2) Por que este medicamento foi indicado?



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Transcrição:

Identificação do medicamento: LQFEx cloroquina Denominação genérica: difosfato de cloroquina Forma farmacêutica, via de administração e apresentações comerciais: comprimido, via oral de administração, embalagem contendo 10 comprimidos Uso pediátrico e, ou adulto Composição: cloroquina, difosfato...250,00 mg (correspondente a 150 mg de cloroquina base) Excipiente q.s.p...1 comprimido Os excipentes são celulose microcristalina, lactose, polivinilpirrolidona, talco, glicolato de amido sódico e estearato de magnésio. Informações ao paciente : 1) Como este medicamento funciona? A cloroquina tem efeito contra o ataque agudo da malária causada por algumas espécies de Plasmodium (protozoário causador da malária) sendo eficaz contra P. vivax, P.malariae e P.ovale. Este medicamento controla rapidamente os sintomas clínicos e a infecção, provocando desaparecimento da febre em 24 a 48 horas. A cloroquina também tem ação tóxica contra E. histolytica (protozoário causador da amebíase hepática). Além desses efeitos, a cloroquina tem ação contra a inflamação. 2) Por que este medicamento foi indicado? A cloroquina é indicada para tratamento da malária e amebíase hepática. Além disso tem indicação para o tratamento da artrite reumatóide, lúpus e doenças que provocam sensibilidade dos olhos à luz.

3) Quando não devo usar este medicamento? Este medicamento só pode ser administrado por via oral e conforme descrito na receita médica. Durante o tratamento com cloroquina, o paciente não deve ingerir bebida alcoólica, pois isto pode aumentar sua toxicidade no fígado. Deve ser evitado o uso da cloroquina com fenilbutazona ou medicamentos que contenham ouro, devido ao risco de provocar dermatite. Deve ser evitado o uso da cloroquina com antiácidos à base de trissilicato de magnésio e produtos contendo caolim e pectina, pois provocam diminuição da absorção do medicamento. A cloroquina se opõe ao efeito de medicamentos para tratamento de convulsões ou epilepsia, por isso esta associação deve ser evitada. O uso da cloroquina com mefloquina deve ser evitado, devido ao maior risco de convulsões. A cloroquina não é recomendada para pacientes com epilepsia, miastenia gravis ou psoríase. Deve ser usada com cautela em pacientes com problemas no fígado, no sistema gastrointestinal, neurológicos e no sangue. A cloroquina é contra-indicada em pacientes com problemas graves no fígado (insuficiência hepática avançada). Deve ser evitada a associação da cloroquina com amiodarona ou halofantrina, por aumentar o risco de distúrbios no coração. A cloroquina aumenta o risco de toxicidade da digoxina e ciclosporina. Os pacientes que recebem tratamento com cloroquina em altas doses a longo prazo, devem ser submetidos à avaliações oftalmológicas e neurológicas a cada 3 ou 6 meses. Superdosagem : Mesmo para adultos com mais de 60 kg, a dose total de cloroquina administrada em três dias deve ser no máximo de 1.500 mg. Atenção: o envenamento por cloroquina é extremamente perigoso, uma dose única de 1.500 mg de cloroquina pode ser fatal em poucas horas. Caso isto ocorra, deve ser procurado imediatamente um serviço médico de emergência, para que seja esvaziado o estômago por indução de vômito ou lavagem gástrica. Não há contra-indicação relativa a faixas etárias

Informe ao seu médico ou cirurgião dentista o aparecimento de reações indesejáveis Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde 4) Como devo usar este medicamento? O comprimido de cloroquina é circular, plano e de cor branca. Deve ser ingerido com água e conforme descrito na receita médica. No tratamento agudo da malária : Crianças : 1 a 2 anos um comprimido por via oral em um dia (dose única). Crianças : 3 a 6 anos um comprimido por via oral a cada dia, durante três dias. Crianças : 7 a 11 anos dois comprimidos por via oral no primeiro dia, um comprimido e meio no segundo e terceiro dias. Pacientes com 15 anos ou acima quatro comprimidos no primeiro dia, três comprimidos no segundo e terceiro dias. O tratamento da malária causada por P. vivax e P. ovale com cloroquina deve ser associado com a primaquina: 0,25 mg de primaquina base/kg de peso, diariamente por 14 dias ou, na dose de 0,50 mg de base/kg de peso durante sete dias. No tratamento do lúpus eritematoso e artrite reumatóide : Adultos : até 4 mg/kg de cloroquina base ao dia durante um a seis meses, dependendo da resposta do tratamento.

Na amebíase hepática : Adultos: 600 mg da cloroquina base no primeiro e segundo dias, seguidos de 300 mg/dia, por duas a três semanas. Crianças: 10 mg/kg/dia de cloroquina base durante 10 dias ou a critério médico. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento 5) Quais os males que este medicamento pode causar? O uso deste medicamento pode causar dor de cabeça, enjôo, vômito, diarréia, dor na barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele. Os efeitos mais severos são confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no eletrocardiograma e visão dupla ou borrada. A superdosagem é extremamente perigosa e pode ser fatal. 6) O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez? Em caso de superdosagem (igual ou acima de 1500 mg do medicamento de uma só vez) em poucas horas, o medicamento provoca graves danos ao coração, queda de pressão sanguínea e até parada cardíaca. Se alguém utilizar altas doses deste medicamento de uma só vez, deverá ser encaminhado imediatamente ao serviço médico de emergência, para que se realize esvaziamento do estômago por lavagem ou indução do vômito.

7) Onde e como devo guardar este medicamento? Este medicamento deve ser guardado em temperatura ambiente, entre 15 ºC e 30 ºC, protegido da luz e umidade. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças Informações técnicas ao profissional de saúde : 1) Características farmacológicas A cloroquina é uma 4-aminoquinolina com rápida atividade esquizonticida para todas as espécies de Plasmodium e gametocida para P. vivax, P. malariae e P. ovale, sendo eficaz contra as formas eritrocíticas destas três espécies. Não é eficaz contra P. falciparum e não tem atividade contra os estágios hepáticos primários ou latentes dos parasitos. A cloroquina tem efeito tóxico direto sobre trofozoítos de E.histolytica, se concentrando no fígado, sendo utilizada para tratar abscesso hepático amebiano. A cloroquina é ineficaz para a amebíase intestinal, pois alcança baixas concentrações no lúmem e na parede do cólon, sendo absorvida pelo intestino delgado. A cloroquina é bem absorvida a partir do trato gastrointestinal. A distribuição do fármaco é relativamente lenta em um volume aparentemente muito grande ( > 100 L/Kg). A cloroquina liga-se moderadamente (60%) às proteínas plasmáticas e sofre apreciável biotransformação através das CYP hepáticas. A depuração renal de cloroquina corresponde a cerca de metade da sua depuração sistêmica total. A cloroquina exibe em adultos e crianças uma farmacocinética complexa, de modo que os níveis plasmáticos do fármaco logo após sua administração, são determinados pela velocidade de distribuição e não pela de eliminação. Por causa da extensa ligação com os tecidos, é necessária uma dose de ataque para se obterem concentrações plasmáticas eficazes. A meia-vida da cloroquina aumenta de poucos dias para semanas, à medida que os níveis plasmáticos declinam. A meia-vida terminal varia de 30 a 60 dias e vestígios do fármaco podem ser encontrados na urina, durante anos após o uso terapêutico.

Além de seu efeito antiparasitário, a cloroquina tem ação antipirética e antiinflamatória. 2) Resultados de eficácia A eficácia da cloroquina declinou nas regiões do mundo onde emergiram cepas de P. falciparum relativa ou absolutamente resistentes à sua ação. A cloroquina é muito eficaz na profilaxia ou no tratamento de ataques agudos de malária causados por P. vivax, P. ovale e P. malariae, exceto em áreas onde se descrevem cepas de P. vivax resistentes à sua ação. A cloroquina não tem atividade contra estágios hepáticos primários ou latentes dos parasitos. Para prevenir as recaídas nas infecções por P. vivax e P. ovale, pode se dar primaquina juntamente com a cloroquina. A cloroquina não é tão eficaz quanto o metronidazol para o tratamento da amebíase hepática, devendo ser utilizada somente quando o metronidazol ou outro composto nitroimidazólico está contra-indicado ou indisponível. 3) Indicações A cloroquina é indicada para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária causado por P. vivax, P. ovale e P. malariae. Também está indicada no tratamento da amebíase hepática, e em conjunto com outros fármacos, têm eficácia clínica na artrite reumatóide, no lúpus eritematoso sistêmico, e lúpus discóide, na sarcoidose e nas doenças de fotossensibilidade como a porfiria cutânea tardia e as erupções polimórficas graves desencadeadas pela luz. 4) Contraindicações A cloroquina não é recomendada para tratar indivíduos com epilepsia ou miastenia gravis, devendo ser usada com cautela na presença de doença hepática, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos. Em casos raros, pode causar hemólise em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase. A cloroquina não deve ser prescrita a pacientes com psoríase ou outra doença esfoliativa, devido às reações graves que pode

provocar. Não deve ser usada para tratar malária em pacientes com porfiria cutânea tardia. 5) Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto O comprimido deve ser ingerido com água. Este medicamento deve ser guardado em temperatura ambiente, entre 15 ºC e 30 ºC, protegido da luz e umidade. 6) Posologia O comprimido de cloroquina - LQFEx contém 250 mg de difosfato de cloroquina, o que corresponde a 150 mg de cloroquina base. A dose máxima total para adultos e crianças deve ser de 25 mg/kg de peso, não devendo ultrapassar a dose total de 1500 mg, no decorrer de três dias de tratamento. No tratamento agudo da malária (P.vivax): Um regime farmacocineticamente adequado consiste em administrar uma dose inicial de 10 mg de base/kg de peso, seguida de 5 mg/kg seis a oito horas após e 5mg/kg em cada um dos dois dias seguintes. Outro regime mais prático, utilizado em muitas áreas, consiste em 10 mg de base/kg de peso no primeiro dia, seguido de 7,5 mg /Kg no segundo e terceiro dias. Ambos os regimes correspondem a uma dose total de 25 mg/kg de peso (1500 mg de base para um adulto de 60 kg). É apresentado abaixo um esquema geral de tratamento : Crianças : 1 a 2 anos um comprimido por via oral em um dia (dose única). Crianças : 3 a 6 anos um comprimido por via oral a cada dia, durante três dias. Crianças : 7 a 11 anos dois comprimidos por via oral no primeiro, um comprimido e meio no segundo e terceiro dias.

Pacientes com 15 anos ou acima quatro comprimidos no primeiro dia, três comprimidos no segundo e terceiro dias. O tratamento da malária causada por P. vivax e P. ovale com cloroquina deve ser associado com a primaquina pelo seu efeito hipnoticida: 0,25 mg de primaquina base/kg de peso, diariamente por 14 dias ou, alternativamente, na dose de 0,50 mg de base/kg de peso durante sete dias. No tratamento do lúpus eritematoso e artrite reumatóide : Adultos : até 4 mg de cloroquina base /Kg de peso ao dia, durante um a seis meses, dependendo da resposta do tratamento. Na amebíase hepática: Adultos: 600 mg da cloroquina base no primeiro e segundo dias, seguida de 300 mg/dia, por duas a três semanas. A dose pode ser aumentada, ou o esquema pode ser repetido, se necessário. Crianças: 10 mg de cloroquina base /Kg de peso ao dia durante 10 dias ou a critério médico. 7) Advertências A cloroquina é um fármaco que apresenta estreita margem de segurança e uma dose única de 30 mg/kg pode ser fatal. Os pacientes que recebem tratamento com cloroquina em altas doses a longo prazo, devem ser submetidos à avaliações oftalmológicas e neurológicas a cada 3 ou 6 meses. A dose pode ser ajustada na insuficiência renal. 8) Usos em idosos, crianças e outros grupos de risco Uso na gravidez, lactação e infância: a cloroquina é uma droga considerada isenta de riscos para estes casos, quando utilizada nas doses recomendadas. Não há relatos de níveis tóxicos da droga no leite materno, no entanto deve ser administrado com autorização do médico.

9) Interações Medicamentosas A cloroquina interage com uma variedade de fármacos. Não deve ser administrada concomitantemente com mefloquina, por aumentar o risco de convulsões. O mesmo é válido para a associação da cloroquina com anticonvulsivantes, pois a cloroquina se opõe à ação dos mesmos. A associação da cloroquina com amiodarona ou halofantrina aumenta o risco de arritmias ventriculares. A cloroquina aumenta o risco de toxicidade da digoxina e ciclosporina. Deve ser evitado o uso da cloroquina com antiácidos à base de trissilicato de magnésio e produtos contendo caolim e pectina, pois provocam diminuição da absorção do medicamento. O uso concomitante com ouro ou fenilbutazona deve ser evitado, devido à tendência de provocar dermatite. A cloroquina pode interferir na imunogenicidade de certas vacinas. 10) Reações Adversas a Medicamentos A toxicidade aguda por cloroquina é mais freqüente quando administrada muito rapidamente por via parenteral. As manifestações tóxicas estão relacionadas com efeitos cardiovasculares (hipotensão, vasodilatação, supressão da função miocárdia, arritmias cardíacas, parada cardíaca) e do SNC (confusão, convulsões e coma). As doses terapêuticas usadas no tratamento oral, podem causar cefaléia, irritação do trato gastrointestinal, distúrbios visuais e urticária. Doses diárias altas (> 250 mg) resultando em doses cumulativas de mais de 1 g/kg de cloroquina base, pode resultar em retinopatia e otoxicidade irreversíveis. O tratamento prolongado com altas doses também pode causar miopatia tóxica, cardiopatia e neuropatia periférica, visão borrada, diplopia, confusão, convulsões, erupções quinelóides na pele, embranquecimento dos cabelos, alargamento do complexo QRS e anormalidade da onda T, porém com a interrupção do fármaco estas reações diminuem. Em casos raros podem ocorrer hemólise e discrasias sanguíneas.

11) Superdose O envenamento por cloroquina é extremamente perigoso e a ingestão de uma única dose de 1.500 mg pode ser fatal em poucas horas. O principal efeito de superdosagem é a toxicidade cardiovascular, com hipotensão arterial, arritmias cardíacas e parada cardíaca irreversível. A overdose pode provocar raramente distúrbios neuropsiquiátricos. No caso de surdosagem, poucas horas após a administração excessiva oral, esvaziar o estômago por indução de vômitos ou por lavagem gástrica, o mais rápido possível. Caso contrário, se o atendimento médico não for imediato, o tratamento deve ser sintomático e dirigido particularmente para manter as funções cardiovasculares e respiratórias, podendo-se administrar líquidos intravenosos vassopressores para a hipotensão. 12) Armazenagem Condições ambientes de estocagem : faixa de temperatura entre 15ºC e 30ºC e umidade relativa de 35% a 75%. 13) Dizeres Legais Número de registro na ANVISA/MS: 1.1208.0031.001-9 Farmacêutico responsável e CRF : Patrícia de Castro Moreira Dias CRF-RJ: 6078 Nome completo e endereço do fabricante: Laboratório Químico Farmacêutico do Exército. Endereço: Rua Licínio Cardoso, 96 Triagem RJ Rio de Janeiro CEP: 20.960-015 CNPJ: 00394452040903 SAC : 08002821808 Dispensação sob prescrição médica Proibida a venda ao comércio