TÍTULO: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM PACIENTES QUE RECEBEM ATENDIMENTO DE FISIOTERAPIA HOSPITALAR: ESTUDO TRANSVERSAL

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Transcrição:

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM PACIENTES QUE RECEBEM ATENDIMENTO DE FISIOTERAPIA HOSPITALAR: ESTUDO TRANSVERSAL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO AUTOR(ES): DANIELA ANNANIAS GIMENES DE PAULA ORIENTADOR(ES): LUCIANA DIAS CHIAVEGATO COLABORADOR(ES): JULIANA SANTI SAGIN TORRES PINTO, NATHÁLIA COSTA TOLEDO PACHECO

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO FISIOTERAPIA Avaliação do nível de satisfação em pacientes que recebem atendimento de fisioterapia hospitalar: Estudo transversal Aluno: Daniela Annanias Gimenes de Paula Professor Orientador: Luciana Dias Chiavegato São Paulo 2014

Introdução: Estudos afirmam que a satisfação está subjetivamente relacionada com o sociopsicológico de cada pessoa, relacionado diretamente à credibilidade do paciente com o serviço prestado e de modo que atenda todas suas expectativas 1-3. O nível de satisfação dos usuários de qualquer área da saúde vem sendo considerado um excelente indicador de qualidade de atendimento e elemento essencial que interfere intimamente na potencialização e eficácia das intervenções fisioterapêuticas 1-3. De modo a aumentar a satisfação do paciente com o serviço prestado, a Fisioterapia hospitalar visa a reabilitação precoce do paciente, aumentando sua independência e autonomia. Pacientes com um maior nível de satisfação e psicologicamente saudáveis irão ter uma resposta mais rápida e efetiva ao tratamento, proporcionando uma redução no tempo de internação 4,5. O impacto na redução de tempo de internação, possui fatores positivamente significativos para o paciente, o serviço de saúde, para a comunidade e economia de despesas 4,5. Portanto, o estudo tem como objetivo avaliar a satisfação com o serviço de Fisioterapia de um Hospital terciário na cidade de São Paulo, e na falta de estudos que utilizem este instrumento para avaliar a satisfação no âmbito hospitalar, objetiva-se também apontar sob quais aspectos os tratamentos fisioterapêuticos hospitalares ainda são falhos e assim buscar a melhor maneira para tentar corrigi-los, além de aprimorar o atendimento e aumentar cada vez mais a satisfação dos pacientes bem como os resultados esperados e objetivamente alcançados.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional realizado no Hospital São Paulo e Hospital do Rim localizados na cidade de São Paulo, previamente aprovado pelo Comitê de Ética e com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado por todos os pacientes. A amostra foi constituída por 200 pacientes internados no Hospital São Paulo ou Hospital do Rim, ambos hospitais da rede pública e de ensino relacionado a Universidade Federal de São Paulo, nas diversas enfermarias, exceto Unidades de Terapia Intensiva. Estavam inclusos pacientes de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que estivessem recebendo atendimento fisioterapêutico e conscientes com nível cognitivo sem alterações, caracterizando habilidade para responder o questionário implementado. Foram excluídos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva, com alteração de nível cognitivo, com idade inferior a 18 anos e que não aceitaram a participar da pesquisa assinando ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na literatura há diversificados questionários na área da saúde para mensurar o nível de satisfação do paciente 3. Para este estudo o instrumento selecionado foi o questionário MedRisk, desenvolvido e validado por Beattie et al., em 2002 nos EUA e traduzido e adaptado para o Português brasileiro por Oliveira et al. em 2013, especificamente com o objetivo de avaliar o nível de satisfação dos pacientes especificamente na Fisioterapia 6-8. O mesmo foi aplicado aos pacientes de maneira direta, como uma entrevista, entre o período de agosto de 2013 a maio de 2014. O questionário apresenta 20 perguntas, sendo elas sobre fatores internos e externos, que totalizam 100 pontos 6-8. Cinco questões são sobre o ambiente físico, 13 questões sobre a relação interpessoal terapeuta-paciente e paciente com outros funcionários da instituição e duas questões de abordagem geral. Além dessas, o questionário possui uma questão invertida que vale de 1 a 9, onde o paciente compara seu estado atual com o inicial 6-8. Para análise da amostra foi utilizado o programa SPSS versão 19, onde os dados foram submetidos à análise descritiva, as variáveis numéricas serão apresentadas em média e desvio padrão e as variáveis categóricas em frequência e proporção.

Resultados: Foram avaliados 200 pacientes que estavam internados nas diversas enfermarias de um hospital público e universitário de nível terciário. A amostra apresentou idade média de 50,94 (18,81) anos, onde 116 (58%) eram do sexo masculino, somente 15 (7,5%) são tabagismo e 6 (3%) são etilistas, 120 (60%) possuem apenas ensino fundamental e 78 (39%) tem renda mensal superior a 2 salários mínimos. A maioria dos pacientes (89%) foram submetidos a um único atendimento fisioterapêutico diário, sendo que 75 (37,5%) encontravam-se internados no setor ortopédico. Estas e demais informações sobre as características da amostra estudada, encontram-se na tabela 1. Tabela 1. Características descritivas da população do estudo Idade Média DP 50,94 (18,81) Gênero N % Masculino 116 (58) Feminino 84 (42) Tabagismo N % Fumantes 15 7,5 Não fumantes 185 92,5 Ex fumantes 57 28,5 Etilismo N % Etilista 6 3 Não etilista 194 97 Ex etilista 39 19,5 Nível de escolaridade N % Fundamental 120 (60) Médio 65 (32,5) Superior 15 (7,5) Renda mensal N % Sem renda 26 (13) <1 salário mínimo 8 (4) 1 salário mínimo 76 (38) >2 salários mínimos 78 (39) >5 salários mínimos 12 (6)

Sessões de fisioterapia (vezes/dia) N % 1 sessão 178 (89) 2 sessões 12 (6) 3 sessões 10 (5) Local de internação N % Ortopédico 75 (37,5) Cardiovascular 20 (10) Respiratório 36 (18) Nefrológico 26 (13) Outros 43 (21,5) Tabela 2. Média e desvio padrão do nível de satisfação dos 200 pacientes avaliados Itens referentes à satisfação Média (DP) Recepcionista foi cortês NA O processo de registro foi adequado 4,02 (1,04) Sala de espera confortável NA Localização do hospital conveniente 4,36 (0,88) Oferece estacionamento adequado NA Agilidade no atendimento fisioterapêutico 4,21 (0,93) Horário de atendimento conveniente 4,44 (0,60) Tempo suficiente de atendimento 4,20 (0,92) Fisioterapeuta explicou cuidadosamente todo o tratamento 4,44 (0,69) Fisioterapeuta foi respeitoso 4,75 (0,50) Funcionários do hospital foram respeitosos 4,64 (0,73) Estagiário de fisioterapia foi respeitoso 4,75 (0,50) Fisioterapeuta escutou todas as queixas 4,17 (0,92) Fisioterapeuta respondeu todas as dúvidas 4,34 (0,79) Fisioterapeuta aconselhou formas de evitar futuros problema 4,09 (1,26) Limpeza do hospital 4,39 (0,89) Equipamentos atualizados 4,26 (0,99) Fisioterapeuta forneceu instruções detalhadas do programa de 1,82 (1,53) exercícios para casa Satisfação de modo geral com o serviço de Fisioterapia 4,53 (0,55) Retornaria ao hospital futuramente 4,64 (0,59) Escore total MedRisk (subtraindo os 15 pontos das 3 perguntas que não se aplicavam) 72,03 (7,04) Condição atual comparada com o início do tratamento (1 a 9) 1 2,18 (1,18) 1 Quanto menor a pontuação melhor a condição do paciente pós-tratamento NA - não se aplica

Desenvolvimento / Discussão: Os resultados obtidos neste estudo indicam que a população estudada apresentouse muito satisfeita com o atendimento de Fisioterapia e com as instalações e assistência hospitalar oferecida. A amostra foi composta em média por adultos, com idade média de 51 anos e 58% eram do sexo masculino e a maioria não apresentava hábitos viciosos como tabagismo e etilismo, o que facilitou o processo de avaliação. O local do hospital onde encontravam-se os pacientes não necessariamente retrata o real motivo de internação. Por se tratar de um hospital público, muitas vezes o paciente internava onde havia vaga. Grande parte das questões obtiveram média próximo ou acima de 4 em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a melhor resposta (concordando totalmente). 89% dos pacientes receberam apenas 1 atendimento fisioterapêutico por dia e 60% deles tinham apenas o nível fundamental e 38% tinham renda mensal de apenas um salário mínimo. Podemos inferir que sejam pacientes menos instruídos e mais carentes de cuidados, portanto se apresentam satisfeitos mesmo recebendo o mínimo de tratamento. A questão com maior pontuação foi referente ao respeito do fisioterapeuta com o paciente, como é um Hospital Escola, tem-se um bom número de alunos e residentes, que são sempre orientados a serem respeitosos com os pacientes e seus familiares e a questão com menor pontuação foi referente às orientações domiciliares podendo ser justificada pelo fato de nem todos os pacientes estarem prestes a receber alta e também devido ao hospital não possuir um programa de alta orientada e multidisciplinar. As orientações domiciliares, de todos os profissionais envolvidos, são de essencial importância ao paciente e aos que convivem com o mesmo, uma vez que auxiliam na prevenção e reabilitação de uma patologia. Ao ampliar o conhecimento das pessoas com indicações e contra indicações da patologia em questão, pode-se dar de algum modo uma continuidade ao tratamento em domicílio e evitar atitudes que poderão causar complicações no estado de saúde do paciente 9. Sugere-se para estudos futuros cartilhas de orientação específicas para cada enfermidade e uma programação de alta hospitalar multidisciplinar.

Conclusão: Concluiu-se que os pacientes avaliados encontravam-se bastante satisfeitos com o serviço de fisioterapia e a maioria afirmou estar muito melhor após o tratamento fisioterapêutico, mesmo aqueles que receberam apenas um atendimento fisioterapêutico ao dia. O questionário MedRisk apresentou-se como um válido instrumento para medir o nível de satisfação de pacientes em atendimento fisioterapêutico em âmbito hospitalar.

Referências: 1. Linder-Pelz SU. Toward a theory of patient satisfaction. Soc Sci Med. 1982; 16(5): 577-82. 2. Machado NP e Nogueira LT. Avaliação da satisfação dos usuários de serviço de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2007; 12(5): 401-8. 3. Mendonça KMPP e Guerra RO. Desenvolvimento e validação de um instrumento de medida da satisfação de pacientes com a Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2007; 11(5): 369-76. 4. Taylor NF, Brusco NK, Watts JJ, Shields N, Peiris C, Sullivan N, et al. A study protocol of a randomised controlled trial incorporating a health economic analysis to investigate if additional allied health services for rehabilitation reduce length of stay without compromising patient outcomes. BMC Health Services Research. 2010; 10(1): 308. 5. Brusco NK, Shields N, Taylor NF, Paratz J. A Saturday physiotherapy service may decrease length of stay in patients undergoing rehabilitation in hospital: a randomised controlled trial. Australian Journal of Physiotherapy. 2007; 53(2): 75-81. 6. Costa et al. Amsterdan: World Confederation for Physical Therapy. 16th World Congress of Physical Therapy, 2011. 7. Beattie P, Turner C, Dowda M, Michener L, Nelson R. The MedRisk instrument for measuring patient satisfaction with physical therapy care: a psychometric analysis. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy. 2005; 35(1): 24-32. 8. Beattie PF, Nelson R, Murphy DR. Development and preliminary validation of the MedRisk instrument to measure patient satisfaction with chiropractic care. Journal of Manipulative and Physiological Therapy. 2011; 34(1): 23-9. 9. Oliveira, DC. Grau de conhecimento de pacientes sobre o acidente vascular cerebral e a necessidade do uso de cartilha educativa para orientação fisioterapêutica. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2012