OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 50mi de reais é o quanto o Rally dos Sertões traz de movimentação na economia, segundo a Dunas Race, que é quem organiza o evento EDIÇÃO 589 SEXTA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2016 Ausência de copos vira frustração em arenas no Rio A ausência de copos paralímpicos nas arenas durante o primeiro dia de disputas dos Jogos do Rio 2016 gerou frustração em quem compareceu às competições tanto no Parque Olímpico da Barra como no estádio do Engenhão, palco das disputas do atletismo. Os copos temáticos da Paralimpíada só foram para o Maracanã, ontem. Aqui no Parque [Olímpico] estão servindo os POR ADALBERTO LEISTER FILHO E ERICH BETING copos da Olimpíada. Tem muita gente chateada, querendo os paralímpicos, disse o torcedor Vitor Villar, via Twitter. A Ambev, que já havia patrocinado a Olimpíada, acertou patrocínio dos Jogos Paralímpicos na semana passada. Assim como fez durante os Jogos Olímpicos, a empresa decidiu ativar a marca Skol na competição e reeditar a venda de cerveja em copos especiais, Imagem dos copos com pictogramas paralímpicos, que foram vendidos na cerimônia de abertura dos Jogos, na quarta-feira, mas não foram achados nas arenas do Parque Olímpico ou do estádio do Engenhão no primeiro dia de competições no Rio 1
mas agora valendo-se da temática paralímpica. Para isso, lançou 23 copos diferentes, homenageando os esportes da Paralimpíada. Nas Olimpíadas, a série contou com 42 copos diferentes. Skol é a marca da diversão e estamos orgulhosos em ter feito ATLETAS FARÃO VLOG DE JOGOS A multinacional coreana ativará o patrocínio às Paralimpíadas numa ação diferente. Ela dará o Samsung Galaxy S7 e outros acessórios móveis para criar vlogs com os bastidores da Paralimpíada em 360. O material irá para plataformas digitais incluindo o canal do CPI no YouTube, da Samsung e contas das redes sociais dos atletas. Serão 30 atletas de países diferentes, entre eles o Brasil, que participarão dessa ação. TURISMO AVALIA ACESSIBILIDADE da Olimpíada um momento ainda mais épico. Como acreditamos que a festa é para todos, a curtição continua durante a Paralimpíada e temos certeza que a Delegação Skol também fará deste momento algo inesquecível, disse Bruna Buás, gerente de Olimpíada da Ambev, ao anunciar a nova série de copos. O curtíssimo espaço de tempo entre a assinatura do contrato e o início da Paralimpíada pode ter gerado problemas para que o fornecedor de copos da Ambev fizesse uma grande quantidade a tempo. A empresa, porém, tem outra explicação do ocorrido. Atendendo aos pedidos dos consumidores, também disponibilizaremos os copos dos Jogos Olímpicos para quem ainda não completou sua coleção, disse a Ambev, via assessoria. A companhia de cerveja, porém, nega que haja falta de copos paralímpicos nos pontos de venda de Skol. Eles [os copos] estarão disponíveis nas Arenas oficiais e no Skol Live House, espaço da marca dentro do Parque Olímpico. Assim como aconteceu durante a Olimpíada, foram feitos copos de plástico para complementar e atender toda a demanda dos pontos de venda, disse a empresa, ao ser questionada pela Máquina do Esporte. No estádio olímpico do Engenhão, no primeiro dia de competições, apenas os copos de plástico estavam disponíveis. O Ministério do Turismo diz que investiu R$ 83 milhões para dar mais acessibilidade em estabelecimentos e atrações turísticos para deficientes. Entre as ações está o lançamento de um site colaborativo que avalia as condições de acessibilidade de vários pontos turísticos. O Guia Turismo Acessível permite aos internautas a avaliação da acessibilidade de hotéis, restaurantes e locais turísticos, com mais de 530 mil lugares cadastrados. FUTEBOL TEM RECORDE NA TV Se em campo a seleção brasileira viveu dias conturbados até a chegada do técnico Tite, na audiência ela jamais esteve em baixa. Durante o ano, suas partidas tiveram bons resultados para a Globo. Mas nada como foi visto na última terça-feira. A vitória sobre a Colômbia deu 35 pontos de audiência à Globo, um recorde para o time nacional principal. Só a final olímpica, com 38 pontos superou a marca em 2016. 2
OPINIÃO Patrocínio retroativo é triste legado dos Jogos Olímpicos O patrocínio retroativo da Petrobras para a Olimpíada do Rio 2016, além de inusitado, fere os direitos dos apoiadores do COI (Comitê Olímpico Internacional) que desembolsaram milhões no último ciclo olímpico. A pretexto de conceder um aporte de última hora para garantir a realização da Paralimpíada, a estatal ganhou, de brinde, o direito de também utilizar as marcas olímpicas após o final dos Jogos. Assim, pôde usar, em anúncios publicitários, seus atletas com as medalhas olímpicas conquistadas, propriedade que normalmente só é concedida aos patrocinadores oficiais. Por trás da liquidação promovida pelo Comitê Rio 2016 está um problema mais grave. Às vésperas de seu início, foi anunciado um rombo de R$ 250 milhões nas contas da Paralimpíada, que fecha o ciclo de megaeventos esportivos no Brasil, iniciado com a Copa das Confederações, em 2013, e que passou pela Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada, no mês passado. Sem outra alternativa, o Estado correu em socorro. A Prefeitura do Rio POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte liberou R$ 150 milhões uma semana antes do início dos Jogos. Mais dinheiro veio de quatro patrocínios estatais acertados às pressas, com Petrobras, Loterias Caixa, Apex e Embratel, além de uma empresa privada, a Ambev, que ativou sua marca Skol, assim como já havia feito nas Olimpíadas. Se evitou um vexame maior, o mega feirão do Rio 2016 desvaloriza a marca olímpica e dá ao Rio um triste legado no marketing esportivo. Stock Car renova com Globo até 2018, dando novo fôlego à categoria POR REDAÇÃO A Stock Car anuncia no domingo a renovação do contrato de transmissão do evento com a TV Globo até 2018 e com o Sportv até 2020. As duas emissoras são parceiras da categoria desde 2000, quando começou o projeto de renovação e profissionalização da competição. Vamos continuar ao lado de um dos maiores grupos de comunicação não só do Brasil, mas do mundo todo. Estamos muito felizes em poder dar continuidade a uma parceria de muito sucesso, que com certeza vai continuar se mantendo com bons números tanto em TV aberta quanto fechada, diz o diretor geral da Vicar Promoções Desportivas, Maurício Slaviero. O acordo será anunciado antes da transmissão da Corrida do Milhão, principal etapa da categoria, que será exibida ao vivo na Globo. Os próprios detalhes do acerto mostram o quanto a Stock tem perdido espaço na TV aberta. Após viver um período de bastante exposição, no biênio 2008-2009, quando todas as provas foram exibidas ao vivo na Globo, a categoria perdeu espaço e passou a ter apenas parte do campeonato exibido ao vivo na emissora, que privilegia apenas a transmissão de um compacto das provas. A Corrida do Milhão, que é a prova mais midiática da Stock, é hoje o único evento da categoria na TV aberta. Os detalhes financeiros do novo acordo firmado não foram revelados pelas empresas. 4
NFL aposta em crescimento e faz evento de lançamento no Brasil POR DUDA LOPES A NFL, liga de futebol americano, teve o seu kick off ontem. O evento marcou a estreia da nova temporada, e ele não foi celebrado só nos Estados Unidos. No Brasil, a entidade reuniu alguns convidados, numa ação inédita no país. O evento aconteceu graças ao acordo da NFL com a agência de marketing Effect Sport, que durante a última temporada do futebol americano foi parceira para a gestão de conteúdo digitais, em redes sociais, da liga no Brasil. A empresa reuniu no Rio de Janeiro alguns jornalistas especializados e os parceiros de mídia. Mais uma vez, o torneio será exibido pela ESPN e pelo Esporte Interativo no país. Em conversa com a Máquina do Esporte, o diretor de marketing da Effect Sport, Marcelo Hargreaves, explicou o movimento americano. A NFL tem crescido muito no Brasil, e eles têm olhado mais para esse público. O evento também marca o encontro da NFL com o mercado brasileiro, explicou. O encontrou foi o primeiro do tipo no país, e os convidados assistiram à abertura do torneio na própria sede da Effect Sport, no bairro de Botafogo. Para marcar o início dos jogos, a agência até criou uma hashtag para os convidados usarem nas redes sociais: #Setembro- Chegou. A referência é o mês que o campeonato começa, algo marcante entre os americanos. De fato, a NFL tem crescido no Brasil. A ESPN, por exemplo, tem celebrado aumento sistemático de audiência com o torneio. O Super Bowl passou a ser exibido até em sessões pagas em salas de cinema. A final da NFL, em meio ao Carnaval, chegou próximo a um ponto no Ibope, fato celebrado pela emissora. Entre 2014 e 2015, o crescimento da audiência do Super Bowl, pela ESPN, chegou a 84%. Santa Cruz convoca torcedores para desenhar camisa O futebol brasileiro poderá ter, em breve, um duelo entre dois times com camisas desenhadas pelos seus próprios torcedores. Após o Flamengo anunciar que participará de uma ação da Adidas para o uniforme 3, foi a vez de a Penalty divulgar uma ativação semelhante com o Santa Cruz. A empresa brasileira, que refez acordo com a equipe pernambucana, criou um site em que fornece uma imagem da camisa ainda inteira branca, em ação chamada de Manto das Multidões. Os torcedores têm até o dia 22 de setembro para mandar uma sugestão de uniforme para a fornecedora de material esportivo. Quem quiser participar terá que ser sócio-torcedor do Santa. 5
ESPECIAL JOGOS PARALÍMPICOS PATROCÍNIO Organização direciona público para lotar estádio POR ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO As duas primeiras medalhas ganhas pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos foram conquistadas dentro de um Estádio Olímpico do Engenhão com cerca de 6 mil pessoas, mas que, dependendo do ângulo visto pelo torcedor na televisão, parecia estar apinhado de gente. Isso só foi possível graças a uma manobra feita pelo comitê organizador dos Jogos, que concentrou o público presente ao estádio no anel inferior, dando preferência para preencher os espaços que ficariam mais visíveis na televisão. Para conseguir isso, porém, o Rio 2016 quebrou uma regra. O lugar marcado nos assentos não estavam sendo respeitados. A reportagem da Máquina do Esporte tentou entrar pelo setor oeste do Engenhão para a sessão da manhã no estádio. A rampa de acesso à ala estava fechada. Por dentro do estádio havia também barreiras que não permitiam a passagem do público, que teve de se concentrar na ala leste. Inicialmente, apenas uma das quatro alas estava aberta. Só depois de ela encher é que foram abertos os outros setores, que ficariam na área atrás do gol do estádio olímpico. A decisão do comitê fez com que a prova em que resultou na con- 6 quista do primeiro ouro brasileiro, o salto em distância, fosse vista de perto pelo público. Porém, todas as chegadas das corridas estavam no lado oposto ao do torcedor, mas de frente para a tribuna de mídia. Na TV, porém, como a imagem geralmente era do ângulo oposto, dava a impressão de estádio cheio. Com muitas crianças de escolas do Rio de Janeiro, o público gerou problemas à organização. Como é preciso silêncio antes dos saltos, para que o atleta seja conduzido pelos sons de seus treinadores, foi preciso fazer às pressas cartazes que pediam silêncio à torcida.
PERSONAGEM DO DIA BRASIL Michele Ferreira JUDÔ VIDA DE FAIXA PRETA: Michele Ferreira tentava pela terceira vez seguida chegar ao pódio paralímpico em três disputas dos Jogos. O ippon sofrido logo na estreia, contra a alemã Ramona Brussig, fez com que ela precisasse da repescagem para manter o sonho do terceiro bronze. Foi até a última luta, contra Cherine Abdellaqui, da Argélia, mas acabou derrotada e sem o pódio. É a primeira vez que eu não levo medalha, mas eu levo muita experiência, declarou logo após a luta para o canal Sportv. Depois, já refeita da dor da perda, a autoanálise da judoca mostrou grande maturidade. Eu estou muito feliz, porque todas as lutas que fiz foram de um nível muito difícil. Isso é muito bom para o Movimento Paralímpico, porque a gente POR ERICH BETING vê que a qualidade vem aumentando. O nível técnico está muito bom. Disso eu tiro coisas boas, porque, infelizmente, não é sempre que a gente ganha, afirmou a judoca de 31 anos. Michele faz parte do Time Nissan, que reúne nove brasileiros que estão competindo nos Jogos Paralímpicos. Da marca, ela ganhou reforço para a rotina de treinamento. Um carro com motorista passou a fazer parte do cotidiano da sul-matogrossense, que até então só se locomovia de ônibus pela cidade de Campo Grande. Com apenas 15% da visão, ela tinha de pedir auxîlio às pessoas para saber qual ônibus poderia subir. Além do auxílio da montadora, a judoca integra o Bolsa Atleta do governo federal, que lhe permite só treinar. Nasceu em 1º de novembro de 1984 Aos 19 anos, foi praticar judô para melhorar o físico Em 2012, mudou de categoria após o nascimento da filha Neste ano, conduziu a tocha olímpica no trecho em frente ao instituto onde começou a lutar judô 7