA ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA DEPARTAMENTO: PARASITOLOGIA

PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS

IMPORTÂNCIA PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA SURTOS ASSOCIADOS A ÁGUA POTÁVEL HUMANOS / ANIMAIS

Ocorrência de parasites intestinais em escolares da Escola Estadual de l. Grau Dom Abel, em Goiânia

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

Apostila de Parasitologia Humana Parte II Helmintos

FILO NEMATELMINTOS. Nematelmintos - Os vermes em forma de fio

EDUCAÇÃO PREVENTIVA DA ANCILOSTOMÍASE ABORDANDO ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS EM ESCOLA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA

MAPEAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DAS

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática

ÁGUA E SAÚDE. Prof.ª: Leila Fritz Ciências 6 ano

Apostila de Parasitologia Humana Parte II Helmintos

PREVALÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM GATOS DOMÉSTICOS JOVENS COM DIARREIA PREVALENCE OF INTESTINAL PARASITES IN YOUNG DOMESTIC CATS WITH DIARRHEA

Toxocara canis Toxocara cati

Revisão para o teste de Ciências 3º trimestre. Professora: Daniela Freu

Introdução. Ascaridíase. Ascaridíases Distribuição Geográfica 18/10/2013. Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar

Nematódeos. cutânea. - infecção muco-cutânea. Classificação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS PLANO DE ENSINO SEMESTRE 2016/2

VERMINOSES. Professor BELLINATI BIOLOGIA

PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE TRÊS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TERESINA-PIAUÍ

INVESTIGAÇÃO DE ENTEROPARASITOSES EM PRÉ- ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ

Introdução a HELMINTOLOGIA

AMEBÍASE. e Entamoeba histolytica. Satie Katagiri. São Paulo, março de 2010.

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPALIZADA DEPUTADO SALIM SIMÃO EM SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA (RJ)

Ocorrência de enteroparasitose na população do município de Goioerê, PR

Contaminação enteroparasitária em cédulas de dinheiro provenientes das cantinas de um Centro de Educação Superior em Belo Horizonte Minas Gerais.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

FREQUÊNCIA DE PARASITAS OBTIDOS DE AMOSTRAS FECAIS IDENTIFICADAS EM UM LABORATÓRIO PÚBLICO E OUTRO PRIVADO NO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS, RJ

Filo Nematelmintos. O tamanho corporal varia de poucos milímetros ate 8m!

Eloísa da Silva* Mônica Frighetto** Nei Carlos Santin***

CONTROLE DE PARASITOSES INTESTINAIS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CASCAVEL PR

HORÁRIO ENFERMAGEM - BBPE IV - 4º PERÍODO - 2º SEMESTRE DE 2014 COORDENADORA: Valéria Ernestânia Chaves. Dia Data Hora Professor Sala Conteúdo Módulo

Relações Parasitas e Hospedeiros. Aula 01 Profº Ricardo Dalla Zanna

Introdução ao Curso. Relação Parasita- Hospedeiro. Aula prática introdutória A e B SA. Flagelados cavitários. Trichomonas. Giardia.

Relações Parasitas e Hospedeiros. Aula 03 Profº Ricardo Dalla Zanna

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM HORTALIÇAS NA CIDADE DE SANTOS SP BRASIL

ESQUISTOSSOMOSE. Profa Carolina G. P. Beyrodt

Parasitologia clínica Curso: Ciências Biológicas Modalidade Médica. Professora Rose

3º TRIMESTRE REVISÃO DE CIÊNCIAS PARA O TESTE

J. Health Biol Sci. 2017; 5(2): doi: / jhbs.v5i p

a to ARTIGO ORIGINAL INTRODUÇÃO

Doenças veiculadas por água contaminada

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENTEROPARASITOSES EM ESCOLARES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA PB

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM CRECHES DA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB - PROBEX 2012

Curso de Farmácia EMENTA DE DISCIPLINA

Transcrição:

Pesquisa Científica de Parasitologia em Apiúna - SC A pesquisa foi realizada pelo Laboratório Freitag & Weingärtner durante o período de 01/05/2006 a 15/12/2006 na cidade de Apiúna-SC em parceria com as Secretarias de Educação e da Saúde em Núcleos de Educação Infantil e Unidades Pré-Escolares públicas. Público-alvo: crianças de ambos os sexos com idades entre 0 meses e 6 anos residentes em Apiúna. Objetivo: criar um índice de qualidade de vida em Apiúna através da monitoração de grau de parasitologia encontrado na cidade, pois este tipo de enfermidade é ocasionada principalmente por problemas de higiene, saneamento básico, problemas educacionais e cultura familiar. Metodologia: foram utilizados dois métodos distintos de análise de parasitologia em fezes, além disto, realizamos os exames em duplicata para tornar a pesquisa mais confiável já que tem caráter científico. As técnicas utilizadas foram: Hoffmann e Ritchie. Após a explanação do projeto aos responsáveis em cada unidade educacional e a devida entrega dos materiais e informações necessárias, iniciaram-se a coleta de amostras para a pesquisa que depois da devida análise foram levantados os dados aqui tabulados. Segue abaixo os gráficos com as principais informações extraídas na pesquisa e que consideramos relevantes. O software estatístico utilizado nesta pesquisa foi o LHStat. Afirmamos que esta pesquisa é uma iniciativa privada do Laboratório Freitag & Weingärtner para contribuir com o social da cidade, já que foi subsidiada pelo laboratório. Objetivamos também a inserção da empresa na comunidade científica brasileira. Desta forma, todos os dados desta pesquisa serão amplamente divulgados e não será necessário nenhum tipo de pagamento para a obtenção das informações aqui existentes. Embora os pais que participaram da pesquisa tivessem realizado uma pequena contribuição financeira, afirmamos que este valor se refere apenas para o custeio dos principais materiais utilizados na pesquisa. A mão-de-obra, informativos, transportes, know-how, estrutura e demais custos foram todos subsidiados pelo laboratório. Seguem as unidades participantes da pesquisa: Escola Básica São João Bosco (Jardim de Infância Cinderela) Creche Municipal de Apiúna Creche Ribeirão Vinte Escola Básica Subida Escola Básica Prof. Albertina K. Caprali Escola Básica Prof. Wadislau Schmidt Escola Reunida Victória Cerutti Petters Escola Isolada Edegar Brandes Escola Isolada Capela São Pedro Escola Isolada Pe. Agustinho Vorgerd 1

Seguem os principais gráficos com os resultados da pesquisa: ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS Variável Idade # Casos selec. não-vazios 88 Mínimo 0,02 Máximo 6,11 Amplitude intervalo 6,09 Soma 363,73 Média 4,1333 Mediana 5,065 Moda 6,04(6 casos) Variância 4,42011 Desvio-padrão 2,1024 Coeficiente de assimetria -0,801171 INTERVALOS DE CONFIANÇA Variável Idade Nivel de confiança 95 % Semi-amplitude IC média 0,445457 Esquerdo IC média 3,68784 Direito IC média 4,57875 Esquerdo IC desvio-padrão 1,83108 Direito IC desvio-padrão 2,46887 A maior parte das crianças pesquisadas está concentrada nas idades de 5 e 6 anos. Podemos concluir que os pais de crianças nesta faixa etária estão mais propensos a investir em preventivo do que crianças com idades inferiores. Essa tendência se confirma com a pesquisa realizada em Timbó, pelo Laboratório Freitag & Weingartner no ano de 2004 e em Rio dos Cedros em 2005. 2

Índice de Positividade Geral Casos Positivos Negativos O índice de positividade geral em Apiúna é de 20,45 % Através deste índice, poderemos medir a melhoria da qualidade de vida no município ao longo dos anos, assim como mensurar o ritmo do desenvolvimento social. Este índice não deve ser analisado isoladamente, mas sim em conjunto com outros indicadores sociais. Em alguns locais do Amazonas o índice de parasitoses intestinais encontradas na população é superior a 90%, existindo uma cidade com 99%, detectou a Fundação de Medicina Tropical de Manaus (FMT). O índice de parasitose em Recife PE é de 59,70% segundo dados do Laboratório Dalmo Oliveira no início de 2004. Este projeto do Laboratório Freitag & Weingärtner já foi realizado anteriormente nas cidades de Timbó (2004) e Rio dos Cedros (2005), sendo que o índice de parasitose encontrado nestes municípios foi de 6,55% e 11,43% respectivamente. Na página 9, é possível ver um quadro comparativo com outras cidades brasileiras. 3

Período em que realizou o último tratamento de parasitose 50 40 30 20 10 0 Nunca realizou Menos de 6 meses Entre 6 e 12 meses Mais de 1 ano mais de 2 anos 37,50% das crianças pesquisadas fizeram tratamento a menos de 1 ano, 9,09% fizeram tratamento contra parasitose a mais de 1 ano, e restando ainda 53,41 % das crianças pesquisadas que nunca realizaram um tratamento de parasitologia. Recomenda-se um controle de parasitose de pelo menos 1 vez ao ano para crianças na faixa etária pesquisada. Quadro Comparativo Crianças que realizaram tratamento a menos de 1 ano Cidade Índice Apiúna (2006) 37,50% Rio dos Cedros (2005) 39,40% Timbó (2004) 41,96% Quadro Comparativo Crianças que nunca realizaram um tratamento de parasitose Cidade Índice Apiúna (2006) 53,41% Rio dos Cedros (2005) 50,50% Timbó (2004) 38,46% 4

Há quanto tempo foi realizado o último exame de parasitologia Menos de 1 ano Mais de 1 ano Nunca 9,68% das crianças pesquisadas fizeram um exame de parasitologia de fezes há menos de 1 ano, 38,64% das crianças pesquisadas há mais de 1 ano, e 48,86% das crianças pesquisadas nunca realizaram um exame de parasitológico de fezes anteriormente. Sabendo que 37,50% das crianças pesquisadas fizeram um tratamento contra parasitose a menos de 1 ano, e que somente 9,68% destas crianças realizaram um exame de parasitológico de fezes, podemos criar duas hipóteses que poderiam ser estudadas em futuras pesquisas: Hipótese 1.: a grande parte da população realiza auto-medicação (pode-se estar consumindo medicamentos sem necessidade); Hipótese 2.: existe uma cultura de prevenção com relação à parasitose, já que os pais tratam seus filhos mesmo sem uma identificação exata do problema. 5

% de Positividade por Unidade 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% E. B. S. João Bosco Creche Municipal Apiúna Creche M. Ribeirão Vinte E. Reunida Victória Cerutti Petters E. I. Capela S. Pedro E. I. Pe. Agustinho Vorgerd E. B. Subida E. I. Edegar Brandes E. B. Albertina K. Caprali E. B. Prof. Wadislau Schmidt Unidade No. de alunos N. de amostras % de participação % de Positividade E. B. S. João Bosco 27 8 29,63% 12,50% Creche Municipal Apiúna 98 19 19,39% 5,26% Creche M. Ribeirão Vinte 32 13 40,63% 61,54% E. Reunida Victória Cerutti 52 25% Petters 13 7,69% E. I. Capela S. Pedro 18 2 11,11% 0% E. I. Pe. Agustinho 24 16,67% Vorgerd 4 25% E. B. Subida 43 15 34,88% 20% E. I. Edegar Brandes 15 5 33,33% 20% E. B. Albertina K. Caprali 8 5 62,50% 20% E. B. Prof. Wadislau 18 22,22% Schmidt 4 25% Total: 335 88 26,27% 20,45% Analisando os dados, podemos perceber que as unidades que mais se envolveram com o projeto foram a Creche M. Ribeirão Vinte e E.B. Albertina K. Caprali e as unidades que menos participaram foram E. I. Capela S. Pedro e E.I. Pe. Agustinho Vorgerd. Mais pesquisas são necessárias para identificar o padrão de comportamento destas unidades. 6

Alertamos para o elevado % de Positividade encontrado na Creche M. Ribeirão Vinte. Esta unidade possui uma parasitose muito elevada e três vezes acima da média municipal. Recomendamos um cuidado especial com esta creche e imediata intervenção. Nossa sugestão é: 1) Checar a qualidade da água fornecida aos alunos. Caso se utilize água de poço, recomendamos uma análise da potabilidade da água e devido tratamento. 2) Verificar possíveis problemas de contaminação com esgotos 3) Fazer uma campanha de prevenção junto aos pais, no sentido de fornecer informações básicas de higiene pessoal e dos alimentos. Ressaltamos que a unidade E. I. Capela S. Pedro enviou uma baixa quantidade de amostras. Os dados para esta unidade pode não representar a realidade da localidade. O software LHStat utilizado nesta pesquisa, nos permite gerar gráficos e informações de estatística avançada. Poderemos fornecer gratuitamente o arquivo ou outras informações para contribuir com a análise das unidades. % Parasitas Patogênicos Encontrados 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Hymenolepis diminuta Giardia intestinalis Entamoeba coli Trichiurus trichiura Ascaris lumbricoides Enterobios vermicularis Endolimax nana 7

Parasita Patogênico % Giardia intestinalis 47,62% Entamoeba coli 19,05% Ascaris lumbricoides 9,52% Endolimax nana 9,52% Enterobios vermicularis 4,76% Hymenolepis diminuta 4,76% Trichiurus trichiura 4,76% Este gráfico refere-se ao percentual de parasitismo por parasita dentro das amostras positivas, ou seja, considerando apenas o universo de positividade, esta é a estratificação por parasita. Segundo várias pesquisas realizadas nacional e internacionalmente, a falta de saneamento básico, a contaminação das águas e desenvolvimento sócio-econômico são as principais contribuições para a elevação dos índices de parasitismo na população. 47,62% dos casos positivos encontrados em Apiúna são devido ao protozoário Giárdia intestinalis, que não representa um bom marcador para saneamento básico, já que sua transmissão também é inter-pessoal ou através de contato com animais de estimação. Considerando a amostragem total coletada em Apiúna, o índice de Giárdia intestinalis em é de 9,74%, Entamoeba Coli, 3,90% sendo os outros 6,81% distribuídos entre os demais parasitas, totalizando assim, a positividade geral de 20,45% mencionados anteriormente na página 3 desta pesquisa. Observação Técnica: A técnica mais propícia que sugerimos que os laboratórios da região (públicos e particulares) utilizem em sua rotina para otimizar os resultados de seus exames de parasitologia de fezes e localizar a Giárdia intestinalis é a técnica de Hoffman. Veja no quadro abaixo um comparativo que co-relaciona algumas cidades brasileiras e seu índice de parasitismo: 8

TABELA COMPARATIVA COM OUTRAS REGIÕES BRASILEIRAS Cidade Público-Alvo Período Fonte Parasitismo Total Campina Grande do Sul PR Feira de Santana BA Foz do Iguaçu PR Lages SC Salvador BA Timbó SC Rio dos Cedros SC Apiúna SC Crianças da 5 a. série Comunidade carente da periferia População das classes A e B Unidades Préescolares e Núcleos de Educação Infantil da Periferia População das classes A e B Unidades Préescolares e Núcleos de Educação Infantil Unidades Préescolares e Núcleos de Educação Infantil Unidades Préescolares e Núcleos de Educação Infantil 1999 a 2001 1993 a 1997 Novem bro de 1998 a Julho de 2000 Agosto a Outubr o de www.netpar.com.br/slaroca/ Laroca/actaindex/pdf/ACTA -PDF-V31/Oghliari.pdf 29/11/2004 www.uefs.br/sitientibus/ sitientibus_20/estudo_das_ parasitoses.pdf 29/11/2004 http://geocities.yahoo.com.b r/ dra_reginadias/cientifica.ht m 29/11/2004 www.sbmt.org.br/revista/ 2004/5/422-423.pdf 29/11/2004 2002 2000 http://www.laboratoriolpc. com.br/pdf/sbpc_pdf/ prev_paras_intest.pdf 29/11/2004 Maio a Novem bro de 2004 Junho a Agosto de 2005 Maio a Dezem bro de 2006 www.fwlab.com.br 01/12/2004 www.fwlab.com.br 01/10/2005 www.fwlab.com.br 01/03/2007 Giardíase 55,50 % 7,00 % 50,10 % 8,00 % 86,95 % 13,04 % 70,50 % 14,00 % 28,30 % 10,00 % 6,55% 4,17 % 11,43% 5,71% 20,45% 9,74% 9

GIARDÍASE O gênero Giardia apresenta protozoários flagelados que habitam todas as classes de vertebrados, tendo sido possivelmente o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido. Distribuição Geográfica Sua distribuição geográfica é ampla, sendo o flagelado mais comum em todo o mundo. Patogenia A Giardia causa diarréia e má absorção intestinal, principalmente de gorduras e vitaminas, através de lesões causadas por substâncias tóxicas ou por lesão mecânica, além da resposta inflamatória causada pelo parasito, devido à resposta imune do hospedeiro. Sintomas A maioria das infecções não apresentam sintomas. Os casos em que há sintomas estão relacionados a fatores como número de cistos de Giardia ingeridos, deficiência imunológica ou baixa acidez gástrica. Nesses casos o hospedeiro pode apresentar diarréia de odor fétido, esbranquiçada acompanhada de gases, com distensão e dores abdominais. Raramente aparecem muco e sangue nas fezes. Profilaxia Como a transmissão de giardíase ocorre pela contaminação ambiental e de alimentos pelos cistos do parasito, recomenda-se higiene pessoal, tratamento da água e proteção dos animais (cães e gatos são parasitados por Giardia morfologicamente semelhantes à do homem). 10

TRICHURIS TRICHIURA Morfologia: Macho: 4cm. Extremidade posterior enovelada ventralmente. Fêmea: 3cm. Reta. Ovo: Possui espessamento mucóide transparente nas extremidades. São geo helmintos, precisam ir ao solo. Habitat: Ceco. Mas também podem ser encontrados no apêndice, cólon e íleo. Ciclo Biológico Monoxênico. A pessoa ingere ovos com larvas infectantes. Esses ovos embrionados liberam as larvas no intestino delgado e depois as larvas migram para o ceco. Durante esse trajeto a larva sofre metamorfoses até virar adulto. O verme pode viver no organismo humano por 5 a 8 anos. Como os ovos são muito resistentes no meio ambiente, podem ser disseminados pelo vento, água e contaminar alimentos. obs: Não faz ciclo pulmonar!! Patogenia e Sintomatologia Ação espoliativa, lítica e tóxica. A extremidade afilada do verme entra na mucosa duodenal, podendo causar úlceras, abscessos, permitindo invasão bacteriana. Pode levar a anemia (devido a espoliação de suco gástrico), prolapso retal (devido a irritabilidade nas terminações nervosas do reto e ceco) e diarréia, devido a mudanças no peristaltismo. Os demais sintomas são iguais às outras parasitoses. 11

Diagnóstico Clínico: Difícil Laboratorial: Exame de fezes pelo Método de sedimentação espontânea Profilaxia Tratamento do solo, dos doentes, educação sanitária, higiene pessoal, tratamento da água, tratamento em massa, etc. É importante repetir o exame parasitológico até dar negativo. DEMAIS PARASITAS Entamoeba coli, Endolimax nana e Blastocistis hominis são parasitas não patogênico, porém podem ser oportunistas, fica então ao critério do médico tratar ou não. A profilaxia é semelhante a Giárdia. Para maiores informações, acesse o site www.fwlab.com.br ou entre em contato através do Tel/Fax: (47) 3382-0091 / 3353-1698 ou e-mail: fwlab@fwlab.com.br Teremos o maior prazer em fornecer todas as informações necessárias. ESTAMOS COMPROMISSADOS COM VOCÊ! 12