AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO Silvio Antonio Ferraz Cario NEIITEC-UFSC FLORIANÓPOLIS - SC

Argumentos: Perda de participação relativa da indústria no processo de criação de riqueza do país. A desindustrialização brasileira é precoce e relativa Políticas de desenvolvimento industrial podem reverter trajetória descendente. Indústria constitui fonte importante de criação riqueza. 2

Argumentos - perda da participação da indústria no PIB Manifesta-se como Perda de participação da industria no PIB Desadensamento das cadeias produtivas (VTI/VBPI); Ampliação relativa de setores menos intensivos em tecnologia na estrutura industrial. Perda de participação da industria do Brasil em âmbito mundial (CARNEIRO, 2008; LAPLANE; SARTI, 2006). Resultado de: Reformas econômicas de cunho neoliberal implementadas na dec. de 90 (PALMA, 2005); Doença holandesa: aquecimento do mercado internacional de commodities e demanda chinesa por primários (BRESSER- PEREIRA, 2010); Manutenção de câmbio apreciado e juros elevados (segunda 3 metade da dec. 90 e após 2004) (FEIJÓ, 2007).

PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA NA ECONOMIA MUNDIAL 30 EUA 25 CHINA 20 JAPÃO ALEMANH A REINO UNIDO ÍNDIA 15 10 5 0 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 A NOVA ORDEM MUNDIAL: manufatura, preços de 2005, em % da produção mundial

US$ % PIB PER CAPITA DOS PAISES DA OCDE E O VALOR ADICIONADO NA INDÚSTRIA 28.000 26 26.000 24 24.000 22 22.000 20 20.000 18 18.000 16.000 16 14.000 14 12.000 12 10.000 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 10 PIB per capita (preços constantes de 2000, US$) Valor adicionado da manufatura (% do PIB) Países da OCDE - PIB per capita (preços constantes de 2000, US$) e valor adicionado manufatureiro (% do PIB), 1981-2010. Fonte: World Development Indicators (WDI, 2011). 5

US$ % PIB PER CAPITA DO BRASIL E O VALOR ADICIONADO DA INDÚSTRIA 5.000 40 4.500 35 4.000 3.500 30 3.000 25 2.500 20 2.000 1.500 15 1.000 10 PIB per capita (preços constantes de 2000, US$) Valor adicionado da manufatura (% do PIB) Brasil - PIB per capita (preços constantes de 2000, US$) e valor adicionado manufatureiro (% do PIB), 1970-2010.

% PIB PER CAPITA DO BR EM RELAÇÃO A DOS PAISES DA OCDE E VALOR ADICIONADO NA INDÚSTRIA 35 33 31 29 27 25 23 21 19 17 15 PIB per capita do Brasil em comparação ao da OCDE (%) Valor adicionado da manufatura (% do PIB) 7 BRASIL: PIB per capita em relação ao PIB per capita OCDE (%) e o valor adicionado manufatureiro (% PIB) 1970-2010. Fonte: World Development Indicators (WDI, 2011).

PERDA DE DINAMISMO INDUSTRIAL NO BRASIL Brasil Taxa de variação real do PIB (%), do valor adicionado da Indústria de Transformação (%) e taxa de câmbio (RS$/US$), 2003-2010.

EVOLUÇÃO DO VALOR ADICIONADO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO COMO PROPORÇÃO PERCENTUAL DO PIB BRASIL NO PERÍODO 1947-2007

EVOLUÇÃO DO VALOR ADICIONADO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO COMO PROPORÇÃO PERCENTUAL DO PIB NO PERÍODO 1947-2007, A PREÇOS CONSTANTES DE 2005.

Evolução do VTI por intensidade tecnológica a preços constantes de 2007 (milhões R$), 1996-2009. 100% 90% 80% 33,23 33,69 33,65 33,14 31,10 33,11 33,29 32,87 32,44 33,64 34,32 32,76 30,43 33,00 Indústria de baixa tecnologia (BT) 70% 60% 50% 33,39 31,75 32,30 34,52 36,93 33,65 33,40 33,80 33,79 33,56 32,60 32,58 33,14 29,45 Indústria de média-baixa tecnologia (MBT) 40% 30% Indústria de média-alta tecnologia (MAT) 20% 10% 0% 27,38 28,32 27,54 25,91 25,34 26,54 26,92 27,63 27,56 26,17 25,88 27,69 29,44 30,20 5,99 6,24 6,51 6,43 6,63 6,69 6,39 5,70 6,21 6,63 7,20 6,97 6,98 7,36 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Indústria de alta tecnologia (AT) Fonte: Elaboração própria a partir da PIA/IBGE com classificação da OECD (2011). Nota: Série deflacionada pelo IPA-OG da FGV a preços de 2007. N.e. = não especificados nem compreendidos em outra categoria. 11

Evolução do VBPI por intensidade tecnológica a preços constantes de 2007 (milhões R$), 1996-2009. 100% 90% 80% 33,92 33,60 34,61 34,83 33,18 34,03 34,65 33,43 33,11 33,88 34,29 33,12 31,08 33,53 Indústria de baixa tecnologia (BT) 70% 60% 50% 32,57 31,40 30,30 30,23 31,25 29,27 29,05 28,97 28,42 27,82 27,83 28,23 28,73 25,83 Indústria de média-baixa tecnologia (MBT) 40% 30% 20% 10% 0% 28,68 29,93 29,61 28,95 29,39 30,28 30,50 32,16 32,26 31,81 31,01 31,97 33,18 33,31 4,83 5,07 5,48 5,98 6,18 6,42 5,80 5,45 6,21 6,49 6,86 6,68 7,01 7,33 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Indústria de média-alta tecnologia (MAT) Indústria de alta tecnologia (AT) Fonte: Elaboração própria a partir da PIA/IBGE com classificação da OECD (2011). 12 Nota:Série deflacionada pelo IPA-OG da FGV a preços de 2007. N.e. = não especificados nem compreendidos em outra categoria.

Adensamento das cadeias produtivas - VTI/VBPI por intensidade tecnológica, 1996-2009 (%). 48,00 47,00 46,74 46,00 46,07 45,00 45,48 45,53 45,18 44,00 43,82 43,73 43,00 42,00 41,00 42,44 41,54 41,37 41,99 41,40 41,55 42,47 VTI/VBPI 40,00 39,00 38,00 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Elaboração própria a partir da PIA-IBGE e classificação da OECD (2011). Nota: Indicador elaborado a partir de dados deflacionados pelo IPA-OG da FGV a preços de 2007

Produtividade medida pela razão entre Valor da Transformação Industrial (VTI) e Pessoal Ocupado por intensidade tecnológica, 1996-2009 (mil R$). 160 140 Indústria de alta tecnologia (AT) 120 100 Indústria de médiaalta tecnologia (MAT) 80 60 40 Indústria de médiabaixa tecnologia (MBT) Indústria de baixa tecnologia (BT) 20 Total 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Elaboração própria a partir da PIA-IBGE e classificação da OECD (2011). Nota: Indicador elaborado a partir de dados deflacionados pelo IPA-OG da FGV a preços de 2007. AT, MAT, MBT e BT significam, respectivamente, alta, média-alta, média-baixa e baixa intensidade tecnológica, sendo que IT corresponde ao total da Indústria de Transformação.

Pag. 5 Brasil Produtos da ind. de transf. por intensidade tecnológica balança comercial

Pag. 9 Brasil produtos da ind. De transf de ALTA INTENSIDADE tecn BALANÇA COMERCIAL

Pag. 17...BAIXA INTENSIDADE TECNOLOGICA...balança comercial

EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA MANUFATURA MUNDIAL NO PERÍODO 1970-2011: PAÍSES ASIÁTICOS E LATINO-AMERICANOS:

TAXA MÉDIA ANUAL DE CRESCIMENTO DO PIB NO PERÍODO 1980-2011: REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS

PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DO PRODUTO MANUFATUREIRO DO BRASIL NO PRODUTO MANUFATUREIRO MUNDIAL

PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DOS SETORES DE MATERIAL ELETRÔNICO E DE APARELHOS E EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÕES NOS ANOS DE 2000 E 2009

ECONOMIA INDUSTRIAL DE SANTA CATARINA CARACTERÍSTICAS MARCANTES

Comparação Econômica e Social do Brasil e Santa Catarina Fonte: PNUD (2010); MTE RAIS (2013); IBGE PIA (2011); IBGE Contas Nacionais (2011). Itens Brasil Santa Catarina Participação Expectativa de vida (2010) 73,7 76,8 IDH (2010) 0,727 0,774 3o. PIB (2011) 4,14 Trilhões 169,05 bilhões 4,1% Emprego formal (2013) 41.153.415 2.391.252 5,8% PIB per capita (2011) 39 milhões 45 milhões PIB Industrial (milhões R$ - 2011) 912.793,82 47.196,56 5,2% Emprego industrial (2013) 13.231.504 957.289 7,2% VBPI (mil R$ - 2011) 2.016.261.863 96.968.855 4,8% VTI (mil R$ - 2011) 926.005.309 43.408.957 4,7% Número de unidades locais (2011) 197.730 18.109 9,2% Pessoal ocupado (2011) 8.140.684 638.911 7,8%

Valor Adicionado Bruto a preços de 2010 por setores econômicos, Brasil e Santa Catarina, 2007-2011

6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 4,4 4,7 4,6 4,5 4,6 3,4 3,5 3,5 3,5 3,5 4,9 5,0 5,1 5,1 4,7 4,7 4,9 4,7 4,8 5,0 4,9 3,7 3,7 3,8 3,9 4,0 4,0 3,9 3,9 4,1 4,0 4,0-1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Indústria Participação do PIB total e industrial de Santa Catarina em relação ao PIB nacional - 1995-2010 Fonte: IBGE - Contas Regionais (2012).

5,10% 5,00% 4,90% 4,80% 4,70% 4,60% 4,50% 4,40% 4,30% 4,20% 4,10% 4,00% 4,99% 4,84% 4,86% 4,90% 4,85% 4,79% 4,84% 4,74% 4,76% 4,81% 4,73% 4,74% 4,69% 4,70% 4,69% 4,64% 4,65% 4,61% 4,67% 4,60% 4,62%4,55% 4,59%4,63% 4,56% 4,63% 4,48% 4,59% 4,43% 4,41% 4,38% 4,41% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 20032004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 VBPI VTI Evolução da participação percentual do VBPI e do VTI de Santa Catarina em relação ao Brasil - 1996-2011 Fonte: IBGE PIA (2013).

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 50,00 48,00 46,00 44,00 42,00 40,00 38,00 47,10 46,95 45,80 48,62 45,62 46,09 45,27 46,59 45,48 45,62 45,93 44,96 44,40 43,43 42,51 42,8443,55 43,47 44,19 44,77 43,19 42,73 42,72 41,62 41,54 Brasil Santa Catarina Relação VTI/VBPI de Santa Catarina e do Brasil - 1996-2011 Fonte: IBGE PIA (2013).

100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 34,97% 34,78% 34,82% 35,66% 33,26% 58,68% 57,61% 57,33% 56,93% 50,06% 31,78% 30,56% 29,42% 29,08% 29,29% 18,47% 18,73% 17,72% 24,37% 19,52% 25,73% 25,92% 28,24% 28,79% 28,69% 20,97% 21,58% 23,14% 22,06% 20,68% 7,52% 1,88% 8,73% 2,08% 7,52% 1,81% 6,47% 1,49% 8,76% 4,89% BR SC BR SC BR SC BR SC BR SC 1996-1998 1999-2001 2002-2004 2005-2007 2008-2011 Indústria de alta tecnologia (AT) Indústria de média-baixa tecnologia (MBT) Indústria de média-alta tecnologia (MAT) Indústria de baixa tecnologia (BT) Participação percentual do VBPI na indústria segundo a intensidade tecnológica, no Brasil e em Santa Catarina - 1996 a 2011 Fonte: IBGE PIA (2013).

100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 34,23% 32,93% 33,64% 34,99% 55,61% 56,33% 59,11% 58,56% 32,86% 49,48% 32,93% 35,67% 34,62% 34,25% 32,01% 19,09% 18,30% 16,41% 18,00% 24,27% 24,25% 22,67% 24,26% 24,02% 26,71% 22,87% 22,87% 22,38% 21,51% 20,93% 8,60% 2,42% 8,73% 2,50% 7,49% 2,10% 6,74% 1,92% 8,42% 5,32% BR SC BR SC BR SC BR SC BR SC 1996-1998 1999-2001 2002-2004 2005-2007 2008-2011 Indústria de alta tecnologia (AT) Indústria de média-baixa tecnologia (MBT) Indústria de média-alta tecnologia (MAT) Indústria de baixa tecnologia (BT) Gráfico 8 - Participação percentual do VTI na indústria segundo a intensidade tecnológica, no Brasil e em Santa Cataria 1996-2011 Fonte: IBGE PIA (2013).

Balança comercial de Santa Catarina 2001-2013 (US$ milhões FOB) Ano Exportação Importação Saldo 2001 3.031,20 860,4 2.170,80 2002 3.160,50 931,4 2.229,10 2003 3.701,90 993,8 2.708,10 2004 4.862,60 1.509,00 3.353,60 2005 5.594,20 2.188,50 3.405,70 2006 5.982,10 3.468,80 3.468,80 2007 7.381,80 5.000,20 2.381,60 2008 8.331,10 7.940,70 390,40 2009 6.427,70 7.288,20-860,50 2010 7.582,00 11.978,10-4.396,10 2011 9.051,00 14.840,90-5.789.90 2012 8.920,60 14.551,90-5.631,30 2013 8.688,80 14.779,50-6.090,70 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior- MDIC - Secretaria de Comércio Exterior SECEX Sistema Alice (2012).

Participação dos setores industriais no valor total das exportações e das importações segundo o grau de intensidade tecnológica Santa Catarina e Brasil, 1997-2011 Anos Alta Média-alta Média-baixa Baixa Total EXPORTAÇÕES SC BR SC BR SC BR SC BR SC BR 1999 0,22 7,66 27,21 27,58 10,61 27,43 61,96 37,34 100 100 2000 0,26 11,46 28,01 28,95 9,76 27,46 61,97 32,14 100 100 2004 0,43 6,33 25,93 29,02 7,82 26,21 65,81 38,44 100 100 2005 0,45 6,26 23,82 30,61 7,83 24,19 67,91 38,95 100 100 2010 1,16 7,33 27,34 28,67 6,56 20,98 64,94 43,02 100 100 2011 1,09 6,42 30,49 28,56 6,3 24,31 62,12 40,7 100 100 IMPORTAÇÕES 1999 2,06 21,38 58,76 39,87 10,9 23,09 28,28 15,67 100 100 2000 2,51 22,64 63,27 39,37 9,18 23,82 25,04 14,17 100 100 2004 3,16 22,74 57,5 40,45 21,07 26,26 18,27 10,55 100 100 2005 4,9 23,44 51,58 42,51 23,75 23,9 19,77 10,16 100 100 2010 11,64 23,57 35,75 48,19 34,88 20,03 17,72 8,21 100 100 2011 12,2 21,76 35,17 50,34 33,83 20,16 18,79 7,73 100 100

POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL BR E SC

Dilemas Setoriais BASE (petróleo, petroquímica, celulose, minério de ferro, aço, agronegócio, etc.) Melhora da inserção internacional ou desnacionalização e deslocalização das empresas brasileiras MIOLO (alimentícia, vestuário e calçados, móveis, artefatos plásticos, produtos químicos, etc.) Modernização progressiva ou polarização com ampliação da heterogeneidade TOPO (duráveis de consumo, bens de capital mecânicos/eletrônicos, setores baseados em ciência, etc.) Desenvolvimento de Sistemas Setoriais de Inovação ou regressão da autonomia tecnológica relativa

Trajetórias setoriais possíveis Setores Commodities (petróleo, petroquímica, celulose, minério de ferro, aço, agronegócio, etc.) Produtos elaborados mais valorizados do que os básicos => fim da estratégia dual? (produtos elaborados p/mercado interno; atuação internacional nos segmentos básicos); Internacionalização patrimonial mas com riscos de desnacionalização.

Trajetórias Setoriais Possíveis Indústria de Maior Conteúdo Tecnológico (duráveis de consumo, capital mecânicos/eletrônicos, setores baseados em ciência, etc.) Contínua dependência de importações de componentes e tecnologia; Estratégia de expansão dependente de tecnologias, insumos e equipamentos importados em cheque; Risco de regressão da autonomia tecnológica relativa alcançado em alguns setores.

Trajetórias Setoriais Possíveis Indústria Tradicional (alimentícia, vestuário e calçados, móveis, plásticos, produtos químicos, produtos de metal, etc.) Limitações de capacitação produtiva, tecnológica e gerencial das empresas Quadro pouco favorável (baixo crescimento e aumento da importações) penetração de Problemas devido a fragilidades competitivas: custos crescentes da infraestrutura, acesso a capital, distorções tributárias e câmbio valorizado

DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO a) Inserção Internacional Um novo primário exportador? Energia e Alimentos Da vulnerabilidade externa à abundância de dólares Integração sul americana e formação de cadeias produtivas regionais Internacionalização de empresas brasileiras e o IDE no Brasil

DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO b) Economia Interna Distribuição de renda e potencial do mercado interno Armadilha juros câmbio: doença holandesa (custos) x doença brasileira (heterogeneidade estrutural) Gargalos regulatórios e de financiamento da infraestrutura Carga tributária microeconômica e a questão federativa Desenvolvimento de capacitação institucional, política industrial e o salto para a inovação tecnológica

POR FIM...CONSIDERAR: NESTE QUADRO Estado: criando condições de sustentabilidade de longo prazo para a indústria. Política de desenvolvimento industrial e tecnológico: Plano Brasil Maior - PBM (ago. 2011); Foco de atenção: inovação tecnológica e adensamento produtivo. Eixo principal de atuação: i. estimular o investimento e a inovação; ii. promover as exportações; iii. defender a indústria nacional e o mercado interno. 42

POR FIM...CONSIDERAR NESTE QUADRO: Indústria é o motor do crescimento do longo prazo: 1º.) Os efeitos de encadeamento para frente e para trás na cadeia produtiva são mais fortes na indústria do que nos demais setores; 2º.) A indústria é caracterizada pela presença de economias estáticas e dinâmicas de escala, cuja produtividade é uma função da produção industrial. 3ª.) A maior parte da mudança tecnológica ocorre na indústria, e boa parte do progresso tecnológico que ocorre na economia é difundido a partir do setor manufatureiro. 4º.) A industrialização é necessária para aliviar a restrição do balanço de pagamentos ao crescimento de longo prazo.

Muito Obrigado!! Silvio A. F. Cario Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Depto de Economia e Relações Internacionais E-mail: fecario@yahoo.com.br