Etnografia é, ao mesmo tempo, ciência e arte. Frameworks Analíticos (Analytical Frameworks) Ciência nos métodos analíticos durante a análise dos dados, na constante comparação, no rigor das provas, etc; Arte em escolher e nomear categorias? Propor teorias e ser capaz de prová-las a partir de uma enorme massa de dados? Etc; Frameworks analíticos podem facilitar ou sugerir a identificação de categorias; Os frameworks não conversam entre si, idéias de um contrariam os outros; Cognição Distribuída (Distributed Cognition ou DCog) Modelo cognitivo: cérebro funciona como um computador: memória, entrada de dados, saída mais ou menos determinística; Computação através da criação, transformação e propagação de estados representacionais; Contraste com modelos sociais: o efeito da marijuana;
Exemplos Processos cognitivos estão distribuídos entre os diversos membros de um grupo; Simplificadamente, uma extensão do modelo cognitivo para permitir o estudo das interações entre pessoas, entre pessoas e o ambiente (ferramentas, recursos, etc); Hutchins, E. Cognition in the Wild, 1995. clássicos utilização de post-it e outros objetos como artefatos para a memória secundária; análise da cabine de aviões; análise do comando de navios de guerra; Engenheiros de software: McDonald, D. W. and M. S. Ackerman (1998). Just Talk to Me: A Field Study of Expertise Location. Conference on Computer Supported Cooperative Work (CSCW '98), Seattle, Washington. Activity Theory Início nas décadas de 20 e 30 com os psicólogos russos Vygotsky, Leontiv, e Luria. Muitas vertentes / variantes / opções / etc; Componente principal: atividades; Artefacts (CM tools, bug tracking, e-mail) S u b j e c t Object (MVP software) (developers)! Outcome (MVP SW without bugs, etc) Rules C o m m u n i t y Division of Labour (software process, (MVP team) (developers and V&V conventions) staff) Nomeia claramente os seus conceitos, o que facilita a sua utilização Objeto, objetivo, artefato, comunidade, divisão de trabalho,etc; Foca nas tensões entre os diferentes conceitos; Objetos e a Comunidade, ou como os objetos podem afetar a comunidade. Inspeções formais podem ser usadas para evitar o impacto de modificações no código (objeto) no trabalho dos desenvolvedores (comunidade).
Exemplos Pode ser utilizada para análises históricas, ou seja como atividades evoluem, se modificam, mesclam, etc; Muito utilizada na área de Interação Homen- Computador (educação também): Nardi, B., ed. Context and Consciousness: Activity Theory and Human-Computer Interaction. 1996, MIT Press: Cambridge, MA. Y. Engestrom, R. Miettinen, and R.L. Punamaki, Editors Perspectives on Activity Theory,. 1999, Cambridge University Press: Cambridge, UK. p. 19-38. Em engenharia de software; Collins, P., S. Shukla, et al. (2002). "Activity Theory and System Design: A View from the Trenches." Computer Supported Cooperative Work (CSCW) - Special Issue on Activity Theory and the Practice of Design 11(1-2): 55-80. Barthelmess, P. and K. M. Anderson (2002). "A View of Software Development Environments Based on Activity Theory." Computer Supported Cooperative Work (CSCW) - Special Issue on Activity Theory and the Practice of Design 11(1-2): 13-37. Ethnomethodology Histórico Crítica cruel aos modelos anteriores da sociologia (Durkhein, etc.): A sociologia assumia o homem como um idiota, Leis ou regras dirigiam a vida do homen: conflito de classes, relações de raça, etc; Proponentes argumentam que o homem é diariamente em todas as suas atividades um sociólogo; Rejeita a idéia de que as ações seguem, de alguma forma, regras superiores ; Em resumo Todos os outros estão errados :-) Não se considera uma teoria; Não apresenta componentes principais que podem ser identificados; Uma outra vertente famosa: Análise de Conversação (Conversation Analysis);
Foca em determinados aspectos : Membership, como ser um membro competente; Dominando o jargão; Sabendo se locomover, posicionar, olhar, falar no ambiente; Accountability, como minhas ações podem ser feitas visíveis para meus colegas; Ações cotidianas, mundanas do dia a dia envolvem decisões complexas; Abordagem mais usada na área de CSCW e IHC, portanto a maioria dos exemplos clássicos Controle de trafégo aéreo; Lucy Suchman, estudo na XEROX; Controle de metrô; Garfinkel, H., Studies in Ethnomethodology. 1967, Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall. Exemplos Button, G. & Sharrock, W.W. (1994). Occasioned practices in the work of software engineers. In: Jorotka, M. & Goguen, J.A. (eds) Requirements engineering: social and technical issues, pp. 217!240. London: Academic Press. Button, G. & Sharrock, W.W. (2000). Design by problem solving. In: Luff, P., Hindmarsh, J. & Heath C.C. (eds) (2000). Workplace Studies: Recovering Work Practice and Informing Systems Design, pp. 46-67. Cambridge: Cambridge University Press. Intersecções As três abordagens se baseiam em dados etnográficos; Nenhuma delas oferece um mecanismo direto para a identificação de requisitos para um sistema (implications for design); Problema importante: como transformar os resultados em uma especificação de requisitos?
Metáfora: cada framework é uma lente diferente que enfoca alguns aspectos e desfoca outros (Halverson, 2002, JCSCW); Um teoria só é útil quando ela chama a atenção / ilustra / releva nuances interessantes para um estudo;