Economia Aplicada. Direito & Economia. Direito & Economia. Prof. Giácomo Balbinotto Neto Curso de Direito e Economia

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Transcrição:

Economia Aplicada ao Direito NotasdeAula Prof. Giácomo Balbinotto Neto Curso de Direito e Economia Direito & Economia Um advogado que não estudou economia (...) pode bem tornar-se um inimigo público. Juiz Brandeis (1916) Direito & Economia... Todos os advogados deveriam procurar compreender a economia. Com sua ajuda aprendemos a considerar e a pesar os fins legislativos, os meios de alcança-los e o custo envolvido. Aprendemos que para obter algo é necessário abrir mão de outra coisa, aprendemos a comparar a vantagem obtida com a vantagem que renunciamos e a saber o que estamos fazendo quando escolhemos. Juiz O. W. Holmes (1897) The Path of the Law PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 1

Direito & Economia For the rational study of the law the black-letter man may be the man of the present, but the man of the future is the man of statistics and the master of economics... We learn that for everything we have to give up something else and are thought to set the advantage we gain against the other advantages we lose, and to know what are doing when we ellect. Juiz O. W. Holmes (1897), The Path of the Law The Theory of Economics does not furnish a body of settled conclusions immediately applicable to policy. It is a method rather than a doctrine, an apparatus of the mind, a technique of thinking which helps its possessor to draw correct conclusions --- John Maynard Keynes Livros Recomendados PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 2

Publicações no Brasil Livros Recomendados Livros PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 3

Introdução A microeconomia lida com: Comportamento de unidades individuais No consumo Como escolher o que comprar Introdução A microeconomia lida com: Comportamento de unidades individuais Na produção Como escolher o que produzir A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics... Economics is the science of rational choice in a world our world in which resources are limited in relation to human want. The task of economics, so defined is to explore the implications of assuming that man is a rational maximizer of his ends in life, his satisfactions - what we shall call his self-interest. Rational maximization should not be confused with conscious calculation. Economics is not a theory about consciosness. Behaviour is rational when it conforms to the model of rational choice, whatever the state of mind of the chooser. And self-interest should not be confused with selfishness; the happiness (or for that matter the misery) of the other people may be a part of one s satisfactions. Richard Posner (1992, p. 3-4) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 4

A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics Most economic analysis consists of tracing out the consequences of assuming that people are rational in their social interations. In the case of the activities that interests the law, these people may be criminals or prosecutors or parties to accidents or taxpayers or tax collectors or striking workers or even law students. Richard Posner (2001, p.35) A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics Law and economics relies on the standard economic assumption that individuals are rational maximizers, and studies the role of law as a means for changing the relative prices attached to alternative individual actions. Under this approach, a change in the rule of law will affect human behavior by altering the relative price structure and thus the constraint of the optimization problem. Wealth maximization, serving as a paradigm for the analysis of law, can thus be promoted or constrained by legal rules. (Parisi, 2004) Introdução A microeconomia lida com: Mercados: a interação entre consumidores e produtores: Concorrência perfeita; Monopólios; Oligopólios Concorrência Monopolistica. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 5

Introdução A macroeconomia lida com: Análise de questões agregadas: Crescimento econômico; Inflação; Desemprego. Introdução A relação entre a micro e a macroeconomia A microeconomia é a base da análise macroeconômica Os temas da microeconomia De acordo com Mick Jagger* e os Rolling Stones Não se pode conseguir sempre aquilo que se deseja *Formado em economia pela London School of Economics PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 6

Os temas da microeconomia Por que não? Recursos limitados Os temas da microeconomia Microeconomia Alocação de recursos escassos e escolhas entre situações alternativas. Os temas da microeconomia Microeconomia e escolhas ótimas 1. Teoria do consumidor; 2. Trabalhadores; 3. Teoria da empresa. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 7

Os temas da microeconomia A microeconomia e os preços O papel dos preços em uma economia de mercado Como os preços são determinados Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica As teorias são desenvolvidas para explicar fenômenos observados em termos de um conjunto de regras básicas e premissas. Por exemplo A teoria da empresa A teoria do consumidor Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Modelos representação matemática de uma teoria usada para fazer previsões. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 8

Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Validação de uma teoria A validade de uma teoria é determinada pela qualidade de suas previsões, dadas as premissas. Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Desenvolvimento da teoria Testar e aperfeiçoar as teorias é fundamental para o desenvolvimento da ciência econômica. Os temas da microeconomia Análise positiva versus análise normativa Análise positiva A análise positiva é o uso de teorias e modelos com o objetivo de prever os efeitos de determinada escolha. Por exemplo: Qual será o impacto de uma quota de importação para automóveis estrangeiros? Qual será o impacto de um aumento no imposto da gasolina? PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 9

Os temas da microeconomia Análise positiva versus análise normativa Análise normativa A análise normativa aborda as questões pela perspectiva de como deveria ser o mundo. Por exemplo: Considera o dilema entre eqüidade e eficiência na escolha entre um aumento no imposto da gasolina e a imposição de restrições à importação de petróleo estrangeiro. O que é um mercado? Mercados Área geograficamente definida onde compradores e vendedores interagem e determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. O que é um mercado? Mercados versus setores Setores são o lado da oferta do mercado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 10

O que é um mercado? Definição de mercado Os parâmetros do mercado devem ser determinados antes que ele possa ser analisado. O que é um mercado? Arbitragem Comprar um produto a baixo preço em uma localidade e vendê-lo a um preço alto em outro lugar. A Arbitragem Em economia, a arbitragem é o processo de comprar um bem com um preço baixo, e então revende-lo em outro mercado onde o idêntico bem é vendido a um preço mais elevado. Visto que a arbitragem promete lucros infinitos, ela é uma poderosa força que assegura que os mesmos ativos devem ser vendidos ao mesmo preço, em dois diferentes mercados, ceteris paribus. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 11

O que é um mercado? Mercados competitivos versus mercados não competitivos Mercado competitivo Devido ao grande número de compradores e vendedores, nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar o preço de um produto. Exemplo: Maioria dos mercados agrícolas. O que é um mercado? Mercados competitivos versus mercados não competitivos Mercado não competitivo Mercados onde os produtores podem, individualmente, influenciar o preço. Exemplo: OPEP O que é um mercado? Preço de mercado Mercados competitivos estabelecem um único preço. Mercados não competitivos podem estabelecer vários preços para o mesmo produto. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 12

O que é um mercado? Definição de mercado a extensão de um mercado Definição de mercado Quais compradores e vendedores devem ser incluídos em um determinado mercado? O que é um mercado? Definição de mercado a extensão de um mercado Extensão de um mercado Define os limites do mercado Geográficos Gama de produtos; Elasticidade de substituição. Preços reais versus preços nominais Preço nominal é o preço absoluto (ou preço em moeda corrente) de uma mercadoria ou serviço no momento de sua venda. Preço real é o preço da mercadoria em relação a uma medida agregada dos preços (ou preço em moeda constante). PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 13

Índices de Preços Índice de preço de Laspeyres: O índice de Laspeyres pondera preços (p) de insumos (i) em duas épocas, inicial (0) e atual (t), tomando como pesos quantidades (q) arbitradas para estes insumos na época inicial. Como essas quantidades são consideradas adequadas à época inicial e não à época atual, admite-se que o numerador possa se apresentar super dimensionado e assim o índice de Laspeyres apresentar tendência de elevação. Índice de Preços de Laspeyres I(L) = (Σ pnqo/ Σpoqo) Índices de Preços Índice de preço de Paasche: O índice de Paasche pondera preços (p) de insumos (i) em duas épocas, inicial (0) e atual (t), tomando como pesos quantidades (q) arbitradas para estes insumos na época atual. Como essas quantidades são consideradas adequadas à época atual e não à época inicial, admite-se que o denominador possa se apresentar, eventualmente, super dimensionado e assim o índice de Paasche apresentar tendência a rebaixamento. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 14

Índice de Preços de Paasche I(P) = (Σ pnqn/ Σpoqn) Índices de Preços Usados no Brasil Índice Geral de Preços Índice de Preços ao Consumidor Índice Nacional de Preços ao Consumidor IPCA - Abrangência geográfica: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia Índices de Preços [Henri Guitton (1955)]...um índice é uma maneira de designar um fenômeno oculto ou complexo. È antes uma seta que indica um caminho desconhecido. De uma maneira menos figurada, é um elemento que exprime um outro elemento difícil de ser apreendido diretamente... No mundo econômico, não se conhecem índices perfeitos, exatos. Existem muitos índices e, a priori, não se conhece o melhor. E é porque um único elemento não pode sozinho, indicar um fenômeno complexo, que a técnica estatística procura contornar através de um estratagema. É aquele do número índice. Trata-se de um número abstrato que exprime, em principio um conjunto de fenômenos que se desejaria entender como um todo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 15

IGP-DI Taxa de Inflação e Planos de Estabilização Econômicos Brasil (1976-2004) 85 75 % a.m Inflação (% a.m.) Plano Collor I 65 55 Plano Bresser Plano Verão Plano Collor II 45 Plano Cruzado 35 Pré-fixação da correção monetária e 25 câmbio 15 Plano Real 5-5 jan/76 jan/80 jan/84 jan/88 jan/92 jan/96 jan/00 jan/04 Preços reais versus preços nominais O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é uma medida de nível agregado de preços. O estudo dos preços reais permite a análise dos preços relativos. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 16

Por que estudar microeconomia? Os conceitos da microeconomia são usados por todos para ajudar em suas escolhas como consumidores e produtores. Resumo A microeconomia trata das decisões tomadas por pequenas unidades econômicas. A microeconomia está fortemente baseada no uso de teorias e modelos. Resumo A microeconomia trata de questões positivas e análise normativa. Um mercado diz respeito a um conjunto de compradores e vendedores que interagem e à possibilidade de compras e vendas resultantes dessa interação. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 17

Resumo O preço de mercado é estabelecido pela interação de compradores e vendedores. Devem-se definir as fronteiras geográficas e o leque de produtos de um mercado. Para eliminar os efeitos da inflação, medem-se os preços reais em vez dos preços nominais. Os Fundamentos da Oferta e da Demanda Oferta e demanda A curva de oferta A curva de oferta mostra a quantidade de uma mercadoria que os produtores estão dispostos a vender a um determinado preço, considerando constantes outros fatores que possam afetar a quantidade ofertada. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 18

Oferta e demanda A curva da oferta Essa relação entre quantidade ofertada e preço pode ser demonstrada pela equação: Q s = Q s(p) Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) O eixo vertical mede o preço (P) recebido por unidade em dólares A curva de oferta O eixo horizontal mede a quantidade (Q) ofertada em número de unidades por período de tempo Quantidade Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) S P 2 P 1 A curva de oferta tem inclinação positiva, demonstrando que, para preços mais elevados, as empresas produzirão mais Q 1 Q 2 Quantidade PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 19

Oferta e demanda Outros determinantes da oferta além do preço Custos de produção Mão-de-obra Capital Matérias-primas T8 Oferta e demanda Deslocamento da oferta O custo das matérias-primas cai P S S Ao preço P 1, produz-se Q 2 Ao preço P 2, produz-se Q 1 A curva da oferta desloca-se para a direita (S ) P 1 P 2 Para qualquer preço, a produção em S é maior do que em S Q 0 Q 1 Q 2 Q Oferta e demanda Oferta - revisão A oferta é afetada por outras variáveis além do preço, tais como o custo da mãode-obra, do capital e das matérias-primas. Mudanças na oferta associadas a modificações nos determinantes extrapreço são representadas por deslocamentos de toda a curva de oferta. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 20

Slide 59 T8 Na figura do livro não tem o Q0. Verificar se é para excluir o Q0 do gráfico abaixo. Thelma; 18/8/2005 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 21

Oferta e demanda Oferta - revisão Mudanças na quantidade ofertada causadas por alterações no preço do produto são representadas por movimentos ao longo da curva de oferta. Oferta e demanda A curva da demanda A curva da demanda mostra a quantidade de uma mercadoria que os consumidores estão dispostos a comprar para cada preço unitário, considerando constantes outros fatores que não sejam o preço Essa relação entre preço e quantidade pode ser representada pela equação: Q D = Q D (P) Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) O eixo vertical mede o preço (P) pago por unidade em dólares A curva da demanda O eixo horizontal mede a quantidade (Q) demandada em número de unidades por período de tempo Quantidade PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 22

Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) A curva da demanda tem inclinação negativa, demonstrando que os consumidores estão dispostos a comprar mais a um preço mais baixo, à medida que o produto se torna relativamente mais barato e a renda real do consumidor aumenta. D Quantidade Oferta e demanda Outros determinantes da demanda além do preço Renda Preferências do consumidor Preço de bens relacionados Substitutos Complementares Oferta e demanda Aumento da renda P P 2 D D Ao preço P 1, compra-se Q 2 P 1 Ao preço P 2, compra-se Q 1 A curva de demanda desloca-se para a direita Para qualquer preço, a quantidade comprada em D é maior do que em D Q 0 Q 1 Q 2 Q PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 23

Oferta e demanda Demanda - revisão A demanda é afetada por outras variáveis além do preço, tais como, renda, preço de bens relacionados e gostos. Mudanças na demanda associadas a modificações nos determinantes extra-preço são representadas por deslocamentos de toda a curva de demanda. Mudanças na quantidade demandada associadas a mudanças no preço do produto são representadas por movimentos ao longo da curva de demanda. O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 0 Oferta e demanda S As curvas se cruzam no ponto de equilíbrio. Ao preço P 0, a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, Q 0. D Q 0 Quantidade O mecanismo de mercado Características do preço de equilíbrio Q D = Q S Nãoháescassezdeoferta; oferta; Não há excesso de oferta; Não há pressão para que o preço seja alterado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 24

O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 1 P 0 Excesso de oferta S Se o preço estiver acima do ponto de equilíbrio: 1) O preço está acima do preço de equilíbrio 2) Q s > Q d 3) O preço cai para o preço de equilíbrio do mercado D Q 0 Quantidade O mecanismo de mercado Excesso de oferta O preço de mercado está acima do equilíbrio Há excesso de oferta Os produtores diminuem os preços A quantidade demandada aumenta e a ofertada diminui O mercado continua a se ajustar até que o preço de equilíbrio seja atingido O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 1 P 2 Excesso de oferta S Suponha que o preço seja P 1, então: 1) Q s : Q 2 > Q d : Q 1 2) O excesso de oferta é Q 2 Q 1. 3) Os produtores diminuem o preço. 4) A quantidade ofertada diminui e a demandada aumenta. 5) O ponto de equilíbrio se dá em P D 2,Q 3 Q 1 Q 3 Q 2 Quantidade PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 25

O mecanismo de mercado Preço (dólares por S unidade) Suponha que o preço seja P 2, então: 1) Q d : Q 2 > Q s : Q 1 2) A escassez de oferta é Q 2 Q 1. P 3 P 2 Escassez de Oferta 3) Os produtores elevam o preço. 4) A quantidade ofertada aumenta e a demandada diminui. 5) O ponto de equilíbrio se dá em P 3, Q 3 D Q 1 Q 3 Q 2 Quantidade O mecanismo de mercado Escassez de oferta O preço de mercado está abaixo do equilíbrio: Há escassez de oferta Os produtores aumentam os preços A quantidade demandada diminui e a ofertada aumenta O mercado continua a se ajustar até que o preço de equilíbrio seja atingido O mecanismo de mercado O mecanismo de mercado - resumo 1. Oferta e demanda interagem para determinar o preço de equilíbrio. 2. Quando não estiver em equilíbrio, o mercado se ajustará diminuindo o excesso ou escassez de oferta e restabelecerá, assim, o equilíbrio. 3. Os mercados devem ser competitivos para que o mecanismo seja eficiente. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 26

Mudanças no equilíbrio do mercado Os preços de equilíbrio são determinados pelo nível relativo de oferta e demanda. Oferta e demanda são determinados por valores específicos de suas variáveis i determinantes. Alterações em qualquer uma dessas variáveis, ou numa combinação delas, podem causar mudanças no preço de equilíbrio e/ou na quantidade. Mudanças no equilíbrio do mercado Preços das matériasprimas caem P D S S S muda para S Há excesso de oferta ao preço P 1 de Q 2 Q 1. O ponto de equilíbrio se dá em P 3,Q 3 P 1 P 3 Q 1 Q 3 Q 2 Q Mudanças no equilíbrio do mercado A renda aumenta P D D S A demanda muda para D Há escassez de oferta ao preço P 1 de Q 2 Q 1 P 3 P 1 O ponto de equilíbrio se dá em P 3,Q 3 Q 1 Q 3 Q 2 Q PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 27

Mudanças no equilíbrio do mercado A renda aumenta e os preços da matéria-prima caem P D D S S O aumento em D é maior que o aumento em S P 2 P 1 O preço de equilíbrio e a quantidade aumentam para P 2,Q 2 Q 1 Q 2 Q Compreendendo e prevendo os efeitos das modificações nas condições de mercado T Preço 1,69 = a/b Oferta: Q S = -4,5 + 16P 0,75 +0,28 = -c/d Demanda: Q D = 13,5-8P 7,5 Mtm/ano Efeitos da intervenção governamental controle de preços Preço S P 0 P máx Se o preço máximo for fixado em P máx, a quantidade d ofertada cai para Q 1 e a quantidade demandada aumenta para Q 2. Verifica-se uma situação de escassez. D Excesso de demanda Q 1 Q 0 Q 2 Quantidade PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 28

Slide 80 T17 Favor verificar: não encontrei este gráfico no livro. Thelma; 22/8/2005 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 29

Resumo A análise de oferta e demanda é uma ferramenta básica da microeconomia. O mecanismo de mercado é a tendência para que oferta e demanda se equilibrem, de modo que não haja excesso de oferta ou de demanda. Resumo As elasticidades descrevem a sensibilidade da oferta e da demanda às variações nos preços, na renda e em outras variáveis. As elasticidades referem-se a determinados intervalos de tempo. Se for possível estimar as curvas de oferta e demanda para um determinado mercado, poderemos calcular o preço de equilíbrio do mercado. Os Fundamentos da Oferta e da Demanda PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 30

Comportamento do Consumidor Tópicos para discussão Preferências do consumidor Restrições orçamentárias A escolha por parte do consumidor Preferência revelada Tópicos para discussão Utilidade marginal e escolha por parte do consumidor PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 31

Introdução Comportamento do consumidor Há três etapas no estudo do comportamento do consumidor: 1. Estudaremos as preferências do consumidor. Para descrever como e por que as pessoas preferem uma mercadoria a outra. Introdução 2. Depois, abordaremos as restrições orçamentárias. As pessoas têm rendas limitadas. Introdução 3. Finalmente, combinaremos as preferências do consumidor com as restrições orçamentárias para determinar as escolhas do consumidor. Que combinação de mercadorias os consumidores comprarão de modo a maximizar sua satisfação? PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 32

Preferências do consumidor Cestas de mercado Uma cesta de mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias. Uma cesta de mercado pode ser preferida a outra que contenha uma combinação diferente de mercadorias. Preferências do consumidor Cestas de mercado Três premissas básicas: 1) As preferências são completas. 2) As preferências são transitivas. 3) Os consumidores sempre preferem quantidades maiores de uma mercadoria. Preferências do consumidor Curvas de indiferença Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que proporcionam o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 33

Preferências do consumidor Vestuário (unidades por semana) 50 40 30 H B A E As cestas B, A, & D proporcionam a mesma satisfação E é preferida a qualquer cesta em U 1 Cestas em U 1 são preferidas a H & G 20 G D U 1 10 10 20 30 40 Alimento (unidades por semana) Função Utilidade e Curvas de Indiferença Utility U 6 U 4 x 2 x 1 Função Utilidade e Curvas de Indiferença Utility x 2 U 6 U 5 U 4 U 3 U 2 U 1 x 1 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 34

Preferências do consumidor Curvas de indiferença A curva de indiferença apresenta inclinação negativa, da esquerda para a direita. Uma inclinação positiva violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. Preferências do consumidor Mapas de indiferença Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de uma pessoa com relação a todas as combinações de duas mercadorias. Cada curva de indiferença no mapa mostra as cestas de mercado entre as quais a pessoa é indiferente. Preferências do consumidor Formas das curvas de indiferença Finalmente, as curvas de indiferença não podem se interceptar. Isso violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 35

Preferências do consumidor Vestuário (unidades por semana) D A cesta de mercado A é preferida a B. A cesta de mercado B é preferida a D. B A U 3 U 2 U 1 Alimento (unidades por semana) Preferências do consumidor Vestuário (unidades por semana) U 2 U 1 Curvas de indiferença não podem se interceptar A D O consumidor deveria ser indiferente a A, B e D. Entretanto, B contém mais de ambas as mercadorias do que D. B Alimento (unidades por semana) Preferências do consumidor Vestuário (unidades por semana) 16 14 12 10 8 6 4 2-6 A Observação: A quantidade de vestuário de que se abre mão para se obter uma unidade de alimento diminui de 6 para 1 B 1-4 Pergunta: Essa relação D também é válida ao abrir mão de alimento 1-2 E para obter vestuário? G 1-1 1 Alimento (unidades 1 2 3 4 5 por semana) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 36

Preferências do consumidor Taxa marginal de substituição A taxa marginal de substituição (TMS) mede a quantidade de uma mercadoria de que o consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra. É medida pela inclinação da curva de indiferença. Preferências do consumidor Vestuário 16 (unidades por semana) 14 12-6 1 A TMS = 6 10 B 1 8-4 D TMS = 2 6 1-2 E 4 G 1-1 2 1 2 3 4 5 TMS = Δ V ΔA Alimento (unidades por semana) Preferências do consumidor As curvas de indiferença são convexas porque, à medida que maiores quantidades de uma mercadoria são consumidas, espera-se se que o consumidor esteja disposto a abrir mão de cada vez menos unidades de uma segunda mercadoria para obter unidades adicionais da primeira. Os consumidores preferem uma cesta de mercado balanceada. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 37

Preferências do consumidor Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição i de um bem pelo outro é constante. Preferências do consumidor Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Dois bens são complementos perfeitos quando suas curvas de indiferença têm o formato de ângulos retos. Preferências do consumidor Suco de maçã (copos) 4 substitutos perfeitos 3 2 1 0 1 2 3 4 Suco de laranja (copos) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 38

Preferências do consumidor V 13 9 5 x 1 + x 2 = 5 x 1 + x 2 = 9 x 1 + x 2 = 13 V(x 1,x 2 ) = x 1 + x 2. 5 9 13 A Preferências do consumidor Sapatos esquerdos 4 3 Complementos perfeitos 2 1 0 1 2 3 4 Sapatos direitos Preferências do consumidor V 45 o W(x 1,x 2 ) = min{x 1,x 2 } 8 5 3 min{x 1,x 2 }=8 min{x 1,x 2 } = 5 min{x 1,x 2 } = 3 3 5 8 A PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 39

Preferências do consumidor Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Males Coisas que preferimos ter em menor quantidade, d em vez de maior quantidade. d Exemplos Poluição atmosférica Amianto Preferências do consumidor Substitutos perfeitos e complementos perfeitos O que você acha? Como podemos levar em consideração os males na análise das preferências do consumidor? Preferências do consumidor Substitutos perfeitos e complementos perfeitos Utilidade Utilidade: Número que representa o nível de satisfação que uma pessoa obtém ao consumir uma determinada cesta de mercado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 40

Restrições orçamentárias O comportamento do consumidor não é determinado apenas por suas preferências. As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. Restrições orçamentárias Linha do orçamento A linha do orçamento indica todas as combinações de duas mercadorias para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda total. Restrições orçamentárias Linha do orçamento Seja A a quantidade adquirida de alimento e V a quantidade adquirida de vestuário. Preço do alimento = P A e o preço do vestuário = P v Logo, P A A é a quantidade de dinheiro gasto com alimento e P v V é a quantidade de dinheiro gasto com vestuário. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 41

Restrições orçamentárias Linha do orçamento A linha do orçamento, então, pode ser escrita como: P A A + P V V = I Restrições orçamentárias Vestuário (unidades por semana) (I/P V ) = 40 30 20 10 0 A 10 20 B Uma linha do orçamento P V = $2 P A = $1 I = $80 Linha do Orçamento: A + 2V = $80 20 1 Inclinação = Δ V / Δ A = - = - PA/PV 2 D E G Alimento 40 60 80 = (I/P (unidades por semana) A ) Restrições orçamentárias vestuário I /pv Restrição orçamentária Não disponível Disponível (limite) disponível I /p Alimentos Capítulo 1 2006 by Pearson Education do Brasil PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 42

Restrições orçamentárias À medida que a cesta consumida se move ao longo da linha do orçamento a partir do intercepto, o consumidor gasta menos com uma mercadoria e mais com outra. A inclinação da linha mede o custo relativo de vestuário e alimentação. A inclinação é igual à razão dos preços das duas mercadorias com o sinal negativo. Restrições orçamentárias A inclinação indica a proporção segundo a qual pode-se substituir uma mercadoria pela outra sem alteração da quantidade total t de dinheiro i gasto. Restrições orçamentárias O intercepto vertical (I/P V ) indica a quantidade máxima de V que pode ser comprada com a renda I. O intercepto horizontal (I/P A ) indica a quantidade máxima de A que pode ser comprada com a renda I. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 43

Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações na renda Um aumento da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a direita (mantidos os preços constantes). Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações na renda Uma redução da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a esquerda (mantidos os preços constantes). Restrições orçamentárias Vestuário (unidades por semana) 80 Um aumento da renda desloca a linha do orçamento para a direita 60 40 20 0 L 3 (I = $40) 40 L 1 (I = $80) 80 120 160 Uma redução da renda desloca a linha do orçamento para a esquerda L 2 (I = $160) Alimento (unidades por semana) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 44

Restrições orçamentárias V Nova disponibilidade de consumo O antigo e o novo orçamento tem a mesma inclinação. Orçamento original A Capítulo 1 2006 by Pearson Education do Brasil Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Se o preço de uma mercadoria aumenta, a linha do orçamento sofre uma rotação para a esquerda em torno do intercepto da outra mercadoria. Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Se o preço de uma mercadoria diminui, a linha do orçamento sofre uma rotação para a direita em torno do intercepto da outra mercadoria. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 45

Restrições orçamentárias Vestuário (unidades por semana) Um aumento no preço do alimento para $2 modifica a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a esquerda. (P A = 2) 40 L 3 40 L 1 L 2 Uma redução no preço do alimento para $0,50 muda a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a direita. (P A = 1) (P A = 1/2) 80 120 160 Alimento (unidades por semana) Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Se os preços de ambas as mercadorias aumentam, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento paralelo para a esquerda. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 46

Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Se os preços de ambas as mercadorias diminuem, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Restrições orçamentárias Efeitos das modificações na renda e nos preços Modificações nos preços Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento paralelo para a direita. A escolha por parte do consumidor Os consumidores escolhem uma combinação de mercadorias que maximiza sua satisfação, dado o orçamento limitado de que dispõem. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 47

A escolha por parte do consumidor A cesta de mercado ótima deve satisfazer duas condições: 1. Ela deve estar situada sobre a linha do orçamento. 2. Ela deve fornecer ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. A escolha por parte do consumidor Lembre-se de que a inclinação de uma curva de indiferença é dada por: ΔV TMS = ΔAA Além disso, a inclinação da linha do orçamento é: P Inclinação = P A V A escolha por parte do consumidor Logo, podemos afirmar que a satisfação é maximizada no ponto em que: P TMS = P A V PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 48

A escolha por parte do consumidor Podemos afirmar que a satisfação é maximizada quando a taxa marginal de substituição (de V por A) é igual à razão entre os preços (de A sobre V). A escolha por parte do consumidor Maximizando a satisfação do consumidor Vestuário (unidades por semana) 40 30 P V = $2 P A = $1 I = $80 B O ponto B não maximiza a satisfação porque a TMS (-(-10/10) = 1) é maior do que a razão entre os preços (1/2). -10V 20 Linha do orçamento +10A U 1 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) A escolha por parte do consumidor Maximizando a satisfação do consumidor Vestuário (unidades por semana) 40 P V = $2 P A = $1 I = $80 30 20 D A cesta de mercado D não pode ser consumida dada a restrição orçamentária. U 3 Linha do orçamento 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 49

A escolha por parte do consumidor Vestuário (unidades por semana) Maximizando a satisfação do consumidor 40 30 P V = $2 P A = $1 I = $80 No ponto A, a linha do orçamento e a curva de indiferença são tangentes, e nenhum nível mais elevado de satisfação pode ser obtido. 20 A No ponto A: TMS =P A /P V =0,5 0 20 U 2 Linha do orçamento 40 80 Alimento (unidades por semana) A escolha por parte do consumidor V Cestas mais preferidas Cestas disponíveis A A escolha por parte do consumidor V (x 1 *,x 2 *) e cesta mais preferida dada a restrição Orçamentária. x 2 * x 1 * A PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 50

Utilidade marginal e escolha por parte do consumidor A utilidade é maximizada quando o orçamento é alocado de modo que a utilidade marginal por dólar (ou qualquer outra moeda) despendido é igual para ambas as mercadorias. A isso denomina-se princípio da igualdade marginal. Demanda Individual e Demanda de Mercado Tópicos para discussão Demanda individual Efeito renda e efeito substituição Demanda de mercado Excedente do consumidor PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 51

Demanda individual Modificações no preço Utilizando os mesmos números do capítulo anterior, o impacto de uma mudança nos preços dos alimentos pode ser ilustrado por meio de curvas de indiferença. Demanda individual Vestuário (unidades por mês) 10 Suponha: I = $20 P V = $2 P A = $2; $1; $0,50 6 A 5 4 U 1 B D U 3 Três curvas de indiferença distintas são tangentes a cada linha de orçamento. U 2 4 12 20 Alimento (unidades por mês) Demanda individual Vestuário (unidades por mês) 6 A 5 4 U 1 B A curva de preço-consumo é formada pelas cestas de mercado que maximizam a utilidade para os vários preços do alimento. Curva de preço-consumo D U 3 U 2 4 12 20 Alimento (unidades por mês) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 52

Demanda individual Preço do alimento $2,00 E A curva de demanda individual mostra a quantidade de uma mercadoria que um consumidor irá adquirir em função do seu preço. $1,00 $0,50 G Curva da demanda H 4 12 20 Alimento (unidades por mês) Demanda individual A curva da demanda individual As curvas da demanda possuem duas propriedades importantes: 1. O nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que nos movemos ao longo da curva. Demanda individual As curvas de demanda possuem duas propriedades importantes: 2. Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando a utilidade ao satisfazer a condição de que a TMS do vestuário por alimento seja igual à razão entre os preços desses bens. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 53

Demanda individual Preço do alimento $2,00 E Quando o preço cai: P a /P v e TMS também caem $1,00 $0,50 G 4 12 20 Curva da demanda H E: P a/p v = 2/2 = 1 = TMS G: P a /P v = 1/2 = 0,5 = TMS H:P a /P v = 0,5/2 = 0,25 = TMS Alimento (unidades por mês) Demanda individual Modificações na renda Utilizando o exemplo alimento e vestuário do Capítulo 3, o impacto de uma mudança na renda pode ser ilustrado por meio de curvas de indiferença. Demanda individual Vestuário (unidades por mês) Suponha: P a = $1 P v = $2 I = $10, $20, $30 7 5 3 D U 3 U 2 B A U 1 4 10 16 Curva de renda-consumo Um aumento na renda, mantidos os preços fixos, faz com que os consumidores alterem sua escolha de cesta de mercado. Alimento (unidades por mês) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 54

Demanda individual Preço do alimento $1,00 E G H Um aumento na renda, de $10 para $20 para $30, mantidos os preços fixos, desloca a curva de demanda do consumidor para a direita. D 3 4 10 16 D 1 D 2 Alimento (unidades por mês) Demanda individual A curva renda-consumo especifica as combinações de alimento e vestuário maximizadoras da utilidade, associadas a cada um dos possíveis níveis de renda. Demanda individual Um aumento da renda desloca a linha de orçamento para a direita, aumentando o consumo ao longo da curva rendaconsumo. Simultaneamente, o aumento da renda desloca a curva de demanda para a direita. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 55

Demanda individual Bens inferiores versus bens normais Modificações na renda Quando a curva de renda-consumo apresenta uma inclinação positiva: A quantidade demandada aumenta com a renda. A elasticidade de renda da demanda é positiva. O bem é um bem normal. Demanda individual Modificações na renda Quando a curva de renda-consumo apresenta uma inclinação negativa: A quantidade demandada diminui com a renda. A elasticidade de renda da demanda é negativa. O bem é um bem inferior. Demanda individual Bife 15 (unidades por mês) 10 C Curva renda-consumo U 3 Um bem inferior Tanto o hambúrguer quanto o bife se comportam como um bem normal, entre A e B... 5 A B U 1 U 2 5 10 20 mas o hambúrguer se torna um bem inferior quando a curva renda-consumo se inclina negativamente entre B e C. Hambúrguer (unidades por mês) 30 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 56

Demanda individual Curvas de Engel As curvas de Engel relacionam a quantidade consumida de uma mercadoria ao nível de renda. Se o bem for um bem normal, a inclinação da curva de Engel é ascendente. Se o bem for um bem inferior, a inclinação da curva de Engel é descendente. Demanda individual Renda (dólares por mês) 30 Curva de Engel 20 A inclinação da curva de Engel é ascendente para um bem normal. 10 0 4 8 12 16 Alimento (unidades por mês) Demanda individual Renda (dólares por mês) 30 20 A curva de Engel é negativamente inclinada para bens inferiores. Inferior 10 Normal 0 4 8 12 16 Alimento (unidades por mês) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 57

Demanda individual Substitutos e complementos 1. Dois bens são considerados substitutos se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona um aumento (ou redução) na quantidade demandada do outro. Exemplo: ingressos para o cinema e aluguel de fitas de vídeo Demanda individual 2. Dois bens são considerados complementos (ou complementares) se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona uma redução (ou aumento) na quantidade demandada do outro. Exemplo: gasolina e óleos lubrificantes para motores Demanda individual 3. Duas mercadorias são chamadas independentes quando a variação no preço de uma delas não tem efeito algum sobre a quantidade demandada da outra. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 58

Demanda individual Se a curva preço-consumo tem inclinação descendente, os dois bens são considerados substitutos. Se a curva preço-consumo tem inclinação ascendente, os dois bens são considerados complementos. Dois bens podem ser substitutos e complementos! Efeito renda e efeito substituição Uma redução no preço de uma mercadoria tem dois efeitos: substituição e renda. Efeito substituição Os consumidores tenderão a comprar mais de uma mercadoria que tenha ficado relativamente mais barata e menos de uma mercadoria que tenha se tornado mais cara. Efeito renda e efeito substituição Uma redução no preço de uma mercadoria tem dois efeitos: substituição e renda. Efeito renda Os consumidores sofrem um aumento no seu poder aquisitivo real quando o preço de uma mercadoria cai. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 59

Efeito renda e efeito substituição Efeito substituição O efeito substituição corresponde à modificação no consumo de um item associada a uma variação no seu preço, mantido constante o nível de utilidade. Quando o preço de um item diminui, o efeito substituição sempre leva a um aumento na quantidade demandada do item. Efeito renda e efeito substituição Efeito renda O efeito renda é a variação no consumo de um item ocasionada pelo aumento do poder aquisitivo, mantido constante o preço do item. Quando a renda de uma pessoa aumenta,a quantidade demandada de um produto pode aumentar ou diminuir. Efeito renda e efeito substituição Mesmo no caso de bens inferiores, raramente o efeito renda é grande o suficiente para superar em valor o efeito substituição. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 60

Efeito renda e efeito substituição Vestuário (unidades por mês) R V 1 A Quando o preço do alimento cai, o consumo aumenta em A 1 A 2 à medida que o consumidor se move de A para B. O efeito substituição, A 1 E, (do ponto A ao D), muda os preços relativos, mas mantém a renda real (satisfação) constante. V 2 D B O efeito renda, EA 2, (de D a B) mantém constantes os preços relativos, mas aumenta o poder aquisitivo. Efeito substituição O A 1 E S Efeito total A 2 U 1 T Efeito renda U 2 Alimento (unidades por mês) Efeito renda e efeito substituição Vestuário (unidades por mês) R A B Sendo o alimento um bem inferior, o efeito renda é negativo. Entretanto, o efeito substituição é maior do que o efeito renda. D U 2 Efeito substituição O A 1 A 2 E S Efeito total Efeito renda U 1 T Alimento (unidades por mês) Efeito renda e efeito substituição Um caso especial: os bens de Giffen Teoricamente, o efeito renda pode ser suficientemente grande para fazer com que a curva de demanda de um bem passe a ter inclinação ascendente. Esse caso raramente ocorre e é de pouco interesse prático. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 61

Demanda de mercado Preço (dólares por unidade) Obtendo a curva da demanda de mescado 5 A curva de demanda de mercado é obtida por meio da soma 4 das curvas de demanda dos consumidores 3 2 Demanda de mercado 1 D A D B D C Quantidade 0 5 10 15 20 25 30 Demanda de mercado Dois pontos importantes: 1. A demanda de mercado se deslocará para a direita à medida que aumenta o número de consumidores no mercado. 2. Fatores que influenciam as demandas de muitos consumidores também afetarão a demanda de mercado. Demanda de mercado Elasticidade da demanda Lembre-se de que a elasticidade de preço da demanda mede a variação percentual da quantidade demandada resultante de uma variação de 1% no preço. E p ΔQ/Q = = ΔP/P P Q ΔQ ΔP PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 62

Demanda de mercado Elasticidade de preço e gasto do consumidor Demanda Gasto após Gasto após elevação de preço queda de preço Inelástica (E p <1) Aumenta Diminui Unitária (E p = 1) Constante Constante Elástica (E p >1) Diminui Aumenta Excedente do consumidor Excedente do consumidor É a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço efetivamente pago pela mercadoria. Excedente do consumidor Preço (dólares por ingresso) 20 19 18 17 16 15 14 13 Excedente do consumidor 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 21 O excedente do consumidor associado ao consumo de 6 ingressos é dado pela soma do excedente obtido do consumo de cada ingresso. Preço de mercado 0 1 2 3 4 5 6 Ingressos para um show de rock PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 63

Excedente do consumidor A curva de demanda em forma de escada pode ser transformada em uma curva de demanda linear, definindo unidades cada vez menores da mercadoria. Excedente do consumidor Preço (dólares por ingresso) 20 19 18 17 16 Excedente do consumidor 15 1/2x(20 14)x6.500 = $19.500 14 13 Gasto efetivo 0 1 Excedente do consumidor para a demanda de mercado 2 3 4 5 6 Preço de mercado Curva da demanda Ingressos para um show de rock Excedente do consumidor Por meio da combinação do excedente do consumidor com o lucro agregado dos produtores, é possível avaliar: 1. Custos e benefícios de estruturas de mercado alternativas 2. Políticas públicas que afetem o comportamento de consumidores e empresas PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 64

Excedente do consumidor Exemplo: O valor do ar puro O ar é grátis, pois as pessoas não precisam pagar para respirá-lo. A Lei do Ar Puro ( Clean Air Act ) foi aprovada nos EUA em 1963. Pergunta: Será que os benefícios de tornar o ar mais puro compensaram os custos de fazê-lo? Excedente do consumidor O valor do ar puro As pessoas estão dispostas a pagar mais por residências localizadas onde o ar é puro. Dados de preços de residências em Boston e Los Angeles foram cruzados com os níveis existentes de diversos poluentes de ar. Excedente do consumidor Valor (dólares por ppcm de redução) 2.000 1.000 O valor do ar puro A A área sombreada representa o excedente do consumidor derivado da redução da poluição em 5 ppcm de óxido de nitrogênio, a um custo de $1.000 por ppcm reduzida. 0 5 10 Redução da Poluição (ppcm de OXN) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 65

Resumo As curvas de demanda de consumidores individuais podem ser obtidas a partir de informações sobre seus gostos em relação a todos os bens e serviços e de suas restrições orçamentárias. As curvas de Engel descrevem a relação entre a quantidade demandade de um bem e a renda dos consumidores. Resumo Dois bens são substitutos (complementos) quando um aumento ( ou redução) no preço de um deles leva a um aumento (ou redução) na quantidade d demandada d d do outro bem. O efeito de uma variação no preço de um bem sobre a quantidade demandada pode ser decomposto em duas partes o efeito substituição e o efeito renda. Resumo A curva de demanda de mercado corresponde à soma horizontal das curvas de demanda de cada consumidor individual. A variação percentual na quantidade demandada resultante de uma variação de 1% no preço corresponde à elasticidade de preço da demanda. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 66

Resumo Uma externalidade de difusão ocorre quando a demanda de um consumidor é afetada diretamente pelas decisões de compra tomadas por outros consumidores. Vários métodos podem ser usados para obter informações sobre a demanda do consumidor. Produção Tópicos para discussão Tecnologia de produção Produção com um insumo variável (trabalho) Produção com dois insumos variáveis Rendimentos de escala PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 67

Introdução Abordaremos o lado da oferta de mercado. A teoria da empresa trata: Do modo pelo qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de custo Do modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de produção De características da oferta de mercado De problemas das atividades produtivas em geral A Firma com Nexo de Contratos A firma é um ponto focal para um conjunto de contratos. [Jensen & Meckling (1976, p.312)] A firma é uma criação do sistema legal que lhe garante um ordenamento jurídico de um indivíduo de modo que ela posa firmar contratos. O termo ponto focal indica que a firma sempre é uma das partes de cada um dos muitos contratos que constituem uma firma. A Firma com um Nexo de Contratos PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 68

A Função dos Contratos na Teoria Econômica da Firma Vistas como um conjunto de contratos, as empresas representam arranjos institucionais que são desenhados de modo a coordenar (governar) tal conjunto de contratos envolvendo diferentes atores. Assim, são considerados arranjos contratuais aqueles internos ás empresas que definem as relações entre agentes especializados na produção, bem como os arranjos externos às empresas que regulam as transações entre empresas independentes. Um contrato significa uma maneira de coordenar as transações, provendo incentivos para os agentes atuarem de maneira coordenada na produção que permite o planejamento de longo prazo. Sztajn e Zylberstajn (2005, p. 105) A Firma com um Nexo de Contratos The public corporation is the nexus for a complex set of voluntary constracts among customers, workers, managers, and the suppliers of materials, capital, and risk bearing. This means the parties contract, not between themselves bilaterally, ll but unilaterally ll with the legal l fiction called the corporation thus greatly simplifying the contracting process. The rigths of the interacting parties are determined by law, that corporation s charter, and the implicit and explicit constracts with each individual. Michael Jensen (2003,p.1) Modelo Geral de Agente-Principal Proprietário (Principal) Pagamento por serviços serviços Administração Corporativa (Agente) Custos de agência PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 69

Exemplo de problema principal-agente: acionistas e administradores Os Acionistas [Principal - Outorgantes] Focados em: - Decisões financeiras - Alocação de recursos - Carteiras de máximo retorno - Riscos e diversificação Os Gestores [Agentes - Outorgados] Focados: - Decisões empresariais - Domínio do negócio - Conhecimento de gestão - Estratégia e operações Relação de agência: - decisões que maximizam a riqueza dos acionistas - desições que maximizam os interesses dos gestores Tecnologia de produção O processo produtivo Combinação e transformação de insumos ou fatores de produção em produtos Tipos de insumos (fatores de produção) Trabalho Matérias-primas Capital Tecnologia de produção Função de produção Indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir para cada possível combinação de insumos, dado o estado da tecnologia. Mostra o que é tecnicamente viável quando a firma opera de forma eficiente. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 70

Tecnologia de produção No caso de dois insumos a função de produção é: q=f(kl) F(K,L) q = Produto, K = Capital, L = Trabalho Essa função depende do estado da tecnologia Tecnologia de produção Curto prazo versus longo prazo Curto prazo: Período de tempo no qual as quantidades de um ou mais insumos não podem ser modificadas. Tais insumos são denominados insumos fixos. Tecnologia de produção Curto prazo versus longo prazo Longo prazo Período de tempo necessário para tornar variáveis todos os insumos. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS] Página 71