Autor Jacques Veloso de Melo ADVOCACIA TRIBUTÁRIA Formado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, Pós-graduado em Direito Tributário pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal AEUDF/ICAT e pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários - IBET, instituição ligada à PUC/SP, mestre em Direito Internacional Econômico pela Universidade Católica de Brasília. É professor de Direito Tributário da Universidade Católica de Brasília UCB. Atualmente integra novamente a gestão da OAB/DF 2013/2015 como conselheiro e Presidente da Comissão de Assuntos Tributários, além de membro da Comissão de Direito Tributário do Conselho Federal da OAB. ÍNDICE O que é o REFIS da Crise 2013? Qual a legislação aplicável? Qual o prazo para adesão? Quais os débitos que poderão ser incluídos no parcelamento proposto pelo REFIS da Crise 2013? Como serão as reduções aplicáveis para quem optar pelo parcelamento? X X X X X
1 O que é o REFIS da Crise 2013? É um parcelamento de débitos tributários junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), que abrange tanto débitos de pessoas jurídicas como de pessoas físicas, de qualquer natureza, com a possibilidade de pagamento ou parcelamento dos débitos, com redução de juros e multa.
2 Qual a legislação aplicável? - Lei nº 11.941/2009 que criou o REFIS da Crise - Lei nº 12.865/2013 que reabriu o prazo do REFIS da Crise - Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013 que regulamenta o procedimento do REFIS da Crise
3 Qual o prazo para adesão? De 21 de outubro de 2013 a 31 de dezembro de 2013
4 Quais os débitos que poderão ser incluídos no parcelamento proposto pelo REFIS da Crise 2013? - débitos vencidos até 30/11/2008, relativos a tributos e contribuições federais, inclusive previdenciárias, de pessoas físicas ou jurídicas, tais como: - débitos, no âmbito da PGFN, decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, com incidência de alíquota 0 (zero) ou como nãotributados; - débitos, no âmbito da PGFN, decorrentes das contribuições sociais; - demais débitos administrados pela PGFN; - débitos, no âmbito da RFB, decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 2006, com incidência de alíquota 0 (zero) ou como não-tributados; - demais débitos administrados pela RFB. - débitos de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) das sociedades civis de prestação de serviços profissionais, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
5 Como serão as reduções aplicáveis para quem optar pelo parcelamento? As empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no beneficio, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total. Aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas - Débitos vencidos até 30/11/2008 Prazo Redução de multa Redução de multas Redução de juros de mora e ofício isoladas de mora Redução de encargos legais à vista 100% 40% 45% 100% 30 prestações 90% 35% 40% 100% 60 prestações 80% 30% 35% 100% 120 prestações 70% 25% 30% 100% 180 prestações 60% 20% 25% 100%
5 Como serão as reduções aplicáveis para quem optar pelo parcelamento? Como ficarão as parcelas mínimas: Situação Valor Aproveitamento R$ 2.000,00 indevido de IPI Pessoa física R$ 50,00 Pessoa jurídica R$ 100,00
5 - Débitos referente às dívidas decorrentes dos parcelamentos ordinários e dos programas de anistia anteriores (REFIS, PAES e PAEX): Como serão as Parcelas Reduções reduções Débitos REFIS 40% das multas de mora e de ofício 40% das multas isoladas 25% dos juros de aplicáveis para quem optar pelo Débitos PAES Até 180 meses mora 100% dos encargos legais 70% das multas de mora e de ofício 40% das multas isoladas 30% dos juros de mora 100% dos encargos legais 80% das multas de mora e de ofício 40% parcelamento? Débitos PAEX das multas isoladas 35% dos juros de mora 100% dos encargos legais Parcelamento ordinário 100% das multas de mora e de ofício 40% das multas isoladas 40% dos juros de mora 100% dos encargos legais
5 Como serão as reduções aplicáveis para quem optar pelo parcelamento? - Como ficarão as parcelas mínimas: Situação Valor REFIS será o equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento) da média das prestações devidas entre os meses de dezembro de 2007 a novembro de 2008 Demais parcelamentos será o equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento) do valor da prestação devida no mês de novembro de 2008 REFIS com exclusão do será equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento) da programa entre os meses média das prestações devidas no Programa nesse de dezembro de 2007 a novembro de 2008 período débitos provenientes de será equivalente ao somatório das prestações mínimas mais de um parcelamento definidas nos incisos I e II Se não se enquadrar nas demais hipóteses R$ 50,00 - pessoa física R$ 100,00 - pessoa jurídica OBS: Em nenhuma hipótese o valor da prestação mínima poderá ser inferior a R$ 50,00 para pessoa física e R$ 100,00 para pessoa jurídica.
Do aproveitamento dos depósitos para quitação: É a possibilidade de utilização dos depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados. Neste caso os mesmos serão automaticamente convertidos em renda da União, após aplicação das reduções para pagamento à vista ou parcelamento, sendo que o saldo remanescente será devolvido ao contribuinte. Pagamento com prejuízo fiscal e base negativa da CSLL: : As empresas que optarem pelo pagamento ou parcelamento desses débitos poderão liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL próprios (não pode ser de terceiros).
OBSERVAÇÕES - Não podem ser parcelados aqueles débitos que já haviam sido parcelados por força da Lei 11941/2009 (Refis- 2009) e por força da Lei 12.249/2010 (débitos administrados por autarquias e fundações federais, tributários e não tributários), que por alguma razão não foram pagos. Podem ser parcelados débitos com exigibilidade suspensa ou não, inscritos ou não em dívida ativa, considerados isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada. Os débitos serão incluídos a livre escolha do devedor. O valor de cada prestação é acrescido de juros correspondentes à variação mensal da taxa SELIC a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. Enquanto não consolidada a dívida, o contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas. Para usufruir dos benefícios do parcelamento, a pessoa jurídica deverá comprovar a desistência expressa e irrevogável de todas as ações judiciais que tenham por objeto os tributos a serem parcelados e renunciar a qualquer alegação de direito sobre as quais se fundam as referidas ações. A manutenção em aberto de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não, ou de uma parcela, estando pagas todas as demais, implicará, após comunicação ao sujeito passivo, a imediata rescisão do parcelamento e, conforme o caso, o prosseguimento da cobrança.
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