COMISSÃO CICLO AMBULATORIAL (antiga comissão de Internato em Atenção Básica) Promed/Recriar - março/2004
Composição da comissão Claudia Regina Lindgren Alves - Pediatria Betty Liseta Marx de Castro Pires - Saúde Mental Jaci Bastos Gorgens - Ginecologia e Obstetrícia Lúcia Maria Horta Figueiredo Goulart - Pediatria Mirtes Maria do Vale Beirão - Pediatria Paulo Melgaço - Pediatria Ricardo Menezes - Clínica Médica Soraya Almeida Belisário - Medicina Preventiva e Social Alexandre Moura de Melo Silva - Acadêmico de medicina Clara Rodrigues A. Oliveira - Acadêmica de medicina Samuel Dutra da Silva - Acadêmico de medicina
Objetivo da comissão Discutir a adequação do ciclo ambulatorial do curso médico da UFMG, propondo alternativas para a integração interdisciplinar e com os serviços básicos de saúde do Município de Belo Horizonte.
Histórico Reuniões quinzenais periódicas da comissão Reuniões por departamento Clínica Médica (3) Pediatria (3) Ginecologia (2) Medicina Preventiva e Social (2) Saúde Mental (1) Cirurgia (1) Diretório Acadêmico (1) Reuniões com Secretaria Municipal de Saúde de BH Mesa-redonda A atenção básica à saúde e as perspectivas para o ensino médico (junho/2003) Seminário Avaliação das experiências do oitavo período nos Centros de Saúde Jardim Montanhês e São Marcos (dezembro/2003) Avaliação estrutural e funcional dos Centros de Saúde da PBH
Ciclo Ambulatorial (7 O. e 8 O. períodos) Sétimo período (CHT = 540 h/ CHS = 30 h) Oitavo período (CHT = 570 h/ CHS = 32 h) Medicina Geral de Crianças I Medicina Geral de Adultos I Ginecologia e Obstetrícia I Patologia Clínica II Psicologia Médica Aplicada Medicina Geral de Crianças II Medicina Geral de Adultos II Ginecologia e Obstetrícia II Cirurgia ambulatorial Política de Saúde e Planejamento Objetivo comum: integrar os conteúdos da semiologia que permitam fazer o diagnóstico do estado de saúde do indivíduo, em seu contexto socioeconômico e cultural. Objetivo comum: integrar o aluno ao SUS, através da participação na assistência integral ao paciente dentro de seu contexto socioeconômico e cultural
Situação atual (em 2004) Distanciamento da realidade do paciente Clientela dirigida ou selecionada Falta de continuidade e seguimento Falta de integração entre as disciplinas Falta de integração entre as disciplinas e o serviço Falta de visão multiprofissional do trabalho em saúde Abordagem biologicista-individual do trabalho médico Métodos pedagógicos inadequados
INTERNATO EM ATENÇÃO BÁSICA Um primeiro projeto...
Bases conceituais Seminários de ensino Diretrizes curriculares Modelo assistencial vigente para a atenção básica: Programa de Saúde da Família Tem como principal objetivo reorganizar a atenção básica a partir de um novo processo de trabalho comprometido com a solução dos principais problemas de saúde da população, através de ações de caráter individual ou coletivo, voltadas para apromoçãodasaúde,aprevençãodeagravos,otratamentoe a reabilitação. Esse novo modelo assistencial cria as condições necessárias para um sistema de saúde centrado na qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. (www.saude.gov.br)
Internato em Atenção Básica Objetivo geral Promover a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes médicas para atuar na atenção básica à saúde, em todas as fases do ciclo de vida, tendo como referencial o bem-estar biopsicossocial do indivíduo e da comunidade, dentro do modelo assistencial vigente.
Internato em Atenção Básica Ciclo ambulatorial Departamentos envolvidos: Clínica Médica (MGA I/II) Pediatria (MGC I/II) Ginecologia e Obstetrícia (GOB I/II) Medicina Preventiva e Social (Epidemiologia/ PSP) Saúde Mental (Psicologia Médica Aplicada) Duração: 2 semestres letivos Locais de realização: Centros de Saúde da PBH e Faculdade de Medicina
Internato em Atenção Básica Desenvolvimento 32 grupos de 10 alunos em 16 centros de saúde Cada centro de saúde tem uma turma de sétimo e outra de oitavo período Cada aluno fica 1 ano no mesmo centro de saúde Carga horária semanal de 24 horas Participação nas diversas atividades de atenção primária à saúde
Internato em Atenção Básica Aspectos pedagógicos Programa teórico-prático construído a partir dos problemas prevalentes e das necessidades de saúde da população. Abordagem integral do indivíduo nas diversas fases do ciclo de vida. Prática com dois grandes eixos - a assistência médica e a prática na comunidade. Atividades integradoras, orientadas pelo enfoque da saúde coletiva. Seminários integrados e grupos de discussão para abordagem do conteúdo teórico.
Internato em Atenção Básica Atividades a serem integradas com a equipe de saúde da família: assistência médica, visitas domiciliares, grupos operativos, reuniões internas, com a comunidade e intersetoriais Supervisão direta de professores de clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia durante as atividades assistenciais, com discussão e reflexão sobre as práticas desenvolvidas Acompanhamento por um dos membros da equipe nas demais atividades, tendo os professores como apoio
Internato em Atenção Básica Avaliação dos alunos deverá: Integrar conteúdos e práticas Contemplar a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes de forma equilibrada Valorizar os aspectos éticos e humanísticos no exercício da medicina Valorizar o trabalho em equipe Valorizar igualmente todas as áreas envolvidas Valorizar conjuntamente as atividades integradoras Retroalimentar o processo de ensino-aprendizagem
Avanços Ampliação do processo de discussão dentro da Faculdade de Medicina e com o serviço municipal de saúde Amadurecimento da proposta pela discussão e pela experiência dos projetos-piloto Avaliação minuciosa dos centros de saúde conveniados Restabelecimento do canal de comunicação entre professores e deles com o serviço de saúde Elaboração de um projeto-piloto para a Saúde Mental Elaboração de um projeto-piloto de suporte on line entre os Centros de Saúde e a Faculdade de Medicina
Desafios a curto prazo Ampliação do processo de discussão dentro da Faculdade de Medicina e com o serviço municipal de saúde Envolvimento do corpo discente Equacionamento dos problemas encontrados durante a avaliação dos Centros de Saúde, melhorando as condições de ensino e criando condições para expansão de novas disciplinas para a rede básica Capacitação docente Aprofundamento e detalhamento pedagógico e operacional da proposta
Desafios a médio prazo Estudo das necessidades físicas e pedagógicas das disciplinas do sétimo período, avaliando-se a possibilidade de sua transferência para os Centros de Saúde LevantamentodademandaatendidanoHCnosétimoperíodoe estudo das possibilidades de alocação dos pacientes em outros serviços da rede Discussão da referência e contra-referência. Ampliação dos projetos-pilotos com a incorporação de novas disciplinas e outros centros de saúde Integração do ciclo ambulatorial com os demais ciclos no novo currículo
Após 17/03/2004..
Seminário 29/04/04 Questão A integração entre as disciplinas Durante o ciclo ambulatorial, a integração dos conteúdos de Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental e Saúde Coletiva representa um ganho qualitativo na formação dos futuros profissionais? Isso é desejável? É necessário? É possível? Possibilidades de operacionalização: Criação de uma disciplina multidepartamental, que aborde os conteúdos em módulos temáticos orientados por professores das áreas específicas, com atividades e processo de avaliação com caráter integrador e formativo. Disciplinas isoladas (do ponto de vista administrativo), com forte investimento institucional na capacitação docente e no aperfeiçoamento/aproximação dos conteúdos, métodos pedagógicos e processos avaliativos de cada disciplina.
Seminário 29/04/04 Questão B integração com os serviços O ciclo ambulatorial deve ter por objetivo desenvolver no aluno as competências necessárias para a prestação de assistência em nível primário, tendo como cenário de prática os serviços de saúde. Isso é desejável? É necessário? É possível? Possibilidades de operacionalização: Período de imersão na rede básica de saúde do município com duração de dois semestres letivos, com participação ativa no modelo assistencial vigente, sob supervisão direta dos professores. Durante um semestre, cada turma de alunos atende no Ambulatório Bias Fortes pacientes encaminhados de um determinado centro de saúde, discute com as equipes de saúde um plano terapêutico para esses pacientes e, então, os devolve para que a continuidade do tratamento seja no próprio Centro de Saúde. Cada aluno deverá fazer também uma visita domiciliar ao paciente por ele atendido, acompanhado do agente comunitário de saúde. No semestre seguinte, as aulas ocorreriam no Centro de Saúde com o qual os alunos já vinham mantendo contato.
Aproximação com Hospital das Clínicas MGC I/II, MGA I/II, GOB I, PSP, coordenação Promed Financiamento da atenção básica/ contrato de gestão com SMSA-PBH Marcação de pacientes Referência e contra-referência interna e com a rede municipal
Em 2005... Nova coordenação geral do Recriar Ped nomeação de representantes pela chefia Crise no Ministério da Saúde Seminário 20/10/2005 Dissolução da comissão ciclo ambulatorial Proposta de devolver a discussão do ciclo ambulatorial para os departamentos envolvidos Proposta de consensuar os marcos teóricos antes de definir a operacionalização Nova comissão sob coordenação do Prof. Henrique Torres (CLM): ciclo propedêutico + atenção primária + atenção secundária
Em 2006... Discussões no GT ciclo clínico-ambulatorial voltam a ficar mais intensas especialidades, semiologias novas alternativas para a grade curricular Chegada de nova parcela dos recursos do Promed investimentos em área física e montagem da minibiblioteca/material para exame clínico nos centros de saúde Teleconsultoria nos centros de saúde Turma do 7º Período no Centro de Saúde Santa Maria (MGC e MGA)
Outras propostas... Dep. Clínica Médica (5º ao 12º períodos) Dep. Cirurgia (6º ao 9º períodos) Dep. Medicina Preventiva e Social Saúde do trabalhador (5º e 8º períodos) Epidemiologia (6º e 7º períodos) Dep. Saúde Mental (projeto piloto para 8º período + novas disciplinas 1º ao 12º períodos) Departamento de Ginecologia e Obstetrícia (semiologia ginecológica + 2 semestres de clínica tocoginecológica)
Desafios eternos Transformar a formação médica implica em mudanças: na concepção de saúde; na construção do saber; na concepção de educação; nas práticas clínicas em todos os espaços assistenciais; nas relações entre profissionais e população; nas relações entre os próprios profissionais de saúde; nas relações entre professores e estudantes; nas relações de poder entre departamentos e disciplinas. (Laura Feuerwerker)