Direito & Economia. Direito & Economia. Economia Aplicada ao Direito Notas de Aula

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1 Economia Aplicada ao Direito Notas de Aula PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DIREITO EMPRESARIAL PPGD/UFRGS Direito & Economia Um advogado que não estudou economia (...) pode bem tornar-se um inimigo público. Juiz Brandeis (1916) Direito & Economia... Todos os advogados deveriam procurar compreender a economia. Com sua ajuda aprendemos a considerar e a pesar os fins legislativos, os meios de alcança-los e o custo envolvido. Aprendemos que para obter algo é necessário abrir mão de outra coisa, aprendemos a comparar a vantagem obtida com a vantagem que renunciamos e a saber o que estamos fazendo quando escolhemos. Juiz O. W. Holmes (1897) The Path of the Law

2 Direito & Economia For the rational study of the law the black-letter man may be the man of the present, but the man of the future is the man of statistics and the master of economics... We learn that for everything we have to give up something else and are thought to set the advantage we gain against the other advantages we lose, and to know what are doing when we ellect. Juiz O. W. Holmes (1897), The Path of the Law The Theory of Economics does not furnish a body of settled conclusions immediately applicable to policy. It is a method rather than a doctrine, an apparatus of the mind, a technique of thinking which helps its possessor to draw correct conclusions --- John Maynard Keynes Livros Recomendados

3 Publicações no Brasil Livros Recomendados Livros

4 Introdução A microeconomia lida com: Comportamento de unidades individuais No consumo Como escolher o que comprar Introdução A microeconomia lida com: Comportamento de unidades individuais Na produção Como escolher o que produzir A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics... Economics is the science of rational choice in a world our world in which resources are limited in relation to human want. The task of economics, so defined is to explore the implications of assuming that man is a rational maximizer of his ends in life, his satisfactions - what we shall call his self-interest. Rational maximization should not be confused with conscious calculation. Economics is not a theory about consciosness. Behaviour is rational when it conforms to the model of rational choice, whatever the state of mind of the chooser. And self-interest should not be confused with selfishness; the happiness (or for that matter the misery) of the other people may be a part of one s satisfactions. Richard Posner (1992, p. 3-4)

5 A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics Most economic analysis consists of tracing out the consequences of assuming that people are rational in their social interations. In the case of the activities that interests the law, these people may be criminals or prosecutors or parties to accidents or taxpayers or tax collectors or striking workers or even law students. Richard Posner (2001, p.35) A Abordagem Econômica Aplicada à Law and Economics Law and economics relies on the standard economic assumption that individuals are rational maximizers, and studies the role of law as a means for changing the relative prices attached to alternative individual actions. Under this approach, a change in the rule of law will affect human behavior by altering the relative price structure and thus the constraint of the optimization problem. Wealth maximization, serving as a paradigm for the analysis of law, can thus be promoted or constrained by legal rules. (Parisi, 2004) Introdução A microeconomia lida com: Mercados: a interação entre consumidores e produtores: Concorrência perfeita; Monopólios; Oligopólios Concorrência Monopolistica.

6 Introdução A macroeconomia lida com: Análise de questões agregadas: Crescimento econômico; Inflação; Desemprego. Introdução A relação entre a micro e a macroeconomia A microeconomia é a base da análise macroeconômica Os temas da microeconomia De acordo com Mick Jagger* e os Rolling Stones Não se pode conseguir sempre aquilo que se deseja *Formado em economia pela London School of Economics

7 Os temas da microeconomia Por que não? Recursos limitados Os temas da microeconomia Microeconomia Alocação de recursos escassos e escolhas entre situações alternativas. Os temas da microeconomia Microeconomia e escolhas ótimas 1. Teoria do consumidor; 2. Trabalhadores; 3. Teoria da empresa.

8 Os temas da microeconomia A microeconomia e os preços O papel dos preços em uma economia de mercado Como os preços são determinados Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica As teorias são desenvolvidas para explicar fenômenos observados em termos de um conjunto de regras básicas e premissas. Por exemplo A teoria da empresa A teoria do consumidor Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Modelos representação matemática de uma teoria usada para fazer previsões.

9 Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Validação de uma teoria A validade de uma teoria é determinada pela qualidade de suas previsões, dadas as premissas. Os temas da microeconomia Teorias e modelos Análise microeconômica Desenvolvimento da teoria Testar e aperfeiçoar as teorias é fundamental para o desenvolvimento da ciência econômica. Os temas da microeconomia Análise positiva versus análise normativa Análise positiva A análise positiva é o uso de teorias e modelos com o objetivo de prever os efeitos de determinada escolha. Por exemplo: Qual será o impacto de uma quota de importação para automóveis estrangeiros? Qual será o impacto de um aumento no imposto da gasolina?

10 Os temas da microeconomia Análise positiva versus análise normativa Análise normativa A análise normativa aborda as questões pela perspectiva de como deveria ser o mundo. Por exemplo: Considera o dilema entre eqüidade e eficiência na escolha entre um aumento no imposto da gasolina e a imposição de restrições à importação de petróleo estrangeiro. O que é um mercado? Mercados Área geograficamente definida onde compradores e vendedores interagem e determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. O que é um mercado? Mercados versus setores Setores são o lado da oferta do mercado.

11 O que é um mercado? Definição de mercado Os parâmetros do mercado devem ser determinados antes que ele possa ser analisado. O que é um mercado? Arbitragem Comprar um produto a baixo preço em uma localidade e vendê-lo a um preço alto em outro lugar. A Arbitragem Em economia, a arbitragem é o processo de comprar um bem com um preço baixo, e então revende-lo em outro mercado onde o idêntico bem é vendido a um preço mais elevado. Visto que a arbitragem promete lucros infinitos, ela é uma poderosa força que assegura que os mesmos ativos devem ser vendidos ao mesmo preço, em dois diferentes mercados, ceteris paribus.

12 O que é um mercado? Preço de mercado Mercados competitivos estabelecem um único preço. Mercados não competitivos podem estabelecer vários preços para o mesmo produto. O que é um mercado? Definição de mercado a extensão de um mercado Definição de mercado Quais compradores e vendedores devem ser incluídos em um determinado mercado? O que é um mercado? Definição de mercado a extensão de um mercado Extensão de um mercado Define os limites do mercado Geográficos Gama de produtos; Elasticidade de substituição.

13 Preços reais versus preços nominais Preço nominal é o preço absoluto (ou preço em moeda corrente) de uma mercadoria ou serviço no momento de sua venda. Preço real é o preço da mercadoria em relação a uma medida agregada dos preços (ou preço em moeda constante). Os Fundamentos da Oferta e da Demanda Oferta e demanda A curva de oferta A curva de oferta mostra a quantidade de uma mercadoria que os produtores estão dispostos a vender a um determinado preço, considerando constantes outros fatores que possam afetar a quantidade ofertada.

14 Oferta e demanda A curva da oferta Essa relação entre quantidade ofertada e preço pode ser demonstrada pela equação: Qs= Q s(p) Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) A curva de oferta O eixo vertical mede o preço (P) recebido por unidade em dólares O eixo horizontal mede a quantidade (Q) ofertada em número de unidades por período de tempo Quantidade Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) S P 2 P 1 A curva de oferta tem inclinação positiva, demonstrando que, para preços mais elevados, as empresas produzirão mais Q 1 Q 2 Quantidade

15 Oferta e demanda Outros determinantes da oferta além do preço Custos de produção Mão-de-obra Capital Matérias-primas T8 Oferta e demanda Deslocamento da oferta O custo das matérias-primas cai P S S Ao preço P 1, produz-se Q 2 Ao preço P 2, produz-se Q 1 A curva da oferta desloca-se para a direita (S ) P 1 P 2 Para qualquer preço, a produção em S é maior do que em S Q 0 Q 1 Q 2 Q Oferta e demanda Oferta - revisão A oferta é afetada por outras variáveis além do preço, tais como o custo da mãode-obra, do capital e das matérias-primas. Mudanças na oferta associadas a modificações nos determinantes extrapreço são representadas por deslocamentos de toda a curva de oferta.

16 Slide 44 T8 Na figura do livro não tem o Q0. Verificar se é para excluir o Q0 do gráfico abaixo. Thelma; 18/08/2005

17 Oferta e demanda Oferta - revisão Mudanças na quantidade ofertada causadas por alterações no preço do produto são representadas por movimentos ao longo da curva de oferta. Oferta e demanda A curva da demanda A curva da demanda mostra a quantidade de uma mercadoria que os consumidores estão dispostos a comprar para cada preço unitário, considerando constantes outros fatores que não sejam o preço Essa relação entre preço e quantidade pode ser representada pela equação: Q D = Q D (P) Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) A curva da demanda O eixo vertical mede o preço (P) pago por unidade em dólares O eixo horizontal mede a quantidade (Q) demandada em número de unidades por período de tempo Quantidade

18 Oferta e demanda Preço (dólares por unidade) A curva da demanda tem inclinação negativa, demonstrando que os consumidores estão dispostos a comprar mais a um preço mais baixo, à medida que o produto se torna relativamente mais barato e a renda real do consumidor aumenta. D Quantidade Oferta e demanda Outros determinantes da demanda além do preço Renda Preferências do consumidor Preço de bens relacionados Substitutos Complementares Oferta e demanda Aumento da renda P P 2 D D Ao preço P 1, compra-se Q 2 Ao preço P 2, compra-se Q 1 P 1 A curva de demanda desloca-se para a direita Para qualquer preço, a quantidade comprada em D é maior do que em D Q 0 Q 1 Q 2 Q

19 Oferta e demanda Demanda - revisão A demanda é afetada por outras variáveis além do preço, tais como, renda, preço de bens relacionados e gostos. Mudanças na demanda associadas a modificações nos determinantes extra-preço são representadas por deslocamentos de toda a curva de demanda. Mudanças na quantidade demandada associadas a mudanças no preço do produto são representadas por movimentos ao longo da curva de demanda. O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 0 Oferta e demanda S As curvas se cruzam no ponto de equilíbrio. Ao preço P 0, a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, Q 0. D Q 0 Quantidade O mecanismo de mercado Características do preço de equilíbrio Q D = Q S Não há escassez de oferta; Não há excesso de oferta; Não há pressão para que o preço seja alterado.

20 O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 1 P 0 Excesso de oferta S Se o preço estiver acima do ponto de equilíbrio: 1) O preço está acima do preço de equilíbrio 2) Q s > Q d 3) O preço cai para o preço de equilíbrio do mercado D Q 0 Quantidade O mecanismo de mercado Excesso de oferta O preço de mercado está acima do equilíbrio Há excesso de oferta Os produtores diminuem os preços A quantidade demandada aumenta e a ofertada diminui O mercado continua a se ajustar até que o preço de equilíbrio seja atingido O mecanismo de mercado Preço (dólares por unidade) P 1 P 2 Excesso de oferta S Suponha que o preço seja P 1, então: 1) Q s : Q 2 > Q d : Q 1 2) O excesso de oferta é Q 2 Q 1. 3) Os produtores diminuem o preço. 4) A quantidade ofertada diminui e a demandada aumenta. 5) O ponto de equilíbrio se dá em P D 2,Q 3 Q 1 Q 3 Q 2 Quantidade

21 O mecanismo de mercado Preço (dólares por S unidade) Suponha que o preço seja P 2, então: 1) Q d : Q 2 > Q s : Q 1 2) A escassez de oferta é Q 2 Q 1. P 3 P 2 Escassez de Oferta 3) Os produtores elevam o preço. 4) A quantidade ofertada aumenta e a demandada diminui. 5) O ponto de equilíbrio se dá em P 3, Q 3 D Q 1 Q 3 Q 2 Quantidade O mecanismo de mercado Escassez de oferta O preço de mercado está abaixo do equilíbrio: Há escassez de oferta Os produtores aumentam os preços A quantidade demandada diminui e a ofertada aumenta O mercado continua a se ajustar até que o preço de equilíbrio seja atingido O mecanismo de mercado O mecanismo de mercado - resumo 1. Oferta e demanda interagem para determinar o preço de equilíbrio. 2. Quando não estiver em equilíbrio, o mercado se ajustará diminuindo o excesso ou escassez de oferta e restabelecerá, assim, o equilíbrio. 3. Os mercados devem ser competitivos para que o mecanismo seja eficiente.

22 Mudanças no equilíbrio do mercado Os preços de equilíbrio são determinados pelo nível relativo de oferta e demanda. Oferta e demanda são determinados por valores específicos de suas variáveis determinantes. Alterações em qualquer uma dessas variáveis, ou numa combinação delas, podem causar mudanças no preço de equilíbrio e/ou na quantidade. Mudanças no equilíbrio do mercado Preços das matériasprimas caem P D S S S muda para S Há excesso de oferta ao preço P 1 de Q 2 Q 1. O ponto de equilíbrio se dá em P 3,Q 3 P 1 P 3 Q 3 Q 1 Q 2 Q Mudanças no equilíbrio do mercado A renda aumenta P D D S A demanda muda para D Há escassez de oferta ao preço P 1 de Q 2 Q 1 P 3 P 1 O ponto de equilíbrio se dá em P 3,Q 3 Q 1 Q 3 Q 2 Q

23 Mudanças no equilíbrio do mercado A renda aumenta e os preços da matéria-prima caem P D D S S O aumento em D é maior que o aumento em S P 2 P 1 O preço de equilíbrio e a quantidade aumentam para P 2,Q 2 Q 1 Q 2 Q Compreendendo e prevendo os efeitos das modificações nas condições de mercado T Preço 1,69 = a/b Oferta: Q S = -4,5 + 16P 0,75 +0,28 = -c/d Demanda: Q D = 13,5-8P 7,5 Mtm/ano Efeitos da intervenção governamental controle de preços Preço S P 0 P máx Se o preço máximo for fixado em P máx, a quantidade ofertada cai para Q 1 e a quantidade demandada aumenta para Q 2. Verifica-se uma situação de escassez. D Excesso de demanda Q 1 Q 2 Quantidade Q 0

24 Slide 65 T17 Favor verificar: não encontrei este gráfico no livro. Thelma; 22/08/2005

25 O papel dos preços numa economia de mercado Na organização da atividade econômica, os preços desempenham três funções: (1) transmitem informações; (2) proporcionam incentivos para que se adotem métodos de produção menos dispendiosos; (3) estabelecem quem obtém quanto do produto ou seja a distribuição de renda. Estas funções estão todas inter-relacionadas. Resumo A análise de oferta e demanda é uma ferramenta básica da microeconomia. O mecanismo de mercado é a tendência para que oferta e demanda se equilibrem, de modo que não haja excesso de oferta ou de demanda. Os Fundamentos da Oferta e da Demanda

26 Demanda de mercado Preço (dólares por unidade) Obtendo a curva da demanda de mescado 5 4 A curva de demanda de mercado é obtida por meio da soma das curvas de demanda dos consumidores 3 2 Demanda de mercado 1 0 D A D B D C Quantidade Demanda de mercado Dois pontos importantes: 1. A demanda de mercado se deslocará para a direita à medida que aumenta o número de consumidores no mercado. 2. Fatores que influenciam as demandas de muitos consumidores também afetarão a demanda de mercado. Demanda de mercado Elasticidade da demanda Lembre-se de que a elasticidade de preço da demanda mede a variação percentual da quantidade demandada resultante de uma variação de 1% no preço. E p Q/Q = P/P = P Q Q P

27 Demanda de mercado Elasticidade de preço e gasto do consumidor Demanda Gasto após Gasto após elevação de preço queda de preço Inelástica (E p <1) Aumenta Diminui Unitária (E p = 1) Constante Constante Elástica (E p >1) Diminui Aumenta Excedente do consumidor Excedente do consumidor É a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço efetivamente pago pela mercadoria. Excedente do consumidor Preço (dólares por ingresso) Excedente do consumidor = 21 O excedente do consumidor associado ao consumo de 6 ingressos é dado pela soma do excedente obtido do consumo de cada ingresso. Preço de mercado Ingressos para um show de rock

28 Excedente do consumidor A curva de demanda em forma de escada pode ser transformada em uma curva de demanda linear, definindo unidades cada vez menores da mercadoria. Excedente do consumidor Preço (dólares por ingresso) Excedente do consumidor 15 1/2x(20 14)x6.500 = $ Gasto efetivo Excedente do consumidor para a demanda de mercado Preço de mercado Curva da demanda Ingressos para um show de rock Excedente do consumidor Por meio da combinação do excedente do consumidor com o lucro agregado dos produtores, é possível avaliar: 1. Custos e benefícios de estruturas de mercado alternativas 2. Políticas públicas que afetem o comportamento de consumidores e empresas

29 Excedente do consumidor Exemplo: O valor do ar puro O ar é grátis, pois as pessoas não precisam pagar para respirá-lo. A Lei do Ar Puro ( Clean Air Act ) foi aprovada nos EUA em Pergunta: Será que os benefícios de tornar o ar mais puro compensaram os custos de fazê-lo? Excedente do consumidor O valor do ar puro As pessoas estão dispostas a pagar mais por residências localizadas onde o ar é puro. Dados de preços de residências em Boston e Los Angeles foram cruzados com os níveis existentes de diversos poluentes de ar. Excedente do consumidor Valor (dólares por ppcm de redução) O valor do ar puro A área sombreada representa o excedente do consumidor derivado da redução da poluição em 5 ppcm de óxido de nitrogênio, a um custo de $1.000 por ppcm reduzida A Redução da Poluição (ppcm de OXN)

30 Produção Introdução Abordaremos o lado da oferta de mercado. A teoria da empresa trata: Do modo pelo qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de custo Do modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de produção De características da oferta de mercado De problemas das atividades produtivas em geral A Firma com Nexo de Contratos A firma é um ponto focal para um conjunto de contratos. [Jensen & Meckling (1976, p.312)] A firma é uma criação do sistema legal que lhe garante um ordenamento jurídico de um indivíduo de modo que ela posa firmar contratos. O termo ponto focal indica que a firma sempre é uma das partes de cada um dos muitos contratos que constituem uma firma.

31 A Firma com um Nexo de Contratos A Função dos Contratos na Teoria Econômica da Firma Vistas como um conjunto de contratos, as empresas representam arranjos institucionais que são desenhados de modo a coordenar (governar) tal conjunto de contratos envolvendo diferentes atores. Assim, são considerados arranjos contratuais aqueles internos ás empresas que definem as relações entre agentes especializados na produção, bem como os arranjos externos às empresas que regulam as transações entre empresas independentes. Um contrato significa uma maneira de coordenar as transações, provendo incentivos para os agentes atuarem de maneira coordenada na produção que permite o planejamento de longo prazo. Sztajn e Zylberstajn (2005, p. 105) A Firma com um Nexo de Contratos The public corporation is the nexus for a complex set of voluntary constracts among customers, workers, managers, and the suppliers of materials, capital, and risk bearing. This means the parties contract, not between themselves bilaterally, but unilaterally with the legal fiction called the corporation thus greatly simplifying the contracting process. The rigths of the interacting parties are determined by law, that corporation s charter, and the implicit and explicit constracts with each individual. Michael Jensen (2003,p.1)

32 Modelo Geral de Agente-Principal Proprietário (Principal) Pagamento por serviços serviços Administração Corporativa (Agente) Custos de agência Exemplo de problema principal-agente: acionistas e administradores Os Acionistas [Principal - Outorgantes] Focados em: - Decisões financeiras - Alocação de recursos - Carteiras de máximo retorno - Riscos e diversificação Os Gestores [Agentes - Outorgados] Focados: - Decisões empresariais - Domínio do negócio - Conhecimento de gestão - Estratégia e operações Relação de agência: - decisões que maximizam a riqueza dos acionistas - desições que maximizam os interesses dos gestores Exemplo de problema principal-agente: acionistas e administradores Eric A. Posner Agency Models in Law and Economics

33 Custo da Produção Introdução A tecnologia de produção representa a relação entre os insumos e a produção. Dada a tecnologia de produção, os administradores da empresa devem decidir como produzir. Introdução Para determinar os níveis ótimos de produção e as combinações de insumos, é necessário transformar as medidas físicas inerentes à tecnologia de produção em unidades monetárias ou custos.

34 Os Custos de Transação Os custos de transação são definidos como os custos de busca de informação, contratação, monitoramento, do fazer cumprir o contrato (enforcement) e o custo referentes aos problemas de incentivo (custos de agência) entre os compradores e vendedores de bens e serviços. Os custos de transação surgem junto com o processo de trocas na economia e sua magnitude afeta os modos como a atividade econômica é organizada e as trocas são realizadas. Perfil das Transações Econômicas Um judiciário eficiente facilita a realização de transações mais complexas e a atração de investimentos que dependem da proteção da lei para oferecerem uma relação risco x retorno atrativa para o investidor. Em outras palavras, um judiciário eficiente reduz os custos de transação. Custos de Transação e Instituições Douglass North (1986, 1989, 1994) As instituições [direitos de propriedade, poder judiciário, federalismo, etc] evoluem e se modificam para reduzir custos de transação, são a chave para explicar o desempenho de uma economia. Nem todas as instituições que emergem são eficientes.

35 Por que alguns países são ricos e outros pobres? Douglass North (1990): The inability of societies to develop effective, low-cost enforcement of contracts is the most important source of both historical stagnation and contemporary underdevelopment in the third world. Medição de custos: quais custos considerar? Custos econômicos versus custos contábeis Custos contábeis Despesas efetivas mais despesas com depreciação de equipamentos. Custos econômicos Custos incorridos pela empresa ao usar recursos econômicos na produção (inclusive custos de oportunidade). Medição de custos: quais custos considerar? Custos de oportunidade Custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a empresa não empregue seus recursos da maneira mais rentável.

36 Medição de custos: quais custos considerar? Exemplo Uma empresa é proprietária do edifício onde opera e, portanto, não paga aluguel. Isso significa que o custo do espaço ocupado pelos escritórios da empresa é zero? Medição de custos: quais custos considerar? Custos irreversíveis São despesas que já ocorreram e não podem ser recuperadas. Esses custos não deveriam afetar as decisões da empresa. Medição de custos: quais custos considerar? Exemplo Uma empresa paga $ por uma opção de compra de um edifício. O custo do edifício é $5 milhões; logo, o custo total é $5,5 milhões. A firma encontra um segundo edifício pelo preço de $5,25 milhões. Qual edifício a empresa deveria comprar?

37 Medição de custos: quais custos considerar? Custos fixos e custos variáveis A produção total é uma função de insumos variáveis e insumos fixos. Logo, o custo total de produção é igual ao custo fixo (custo dos insumos fixos) mais o custo variável (custo dos insumos variáveis): CT = CF+ CV Medição de custos: quais custos considerar? Custos fixos e custos variáveis Custo fixo Não depende do nível de produção Custo variável Depende do nível de produção Medição de custos: quais custos considerar? Custos fixos versus custos irreversíveis Custo fixo Custo incorrido por uma empresa em atividade, independentemente do nível de produção Custo irreversível Custo incorrido por uma empresa que não pode ser recuperado

38 Medição de custos: quais custos considerar? Custo médio e custo marginal Custo marginal (CMg) é o custo de aumentar a produção em uma unidade. Dado que o custo fixo não afeta o custo marginal, este pode ser escrito da seguinte forma: CMg CV = q CT = q Medição de custos: quais custos considerar? Custo médio e custo marginal Custo total médio (CTMe) é o custo por unidade de produção, ou a soma do custo fixo médio (CFMe) e do custo variável médio (CVMe): CFT CVT CTMe = + q q Medição de custos: quais custos considerar? Custo médio e custo marginal Custo total médio (CTMe) é o custo por unidade de produção, ou a soma do custo fixo médio (CFMe) e do custo variável médio (CVMe): CTMe = CFMe+ CVMe = CT q

39 Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo A relação entre a produção e o custo pode ser exemplificada com os casos de rendimentos crescentes e decrescentes. Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Rendimentos crescentes e custos Na presença de rendimentos crescentes, o nível de produção aumenta em relação ao insumo; logo, o custo variável e o custo total caem em relação à produção. Rendimentos decrescentes e custos Na presença de rendimentos crescentes, o nível de produção diminui em relação ao insumo; logo, o custo variável e o custo total aumentam em relação à produção. Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Exemplo: suponha que a taxa de salário (w) seja fixa relativamente ao número de trabalhadores contratados. Logo: V CMg = C Q CV= wl

40 Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Prosseguindo: CV= w L L CMg= w Q Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Prosseguindo: PMgL= Q L L 1 = Q PMg L Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Logo: w CMg= PMgL de modo que um produto marginal (PMg) baixo implica um custo marginal (CMg) elevado, e vice-versa.

41 Custos no curto prazo Determinantes de custos no curto prazo Conseqüentemente (a partir da tabela): CMg inicialmente diminui devido à ocorrência de rendimentos crescentes Entre 0 e 4 unidades de produto CMg aumenta devido à ocorrência de rendimentos decrescentes Entre 5 e 11 unidades de produto T41 Custos no curto prazo Custos de uma empresa no curto prazo Nível de Custo Custo Custo Custo Custo Custo Custo produção fixo variável total marginal fixo variável total (CF) (CV) (CT) (CMg) médio médio médio (CFMe) (CVMe) (CTMe) ,7 32,7 49, , , , , , , ,3 25,5 31, ,6 26,9 32, , ,5 Custos no curto prazo Custo (dólares por ano) O custo total é a soma vertical de CF e CV. CV O custo variável aumenta com o nível de produção a uma taxa que varia, dependendo da ocorrência de rendimentos crescentes ou decrescentes. Produção CT O custo fixo não varia com o nível de produção CF

42 Slide 116 T41 Mesma tabela do slide 19. Thelma; 26/08/2005

43 Custos no curto prazo Custo 100 (dólares por ano) Curva de custo da empresa CMg CTMe CVMe CFMe Produção (unidades/ano) Custos no curto prazo Formatos das curvas de custo Com relação à reta que parte da origem e tangencia a curva de custo variável: Inclinação = CVMe A inclinação da curva de CV num ponto = CMg Logo, CMg = CVMe para 7 unidades de produção (ponto A) Custos A CT CV CF Produção Custos no curto prazo Formatos das curvas de custo Custos unitários CFMe diminui continuamente Quando CMg < CVMe ou CMg < CTMe, CVMe & CTMe diminuem Quando CMg > CVMe ou CMg > CTMe, CVMe & CTMe aumentam Custo ($ por ano) Produção (units/ano.) CMg CTMe CVMe CFMe

44 Custos no curto prazo Formatos das curvas de custo Custos unitários CMg = CVMe,CTMe nos pontos de mínimo de CVMe e CTMe O CVMe mínimo ocorre num nível de produção mais baixo que o CTMe mínimo, devido ao CF Custo ($ por ano) Produção (units/ano.) CMg CTMe CVMe CFMe Custos no longo prazo Escolha de insumos e minimização de custos Premissas Dois insumos: trabalho (L) e capital (K) Preço do trabalho: salário (w) Preço do capital r = taxa de depreciação + taxa de juros Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: excedentes do consumidor e do produtor

45 Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: excedentes do consumidor e do produtor Revisão dos excedentes do consumidor e do produtor Excedente do consumidor é o benefício total ou valor que os consumidores recebem além daquilo que pagam pela mercadoria. Excedente do produtor é o benefício total ou receita que os produtores obtêm além do custo de produção de uma mercadoria. Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: excedentes do consumidor e do produtor Preço $10 Excedente do consumidor e do produtor Excedente do consumidor S 7 5 Entre 0 e Q 0 os consumidores A e B auferem um ganho líquido no consumo do bem Excedente do consumidor Excedente do produtor D Entre 0 e Q 0 os produtores auferem um ganho líquido na venda do bem Excedente do protutor. 0 Consumidor A Consumidor B Q 0 Consumidor C Quantidade Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: excedentes do consumidor e do produtor Aplicação dos conceitos de excedentes do consumidor e do produtor Para determinar o efeito no bem-estar de uma política governamental, podemos medir o ganho ou a perda nos excedentes do produtor e do consumidor. Efeitos no bem-estar Ganhos e perdas causadas pela intervenção do governo no mercado.

46 Quotas e tarifas de importação Tarifa ou quota de importação para eliminar importações A elevação do preço pode ser obtida via quotas ou tarifas. Preço S A área A representa o ganho dos produtores domésticos. A perda dos consumidores é dada por A + B + C + D. P* P w A B D C D Q S Q S Q D Quantidade Q D Quotas e tarifas de importação Tarifa ou quota de importação para eliminar importações No caso de uma tarifa, o governo aufere uma receita igual a D, de modo que a perda líquida para o país é B + C. No caso de uma quota, a área D torna-se parte dos lucros dos produtores estrangeiros, e a perda líquida para o país passa a ser B + C + D. Preço P* P w A B D S C D Q S Q S Q D Q D Quantidade Quotas e tarifas de importação Tarifa ou quota de importação para eliminar importações Pergunta: Preço Os Estados Unidos estariam em melhor situação com um sistema de quotas P* ou de tarifas? (ex: P restrições às w importações do Japão nos anos 80) A B D S C D Q S Q S Q D Q Quantidade D

47 Quotas e tarifas de importação Quota de açúcar em 2001 Preço (centavos de dólar por libra) 0,20 0,15 0,10 A B S EUA D D EUA P EUA = 21,5 C O custo das quotas para os consumidores foi de A + B + C + D, ou $2,9b. O ganho dos produtores foi a área A, ou $1,2b. P W = 8,3 0,05 Q d = 24, Q S = 1,4 Q S = 17,4 Q d = 20,4 30 Quantidade (bilhões de libras) Quotas e tarifas de importação Quota de açúcar em 2001 Preço (centavos de dólar por libra) 0,20 0,15 0,10 A B S EUA D D EUA P EUA = 21,5 C O retângulo D foi o ganho dos produtores estrangeiros detentores de quotas, ou $396 milhões. Os triângulos B e C representam o peso morto de $1,306 bilhão. P W = 8,3 0,05 Q d = 24, Q S = 1,4 Q S = 17,4 Q d = 20,4 30 Quantidade (bilhões de libras) Impacto de um imposto ou de um subsídio A carga fiscal de um imposto (ou o benefício de um subsídio) recai parcialmente sobre o consumidor e parcialmente sobre o produtor. Consideraremos um imposto específico, ou seja, uma determinada quantia em dinheiro cobrada por unidade vendida.

48 Impacto de um imposto ou de um subsídio Incidência de um imposto Preço P c é o preço (incluindo o imposto) pago pelos compradores. P v é o preço que os vendedores recebem, com lucro líquido. A carga fiscal é repartida igualmente. S P c P 0 P v A D t B C Os compradores perdem A + B, os vendedores perdem D + C e o governo arrecada A + D. O peso morto é B + C. D Q 1 Q 0 Quantidade Impacto de um imposto ou de um subsídio Incidência de um imposto Quatro condições que devem ser satisfeitas após a implementação do imposto: 1. A quantidade vendida e P c devem estar situados sobre a curva de demanda: Q D = Q D (P c ) 2. A quantidade vendida e P v devem estar situados sobre a curva de oferta: Q S = Q S (P v ) Impacto de um imposto ou de um subsídio Incidência de um imposto Quatro condições que devem ser satisfeitas após a implementação do imposto: 3. Q D = Q S 4. P c - P v = t

49 Impacto de um imposto ou de um subsídio Preço O impacto de um imposto depende das elasticidades de oferta e de demanda P c D Carga fiscal sobre o comprador Preço S Carga fiscal sobre o vendedor t S P c P 0 P0 P v t D P v Q 1 Q 0 Quantidade Q 1 Q 0 Quantidade Impacto de um imposto ou de um subsídio Incidência de um imposto Transferência E S /(E S - E d ) Por exemplo, quando a demanda é totalmente inelástica (E d = 0), a transferência é igual a 1, e todo o imposto recai sobre o consumidor. Impacto de um imposto ou de um subsídio Preço (dólares por galão) 1,50 P c = 1,22 P 0 = 1,00 P v = 0,72 0,50 A D t = 0,50 D Impacto de um impacto de $0,50 sobre a gasolina S Excesso do consumidor perdido A arrecadação anual do imposto é 0,50(89) ou $44,5 bilhões. O comprador paga $0,22 do imposto, e o produtor paga $0,28. Excesso do produtor perdido Quantidade (bilhões de galões por ano)

50 Impacto de um imposto ou de um subsídio Preço (dólares por galão) 1,50 P c = 1,22 P 0 = 1,00 P v = 0,72 0,50 A D t = 0,50 D Impacto de um imposto de $0,50 sobre a gasolina S Exccesso do consumidor perdido Peso morto = $2,75 bilhões/ano Excesso do produtor perdido Quantidade (bilhões de galões por ano) Resumo Modelos simples de oferta e demanda podem ser utilizados na análise de uma grande variedade de políticas governamentais. Em cada caso, o excedente do produtor e do consumidor são utilizados para avaliar os ganhos e as perdas de produtores e consumidores. Resumo Quando o governo cria um imposto ou subsídio, a variação no preço é, geralmente, inferior ao valor total do imposto ou subsídio aplicado. A intervenção governamental resulta, geralmente, em um peso morto.

51 O conceito de eficiência econômica Os critérios de eficiência [cf. Mercuro & Medema (1997,p.59-60)] Critério de Pareto - uma situação é eficiente ou aumenta a eficiência se, ao menos um indivíduo melhora de situação, sem que o outro piore. Vilfredo Pareto Eqüidade e eficiência Uma alocação eficiente também é necessariamente eqüitativa? Não há consenso entre economistas e outros cientistas sociais com relação à melhor forma de definir e quantificar a eqüidade.

52 Eqüidade e eficiência A fronteira de possibilidades da utilidade Utilidade de Karen O J E *Todos os pontos no interior da fronteira (como H) são ineficientes. *As combinações além da fronteira (como L) não são possíveis. L Vamos comparar H com E e F. H F G *A passagem de uma combinação para outra (de E para F) reduz a utilidade de uma pessoa. *Todos os pontos sobre a fronteira são eficientes. O K Utilidade de James Eqüidade e eficiência E e F são eficientes. Utilidade de Karen Em comparação com o ponto H, os pontos E e F permitem aumentar o bem-estar de uma pessoa mantendo constante o bemestar da outra. O J H E F G O K Utilidade de James Eqüidade e eficiência H é eqüitativo? Utilidade de Karen Suponha que as únicas opções sejam H e G O J E G é mais eqüitativo? Depende do ponto de vista. Em G, a utilidade total de James > utilidade total de Karen H F G O K Utilidade de James

53 Eficiência na produção A fronteira de possibilidades de produção Mostra as possíveis combinações de alimento e vestuário que podem ser produzidas a partir de quantidades fixas de mão-de-obra e capital. Deriva da curva de contrato Eficiência na produção Vestuário (unidades) 60 O A Por que a fronteira de possibilidades de produção é negativamente inclinada? Por que ela é côncava? B B, C e D são outras possíveis combinações. O A e O V são casos extremos. A C D A é ineficiente. O triângulo ABC também é ineficiente devido a distroções no mercado de trabalho. 100 O V Alimento (unidades) Eficiência na produção Vestuário (unidades) 60 TMS = TMT Como podemos encontrar a combinação para a qual TMS = TMT no caso de muitos consumidores com diferentes curvas de indiferença? Fronteira de possibilidades de produção C Curva de indiferença 100 Alimento (Unidades)

54 Falhas de Mercado Por que os mercados falham Poder de mercado Em um monopólio no mercado de produto, RMg < P CMg = RMg Nível de produção menor do que num mercado competitivo Recursos são alocados para outros mercados Alocação ineficiente Por que os mercados falham Informações incompletas Falta de informação cria uma barreira à mobilidade dos recursos. Externalidades O consumo ou a produção de um bem cria custos ou benefícios que afetam terceiros, modificando os custos e os benefícios de suas decisões e criando ineficiências.

55 Por que os mercados falham Bens públicos Os mercados tendem a ofertar bens públicos em quantidades insuficientes, devido às dificuldades na mensuração do consumo desses bens. Resumo Uma alocação é eficiente quando não é possível aumentar o bem-estar de nenhum consumidor por meio de trocas sem que o bem-estar de algum outro consumidor seja reduzido. Resumo A fronteira de possibilidades de utilidade apresenta todas as alocações eficientes em termos dos níveis de utilidade que cada indivíduo pode obter.

56 Resumo Uma alocação de insumos de produção é tecnicamente eficiente se a produção de um bem não pode ser aumentada sem que a produção de algum outro bem seja reduzida. Resumo A fronteira de possibilidades de produção apresenta todas as alocações eficientes em termos dos níveis de produção que podem ser obtidos a partir de determinada quantidade de insumos. Eficiência na produção Eficiência na produção Os bens devem ser produzidos ao custo mínimo e em combinações que os indivíduos estejam dispostos a adquirir. Devemos ter produção eficiente e alocação Pareto-eficiente

57 Eficiência Perante uma demanda crescente de justiça, os sistemas judiciários se mostram Lentos Caros Inadequadamente organizados A Eficiência do Judiciário A eficiência do sistema judiciário é crucial, não somente pelas próprias disputas, mas também para todas as outras instituições. Na medida em que o judiciário faz cumprir [enforce] e monitora todas as outras instituições, um judiciário fraco pode afetar o desempenho de todas as outras regulações e direitos. O Sistema Judicial [cf. Buscaglia & Ratliff (2000,p.55)] Segundo B&R (2000,p.55) o sistema judicial inclui todos os mecanismos necessários para interpretar e aplicar as leis e regulamentações e é a principal ligação através da qual o impacto econômico do sistema legal é sentido.

58 As Atividades Produtivas do Sistema Judicial [cf. Buscaglia & Ratliff (2000,p.55)] As principais atividades do sistema judicial seriam as seguintes: 1 - resolução de conflitos; 2 - preservar os princípios de legalidade; 3 - penalizar os que infringem a lei. O Judiciário O Judiciário é um mecanismo no qual as disputas sobre a alocação de direitos, são decididos de acordo com normas e regras da sociedade. O Judiciário pode ser considerada um instituição em termos econômicos. O Judiciário O Judiciário enquanto instituição está exposto a duas fontes de ineficiência: (i) das regras que governam o judiciário e; (ii) das leis que o judiciário é suposto fazer cumprir [enforce].

59 A Eficiência do Judiciário A eficiência do sistema judiciário é crucial, não somente pelas próprias disputas, mas também para todas as outras instituições. Na medida em que o judiciário faz cumprir [enforce] e monitora todas as outras instituições, um judiciário fraco pode afetar o desempenho de todas as outras regulações e direitos. Eficiência na Produção de Justiça Produtos Custos Segurança jurídica; - Imparcialidade; - Previsibilidade; - Possibilidade de recurso; Agilidade; Baixo custo de acesso. Gastos com o judiciário e das partes envolvidas no litígio (p.ex., com advogados) Habilidade de Competir De acordo com este critério, um judiciário ineficiente estimula o desenvolvimento de outras instituições para lidar com os problemas que o judiciário deveria resolver (p.ex., arbitragem, mediação, listas negras de devedores, justiça com as próprias mãos; máfias para prestar proteção ).

60 Perfil das Transações Econômicas Um judiciário eficiente facilita a realização de transações mais complexas e a atração de investimentos que dependem da proteção da lei para oferecerem uma relação risco x retorno atrativa para o investidor. Em outras palavras, um judiciário eficiente reduz os custos de transação. Eficiência do Sistema Judiciário (Escala de 0 a 10) Impacto do Mau Funcionamento do Judiciário na Economia e na Empresa (%) [Armando Castelar Pinheiro (2004)] O mau funcionam ento do judiciário prejudica a economia? O mau funcionamento do judiciário prejudica o dese mpenho de sua empresa? Prejudica seriamente 50,2 25,4 Prejudica um pouco 45,9 66,3 Não prejudica 3,9 7,5 Se m opinião 0,0 0,7 Total 100,0 100,0

61 Duração total de um processo por desalojamento de um inquilino que não paga (em dias calendário) Fonte: Djankov y otros, Lex Mundi project Canadá Estados Unidos Belize Honduras Barbados Bolivia Jamaica Equador Brasil Panamá Costa Rica El Salvador Granada México Trinidade e Tobago Paraguai Rep. Dominicana Chile Perú Guatemala Uruguai São Vicente e as Granadinas Venezuela Argentina Colômbia Como avalia a qualidade do serviço que presta a justiça no país? Fonte: Barómetro de Gobernabilidad 2003, CIMA porcentagem da população M Porto Rico Uruguai Colômbia Panamá Chile Brasil Bolivia Perú Venezuela México Rep. Dominicana Equador Guatemala Muito boa / Boa Ruim / Muito ruim É o sistema de tribunais honesto e incorrupto? Fonte: World Business Environment Survey ,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Venezuela Bolivia Nicaragua El Salvador Guatemala Colombia Ecuador Argentina Honduras Rep. Dominicana Brasil Estados Unidos Costa Rica Trinidad & Tobago Chile Belice Uruguay porcentagem de empresários que respondem "sempre" e "quase sempre"

62 Complexidade judicial e corrupção A Better Investment Climate for Everyone World Development Report A good investment climate provides opportunities and incentives for firms from microenterprises to multinationals to invest productively, create jobs, and expand. It thus plays a central role in growth and poverty reduction. Improving investment climates of their societies is critical for governaments in developing world... Reformas que afetam o clima dos negócios

63 Justiça Distributiva Justiça Distributiva A justiça distributiva busca responder a questão de como os bens e oportunidades numa sociedade podem ser distribuídos de um modo justo. (fairly). Diferentes abordagens da justiça distributiva Baseada no mercado Cada pessoa deve ser recompensada com base na sua contribuição. A compensação dever ser baseada no método e não na necessidade. Ser eficiênte é também ser justo. Igualitária Todos os indivíduos devem ter a mesma utilidade. Utilitarismo Maximizar a soma das utilidades de todos os membros da sociedade. Direitos naturais (Nozick) Baseada na noção de que o processo de mercado importa Rawls Os recursos deveriam ser redistribuidos de modo a maximixar o bem-estar do prior membro da sociedade.

64 Bases de uma distribuição Sobre qual base os bens devem ser distribuidos? Igualdade (Equality) (Amartya Sen) Mérito (Hillel Steiner) Free market transactions (Robert Nozick); Maximiza as necessidades ou desejos; Capacidade de fazer o melhor uso dos bens. Mercados com Informações Assimétricas Definição de Economia da Informação Economia da Informação é o estudo de situações na qual diferentes agentes econômicos tem acesso a uma diferente informação. Paul R. Milgron Bell Journal of Economics (1985)

65 Informação Assimétrica e Regulação O conceito de informação assimétrica encontra-se no cerne da atual teoria econômica, especificamente da microeconomia, que estuda o comportamento dos agentes e o funcionamento dos mercados. A assimetria de informações é uma das justificativas de ordem normativa para a adoção, pelos governos, de mecanismos de regulação. O conceito é uma ferramenta útil para explicar porque os mercados funcionam e porque às vezes falham. Lucia Helena Salgado (2003) ex-conselheira do CADE Economia da Informação Milgrom (1985) Pré-contratual Contrato Pós-contratual Seleção adversa Sinalização Screening Moral Hazard Contratos Incentivos Economia da Informação Prêmios Nobel George Akerlof Michael Spence Joseph Stiglitz

66 O problema de seleção adversa: definições Um problema seleção adversa surge quando o agente mantêm informação privada antes de ter iniciado uma relação contratual. MS & PC (2001, p.11) Economia da Informação o problema de seleção adversa O problema de seleção adversa é também conhecido como o problema dos limões, devido a formulação original de Akerlof (1970) Markets for Lemons, QJE. O modelo dos limões Akerlof (1970) O objetivo fundamental do modelo de Akerlof (1970) foi o de demonstrar como o problema de seleção adversa, devido ao problema de assimetria de informação, pode romper a operação eficiente dos mercados.

67 Economia da Informação o problema de seleção adversa A seleção adversa é um problema que surge quando um agente mantém uma informação privada antes de que uma relação contratual tenha início. O problema de seleção adversa ocorre quando o principal não consegue distinguir o tipo do agente antes de iniciar uma relação contratual. Economia da Informação o problema de seleção adversa Nos modelos de seleção adversa há informação imperfeita referente as características do que está sendo comprado ou vendido no mercado (trabalho, títulos ou produtos). Economia da Informação o problema de seleção adversa O problema de seleção adversa refere-se a situações em que o tipo do agente não é observável, de modo que um lado do mercado tem que adivinhar o tipo ou qualidade do produto com base no comportamento do outro agente no mercado.

68 Economia da Informação o problema de seleção adversa Nos mercados em que há ou se manifesta o problema de seleção adversa, podem realizar-se muito poucas transações. Neste caso, é possível que todos possam melhorar de situação se forem induzidos a negociar. Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 1 - mercado de saúde as pessoas, em geral, têm melhor conhecimento de seu estado de saúde do que as empresas de planos de saúde. Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 2 - Seguro contra acidentes automobilísticos as empresas de seguro fixam custos de seguro mais altos em virtude da maior probabilidade de ocorrência de acidentes automobilísticos em certas faixas de idade, a seleção adversa se manifesta no fato de que os motoristas mais cautelosos e prudentes terão desincentivos em adquirir o seguro e em que a maior parte dos adquirentes de apólices serão os mais propensos a acidentes, aumentando as despesas das empresas de seguro.

69 Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 3 - Mercado de crédito os bancos têm informação assimétrica em relação aos tomadores de empréstimos, pois existem devedores de menor responsabilidade ao lado dos mais responsáveis em relação as suas obrigações contratuais. A inadimplência causa aumentos da taxa de juros, por parte dos bancos, que penaliza os devedores responsáveis também com o seu afastamento. Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 4 - Lojas de produtos raros como moeda, selos, móveis antigos - eles realmente são antigos? 5 - Alimentos orgânicos eles são realmente produzidos sem agrotóxicos e adubos químicos? Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 6 - Empreiteiros o material utilizado na construção de casas e residências é da qualidade especificada no memorial descritivo?

70 Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 7 - restaurantes a qualidade dos alimentos servidos nos restaurantes é realmente de boa qualidade e conservação? Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 8 - os bens duráveis como geladeira, automóveis, televisão etc, realmente tem a qualidade que dizem ter? Exemplos de mercados com problemas de seleção adversa 9 - Os serviços de mecânicos e assistência técnica realmente são confiáveis nos serviços que prestam?

71 Economia da Informação o problema de seleção adversa aplicações - garantias; - marcas patenteadas; - reputação (se o jogo for repetido); - intermediação (midlemen); - padronização; - certificação; - cadeias de lojas; - licenças. Incerteza quanto à qualidade e o mercado de produtos de qualidade duvidosa (lemons) P A Mercado para automóveis de alta e de baixa qualidade, que ocorre quando compradores e vendedores conseguem identificar a qualidade de cada automóvel P B Com informação assimétrica os compradores têm dificuldade para determinar a qualidade do bem, o que reduz a qualidade média esperada dos automóveis usados. Em conseqüência disso, a demanda por automóveis de baixa e de alta qualidade se desloca parad M S A D A O aumento em Q B reduz as expectativas e a demanda cai para D BM. O processo de ajustamento continua até que demanda = D B. D M S B D B D BM D M D BM D B Q A O mercado de automóveis usados QB Incerteza quanto à qualidade e o mercado de produtos de qualidade duvidosa (lemons) O mercado de automóveis usados Com informação assimétrica: Os produtos de baixa qualidade expulsam os produtos de alta qualidade do mercado. O mercado não é capaz de proporcionar trocas mutuamente vantajosas. No mercado há número excessivo de produtos de baixa qualidade e número insuficiente de produtos de alta qualidade. Ocorre o fenômeno de seleção adversa; os únicos automóveis que permanecem no mercado são os de baixa qualidade.

72 A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] - Aqui assumimos que o eixo das abscissas [x] mede os níveis de gastos esperados de uma população de n pessoas potencialmente securitizáveis; - Assumimos aqui, também que elas têm as mesmas características demográficas e que seus níveis de gastos esperados para o período segurado situam-se entre [$0; $ M]; A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] O eixo das ordenadas [y] representa a probabilidade com um distribuição uniforme de modo que a probabilidade de qualquer nível de gastos é (1/n). Para que a seguradora seja economicamente viável temos que o prêmio recebido de cada segurado deve cobrir os gastos médios da população segurada. A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] probabilidade 0 (1/4)M (1/2)M (3/4)M M Gastos com saúde

73 A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] O problema de assimetria de informação seleção adversa irá ocorrer porque os segurados potenciais conhecem muito mais sobre seus gastos esperados com saúde no próximo período do que a seguradora. Como a seguradora espera ter um gasto de [$(1/2) M], ela irá requerer um prêmio de no mínimo [$(1/2) M] a fim de que seja minimamente viável. A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] Seguindo a análise original de Akerlof (1970), quando a seguradora estabelece o prêmio de [$(1/2)M] esperando equilibrar o mercado, temos que todos os potenciais beneficiários que esperam ter um gasto menor do que [$(1/2)M] irão escolher se auto-segurar isto é, eles deixarão o mercado de seguros porque o prêmio é maior do que seus nível conhecido e privado de gastos com saúde. A aplicação do princípio dos limões ao seguro saúde [Folland, Goodman & Stano (2004, p ] Quando as pessoas saudáveis deixam o mercado,os gastos esperados médios daquelas que permanecem seguradas, aquelas com gastos esperados entre [$(1/2)M] e [$M], sobe para [$(3/4)M]. Portanto, os indivíduos de alto risco tendem a expulsar os indivíduos de baixo risco e o mercado pode entrar em colapso se não forem encontradas maneiras de lidar com este problema.

74 O Problema de Seleção Adversa no Mercado de Seguros Médicos Quanto maiores forem as diferenças nos custos esperados de uma doença e maior for a informação oculta [hidden information] que as pessoas tiverem sobre sua própria saúde, maior será o potencial para a existência de seleção adversa neste mercado [o mercado de seguro-saúde]. O Problema de Seleção Adversa no Mercado de Seguros Médicos O caso dos idosos é particularmente problemático porque muito dos seus cuidados e gastos médicos são para doenças crônicas e que são bem conhecidas dele e não são aleatórias. O Problema de Seleção Adversa no Mercado de Seguros Médicos O principal método das seguradoras para lidar com este problema [seleção adversa], insistindo que todos os empregados façam um plano de saúde de grupo ou empresarial, não está muitas vezes disponível para as pessoas idosas, pois a maioria delas está aposentada. Assim, a solução última para este problema seria a inclusão de todos no seguro social, similar ao que é feito nos EUA para os idosos pela criação do Medicare.

75 O Problema de Seleção Adversa no Mercado de Seguros Médicos O caso do HIV/AIDS [Getzen (2004, p )] Segundo Getzen (2004) doenças como a AIDs provocaram um aumento na falha de mercado devido ao agravamento do problema de seleção adversa no mercado de seguro saúde. A associação entre a freqüência, tipo e número de parceiros sexuais e HIV/AIDs significa que o indivíduo pode possuir informação privada sobre os seus riscos que não estão disponíveis a firma seguradora. O Problema de Seleção Adversa no Mercado de Seguros Médicos O caso do HIV/AIDS [Getzen (2004, p )] Os indivíduos que são portadoras do HIV-positivo sabem que elas terão uma considerável necessidade de cuidados médicos num futuro próximo; portanto, a seguradoras que ofereçam políticas individuais para cobrir HIV/AIDs irão ser invadidas por 100% do grupo de risco. Economia da Informação o problema de moral hazard Um problema de moral hazard existe quando a ação do agente não é verificável ou quando o agente recebe uma informação privada depois de a relação ter iniciado.

76 Economia da Informação o problema de moral hazard Num problema de moral hazard, os participantes tem a mesma informação quando a relação é estabelecida, e a assimetria de informação surge do fato que, uma vez que o contrato tenha sido firmado, o principal não pode observar (ou não pode verificar) a ação (ou o esforço do agente), ou no mínimo, o principal não pode controlar perfeitamente a ação. Economia da Informação o problema de moral hazard Nos modelos de moral hazard há informação imperfeita referente as ações as quais os indivíduos tomam. A informação para o principal é oculta (hidden action). Economia da Informação o problema de moral hazard O perigo moral se refere a situações em que um lado do mercado não pode observar as ações do outro. Por esse motivo é algumas vezes, chamado de problema de ação oculta (hidden action). Hal Varian (2000, p.761)

77 Risco moral Custo por milha $2,00 $1,50 CMg é o custo marginal de dirigir. Na ausência de risco moral e supondo que as seguradoras sejam capazes de medir o número de milhas dirigidas, CMg = BMg ao preço de $1,50, com 100 milhas/semana. Esta é uma alocação eficiente. Com risco moral, as seguradoras não são capazes de medir a milhagem. O CMg é $1,00 e o número de milhas dirigidas por semana aumenta para 140. Esta é uma alocação ineficiente. CMg $1,00 CMg $0,50 D = BMg Milhas por semana Economia da Informação o problema de moral hazard A solução para um problema de moral hazard é o uso de incentivos a estruturação da transação de modo que a parte que executa a ação irá, em seu próprio e melhor interesse, tomar ações que a segunda parte iria (relativamente) preferir. O modelo básico de agente-principal [MS & PC, cap.2] os pressupostos da análise Principal Agente Alto Bom Esforço Processo Resultado Baixo Ruim Eventos aleatórios

78 Economia da Informação o problema de sinalização A sinalização é uma ação que é tomada pela parte mais bem informada para comunicar suas características de um modo crível a parte menos informada. A sinalização é um meio indireto de resolver um problema de informação assimétrica referente a seleção adversa. Economia da Informação o problema de sinalização A sinalização refere-se a situações onde é possível transmitir, de um modo crível, informações privadas a parte menos informada via o uso de sinais que são tornados públicos. EXTERNALIDADES, DIREITOS DE PROPRIEDADE E TEOREMA DE COASE (1960)

79 Externalidades Uma externalidade é um custo ou benefício que é imposto sobre alguém por ações tomadas por outros. Os custos ou benefícios geram, então exteranlidades sobre outras pessoas. Uma externalidade que impõe um benefício é uma externalidade positiva. Uma externalidade que impõe um malefício é uma externalidade negativa. Externalidades Uma externalidade é uma ação de um produtor ou consumidor que afeta outros produtores, mas que não é considerada no preço de mercado. Externalidades Externalidades Negativas As ações de algum indivíduo ou empresa impõem custos a outro indivíduo ou empresa

80 Exemplos de Externalidades Negativas Poluição do ar; Poluição da água; Congestionamento de avenidas e estradas; Aumento dos prêmio de seguro devido a fumantes; Custo Externo Situação Uma usina de aço despeja efluentes em um rio A quantidade de efluentes gerados pela usina pode ser reduzida através da diminuição do nível de produção de aço (estamos supondo uma função de produção de proporções fixas) Custo Externo Situação O Custo Externo Marginal (CMgE) é o custo imposto aos pescadores que trabalham no rio, para cada nível de produção de aço. O Custo Social Marginal (CMgS) é igual ao CMg mais o CMgE.

81 Custo Externo Na presença de externalidades negativas, o custo social marginal (CMgS) é maior que o custo marginal. Preço CMgS CMg A diferença é o custo marginal externo CMgE. Preço A empresa maximizadora de lucro produz em q1, enquanto que o nível eficiente é q*. CMgS I P 1 A produção competitiva da indústria é Q 1, enquanto que a produção eficiente é Q*. P* P 1 CMgE S = CMg I Custo social agregado da externalidade negativa CMgE I q* q 1 Produção da Empresa Q* Q 1 D Produção da Indústria Custo Externo As externalidades negativas incentivam a permanência na indústria de um número excessivo (ineficiente) de empresas, criando excesso de produção no longo prazo. Externalidades Externalidades Positivas e Ineficiência As externalidades também podem resultar em nível excessivamente baixo de produção, como no exemplo da reforma de uma casa e suas implicações paisagísticas.

82 Externalidades e Eficiência Se as externalidades são positivas, são produzidas quantidades insuficientes do bem. Se as exteranlidades são negativas, são produzidas quantidades exessivas do bem. Exemplos de Externalidades Positivas - cuidados com a casa e jardins; - cuidados médicos para evitar doenças transmissíveis e contagiosas; - pesquisa científica básica. Benefícios Externos Valor P 1 P* BMgS D BMgE Na presença de externalidades positivas (os benefícios da reforma para os vizinhos), o benefício social marginal BMgS é maior do que o benefício marginal D. Um proprietário interessado apenas no próprio bem-estar investe q 1 em reparos. O nível eficiente de reparos q* é maior. O preço mais elevado P 1 desestimula novos reparos. CMg As atividades de P&D são desestimuladas por externalidades positivas? q 1 q* Nível de Reparos

83 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Suposição: A poluição causa uma falha de mercado Tecnologia de produção de proporções fixas É necessário reduzir a produção para reduzir as emissões de poluentes Pode-se usar um imposto sobre a produção para reduzir o nível de produto A substituição entre insumos é possível, desde que a tecnologia de produção seja modificada. O Nível Eficiente de Emissões Suponha: 1) Mercado competitivo 2) Decisões de produção e emissão independentes 3) Escolha do nível de produção que maximiza lucros CMgS Dólares por unidade de emissão 6 Por que essa situação é mais eficiente do que uma situação com nível zero de emissões? Em E o o custo marginal de redução das emissões é maior do que o custo social marginal. 4 Em E 1 o custo social marginal é maior do que o custo marginal de redução das emissões. 2 CMgA E 0 E* E O nível eficiente de emissões é 12 (E*), para o qual CMgA = CMgS. Nível de emissão Formas de Corrigir Falhas de Mercado Opções para redução das emissões até E* Padrão de Emissão Estabelecimento de um limite legal para as emissões ao nível de E* (12) Se a empresa não respeitar o limite estará sujeita a penalidades monetárias e criminais O custo de produção e o preço mínimo para entrada na indústria aumentam

84 Padrões e Impostos Dólares por unidade de emissão Padrão CMgS 3 Imposto 12 E* CMgA Nível de emissão Formas de Corrigir Falhas de Mercado Opções para redução das emissões até E* Imposto sobre Emissões: Taxa arrecadada sobre cada unidade de emissão Padrões e Impostos Dólares por unidade de emissão CMgS 3 Imposto Para níveis elevados de emissão, o custo de redução das emissões é menor do que o imposto. Total de Imposto Pago E* 12 Custo Total de Redução das Emissões Nível de emissão CMgA

85 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Padrões Versus Impostos Hipóteses: Os formuladores de política possuem informação incompleta. Devido a custos administrativos, é necessário aplicar o mesmo padrão ou imposto a todas as empresas. Vantagens dos Impostos Imposto por CMgA unidade de 2 emissão 6 A solução minimizadora de custo é uma redução de 6 unidades 5 para a empresa 1 e 8 para a empresa 2; CMgA 1= CMgA 2 = $3. 4 3,75 3 2, CMgA 1 Diminuição no custo de redução de emissão para a Empresa 2 O efeito de um padrão de redução de 7 unidades para ambas as empresas é ilustrado. O padrão não é eficiente pois CMgA 2 < CMgA 1. Com um imposto de $3, as emissões da Empresa 1 cairiam de 14 para 8. As emissões da Empresa 2 cairiam de 14 para 6. CMgA 1 = CMgA 2: solução eficiente. Aumento no custo de redução de emissão para a Empresa Nível de emissão Formas de Corrigir Falhas de Mercado Vantagens dos Impostos Em comparação com padrões iguais para todas as empresas, os impostos apresentam a vantagem de atingir o mesmo nível de emissão a um custo mais baixo. Os impostos incentivam a instalação de equipamentos que permitam reduzir ainda mais os níveis de emissão.

86 Vantagens dos Padrões Imposto por unidade de emissão Custo Social Marginal A E D C B Sob informação incompleta, o imposto é $7 (redução de 12.5%). As emissões aumentam para 11. ABC é o aumento no custo social menos a diminuição no custo de redução das emissões. Sob informação incompleta, o padrão é 9 (redução de 12.5%). ADE < ABC 4 Custo marginal de redução das emissões Nível de emissão Formas de Corrigir Falhas de Mercado Resumo: Impostos versus Padrões Os padrões são preferíveis quando a curva de CMgS é muito inclinada e a curva de CMgA é pouco inclinada. Sob informação incompleta, os padrões propiciam maior grau de certeza a respeito dos níveis de emissão mas menor grau de certeza a respeito do custo de redução das emissões. Formas de Corrigir Falhas de Mercado Resumo: Impostos versus Padrões: Os impostos propiciam maior grau de certeza a respeito do custo e menor grau de certeza com relação às emissões. A preferência entre as duas políticas depende da natureza da incerteza e das inclinações relativas das curvas de custo.

87 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Permissões de Emissão Transferíveis As permissões contribuem para o desenvolvimento de um mercado competitivo para as externalidades. O órgão regulador determina o nível das emissões e o número de permissões As permissões são transacionáveis A empresa com custo elevado comprará permissões das empresas de baixo custo Formas de Corrigir Falhas de Mercado Pergunta Que fatores poderiam limitar a eficiência dessa solução? Custos e Benefícios da Redução na Emissão de Dióxido de Enxofre Custos da Redução das Emissões Conversão de carvão e petróleo para gás natural. Instalação de equipamentos de controle de emissão.

88 Custos e Benefícios da Redução na Emissão de Dióxido de Enxofre Benefícios da Redução das Emissões: Saúde; Redução na Corrosão; Melhorias de caráter estético. Reduções na Emissão de Dióxido de Enxofre Dólares por unidade de redução Observações CMgR = CMgS ao nível de 0,0275 0,0275 é pouco inferior ao nível observado de emissão Aumento na eficiência econômica 20 Custo Social Marginal Custo Marginal de Redução das Emissões (CMgR) 0 0,02 0,04 0,06 0,08 Concentração de dióxido de enxofre (ppm) Permuta de Emissões e Ar Puro Bolhas A empresa tem liberdade para controlar como quiser cada fonte individual de poluição, desde que o limite total de poluição não seja superado. Compensações Novas fontes de emissões devem ser compensadas pela redução das fontes de emissões existentes 2000 compensações desde 1979.

89 Formas de Corrigir Falhas de Mercado Reciclagem As famílias podem jogar fora vidros e outros tipos de lixo a um custo muito baixo. O baixo custo da geração de lixo cria uma divergência entre os custos privados e sociais do lixo. O Volume Eficiente de Reciclagem Custo Sem intervenção no mercado, o nível de lixo será m 1 e m 1 > m*. Com um depósito reembolsável, o CMg aumenta e CMg = CMgS = CMgR. CMgS CMgR CMg + reembolso por unidade CMg 0 4 m* m Lixo Depósitos Reembolsáveis $ A oferta agregada de vidro é dada pela soma das ofertas de vidro novo (S r) e de vidro reciclado (S r). S r S r Os depósitos causam o deslocamento de S r para S r e de S para S. S v Na ausência de depósitos, o preço do vidro é P e S r é M 1. P P S S O preço cai para P e o volume de vidro reciclado aumenta para M*. D M 1 M* Quantidade de vidro

90 Externalidades & Direito de Propriedade Externalidades e Direito de Propriedade Direito de Propriedade: conjunto de regras legais que descrevem o que as pessoas ou empresas podem fazer com aquilo que lhes pertence. Por exemplo: Se os residentes às margens de um rio fossem proprietários do rio, eles controlariam as emissões que ocorrem rio acima. Externalidades e Direito de Propriedade Negociação e Eficiência Econômica: A eficiência econômica pode ser alcançada sem a intervenção do governo quando a externalidade envolve número relativamente pequeno de indivíduos e os direitos de propriedade são bem especificados.

91 Lucros (diários) com Formas Alternativas de Emissão Lucro Lucro dos Lucro da Empresa Pescadores Total Sem filtro, sem tratamento de água Com filtro, sem tratamento de água Sem filtro, com tratamento de água Com filtro, com tratamento de água Externalidades e Direito de Propriedade Hipóteses A empresa paga pelo filtro Os pescadores pagam pelo tratamento de água Solução Eficiente Comprar o filtro e não construir a fábrica Negociação com Direitos de Propriedade Alternativos Sem Cooperação Lucro da empresa $500 $300 Lucro dos pescadores $200 $500 Com Cooperação Direito de Despejar Efluentes Direito à Água Limpa Lucro da empresa $550 $300 Lucro dos pescadores $250 $500

92 O Teorema de Coase (1960) Ronald Coase (U. Chicago) e os custos sociais Teorema de Coase (1960) quando os custos de transação ou negociação forem nulos, os direitos de propriedade serão transferidos aos agentes que atribuam maior valor a eles. "for his discovery and clarification of the significance of transaction costs and property rights for the institutional structure and functioning of the economy" Ronald Coase (U. Chicago) e os custos sociais Segundo o Teorema de Coase, o verdadeiro problema econômico a ser enfrentado consistiria em decidir, à luz dos objetivos de maximização da eficiência, qual seria o prejuízo mas grave a ser evitado pela sociedade.

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