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Transcrição:

Dados Básicos Fonte: 0013244-86.2000.8.26.0554 Tipo: Acórdão TJSP Data de Julgamento: 17/04/2012 Data de Aprovação Data não disponível Data de Publicação:20/04/2012 Estado: São Paulo Cidade: Santo André Relator: Carlos Alberto Garbi Legislação: Art. 183, 3º, da Constituição Federal. Ementa RETIFICAÇÃO DE ÁREA. INCORPORAÇÃO DE ÁREA REMANESCENTE. TERRA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A ação de ação de retificação de área tem cabimento para regular a simetria entre a descrição registral do imóvel e a realidade fática, pressupondo erro intra muros. Todavia, não tem cabimento para o pedido de anexação ou incorporação de área extra muros. 2. Ademais, mesmo que se entenda pelo cabimento da demanda, tudo indica que a área apontada como remanescente é área pública. Área insuscetível de anexação, posto que não cabe usucapião de área pública (art. 183, 3º, da CF). Sentença mantida. Recurso não provido. Íntegra TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0013244-86.2000.8.26.0554, da Comarca de Santo André, em que são apelantes JOSÉ MARTINS NUNES (JUSTIÇA GRATUITA) e DIVA MARIA MARTINS PEDRO sendo apelados PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ, MÁRIO RODRIGUES DA SILVA, EUPHLI VIRGILIO DIAS e SIMONE DIAS.

ACORDAM, em 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA. São Paulo, 17 de abril de 2012. CARLOS ALBERTO GARBI, RELATOR VOTO Nº 8912 Apelação com Revisão nº 0013544-86.2000.8.26.0554 Comarca: Santo André (2ª Vara da Fazenda Pública) Apelante: José Martins Nunes e outro Apelados: Prefeitura Municipal de Santo André; Mário Rodrigues da Silva e outros RETIFICAÇÃO DE ÁREA. INCORPORAÇÃO DE ÁREA REMANESCENTE. TERRA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A ação de ação de retificação de área tem cabimento para regular a simetria entre a descrição registral do imóvel e a realidade fática, pressupondo erro intra muros. Todavia, não tem cabimento para o pedido de anexação ou incorporação de área extra muros. 2. Ademais, mesmo que se entenda pelo cabimento da demanda, tudo indica que a área apontada como remanescente é área pública. Área insuscetível de anexação, posto que não cabe usucapião de área pública (art. 183, 3º, da CF). Sentença mantida. Recurso não provido. 1.A sentença proferida pelo Doutor Carlos Aleksander Romano Batistic Goldman julgou extinto o processo, sem resolução de mérito, e condenou os autores ao pagamento das custas, das despesas processuais e da verba honorária advocatícia, que fixou em 15% sobre o valor da causa, observadas as disposições da Lei nº 1060/50. Os autores recorreram da sentença e alegaram, em síntese, que apresentaram trabalho técnico com a petição inicial pelo qual comprovaram suas alegações; que a impugnação da Municipalidade não pode prosperar; que os documentos juntados pela Municipalidade vão de

encontro com sua impugnação; que a perícia realizada nos autos não apurou irregularidade no local; que a Municipalidade não se intitula detentora da faixa de terra, mas questiona quem o seria; que não há provas de que a área remanescente é da Municipalidade; que têm direito ao julgamento de mérito do pedido; e que é legítima a postulação. Pediu, enfim, o integral provimento do recurso para que seja julgada procedente a ação de retificação de área ajuizada ou, subsidiariamente, seja anulada a sentença para que seja realizada a prova pleiteada pela Municipalidade. A Municipalidade de Santo André apresentou resposta e pediu a manutenção da sentença. A Douta Procuradoria de Justiça, pelo parecer da Dra. Carmen Beatriz A. Ungaretti Selingardi Guardia, opinou pelo não provimento do recurso. É o relatório. 2.A retificação de registro público de imóvel, segundo Venício Salles, pressupõe como hipótese para sua aplicação e utilização a existência de desarmonia ou de desconformidade entre a descrição tabular e as medidas reais do imóvel, ou seja, entre a descrição constante do fólio real e as marcas e divisas que o imóvel encerra... A retificação de registro representa o mecanismo procedimental voltado a fazer superar eventual ausência de simetria entre a descrição grafada, constante do registro imobiliário, e a ocupação física do imóvel no local, sendo direcionada a constatar os desvios e promover as correções das imperfeições originais, resgatando a realidade que sempre deve marcar a informação tabular (Direito Registral Imobiliário, Ed. Saraiva, 2ª ed., 2007, pgs. 29/30). A retificação de área tem cabimento para adequar a efetiva área do imóvel à descrição registral, pressupondo, portanto, a existência de erro no registro. No caso dos autos, os autores alegaram que a área registrada do imóvel situado na cidade de Santo André é inferior à sua real e efetiva área. Segundo sustentaram na petição inicial, consta na matrícula que o imóvel tem 397,00 m², mas de acordo com o memorial descritivo de fls. 14, o imóvel teria área total de 480,80 m². Pediram, então, a retificação do registro do imóvel para que passe a constar a efetiva medida. Sucede que a Municipalidade contestou o pedido dos autores alegando que a área excedente que os autores pedem inserção no registro refere-se a área pública (fls. 305/320).

O perito judicial, ao comentar a terceira fotografia que instruiu o laudo, afirmou que o imóvel mantinha interferência com área pública (fls. 313), repetindo a afirmação ao comentar as fotografias de nºs. 04/05 e de nºs. 08/09 (fls. 314 e fls. 316). No levantamento planimétrico do imóvel o perito especificou a área que efetivamente faz parte do registro do imóvel e aquela que consta como interferência em área pública, que é exatamente a faixa de terra que os autores pediram a anotação com sendo de seu lote (fls. 322). Verifica-se, portanto, que os autores pretendem retificar a área do imóvel descrito na inicial para acrescentar área de terceiros, no caso a Municipalidade. Os autores não pretendem corrigir erro no registro de seu lote. O pedido dos autores é de anexação de área da qual não têm titularidade, extra muros, o que não é possível em ação de retificação de área. Nesse sentido, já decidiu o Tribunal: A ação de retificação de área tem cabimento para a corrigenda de inexatidões constantes do registro imobiliário, quando este for omisso, impreciso, ou não exprimir a verdade (arts. 212, da Lei nº 6.015/73, 860 do CC/1916 e 1.247 do CC/2002). Não se presta a ação retificatória para a aquisição de propriedade, nem à solução de controvérsia entre confinantes a respeito do domínio (Apelação nº 9166323-71.2002.8.26.0000, Relator Desembargador De Santi Ribeiro, j. 20/09/11). Não se pode deferir a retificação do registro com vistas a incluir pedaço de terra, contrariando o próprio título, sob pena de se transformar esse expediente em uma nova forma de aquisição da propriedade, não prevista em lei (Apelação nº 9119674-19.2000.8.26.0000, Relator Desembargador José Luiz Gavião de Almeida, j. 12/07/2011) A retificação de área somente é admissível nos casos de correções formais do registro de imóveis, não havendo na Lei n 6.015/73, qualquer previsão de modalidade de aquisição de propriedade. A pretendida retificação, acaso eventualmente acolhida, equivaleria, em última análise, a sua conversão em modo de transmissão da propriedade imóvel, o que é inadmissível (Apelação nº 458.106-4/4-00, relator Desembargador Adilson de Andrade, j. 23.11.06) Retificação de área. Inadmissibilidade. Apelantes pretendem alterar o perímetro. Área objeto da retificação não abrange exclusivamente o espaço 'intra muros'. Situação fática configura aquisição de propriedade. Procedimento em tela não tem referido escopo. Apelo

desprovido (Apelação nº 0205430-03.2010.8.26.0000, Relator Desembargador Natan Zelinschi, j. 23/09/2010) Não prestando a ação de retificação de área para o reconhecimento do domínio, inclusive como bem anotou a Douta Procuradoria de Justiça, decidiu com acerto a sentença ao extinguir o processo, sem resolução de mérito. De outra parte, mesmo que se entenda que não há óbice para a retificação do registro do imóvel dos autores na ação ajuizada, tudo indica que a parte excedente ao título, cuja incorporação pleitearam, é área pública, conforme alegou a Municipalidade e relatou o perito às fls. 313/314 do laudo. Como os imóveis públicos são insuscetíveis de usucapião, conforme dispõe o art. 183, 3º, da Constituição Federal, nenhum direito cabe aos autores sobre a parcela de terra referida. Logo, a sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos. 3. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso. CARLOS ALBERTO GARBI, Relator (D.J.E. de 20.04.2012)